Little New Life escrita por Lady Holmes


Capítulo 13
As coisas estão saindo do controle


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que estão lendo *-* Boa leitura a todos.



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- E então, como foi a detenção? - Harry perguntou. Péssima, horrível, detestável, deplorável.

- Chata. E o dia de vocês?

- Ficamos na biblioteca com Mione. - Ron respondeu. Jake apareceu junto de Lize, percebi que os dois, depois que se entenderam, estavam bem próximos.

- Suze! - Eu sorri para Jake e Lize.

- Oi Jake, oi Lize. - Estava tudo bem, eu comia o jantar que era frango assado e conversava com toda a galera quando aconteceu. Minha cabeça começou a doer, a principio achei que fosse apenas uma dor de cabeça normal, nada de mais, mas então eu escutei:

- Seu Jesse voltou. - Voldemort estava ali, novamente na minha cabeça.

- E você já está indo embora... - Tentei parecer normal, mas eu estava sentindo uma dor que por pouco não me fazia gritar. 

- E se eu lhe dissesse que posso trazer-lo de volta a vida? - Jesse, de volta a vida?

- Isso mesmo Suzannah, imagina ter Jesse de verdade ao seu lado... - Isso seria perfeito, mais do que perfeito. Todos poderiam vê-lo, eu poderia apresentar para minha mãe e diria: Esse é Jesse, meu namorado...

- Eu posso fazer isso Suzannah, você só tem que me ajudar. - Opa, pêra lá.

- Eu não vou ajudá-lo. - Ele pareceu um pouco furioso com isso, fazendo a dor aumentar e lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

- Suze? - Harry perguntou.

- Potter?! - Voldemort riu, - você pode me dar acesso ao Potter sem nem ao menos querer me ajudar. Acha mesmo que é seguro se aproximar deles, acha mesmo que será fácil para você sobreviver a minha força? - Sai da minha cabeça!

- Hey, Suze, está tudo bem? - Mione perguntou, minha cabeça parecia que ia explodir, Voldemort ria com toda a situação e eu não encontrava minha voz para poder pedir socorro. Tudo começou a ficar escuro, a ultima coisa que lembro de ver foi Jesse dizendo:

- Hermosa.

Acordei uma hora depois na ala hospitalar com Mione Ron e Harry de um lado, Jesse e Cedrico do outro.

- Você está bem? - Ron pediu.

- Eu... só estava cansada. - Disse dando de ombros e tentando fingir que estava tudo bem. Não mesmo que eu ia contar a eles que tinha gente na minha cabeça que não deveria estar. Tão logo eu acordei, Madame Ponfrey os mandou sair. Obviamente, os três tiveram que obedecer, mas Cedrico e Jesse se limitaram a ficar ao meu lado.

- Você me deu um susto e tanto Hermosa. - Jesse se sentou aos pés da cama como fazia em Carmel depois dos vários acidentes que sofri por lá. Cedrico se limitava a olhar a porta com uma mistura de raiva, ódio, tristeza e nostalgia.

- Hey Cedrico, o que foi?

- Você é amiga do Potter?

- Bem, ele é meu irmão. - Cedrico saltou para trás, se afastando da cama.

- Você o conheceu? - Achei estranho já que isso significaria que Cedrico era um morto recente e ninguém comentou nada sobre nenhuma morte por aqui.

- Ele não lhe contou? - Fiquei em silêncio, negando com a cabeça.

- Me contar o que?

- Que ele estava lá quando eu morri. Quando você sabe quem me matou. - Cedrico havia sido morto por Voldemort? E Harry estava junto? Mas como isso?

- Não ele não falou. Na verdade ele não fala muito de Voldemort. - Cedrico se reaproximou, com um rosto sério mas sem sentimento.

- Acho que... Talvez... Seja isso. Harry não explica a ninguém como eu morri, todos acham que foi um acidente e por mais mesquinho que isso seja quero que todos saibam que eu lutei antes de morrer, morri como um guerreiro. - E, então se desmaterializou. Deixei minha cabeça recair sobre o travesseiro, com Jesse aos pés da cama.

- Isso não te lembra Carmel? - Jesse apenas me olhou. - Você sabe, eu deitada na cama por algum motivo médico, fantasmas dizendo o que eu devo fazer... - Ele riu. - Acho que só falta o Spike e então teríamos tudo aqui. - Jesse se aproximou. - Mesmo que Carmel tenha um clima bem melhor e a vista do meu quarto era bem mais incrível e lá, mesmo com a Irmã Ernestina e sua cruz no meio dos peitos, não havia Snape, nem Slater... - Jesse agora estava ali, quase me beijando, se eu me aproximasse mais. Mas alguém havia pressionado o botão: “Informações pro favor” e eu não parava de falar, nem que eu quisesse. - E tinha Cee Cee e o Adam, tudo bem Harry Ron e Mione são de mais, mas eu sinto falta deles, e da Gina, e do Padre D, da minha mãe, do Andy... Por Deus, eu estou com saudades de Soneca, Dunga e Mestre. - Lágrimas de saudade, tristeza e medo surgiram em meus olhos. Jesse ficou parado me olhando então as secou.

- Hermosa, estamos juntos nessa, não importa o que seja. - Ele limpou minhas lágrimas, beijou minha testa e disse:

- Boa noite. - Antes que eu tivesse oportunidade de me despedir ele de desmaterializou e eu fiquei sozinha na ala hospitalar vazia. Mesmo sem sono me virei e tentei dormir. Não sei quando que eu cai no sono, só sei que depois de um tempo tudo.

Névoa. É só o que consigo ver. Só névoa, do tipo que vem da baía toda manhã lá em Carmel.Estou num corredor ladeado por portas, não há teto, apenas estrelas frias piscando num céu preto como nanquim. O corredor comprido feito de portas fechadas parece se estender para sempre em todas as direções e agora estou correndo. Estou disparando pelo corredor, com a névoa parecendo se grudar nas minhas pernas, as portas fechadas de cada lado se transformando num borrão. Eu sei que não adianta abrir qualquer uma daquelas portas. Não há nada atrás delas que possa me ajudar. Eu tenho de sair desse corredor, mas não posso, porque ele simplesmente vai ficando cada vez mais comprido, esticando-se na escuridão, ainda coberto por aquela névoa branca e densa. E de repente não estou sozinha na nevoa. Jesse está comigo, segurando minha mão. Não sei se é o calor de seus dedos ou a gentileza de seu sorriso que afasta o temor, mas subitamente estou convencida de que tudo vai ficar bem. Pelo menos até se tomar claro que Jesse não sabe o caminho melhor do que eu. E agora nem mesmo o fato de minha mão estar na dele consegue suprimir a sensação de pânico que borbulha por dentro de mim. Mas espere. Alguém está vindo na nossa direção, uma figura alta andando pela névoa. Meu coração que bate freneticamente - o único som que consigo ouvir nesse lugar morto, com exceção de minha respiração - reduz um pouco a velocidade. Ajuda. Ajuda por fim. Só que quando a névoa se parte e eu reconheço o rosto da pessoa à nossa frente, meu coração começa a bater mais alto do que nunca. Porque sei que ele não vai nos ajudar. Sei que não vai fazer nada.

Além de rir.

E então estou sozinha de novo, só que desta vez o piso à minha frente sumiu. As portas desaparecem, e estou cambaleando na borda de um abismo tão fundo que não consigo ver o chão lá embaixo. A névoa redemoinha em volta, derramando-se no abismo e aparentemente querendo me levar junto. Estou balançando os braços para não cair, tentando freneticamente agarrar alguma coisa, qualquer coisa. Só que não há o que agarrar. Um segundo depois uma mão invisível dá um único empurrão.

E eu caio.

Acordo gritando no meio da ala hospitalar. Jesse e Madame Ponfrey apareceram correndo. Jesse viu as lágrimas em meu olhar e logo percebeu que era o mesmo pesadelo dos últimos dias, mesmo assim, mesmo sem falar ele ficou ao meu lado em quanto Madame Ponfrey me fazia perguntas.

- Madame Ponfrey, foi apenas um sonho... - Eu tentava acalmar a mulher que procurava qualquer problema comigo.

- Tem certeza querida?

- Tenho sim, pode voltar a dormir. - A mulher saiu e eu deitei com Jesse ao meu lado. Não falamos nada, ele apenas ficou ali comigo em quanto eu tentava dormir. 


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Notas finais do capítulo

Bem, tomara que gostem ^^ o próximo cap mais deixar vocês de boca muito aberta com o reaparecimento de certa pessoa :)
http://www.fanfiction.com.br/historia/166324/Dreams_And_Nightmares
Quem quiser ler, são apenas oneshots originais minhas :)