My Problematic Life escrita por Tarver


Capítulo 17
Capítulo 17 – Romeu e Julieta?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à Maju, que fez uma recomendação pra fanfic; obrigada, sério (:
EDITADO EM: 01/02/13



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Aula de Teatro é uma merda. Principalmente quando a professora resolve fazer um trabalho de encenação valendo metade da nota, em que eu caio com o Dean, e a peça sorteada para nós é Romeu e Julieta.

Eu amo a minha vida.

- Quero deixar claro que não podem trocar de grupo, e nem de peça. Vocês encenarão a peça para o colégio, três grupos por semana. O figurino da escola vai estar à disposição de vocês e podem ensaiar no auditório às segundas e quinta – a srta. Blair sorriu e se sentou novamente – Podem se juntar para resolver o que for preciso.

Afundei na carteira suspirando. Eram nove grupos. Eu, Dean e Jane éramos o quinto, ou seja, atuaríamos dali a duas semanas – o que eu achava uma total injustiça, já que os outros grupos teriam mais tempo.

- E aí? – Dean se sentou em minha carteira e sorriu.

- E aí o quê?

- Como vamos fazer o trabalho? Podemos ensaiar na minha casa depois do último tempo, pegar as falas.

Jane apareceu e puxou uma cadeira para mais perto.

- Por mim tudo bem – me encarou.

- Ah. Eu vou ver com a minha mãe, mas é provável que ela não deixe. Não acha legal eu ficar indo na casa de desconhecidos.

- Emily, você mente muito mal – Jane riu.

Bufei.

- Tudo bem, eu vou.

Sorriram e Jane se afastou. Encarei Dean, esperando que se afastasse, mas ele não o fez.

- Como vai a vida? – estranhei a pergunta, mas respondi.

- Bem, eu acho. Tirando o fato de a sua namoradinha ter quebrado o meu skate.

- Como assim?

- A Helen quebrou meu skate.

- Por quê? – o encarei como se dissesse "é sério que não sabe?" – Por minha causa?!

- Duh.

- E o que seu skate tem a ver com isso?

- Ela acha que você ainda gosta de mim. Deve ter sido alguma ameaça do tipo “Fique longe do meu homem” – fiz uma careta. Dean riu.

- Eu ainda gosto de você. E, só pra informar, a Helen não é minha namorada.

Sorri internamente.

- Mas vocês não...?

- Eu fiquei com ela na festa. Mas você ficou com o Jason.

Bufei. Não devia nenhuma explicação para ele.

- Eu fiquei com ele na festa. Mas você ficou com a Helen – riu.

- Certo. E agora vocês estão juntos.


 

- Oi, casal – Tom sorriu quando me aproximei abraçada à Jason.

- Oi – sorri de volta.

- Cadê seu skate? – encarou minhas mãos vazias e arqueou uma sobrancelha. Eu sempre estava com ele depois do último tempo, já que voltava pra casa com ele. Voltava, não volto mais.

- Quebraram.

- A Helen quebrou – Jason esclareceu. Eu vou esclarecer a sua cara, garoto.

- O quê?! Porque ela faria isso?!

- Sei lá – dei de ombros. Não ia abrir a boca pra falar sobre o Dean. Se ele sabe que eu gosto dele, descobriu por conta própria. A menos, é claro, que Jason tenha dito.

Me voltei para o garoto ao meu.

- Eu... vou pra casa do Dean hoje, tá bem? – me encarou de cima à baixo. E não me pergunte o porquê.

- Porque?

- A filha da... – levantou o indicador, sorrindo – A filha da mãe da professora de teatro inventou um trabalho idiota sobre encenar uma peça, e eu fiquei no grupo dele.

- Só por causa do trabalho? – arqueou uma sobrancelha.

- Vai dar uma de ciumento? – Tom observava e riu.

- Talvez – sorriu e me beijou – Te vejo depois.

Olhei para os lados, procurando um motivo pelo sorriso exibido de Jason, e encontrei Dean nos encarando a alguns metros. Ótimo. Me inclinei e beijei-o novamente, fazendo Tom assoviar.

- Vocês não tem noção de como eu amo esse namoro – girou os olhos. Sorri e lhe dei um beijo na bochecha, saindo de perto em seguida.

Dean já estava com Jane conversando quando me aproximei.

- E aí, onde você mora? – ouvi-a perguntar.

- Atrás da escola – Dean de de ombros.

- Literalmente?! – arregalei os olhos.

- Literalmente.

A casa era um oasis. Imensa, com piscina e quadra de tênis. Do tipo que pertence a velhos à beira da morte. Estava a venda há pouco tempo, fazia sentido. Quando era mais nova e precisava fugir de alguém na escola, subia no telhado e observava a casa. Tinha dois andares e era pintada em cores claras. Não chegava a parecer uma mansão europeia, mas era muito boa para uma americana. Mary imaginava a Mansão Playboy assim, por mais estranho que fosse ter uma irmã de nove anos que imagina a Mansão Playboy.


 

- Convenhamos que eu não seria uma boa Julieta – Jane riu.

- Racismo dentro da própria raça? Que feio, Mary Jane... – suspirei. Ela era morena, não muito, mas morena. Tinha cabelos longos e ondulados que quase chegavam na cintura. Era bonita, mas não se parecia com a Julieta. Muito menos eu.

- Acho que seria uma boa Julieta, Emily.

Dean se jogou no sofá a nossa frente com os três roteiros impressos.

- Eu não – sorri cinicamente – Mas não tem outro jeito. Então... o que a Jane vai fazer? É um trecho, praticamente um monólogo, com duas pessoas.

- Posso ajudar com as falas e cenário, a professora deve aceitar.

Suspirei. Se tem alguém aí em cima, por favor, me ajude.



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Notas finais do capítulo

"Se tem alguém aí em cima, por favor, me ajude." Não, a Emily não é ateu (e quem vier me corrigir dizendo que é atéia, que vá pra merda, porque não existe feminino de ateu u_ú), eu imagino ela sendo agnóstina, que é o que eu sou. Google it.
Vocês pediram sentimentalismo, eu fiz da Emily uma chorona (certo, sem exageros, mas né). Pediram mais Dean, eu invetei o trabalho. Agora, comentem e façam uma autora feliz U_U