My Problematic Life escrita por Tarver


Capítulo 1
Capítulo 1 – Pensamentos inúteis


Notas iniciais do capítulo

Hey there :)
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CAPÍTULO EDITADO DIA 07/01/13.
VERSÃO ORIGINAL: https://docs.google.com/document/d/1fCrfAYPsALUk1RVAPAMH3M6NHIA6QOBRmyHRmLrd-5s/edit



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"E o que você aprendeu com tudo isso? Não tenha pensamentos inúteis!"


– Mãe, por favor!

– Emily, não vou te devolver depois do que fez.

– Mas não foi nada de mais!

– Ah, claro que não! Você só entrou no shopping andando de skate! Nada de mais!

– Prometo que não faço de novo, por favor! Eu não quero ir pra escola de ônibus!

– Fico com ele por duas semanas.

Merda. Duas semanas indo pra escola de ônibus. Ah, e não, eu não posso ir à pé. Por que? Ora, porque seria preciso levantar mais cedo! E não me chame de preguiçosa, você também não gostaria de fazer isto.

– Lily, pega a bola pra gente? – minha irmã apareceu na porta com um sorriso idiota no rosto. Minha teoria? Fui adotada, é claro.

– Não me chama de Lily – disse baixo, mas o suficiente para que pudesse escutar.

– Tá, tá. Pega?

– Por que eu pegaria? – inclinei uma sobrancelha. Eu sempre me virei sozinha. Quando tinha a idade das minhas irmãs, não tinha nenhum irmão mais velho que pegasse bolas que consegui isolar no telhado. Não mesmo.

– Por que você consegue subir e nós não, idiota – girou os olhos. Certo, talvez tenhamos alguma semelhança. Não que eu vá assumir isso em voz alta.

– Tudo bem – suspirei levantando-me da cama.

Sabe quando você tem aquele pensamento inútil de "quero um irmão"? Eu te dou um conselho: não tenha. Sério. E nunca chegue a pedir isso à sua mãe, porque ela pode te ouvir. E pior: pode engravidar de gêmeas.

Mary e Julia são o resultado da minha burrice e eu espero, sinceramente, que você não a repita. Lembra do pensamento inútil? É inútil! E não diga que não avisei.

Quando se pensa em gêmeas loiras de nove anos, têm-se a – falsa – imagem de fofura. Isso eu te garanto que não vai encontrar nas minhas irmãs, afinal, elas são minhas irmãs.

– Vocês me devem essa – escalar a cerca lateral da sua casa e xingar suas irmãs ao mesmo tempo estava sendo algo ridículo, mas tudo bem. Para se chegar ao telhado, é preciso que você suba na cerca, para depois subir em um dos galhos da árvore que fica em nosso quintal. Então você anda sobre um dos galhos, e está no telhado.

– Calma, Lily, você é esperiente – olhei para Julia por uma fração de segundo, tendo um vislumbre de seu sorriso.

– Não me chame de Lily, caralho!

Então. Sabe quando você tem um pensamento inútil de "deve ter um galho aqui"? Olhe para baixo, sei lá, só para confirmar... e não cair.

– Emily! – as gêmes gritaram espantas e correram na minha direção. Ah, sim. Agora eu me encontrava jogada na grama.

– Pelo menos vocês me chamaram pelo nome... ai! – firmei o braço com a outra mão, segurando-o junto ao corpo. Já havia quebrado um braço antes, e sabia muito bem qual era a sensação.

– O que foi, Lily? – vi Mary entre seus cabelos caídos no meu rosto e o retorci em uma careta.

– É Emily, porra!

Aí você pensa "O que tem de errado com Lily? É um apelido fofo". Isso aí. É um apelido fofo. Não combina comigo... entende? Além de ser ridículo para alguém com dezesseis anos.

– Que seja. Quer que chame a mamãe?

– Nããããão, Mary – arregalei os olhos e carreguei minha voz em ironia – Quero que chame o Papa! É lógico que quero que chame a mamãe!

Giros os olhos e se afastou, sendo seguida por Julia. Provavelmente eu iria para o hospital, colocaria um gesso ridículo e andaria com isso por umas duas semanas – ou mais. E o que você aprendeu com tudo isso? Não tenha pensamentos inúteis!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?