My Problematic Life escrita por Tarver
Notas iniciais do capítulo
Capítulo dedicado à Maju, que fez uma recomendação pra fanfic; obrigada, sério (:
EDITADO EM: 01/02/13
Aula de Teatro é uma merda. Principalmente quando a professora resolve fazer um trabalho de encenação valendo metade da nota, em que eu caio com o Dean, e a peça sorteada para nós é Romeu e Julieta.
Eu amo a minha vida.
- Quero deixar claro que não podem trocar de grupo, e nem de peça. Vocês encenarão a peça para o colégio, três grupos por semana. O figurino da escola vai estar à disposição de vocês e podem ensaiar no auditório às segundas e quinta – a srta. Blair sorriu e se sentou novamente – Podem se juntar para resolver o que for preciso.
Afundei na carteira suspirando. Eram nove grupos. Eu, Dean e Jane éramos o quinto, ou seja, atuaríamos dali a duas semanas – o que eu achava uma total injustiça, já que os outros grupos teriam mais tempo.
- E aí? – Dean se sentou em minha carteira e sorriu.
- E aí o quê?
- Como vamos fazer o trabalho? Podemos ensaiar na minha casa depois do último tempo, pegar as falas.
Jane apareceu e puxou uma cadeira para mais perto.
- Por mim tudo bem – me encarou.
- Ah. Eu vou ver com a minha mãe, mas é provável que ela não deixe. Não acha legal eu ficar indo na casa de desconhecidos.
- Emily, você mente muito mal – Jane riu.
Bufei.
- Tudo bem, eu vou.
Sorriram e Jane se afastou. Encarei Dean, esperando que se afastasse, mas ele não o fez.
- Como vai a vida? – estranhei a pergunta, mas respondi.
- Bem, eu acho. Tirando o fato de a sua namoradinha ter quebrado o meu skate.
- Como assim?
- A Helen quebrou meu skate.
- Por quê? – o encarei como se dissesse "é sério que não sabe?" – Por minha causa?!
- Duh.
- E o que seu skate tem a ver com isso?
- Ela acha que você ainda gosta de mim. Deve ter sido alguma ameaça do tipo “Fique longe do meu homem” – fiz uma careta. Dean riu.
- Eu ainda gosto de você. E, só pra informar, a Helen não é minha namorada.
Sorri internamente.
- Mas vocês não...?
- Eu fiquei com ela na festa. Mas você ficou com o Jason.
Bufei. Não devia nenhuma explicação para ele.
- Eu fiquei com ele na festa. Mas você ficou com a Helen – riu.
- Certo. E agora vocês estão juntos.
- Oi, casal – Tom sorriu quando me aproximei abraçada à Jason.
- Oi – sorri de volta.
- Cadê seu skate? – encarou minhas mãos vazias e arqueou uma sobrancelha. Eu sempre estava com ele depois do último tempo, já que voltava pra casa com ele. Voltava, não volto mais.
- Quebraram.
- A Helen quebrou – Jason esclareceu. Eu vou esclarecer a sua cara, garoto.
- O quê?! Porque ela faria isso?!
- Sei lá – dei de ombros. Não ia abrir a boca pra falar sobre o Dean. Se ele sabe que eu gosto dele, descobriu por conta própria. A menos, é claro, que Jason tenha dito.
Me voltei para o garoto ao meu.
- Eu... vou pra casa do Dean hoje, tá bem? – me encarou de cima à baixo. E não me pergunte o porquê.
- Porque?
- A filha da... – levantou o indicador, sorrindo – A filha da mãe da professora de teatro inventou um trabalho idiota sobre encenar uma peça, e eu fiquei no grupo dele.
- Só por causa do trabalho? – arqueou uma sobrancelha.
- Vai dar uma de ciumento? – Tom observava e riu.
- Talvez – sorriu e me beijou – Te vejo depois.
Olhei para os lados, procurando um motivo pelo sorriso exibido de Jason, e encontrei Dean nos encarando a alguns metros. Ótimo. Me inclinei e beijei-o novamente, fazendo Tom assoviar.
- Vocês não tem noção de como eu amo esse namoro – girou os olhos. Sorri e lhe dei um beijo na bochecha, saindo de perto em seguida.
Dean já estava com Jane conversando quando me aproximei.
- E aí, onde você mora? – ouvi-a perguntar.
- Atrás da escola – Dean de de ombros.
- Literalmente?! – arregalei os olhos.
- Literalmente.
A casa era um oasis. Imensa, com piscina e quadra de tênis. Do tipo que pertence a velhos à beira da morte. Estava a venda há pouco tempo, fazia sentido. Quando era mais nova e precisava fugir de alguém na escola, subia no telhado e observava a casa. Tinha dois andares e era pintada em cores claras. Não chegava a parecer uma mansão europeia, mas era muito boa para uma americana. Mary imaginava a Mansão Playboy assim, por mais estranho que fosse ter uma irmã de nove anos que imagina a Mansão Playboy.
- Convenhamos que eu não seria uma boa Julieta – Jane riu.
- Racismo dentro da própria raça? Que feio, Mary Jane... – suspirei. Ela era morena, não muito, mas morena. Tinha cabelos longos e ondulados que quase chegavam na cintura. Era bonita, mas não se parecia com a Julieta. Muito menos eu.
- Acho que seria uma boa Julieta, Emily.
Dean se jogou no sofá a nossa frente com os três roteiros impressos.
- Eu não – sorri cinicamente – Mas não tem outro jeito. Então... o que a Jane vai fazer? É um trecho, praticamente um monólogo, com duas pessoas.
- Posso ajudar com as falas e cenário, a professora deve aceitar.
Suspirei. Se tem alguém aí em cima, por favor, me ajude.
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"Se tem alguém aí em cima, por favor, me ajude." Não, a Emily não é ateu (e quem vier me corrigir dizendo que é atéia, que vá pra merda, porque não existe feminino de ateu u_ú), eu imagino ela sendo agnóstina, que é o que eu sou. Google it.
Vocês pediram sentimentalismo, eu fiz da Emily uma chorona (certo, sem exageros, mas né). Pediram mais Dean, eu invetei o trabalho. Agora, comentem e façam uma autora feliz U_U