Little New Life escrita por Lady Holmes


Capítulo 16
Exorcismos exorcismos, bruxos a parte


Notas iniciais do capítulo

Tenho que dizer uma coisa, eu amei escrever esse cap, amei mesmo HUAHUAUH e ele ficou gigante, eu acho. Bem, boa leitura.



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A tarde foi rápida, eu me preparava mentalmente para uma guerra a qual eu sabia que seria difícil de vencer, e que havia uma probabilidade que eu não a vencesse. Era hora do jantar, eu não conseguia comer muita coisa então apenas desisti de fingir e fiquei ali, olhando as pessoas. Era estranho saber que eu ia para uma guerra, e nem ao menos era uma guerra de verdade. Uma batalha a qual eu tinha medo, mas também era necessária.

- Suze? - Mione me chamou.

- Hã? - Perguntei, a olhando.

- O que você tem? - Harry e Ron estavam afastados e eu sorri.

- Eu tenho que fazer uma coisa e eu só estou... Pensando nas possíveis conseqüências. - Suspensão expulsão, morte...

- Tem haver com o sangue de galinha e o fantasma da aula de hoje?

- Sim. - Todos estavam indo para as casas e eu decidi que tinha que me preparar. Suze estava de volta a ação e tinha fantasmas os quais chutar a bunda. - Mione? - Perguntei, fazendo-a se virar.

- Sim?

- O que aconteceu com Cedrico Diggory? - Ela arregalou os olhos, me encarando preocupada.

- Como você...

- Ele veio até mim a alguns messes, relutei em ajudá-lo e agora ele se uniu com o lado negro.

- Mas Cedrico nunca...

- Talvez ele nunca fosse fazer isso se eu... Bem, afinal, quem é o garoto?

- No final do ultimo ano letivo Harry e Cedrico estavam em um campeonato, mas era uma armação e Cedrico foi morto por Voldemort. - Ah, droga, eu havia transformado o mocinho em vilão. Eu e Maria, mas bem, a culpa era minha.

Ficamos uma hora no salão comunal até que chegou a hora de irmos aos dormitórios. Antes de Harry sair eu pedi:

- Você poderia me emprestar o mapa do maroto e a capa?

- Aonde você vai Suzannah? - Ele perguntou, desconfiado.

- Terminar uma coisa que deveria ter terminado a messes. - Ele ficou me encarando por um tempo então correu e me trouxe os dois.

- Você vai com o Jesse não é? - Não.

- Sim, é claro. - Disse abrindo um sorriso amarelo.

- Bem, se ele vai junto... - Parecia eu mentindo para minha mãe, mas apenas dei de ombros. Subi para o dormitório onde achei que Mione já estava dormindo, mas não.

- Você vai agora? - Ela me perguntou. Peguei as velas que tive que roubar da sala de Adivinhação, o sangue de galinha que Hagrid havia me dado e coloquei na cama, junto do mapa e a da capa. Peguei uma legging preta, meus tênis all star pretos, uma regata preta e minha jaqueta de couro. Meu sinto de utilidades onde havia lanterna, soco inglês, isqueiro e mais algumas tralhas necessárias. Amarrei o cabelo em um rabo alto e peguei a varinha.

- Você parece que vai para a luta. - Mione disse rindo. Sorri dizendo:

- E quem disse que não? - Ela ficou quieta e então senti um aperto, alguma coisa que me fez parar e dizer:

- Se acontecer alguma coisa comigo... Eu adorei ter conhecido vocês. Todos vocês. - Ela ficou me encarando preocupada. Colocando a capa, eu comecei a descer a escada. Estava prestes a sair quando Jesse apareceu.

- Hermosa, você não estava pensando em ir sozinha, estava?

- Você não está pensando que vou deixá-lo ir junto? Jesse você sabe o que eu vou fazer. Um exorcismo e não sei se você consegue voltar daquele corredor duas vezes.

- Suzannah...

- Jesse, eu não vou me arriscar com isso, deixar que Maria ou Diego te mandem para aquele lugar. Não posso fazer isso porque eu te a... - quando eu vi eu ia dizer. Ia dizer que o amava, que ele era tudo para mim, mas então mudei em segundo os que iria dizer. - te acho muito legal. - Ele sorriu.

- Hermosa... - Eu me aproximei dele, podia sentir sua respiração, mas ele não tinha. Então disse:

- Jesse, fique com Jake e não apareça por lá. - Então eu sai para o corredor sombrio.

Eu estava com a capa de invisibilidade e então peguei a varinha para usar o mapa.

- Juro solenemente não fazer nada de bom. - Então o mapa se revelou e eu comecei a procurá-la. Ou ela ou Diego e eu os encontrei. Mas não estavam sozinhos. Havia Paul Slater e Draco Malfoy juto deles.

- Que grande droga. - Disse baixinho e comecei a correr para o sétimo andar. Eu estava próximo deles e podia até escutá-los. Escutei os passos de Paul e Draco se afastarem e comecei a desenhar no chão com o sangue de galinha. Depois acendi as velas e respirei fundo, tirando a capa de invisibilidade.

- Seria a vaca mais desprezível de 150 anos atrás, Maria? - Vocês devem pensar que caçar fantasmas é assim fácil. Você chama e eles aparecem você dá alguns socos nas fuças e eles somem. Não, não é assim. Mesmo que, dar um soco nas fuças seja bem terapêutico. Ainda mais para uma pessoa como eu que, mesmo não querendo, sou uma pessoa bem estressada. E eu ainda não havia suportado o fato deles tentaram matar, ou quase isso, meu namorado fantasma.

- Procurando alguém Suzannah? - Maria apareceu.

- Procurava, mas agora não mais. Eu tenho certa promessa a cumprir, aquela que eu fiz hoje na aula. De chutar sua bunda ossuda até sua sepultura fedorenta.

- Que palavreado! O que foi que eu fiz para instigar palavreado tão pouco feminino? - Ela perguntou. Foi quando percebi que Diego não estava ali e eu não sabia se isso era ruim, eu péssimo.

- Se desconsiderar tudo que você fez a alguns messes, me causou uns problemas hoje. Mas acho que ainda não superei os insetos na minha cozinha e muito menos o exorcismo de Jesse. - Ela riu.

- Achei que gostaria de uma visitinha minha para animar a aula.

- Você fez aquilo com algum propósito ou só para me causar problemas?

- E isso já não bastaria?

- Nossa! Eu vou machucar você, vou mesmo.

- Você continua a mesma. Você se acha melhor do que eu só por ser uma mediadora. Mas quem são os Simons? Ninguém! Mas os de Silva? Descendentes de reis e príncipes.

- Vai começar com esse papo de novo. - Disse rindo. - Já não falamos isso alguma vez? Que não foi uma atitude muito nobre mandar matar seu noivo apenas para poder se casar com um traficante de escravos nojento.  - O rosto dela mudou, se transformando em algo diabólico e sombrio. Ela saltou sobre mim, me fazendo perder o equilíbrio e bater a cabeça no chão de pedra do castelo.

- Diego sempre me disse pra ter cuidado com você. Mas eu disse que você era idiota demais para nos causar problemas, mas agora vejo que estava errada. Você é tudo que eu ouvi falar sobre os mediadores: uma criatura desprezível, que gosta de interferir! - Fiquei lisonjeada, realmente. Ninguém jamais havia me chamado de desprezível.

- Se eu sou desprezível, o que isso torna você? Ah, espere, não diga, já sei. Uma vaca de duas caras que gosta de esfaquear pelas costas, certo? - Logo Maria estava com a faca que ela usará a poucos messes para me ameaçar.

- Prometo que não farei nada pelas suas costas, queridinha. - Ela disse, avançando sobre mim.

- Pode vir. - Disse agarrando o pulso da mão que ela segurava a faca. - Você sabe seu maior erro, não sabe? - Eu falei, torcendo o braço para trás em um movimento rápido que eu aprendi em algum lugar no passado obscuro de delinqüente juvenil.

- Você se acha tão melhor que nós, por ser descendente da realeza. Mas não é nada, é uma vaca, uma ninguém, uma assassina. - Então dei uma joelhada na coluna vertebral dela, jogando-a no chão sujo de sangue e frio. - E eu realmente fico furiosa com isso e eu não sei o que me dá. Quando fico furiosa, quero dizer. Eu apenas começo a bater nas pessoas. Com muita força mesmo. - Peguei aquela maldita faca, que já havia se tornado ridícula. Maria estava furiosa, e gritava algo em espanhol, mas pouco me importei. As pessoas que poderiam escutá-la estavam longe. 

- Contei isso ao terapeuta que minha mãe me fazia ir. Ele disse, - eu joguei a faca o mais longe que pude e agarrei aqueles cabelos perfeitamente encaracolados trazendo a cabeça de Maria para perto de mim e dizendo no seu ouvido. - Ele disse que o gatilho do meu mecanismo de fúria e muito sensível. - Eu ri baixinho e me preparando para o próximo golpe. - E eu respondi: Meu mecanismo não é sensível. É... Que... As pessoas... Só... Ficam me enchendo.... O saco. - A cada palavra que eu dizia, eu batia com a cara de Maria no chão de pedra. Quando ergui seu rosto, depois do ultimo golpe vi que o estrago era grande. Saia sangue de seu nariz perfeitinho e sua boca estava cortada.

- Ah, me desculpe. - Disse rindo, - Que interferência da minha parte. - A virando de barriga para cima, mantendo os braços presos e impossibilitando a fuga eu ergui o punho onde eu tinha meu soco inglês e disse:

- Esse é pelos insetos na minha cozinha. Esse pelo Jesse, é claro. Esse, - disse me preparando para o próximo, - é pelo o que seu marido desprezível fez com o Padre Dom. Esse é pela minha detenção. E esse por todos me acharem uma maluca.  - Olhei o nariz que ainda sangrava e o olho que agora mal estava aberto. Eu estava furiosa, muito mesmo, mas sabia exatamente o que estava fazendo. E não era nada bonito, sei disso. A violência é a ultima resposta, mas no que se referia a Maria, ela não merecia ter seu rosto desfigurado. Não, ela merecia virar gosma de fantasma e nunca, nunca mesmo, voltar a me encontrar. E quando me levantei, a soltando e me preparando para começar o maldito exorcismo percebi um brilho surgindo atrás de mim e me virei.

- Ah meu deus! - Disse rindo, estupidamente feliz por finalmente vê-lo. No momento eu não sabia o quão errada era essa felicidade. - Diego querido, a quanto tempo? Veio ver sua mulher desprezível ser exorcizada mais uma vez? Só que dessa vez vai ser pra sempre! - Disse rindo.

- Eu achei que tinha dito que tomaria conta dela. - Maria falou. Ou tentou. As palavras saíram estranhas de sua boca que ainda sangrava, mas já estava melhor. Isso é o ruim dos fantasmas, você pode bater muito neles, muito mesmo, mas eles sempre voltam ao normal. Mas os ferimentos que eles causam em você normalmente são mais duradouros.  - Eu apenas quis brincar com ela.

- Já disse que com mediadores não se brincam. Você não aprendeu isso da ultima vez?

- Eu deveria ter te escutado. - Ela disse, fazendo aquele beicinho que eu via a loira peituda fazer ao Slater. - Mate-a para mim Diego. - Eu ri, sério mesmo, quem eles achavam que eram? Eu já não havia vencido eles uma vez? Por que eles achavam que seria diferente dessa vez?

- Ah, tinha esquecido que você é daquele tipo capacho de mulher, que coisa feia. - Disse rindo. - Eu me recordo de mencionar algo sobre sua mulher em um dos nossos últimos encontros. Como ela é uma completa vagabunda. - Ele começou se aproximar e eu me lembrei que da ultima vez que eu havia tentado enfrentar Diego eu havia acabado dentro de um buraco, no quintal da minha casa em Carmel. Comecei a me afastar dele, mas Maria me segurou fazendo Diego rir.

- Eu já devo ter dito isso uma vez, mas eu tenho uma convicção que mediador bom, é mediador morto. - Com Maria me segurando eu não tinha para onde ir e vi o punho de Diego vindo em minha direção. Ele levou a sério aquela frase, deferindo vários socos no meu rosto, embaçando minha visão. Havia sangue, eu sentia ele escorrer e cair na minha regata e quando achei que havia terminado ele me jogou no chão, me chutando algumas vezes e então, junto de Maria, sumindo.

Eu não consegui nem falar, quanto menos andar ou algo assim. Fiquei ali jogada olhando o teto, sentindo o cheiro do sangue de galinha e o calor que vinha da vela mais próxima. Eu pelo menos não havia gritado. Nenhuma vezinha só. Havia agüentado tudo aquilo em silêncio, como uma boa mediadora. Comecei a perceber que tudo estava ficando preto, eu estava perdendo os sentidos e antes que isso acontecesse pensei em Jesse. Então, apaguei.  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado e sei lá, se quiserem fazer recomendações eu nem ficaria brava, UHAHUAUH :)