Acordei em algum lugar claro. Eu podia dizer isso por que tudo era branco e a luz era forte. Havia alguém ali perto, podia ver um borrão que não identificava.

- Suzinha! - Era minha mãe. Logo a visão se estabilizou e eu vi minha mãe, a família Ackerman, Gina, Harry, Ron Mione e Lupin. - Você está bem?

- É, acho que sim. - Fora minha cabeça que doía como se fosse explodir e meu corpo que parecia que um caminhão havia passado umas cem vezes eu estava bem. Eu respirava, não tinha nada quebrado, pelo jeito, e conseguia me lembrar de tudo.

- Como foi que você caiu? - Perguntou Ron.

- Eu tropecei, a janela estava aberta e eu cai. - Eu olhei para Gina, pedindo ajuda.

- É, a Simon sempre foi desastrada. - Mas eu vi que, fora os Ackermans e minha mãe, ninguém realmente havia acreditado. Eu me toquei que estava no hospital, o que quer dizer que eu estava onde o Padre D estava. Eu precisava falar com ele e descobrir mais sobre o fantasma Michael.

- Eu estou no mesmo hospital que o Padre Dominic? - Meus irmãos se entreolharam, o trio de ouro mais Lupin não falaram nada, mas foi Andy que me respondeu

- Sim, acredito que sim.

- Vocês poderiam... Descobrir o quarto dele? - Andy falou que sim e levou os garotos juntos Eu queria que minha mãe saísse também, por isso olhei para ela e pedi:

- Não tem como conseguir algo pra beber, tem? - Ela sorriu, levando Gina com ela. Ficou apenas os bruxos, exatamente o que eu queria.

- Aquilo foi um fantasma? - Lupin pediu.

- Preciso que se cuidem, e proteja minha família e a Gina. - Disse, seriamente a Lupin e aos outros.

- O Jesse já sabe? - Harry pediu.

- Não sei, não o vejo desde... Bem faz tempo. Se puderem pesquisar sobre Michael Meducci, quando foi que ele morreu seria bem útil. - Eles se entreolharam.

- É o fantasma? - Mione pediu.

- É.

- Você já o conhecia? - Ron perguntou.

- Sim, fui eu que o mandei para cadeia quando ele era vivo. - Os três me olharam e Lupin sorriu.

- Vamos procurar. - Ele pegou os três e saiu. Não percebi o porque até escutar:

- Hermosa...

- Jesse! - Meu coração pulou tão rápido que quase vomitei. - Desde quando você está ai?

- O bastante.  Por que não me chamou?

- Achei que podia, você sabe, dar conta dele sozinha.

- Não foi por culpa dele que você esteve aqui a ultima vez?

- Foram os Anjos. - Disse, o relembrando.

- A culpa não deixa de ser dele. - Jesse parecia bravo comigo por não chamá-lo.

- Tudo bem, desculpa. - Ele pareceu melhor quando eu admiti que precisava dele. O que eu posso fazer, o cara é da época em que as mulheres cuidavam da casa e não contrariavam os homens nunca, nem uma vezinha. 

- Foi ele que feriu Padre D? - Ele pediu.

- Sim... Peraí, você estava aqui? - Ele abriu um meio sorriso e disse:

- Achei que, como não poderia fazer nada a não ser observar eu poderia vim aqui fazer companhia ao padre.

- Eu ia vim, depois que todos dormissem.

- Agora você que está aqui. - Eu ri.

- Bem, é verdade. - Ele riu e chegou mais perto. Me lembrei que a ultima vez que estivemos aqui ele encostou na minha bochecha. Pensei em como fiquei feliz por tão pouco, mas pensando bem, até esse pouco seria melhor que essa distância. Ele estava cada vez mais perto, achei que iria me beijar, mas não tive como saber, já que Jake e David apareceram com uma cadeira de rodas.

- Vem, vamos levá-la ao quarto do Padre D. - Eu sorri, para eles, me virando para onde Jesse deveria estar, mas ele havia se desmaterializado. Como que vou construir um relacionamento duradouro com o cara se ele some? Sentei na cadeira e David me levou em quanto Jake ia em direção a lanchonete. Quando cheguei lá, Padre D estava lendo uma revista.

- Hey Padre D. - Ele largou a revista instantaneamente.

- Suzannah... O que foi que aconteceu? - Eu não poderia responde-lo com David ali.

- David, você poderia... Sei lá, nos deixar conversar. - Ele concordou e saiu.  

- Parece que Michael pegou a nós dois. - Disse dando de ombros. - É claro que ele foi mais querido comigo, mas acho que por que ele gostava de mim, ou algo assim.

- Ele também te atacou?

- Me jogou da janela do meu quarto. - Os olhos azuis do padre se arregalaram. - Eu estou bem, é sério.

- E onde estava Jesse quando isso aconteceu?

- Bem, ele estava aqui. Ele não sabia de Michael e não tive tempo de chamá-lo. Mas como você está?

- Melhor. Michael me pegou de jeito. - Achei aquele palavreado estranho para um padre, mas deixei de lado.  - Você chegou hoje?

- Sim. Faz pouco tempo. Grande recepção que eu tive. Eu não tinha lhe dito para deixar os fantasmas realmente maus comigo?

- Eu não sabia quando você vinha e Michael estava atacando Brad. - Eu não sabia dessa parte, fiquei um pouco mais furiosa, mesmo se tratando de Dunga. - Não podia deixá-lo matar seu meio irmão.

- Bem, agora eu estou aqui e Michael vai receber uns bons chutes. - Escutei um pigarro atrás de nós e me virei. Ali estavam o trio de ouro, sorri.

- Padre D, esses são Ron Mione e Harry. - Padre D sorriu, e eu vi um corte na boca dele, me deixando um pouco mais furiosa. Michael não sabia o que lhe esperava.

- Um prazer conhecê-los crianças.- ele pareceu olhar mais Harry. - Você deve ser o irmão de Suzannah, inegável como se parecem. - Harry sorriu e veio ao meu lado.

- Suze, você não vai enfrentar esse fantasma sozinho, como fez com Maria e Diego, vai? - Mione perguntou. Os olhos, já arregalados do padre ficaram maiores e ele pediu:

- Maria e Félix Diego? Eles não estavam no outro mundo?

- Parece que voltaram Padre D. Estão na minha escola em Londres. Levei uma baita surra a alguns dias do Diego. 

- Mas você não poderia ter enfrentado os dois sozinha, você não se lembra do que aconteceu no verão! - Eu me limitei a rir.

- Que isso Padre D. eu não ia deixá-los exorcizar Jesse novamente. Eu descobri que Jake e Paul estudam na minha escola. Foi a cria do satã do Paul que trouxe os dois de volta. - Na verdade foi o próprio Satã que trouxe, Voldemort, mas eu não estava animada para explicar isso ao Padre D, muito menos ao trio.

- E ainda acho que Slater só é um mediador mal compreendido.

- Ele trouxe dois fantasmas para me matar! Fala sério Padre D. Não sei quem é pior, você ou Dumbledore.

- Dumbledore? - Padre D pediu.

- É o diretor da nossa escola. - Ron respondeu.

- Grande homem. - Harry disse.

- E um mediador de merda, se eu puder deixar meu comentário. Você é muito, muito melhor Padre D. - Ele sorriu com o elogio. - Sabe quantas vezes eu disse para Dumbledore que Slater é mau? Milhares, e ele sabe, ele admitiu que sabe que ele é mau, mas ele não o expulsa! Deu no que deu, eu quase acabei morta por um fantasma.

- Suzannah, esse professor deve ter motivos para deixar o garoto perto. 

- Dumbledore sempre faz algo por um motivo. - Mione disse. Mas eu pouco me importava, Dumbledore deveria saber que fantasmas são perigosos, e aqueles que mediadores não podem mediar, nós devemos chutar as bundas para o mundo dos mortos com muita, muita força.

- Ele dever me quere morta então, porque deixar Slater ali, junto de Maria e Diego... - Foi quando uma coruja marrom com olhos cor de chocolate apareceu. Ela pousou sobre a minha cadeira, estendendo a perna para mim. Padre D estava perplexo em quanto eu pegava a carta. Acariciei a coruja que saiu voando. Abri a carta:

“Querida Suze,

  Espero que esteja tudo bem com você. Aqui está horrível. Meus pais mal olham na minha cara por eu ser da Grifinória, pelo jeito não ganharei nem carvão de natal, uma piadinha trouxa, eu sei. - ri com a piada de Jake, mas aquilo doeu em meu coração. - Bem, eu lhe mandei essa carta para saber como está tudo ai em Carmel. Como está o Padre D? E seus irmãos? Bem, pode me contar tudo em uma carta, provavelmente vai ser melhor do que ficar trancado no quarto como eu estou agora. Parece que meus pais terão uma visita muito importante no natal e eu terei que ficar preso no quarto, já que sou uma desonra como bruxo e como mediador... Bem, espero que esteja bem e espero uma resposta.

Beijos, com carinho, Jake.

Larguei a carta no meu colo, com raiva e tristeza.

- Aquela família é maluca. - Disse finalmente, entregando a carta aos três, que leram em silêncio.

- De quem era? - Padre D. perguntou.

- Do Jake.

- O pequeno?

- Sim o irmão mediador do Slater.

- Afinal, como vocês treinam essa corujas? - Ele disse fascinado.

- Ah, é uma cultura da escola. Você amaria Nightmare.

- Hãn?

- Minha coruja Padre D. quando você sair do hospital eu lhe mostro. Agora você deve querer dormir e eu acho, que por ter caído da janela, terei que dormir aqui no hospital hoje. Uma pena, foi exatamente assim que acabei depois de colocar Michael na cadeia, isso não é um bom sinal.

- Boa noite Suzannah, uma boa noite a vocês três também. - Mione empurrava minha cadeira em direção a saída mas Padre D disse:

- E Suzannah?

- Sim Padre D?

- Não enfrente o Sr. Meducci sozinha, por favor.

- Ok.

- Me prometa. - Eu odiava prometer coisas ao Padre D. por que na maioria eu não poderia cumprir e eu via que esse seria outra promessa quebrada.

- Eu prometo Padre D.

- Vou colocar Jesse de olho em você, eu sei muito bem como são suas promessas. - Não pude deixar de rir em quanto saia do quarto.

- Ele aprece lhe conhecer muito bem Suze. - Ron falou.

- Ele é tipo um mentor. E sabe que eu me meto em confusões mesmo que prometa a ele que não farei.

- Velho esperto. - Harry disse.

- Ei, o que você quis dizer com isso? - Falei com uma voz ofendida, fazendo nós quatro cairmos na gargalhada.