Charlie escrita por Reet


Capítulo 16
15 - Está quente aqui


Notas iniciais do capítulo

hello hello remember me? I'm everything you can't control (8)
Ola pessoas, eu voltando depois de sumir la la la
Aqui está o capítulo (:
Só estou atrasada povo, porque eu to escrevendo mais e mais capítulos na frente desse okay?
Ah sim, esse capítulo é dedicado à Rocket, super linda ela, que aparece no capítulo, vocês vão notar que o Gerard vai bejar uma menina aí, então, a Rocket vai entender quem é a menina foshsfhs Beijo Rocket ♥



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Charlie Hagen

Assim que entramos na festa, eu reparei que o local era gigante e ficando na ponta do pé – e me escorando em algumas pessoas altas – eu podia ver o final da sala, que tinha uma escada para o andar superior, que talvez estivesse muito melhor do que esse.

Recebemos pulseirinhas, aquelas fosforescentes que se você morder, sai um liquido com gosto ruim, que quando eu era menor, podia jurar que matava alguém intoxicado e por isso, esfregava na cara dos meus colegas de escola – eu fui expulsa de escolas por isso. Eu me virei para Danny (usando uma camisa branca com colarinho, estava muito, muito sexy com os fios despenteados, mas arrumados) e bati com a minha pulseirinha no braço dele, esperando que o liquido saísse e manchasse, mas nem aconteceu, então me virei para longe novamente.

Os meninos fizeram um círculo, me excluindo totalmente. Sabe como isso me irrita? Irrita muito. Fiz uma careta para Danny, que nem percebeu e depois me enfiei no meio das pessoas, procurando algum garçom que servia bebida alcoólica. Sim, eu iria encher a cara porque estava com muita raiva. E, aliás, era uma festa! Mesmo que eu fosse BVL, adoraria perder com qualquer mané idiota da faculdade do Moritz.

Encostadas, suor, pessoas passando muito perto, meninos mais idiotas que os Moritz e seus amigos olhando para mim com outros olhos. Tudo contribuía para “Sexo, drogas e rock n’ roll”, menos a música, que nem era rock n’ roll. Então eu acho um garçom (lindo) sem camisa e usando aquelas gravatinhas borboletas e segurando taças de alguma coisa alcoólica. Eu levantei a mão para alcançar a bandeja, e o garçom levantou mais ainda com um sorrisinho pervertido. Abaixou para falar no meu ouvido.

Você não tem mais de dezoito. – Disse o garçom com a voz sexy e a carinha pervertida.

Quer ver?

Não me pergunte de onde tirei essa frase, mas falei lentamente para o garçom, que gargalhou e me deu um copo com aquele liquido dourado que iria ferver minha garganta segundos depois. Eu só esperava que isso não tivesse droga.

Mentira, eu esperava que tivesse sim! Gargalhei.

De repente, apareceu um Andrews com sua camisa branca molhada de suor e o cabelo despenteado na minha frente, segurando meus dois braços. Ele falava alguma coisa, mas eu nem ouvia por causa da música alta e sorri. Virei o copo na minha boca... Minha garganta ardeu! Eu cuspi na cara de Andrews que fez uma careta para mim de nojo. Ele me balançou pelos braços e eu me abaixei, fazendo com que ele me soltasse, correndo para longe e deixando o copo na mão de alguém.

Andrews passou os braços pelo meu corpo, me prendendo. Isso era para me deixar com raiva, mas eu fiquei arrepiada. Falou no meu ouvido:

Danny está te procurando!

— Dane–se! – Eu gritei para ele, que deve ter ouvido, pois fez careta.

Nada nunca acontece comigo! Eu quero experimentar algo novo, e não ficar presa por Danny.

Acertei meu cotovelo em Andrews, que me soltou. Adentrei mais a festa, e por azar, vi Danny vagando com os olhos, provavelmente me procurando. Passei os braços no corpo de qualquer pessoa ali e fiquei de costas para ele. Então me dei conta de que estava agarrando Gerard, que me olhou estranho e eu desatei a rir, me soltando dele.

— Ah, eu achei você primeiro!

— Na verdade, foi o... – Era melhor calar a boca ­– Sim, você me achou! Vamos nos divertir, Ge.

Dei a mão para Gerard, que sorriu com o ato e o puxei pela festa. Era bom ser baixinha e fina, pois eu passava pelas pessoas facilmente, mas Gerard ficava preso entre alguns, e eu o puxava ainda mais forte. Eu peguei coca–cola na bandeja de algum garçom e brindei com Gerard, ele bebia aquele troço alcoólico. Tenteia visar que ardia a garganta, mas ele cuspiu a bebida em uma menina que passava.

Ela tinha cabelos que batiam um pouquinho abaixo dos ombros, castanhos, mas muito bonitos com as pontas pintadas de azul. Ela ficou puta quando foi cuspida, e se virou para dar um tapa na cara de Gerard. Logo ficou mais vermelho que o cabelo pintado. Eu gargalhei quando a menina saiu andando.

— Vai lá e agarra a menina, Ge! – Gritei para que ele ouvisse.

— Isso é uma aposta?

— Dez dólares! – Pensei por um momento. – Da carteira do Danny.

— Sem nem saber o nome dela?

— E ela vai querer saber teu nome?! Você cuspiu na menina!

Gerard sorriu de lado e foi caminhando como bad boy para cima da menina, puxou–a pela cintura e a beijou. É claro que eu estava explodindo de tanto rir.

Nesse momento, um menino alto passou por mim. Ele tinha cabelos negros e selvagens, olhos assassinos como os meus. Ele piscou para mim e eu sorri de volta, mas tímida. Nossa, um gato me dando mole! Se abaixou para falar no meu ouvido.

Todo mundo abaixa para falar comigo.

Meu nome é Brian, e o seu?

— Charlie. – Eu respondi vermelha.

— Oi?

— CHARLIE.

Gritei, e depois tampei a boca, pois havia gritado com um cara muito, muito bonito. Ele riu do meu gesto e me pegou pela cintura, me puxando para longe de onde estava o Gerard. Isso me desesperou. Ele iria me estrupar! Ah, Danny, cadê você agora? Ele vai me estrupar!

— Você prefere alguma bebida? – Perguntou ele.

— Não tenho preferência.

Mentira, eu nem sabia os nomes das bebidas alcoólicas certas. Brian pegou dois copos de qualquer coisa e me deu um, mas antes que eu tomasse, ele despejou um pozinho branco na minha bebida.

— Isso vai deixar sua noite mais animada. – Gargalhou ele.

— É droga? – Sorri de lado.

— Claro! Bebe aí.

Eu bebi um pouquinho, só um pouquinho. Não acredito, estava me drogando! Sorri de lado depois de beber, e o cara, o Brian, selou sua boca na minha, puxando minha cintura para junto da dele. Que atrevimento... maneiro. Mas quando senti que a língua dele tentava invadir minha boca, eu me afastei e o Brian me olhou torto.

— Quantos anos você tem?

— Ér... – Eu paralisei. Não podia contar que tinha dezesseis anos. – Dezoito! Menti.

— Novinha? Eu gosto de novinhas.

— Ah jura? Eu também. – Falei qualquer coisa.

Eu estou a cada vez mais perto de ser estrupada. Onde é que Danny se enfiou? Eu estava ficando drogada, a ponto de ser estrupada por um cara que considerava dezoito anos, nova, ou seja, ele tem cinqüenta e é um vampiro! Ele é um vampiro com a aparência jovem! É o novo Edward Cullen do século!

E, um fato, eu estava delirando! Eu já estava delirando! Imagina se meu pai descobre que eu me droguei!

O Brian me agarrou novamente, parecendo muito mais selvagem. Então eu caí no chão, pois Brian havia me largado para levar um soco. Que viado! Ele me largou para receber um soco! Ah, espera, isso não se tem escolha. E adivinha quem tinha dado um soco no Brian? Danny! Brian caiu no chão, empurrando muita gente e seu nariz agora sangrava, enquanto Danny respirava fortemente, estendeu a mão para que eu me levantasse, mas me puxou forte e eu fui a encontro com o corpo dele – não tive tempo de me afastar, ele passou o braço pela minha cintura e não me deixou sair.

Brian ia revidar o soco em Danny, mas ficou com medo de me acertar, parece. Apontou de mim para Danny.

— Conhece esse Moritz?! – Gritou.

— Ela é minha irmã, Brian! – Danny gritou de volta.

— É, parece que sim... – Eu dei de ombros.

Brian levantou as mãos em rendimento e sumiu dali o mais rápido possível.

Danny me virou de frente para ele e me encarou feio.

— Caralho, Charlie! Eu espero que ele não tenha colocado droga na sua boca, o Brian é conhecido por drogar menininhas!

— Haha. – Eu ri com cara de tacho.

— Ah não! Porra, Charlie! O perigo te persegue? Ótimo, agora eu tenho uma irmã drogada.

— A droga ainda não fez efeito, Danny! – Eu gritei.

— E nem vai, porque eu vou te tirar daqui! Imagina se teu pai descobre! Ele vai me castrar!

— EU NÃO QUERO SAIR DANNY!

Danny me puxou para seu colo, fazendo com que minhas pernas precisassem ficar em volta de seu corpo para eu não cair, e eu estava muito maior que ele, mas com o rosto sem saída, apenas a olhar para o seu, tão perto e ele fazia uma cara de total raiva para mim.

— Não foi boa idéia te trazer!

— Mas eu quero ficar!

Eu comecei a falar descontroladamente e ele nem me escutava, tentava prestar atenção em chegar à saída da festa. Eu tinha as mãos livres, mas apesar disso, não tentei bater em Danny, eu segurava seu rosto, forçando–o a me olhar enquanto falava.

Chegamos ao jardim da festa, que estava bem mais vazio e a grama era leve, perto da piscina. Ele me colocou no chão e então eu comece a socar seu peito, mas não parecia machucá–lo.

— Olhe aqui, quantos dedos tenho? – Ele ergueu a mão com cinco dedos.

— Cinco, porra. – Falei com cara de tacho.

— E agora? – Abaixou um.

— Quatro! Danny é você quem está drogado!

Eu o empurrei e ele caiu na piscina. Chegou a superfície, balançou a cabeça para que o cabelo ficasse no lugar e gritou meu nome e mais vários palavrões. Eu gargalhei e pulei na piscina por vontade própria, caindo ao lado de Danny. Mas quando tentei colocar os pés no chão, me dei conta de que estava no lado errado, esse era o fundo!

E. Eu. Não. Sei. Nadar.

Nem ao menos bater os braços para chegar à superfície, me desesperei, e isso fazia com que eu abrisse a boca e me engasgasse com água! Estava em completo desespero, Danny me puxou, me prendendo contra ele, mas deixando minha cabeça abaixo da sua e inclinou para me olhar.

— Não sabe nadar, pirralha?

— Não! E se você continuar... cof, cof... me apertando assim, eu vou morrer sem ar! – Tentei gritar, ele me soltou, mas continuava me segurando para que eu não me afogasse.

Na porta da festa, agora saia um multidão de jovens que pareciam bêbados. A primeira coisa para que olharam, foi a piscina.

— BANHO DE PISCINA!

“EEEEE” e todos aqueles jovens correram para a piscina, pulando dentro. Foi uma loucura. Eu e Danny nos abaixamos várias vezes, pois jovens pulavam por cima de nós, e se continuássemos na superfície, acertariam nossa cabeça.

— Vamos sair! – Danny me ergueu pela cintura e me colocou na borda da piscina, onde eu comecei a sentir aquele vento frio terrível que me fez bater o queixo.

Saímos da piscina, os dois morrendo de frio e nos afastamos do campo de guerra dos jovens que pulavam na piscina. No meio deles, Gerard se jogou de mãos dadas com aquela menina que ele tinha cuspido e depois beijado–a. Eu também vi Lucas com um grupo de nerds espinhentos usando óculos fundo de garrafa e... Bem, você está esperando que eu diga que vi Andrews? Eu não o vi, deveria estar fodendo com alguma menina, ou decapitando alguém com a faca da cozinha.

— Eu estou morrendo de frio, Daniel! – Gritei, enquanto andávamos.

— Vamos para o carro! Eu tenho um edredom lá!

— Isso é tudo culpa SUA! Você me trouxe aqui, e me deixou sozinha, e aquela cara me drogou! Eu estou com dor de cabeça agora! Você me fez entrar na piscina e agora eu também estou com muito frio!

— Cala a boca, Charlie! Se eu não te trouxesse, te deixaria com quem? Eu não tenho culpa, você quem saiu correndo de nós e eu não te fiz entrar na piscina, pirralha!

— Me deixa culpar alguém, eu me sinto melhor assim!

— Me culpar? Eu não fiz nada! Se quiser saber, estava o tempo inteiro te procurando, porque você é minha irmã mais nova!

— Não de sangue, e graça aos céus, porque eu nunca gostaria de ter um irmão tão idiota que nem você e o Gerard!

— Não fala do Gerard! Ele não tem culpa de nada, pirralha, só quem tem culpa aqui é você!

— Então por que não me vende e compra um coelho no meu lugar?!

Eu o empurrei, e ele iria cair no chão, mas segurou meus braços no mesmo segundo e caímos juntos. Eu coloquei os joelhos na grama e me sentei na sua barriga, puxando o colarinho da sua camisa e chegando bem perto do seu rosto – ele tentou manter a cabeça para cima, se apoiando com os cotovelos na grama. Eu grunhi e ele grunhiu de volta. Estava prestes a socá–lo.

— Sabe de uma coisa, Danny, eu te odeio! – Gritei.

— Também te odeio, Charlie! Você não presta e só veio pra complicar a minha vida e a do meu irmão! Eu nem sei por que aceitei cuidar de você!

Meu queixo batia enquanto eu ficava calada esperando ele terminar o discurso que não me afetava nem um pouco. Quando Danny terminou de falar, eu também fiquei em silêncio, observando uma gota de água de piscina descer pelo seu rosto e seu queixo bateu, pois estava com frio. Respirávamos ofegantes, eu estava em cima dele e sentia minha roupa colada e gelada.

Um filho da puta jogou uma semente gigante de árvore na minha cabeça, e eu não me virei para ver quem era, pois minha cabeça já estava doendo, então eu só me desequilibrei e caí em cima do peito de Danny, que se deitou completamente no chão, gemendo de dor por eu ter deixado meu peso todo sobre ele.

Eu... Comecei a chorar. As lágrimas fizeram o favor de escorrer rapidamente e eu já estava soluçando.

— Charlie? Chars? Você está chorando!

— Estou en–enxaguando meu rosto! – Ironizei enquanto soluçava.

— Você ainda tem forças para zoar com a minha cara? Céus, vamos, por que está chorando?

— Minha cabeça dói, está frio, eu não tenho família e... e você é um idiota que não percebe isso! – Eu falei tudo com a voz manhosa.

Danny me virou, me fazendo encostar na grama e estremecer, pois estava molhada e ainda mais gelada. Ele se levantou, para me ajudar a levantar depois, me pegando no colo como da última vez e caminhado para o carro, estacionado mais a frente.

Eu nem me perguntava como ele agüentava meu peso, contando que me leve no colo. Abriu a porta do carro e me colocou no banco, puxando um edredom e enrolando–o em mim. Eu ainda soluçava, Danny tirou fios de cabelo molhado do meu rosto, agora castanhos por causa da água.

— Shh, você vai ficar quente. Espere, eu vou chamar os meninos para irmos embora.

— Não vai! – Eu solucei mais algumas vezes e ergui a cabeça.

Tinha uma puta de uma lua no céu, e fazia o lugar escuro um pouquinho iluminado. Via perfeitamente metade do rosto de Danny, com os cabelos castanhos molhados e grudados. Nos seus olhos azuis, eu via pena. Espera, talvez não fosse pena. Fosse outra coisa, que eu nunca tive nos meus olhos verdes.

Levantei–me do banco, ficando de frente para Danny, mas ainda bem baixa do tamanho que eu tenho. Ergui a cabeça e me surpreendi quando Danny encurtou o espaço e selou meus lábios, assim, do nada. Outro selinho.

Eu fiquei de olhos abertos pela surpresa, ele segurava meus ombros. Se afastou, olhando nos meus olhos.

— Como foi? – Perguntou.

Eu sabia do que ele estava falando.

— Foi bruto, estranho e molhado. – Eu falei com a voz arrastada. – Mas foi muito, muito quente.

Ele abaixou a cabeça e sorrindo, disse:

— Hey, está frio, então vamos fazer mais uma v...

Sem terminar de falar, voltou a selar meus lábios, mas agora segurava meu queixo com força em um selinho mais urgente, pressionando tanto que eu chegava a inclinar para trás, e segurei em seus ombros para não cair, estava quase sorrindo por ele estar fazendo isso novamente. E estava quente. Sua respiração que saia pelo nariz esquentava minha pele, e sua boca, apesar de tudo, estava quente. Se afastou depois.

— E mais uma vez, agora.

Com essa última frase, sua mão passou do meu queixo para minhas bochechas e eu já tinha minha boca entreaberta pela surpresa. Ele encaixou sua boca na minha, invadindo–a com a língua, o membro quente e molhado que vagava pela minha boca com leveza como se estivesse bem à vontade e pudesse continuar ali para sempre. Estava me esquentando mais, e eu fiquei arrepiada, com as pernas bambas. Ele sentiu isso, passou o outro braço pela minha cintura e me ajudando a me erguer, mas acabou me inclinando sem desgrudar nossas bocas para dentro do carro, me colando deitada no banco e colocando seu corpo por cima.

Eu não acreditava! Estava... beijando Danny de verdade! E eu gostava dele, e do perfume dele, e do corpo dele sobre o meu, e de como ele despertava meus hormônios e me deixava tensa, quente e com vontade dele. Eu fechava os olhos, quase sorrindo, retribuindo o beijo, pois agora já tinha aprendido como se fazer isso.

 


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