Na hora do almoço, segui os três para fora do castelo. A principio eu achei que Jesse fosse conosco, mas ele não apareceu. Fiquei preocupada, mas lembrei que a única foto que existia de Jesse estava na minha mochila e ele não seria maluco de procurar Maria sozinha? Seria? Por fim eu entrei na cabana afastada do castelo conhecendo um homem gigantesco com uma barba negra e olhos negros.

- Vejo que vocês têm uma nova amiga. - Sorri para o homem estendendo.

- Suze. - Disse estendendo a mão e sorrindo.

- Rúbeo Hagrid, guarda caças de Hogwarts. - Sorri sentando ao lado de Ron.

- Hagrid, onde você estava? - Ele me olhou e ficou quieto.

- Não...Não posso contar.

- Suze é de confiança Hagrid. - Disse Harry, - ela é afilhada de Lupin. - Os olhos dele se arregalaram.

- Não pode ser... Era pra você estar morta! Eu estive lá e só havia Harry... Só Harry.

- Tudo bem Hagrid, eu vivi bem feliz longe daqui. - Ele sorriu.

- Bem se você é você, não vejo problema em contar. Eu fui encontrar os gigantes.

- E você os achou? - Mione perguntou.

– Bom, eles não são tão difíceis de serem encontrados, pra ser sincero.Bem grandes, sabe.

– Onde eles estão? - Perguntei, curiosa.

– Montanhas – disse Hagrid sem ajudar muito.

– Então porque os trouxas não...

– Eles vêem. Só que suas mortes são sempre atribuídas a acidentes nas montanhas, não é? - E depois mediadores tem que ajudar esses fantasmas, isso ai.

- Bom, nós partimos logo após o fim do período letivo...

– Madame Maxime foi com você, então? – perguntou Hermione. Quem era essa?!

– Sim, isso mesmo – disse Hagrid, - Sim, fomos só nós dois.

– Você sabia pra onde estavam ido? – Harry repetiu. – Sabia onde estavam os gigantes?

– Bem, Dumbledore sabia, então ele nos contou – disse Hagrid.

– Eles estão escondidos? – perguntou Rony – É segredo onde eles estão?

– Na verdade não.

– Mas... porque vocês simplesmente não pegaram uma chave de Portal ou algo do gênero?

- Chave do que? - Pedi.

– Nós estamos sendo vigiados, Rony – ele disse, rouco.

– O que você quer dizer? - pediu Harry.

– Vocês não entendem – disse Hagrid. – O Ministério está de olho em Dumbledore e em qualquer um que eles achem que tenha ligação com ele, e...

– Nós sabemos disso – disse Harry rapidamente.

– Bom nós só tivemos que ter cuidado, porque Olímpia e eu, nós perseveramos um pouco e nós não somos tão difíceis de sermos seguidos. A gente estava fingindo que ia passar o

feriado juntos, então a gente foi até a França e fingiu que estava indo pra escola de Olímpia,

porque nós sabíamos que estávamos sendo seguidos por alguém do Ministério. Mas a gente deu um jeito de despistar o mané que vinha nos seguindo ali pelas bandas de Dee-John.

– Aaaah, Dijon? – disse Hermione excitada. – Eu estive lá no feriado, você viu...

Ela ficou em silêncio quando viu o olhar de Rony.

- E então chegamos no lugar e começamos a subir a montanha, procurando sinais deles. Nós tivemos que parar de usar magia uma vez que nos aproximamos deles. Em parte porque eles não gostam de bruxos e nós não queríamos indispô-los cedo demais, e em parte porque Dumbledore tinha nos avisado que Você-Sabe-Quem estava procurando se unir aos gigantes e tudo o mais. Disse que haveria vantagem em ele mandar um mensageiro a eles logo. Nos avisou pra ter muito cuidado em não chamar atenção para nós mesmos enquanto nos aproximávamos para o caso de ter Comensais da Morte por perto. - Hagrid fez uma pausa.

– Continue! – disse Harry. Nesse momento Jesse apareceu, se sentando ao de Harry fazendo o cachorro ficar maluco.

- Canino! Pare seu cachorro velho.- Eu ri, olhando severamente para Jesse.

- Acho que Canino deveria, dar um passeio. - Ele me olhou sem saber o que eu queria dizer mas abriu a porta do chalé e permitiu que ele saísse.

– Eu os encontrei. Passamos por cima de um cume uma noite e lá

estavam eles, estirados embaixo da gente. Pequenas fogueiras queimando abaixo e sombras imensas... foi como ver a montanha se mexer.

– Então – disse Harry – você os viu e daí?

– Bom, nós esperamos amanhecer, não queríamos chegar sorrateiramente no escuro, para nossa própria segurança. – disse Hagrid – Lá pelas três da manhã eles adormeceram no mesmo lugar que estavam sentados. Nós não ousamos dormir. Por dois motivos: um, nós queríamos ter certeza que nenhum deles ia acordar e vir até onde estávamos, e o outro motivo, os roncos eram inacreditáveis. Causaram uma avalanche de manhã. De qualquer forma, uma vez que clareou nós fomos lá vê-los.

– Assim, sem mais nem menos? – disse Rony. – Vocês simplesmente caminharam até

um campo de gigantes?

- Bem, quando chegamos lá demos presentes para o Gurg. - Hadrid disse.

- Gurg? - Pedi.

- Significa chefe.

– E como dá pra saber qual deles é o Gurg? - Mione pediu.

– Sem problemas – ele disse. – Ele era o maior, o mais feio e o mais preguiçoso.

– E vocês simplesmente andaram até ele? – disse Hermione sem fôlego. Hagrid iria continuar sua história quando vimos Umbridge vindo até a cabana.

- Temos que ir. - Disse apontando para o pontinho rosa que vinha em nossa direção. Eu ainda precisava saber se Hagrid tinha sangue de galinha e não tinha tido tempo para perguntar.

- Jesse. - todos me encararam, inclusive Hagrid que parecia surpreso. - Vá atrasá-la um pouco, preciso de mais tempo.

- Mas quem é...

- Olha Hagrid, não temos muito tempo. - disse, me levantando, - preciso saber se tem sangue de galinha? - Ron e Mione se entreolharam e Harry ficou quieto. 

- Bem tenho. - Ele foi a uma prateleira e me entregou um frasco com um líquido vermelho. Sorri em agradecimento.

- Mas Hagrid, o que aconteceu no fim de tudo? - Ron perguntou.

- Comensais apareceram. Foi uma confusão, mas resumindo, acho que  conseguimos passar nossa mensagem. Agora vão, mas ainda quero saber mais sobre você, Suze. - Sorri concordando.

- Hagrid, você vai mesmo querer entrar nessa bagunça que é minha vida? - Ele apenas riu e nós saímos pela porta de trás.