My Problematic Life escrita por Tarver


Capítulo 2
Capítulo 2 – Resposta errada


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que pediram pra fazer capítulos maiores, mas esse já estava pronto, então me desculpem, ok? O próximo eu faço maior... ou não, é. Boa leitura!
~*~
CAPÍTULO EDITADO EM 11/01/13.



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"- Por isso prefiro o Jason."


– Emily, o que você fez?! – vi meu pai saindo de dentro de casa, com minha mãe e as gêmeas atrás. Legal, agora somos a família Buscapé.


– Caí da árvore.

Essa frase saindo da minha boca era tão comum quanto uma criança gostar de doces.

– Você tem que pensar antes de fazer as coisas – e eu pensei. Pensamentos inúteis – Precisa ter mais cuidado – assenti. Será que dava pra parar com o projeto de sermão e olhar logo a droga do meu braço?

– Eu sei, eu sei. Ai! Vai devagar – olhei-o enquanto examinava meu braço. Meu pai ser médico não é a melhor coisa do mundo. Na verdade, às vezes, é a pior. Pensa bem, quando eu quero matar aula, não posso nem fingir que estou doente, porque ele saberia que estou mentindo. Fora as coisas que ele diz quando realmente estou doente.

Já no hospital, encontrei Jason, meu amigo, sentado na sala de espera com o braço totalmente ralado. Estava horrível, mas a garota com braço inclinado para a outra direção não podia falar nada.

– O que aconteceu? – perguntei me sentando ao seu lado.

– Caí na rampa. E você?

– Caí da árvore.

– Tentando fugir de novo? – ri.

– Não. Só pegando a bola pras gêmeas.

– Menos mal – piscou. Jason era bonito. Quero dizer, bonito mesmo. Do tipo que anda com os babacas do colégio eu e ainda assim consegue a atenção das líderes de torcida. Ah, claro. Com cabelos claros e olhos verdes, até eu.

Certo, voltando à realidade em que eu nunca ficaria com um dos meus melhores amigos...

– Como conseguiu cair?

– Ah, você sabe.

– Não. Não sei – girei os olhos.

– Tinha uma garota passando, e eu...

– E você ficou olhando pra ela que nem um bobo, então caiu.

– É – abaixou a cabeça.

– Você é muito idiota.

– Desculpa se me atraio pelo sexo feminino.

Uma enfermeira entrou na sala. Vestia branco dos pés ao pescoço. Sim, ao pescoço. Seu cabelo tinha uma cor estranha, algo entre o roxo e o magenta. É bem estranho ter o cabelo colorido aos trinta anos de idade, principalmente quando se trabalha em um hospital e não é nenhuma celebridade pirada.

– Jason – ela disse.

Ele se levantou e a acompanhou até uma das várias salas no corredor principal. Logo eu também estava em uma delas.

– Oi, Dr. Cole – sorri enquanto me sentava na maca de seu consultório.

– Olá, Emily - sorriu rapidamente e voltou sua atenção para a prancheta que a enfermeira havia entregado à ele, provavelmente com minhas informações.

Seria estranho dizer que conheço praticamente quase todos os médicos deste hospital – incluindo a gorda que acabara de ser transferida para a pediatria? Pois é. O fato é que meu pai trabalha aqui, e me machuco sempre, visitando o hospital pelo menos uma vez por semana.

– O que houve desta vez? – "O que houve desta vez?" médicos tem um vocabulário ridículo, sério.

– Caí da árvore.

– De novo? – hm, digamos que eu já tenha caído daquela árvore umas duas vezes – Precisa tomar mais cuidado, Emily.

Olhei para meu pai.

– Ouvi isso mais cedo.

Depois de tirar o raio-X, engessar o braço e ouvir o discurso sobre ter cuidado outra vez, finalmente, voltamos para casa.

– Deu tudo certo? – a expressão de minha mãe era totalmente – engraçada – apavorada.

– Eu quebrei o braço, não fui atropelada – girei os olhos e passei pela porta, sendo seguida por meu pai. Minha mãe não era dramática, só às vezes. Mas ela já devia ter parado com isso sabendo a frequência com que me machuco.

Subi as escadas correndo e me tranquei no quarto, pegando o celular e verificando as chamadas. Certo, quase ninguém me liga ou, sei lá, manda mensagem, mas milagres acontecem. E um aconteceu hoje porque, pelo visto, eu tinha uma chamada perdida.

Adivinha quem tá namorando? – Perguntar quem é? Pra que, né, Tom.

Ah, sim. Identificador de chamadas.

– Você é que não está.

Resposta errada – eu não podia vê-lo, mas era quase certeza que estava sorrindo – Sabe a Mia, da minha classe de História?

– Ahn... não? – quem diabos era Mia? E desde quando ele não matava a aula de História?

Vai me ajudar a contar pros meus pais.

– Você só vai contar que está namorando, não que sua namorada está grávida! Não, espera. Ela não está, está?

Emily, eu sou virgem! – ri fraco. Não era normal termos esse tipo de conversa, namoros, sexo... – Por favor. É só ir comigo quando eu for contar.

– Qual é o problema em contar que está namorando? Já fez isso, lembra? Tipo, zilhões de vezes.

Foram duas. E é diferente. Vai me ajudar ou não?

– Táááá – estendi a palavra, deixando claro que estava o fazendo contra minha vontade – Mas vai ficar me devendo uma.

Se estivéssemos contando, você me deveria vinte e sete – bufei.

– Por isso prefiro o Jason.

Também te amo.


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