"É a magia, Salazar. Está morrendo."

Os anos se passaram rápido. Meu pai tornou-se velho e, por fim, morreu com a idade. Foram dias de muito sofrimento e tristeza para todos nós, mas eu sabia que, em breve, o peso da responsabilidade cairia sobre minhas costas. Norfolk.

O vai e vem das pessoas no castelo me manteve ocupado e com a mente cheia. Eu tinha apenas 23 anos e milhares de hectares de terra.

Minha ideia começou quando, ao andar pela vila do feudo, vi um garoto de cerca de 10 anos perguntar à mãe qual a utilidade da varinha. Um garoto daquela idade deveria saber.

Corri de volta para o castelo e bati no quarto de Anastácia.

- Tia, - comecei, entrando no cômodo. – O que está acontecendo?

Ela, como sempre fora, pareceu me entender imediatamente.

- Ah, querido! – exclamou ela. – eu sei... Também percebo. É a magia, Salazar. Está morrendo. As pessoas pararam de dar-lhe a devida importância. De passá-la a diante. Temo que, em um século, ela não exista mais.

Meu coração parou com aquela ideia.

- Não. – respondi. – Eu não vou deixar.

Saí do quarto à tempo de ver o raro sorriso de tia Ana. Ela se orgulhar de minha.

- William, - chamei. – já tenho uma utilidade para aquelas três salas vazias.

Já se passara um mês e a Casa Sonserina possuía mais de 180 alunos. Sei que não é um número assim tão grande, mas os alunos jê enchiam os corredores e as salas de aula.

Eu e minha tia éramos os únicos professores e ensinávamos tudo o que sabíamos a todos que se interessavam.

A magia não morreria ainda.