Grissom se despediu de Sara na frente do restaurante com só um sorriso e uma piscadela. Ela sorriu de volta linda como sempre.

Sara queria uma coisa, só que tinha vergonha de perguntar a ele. Tinha medo de está sendo folgada ou tal coisa. Mas, era namorada dele, tinha que parar com esses medos. Ela queria ficar na casa dele enquanto ele estiver fora. Para cuidar de Hank e ter a companhia do cão. Além de que, deitar pelos lençóis dele, e ficar sentindo seu cheiro, seria uma ótima terapia para conseguir dormir.

Resolveu mandar uma mensagem para ele. Já que estavam indo para a casa dela. Sara por um caminho, e ele por outro. Sem chamar atenção. Iria mandar logo, quem sabe ele já iria para a casa dele com ela. Se ele permitisse, é claro.

Grissom estava concentrado no transito, quando escutou seu celular vibrar. Quando vibra, é sinal de que é a Sara. Fez isso para ninguém pensar que ele estava namorando com ela. Pois o bip é igual para todos. Ele pega o celular e lê a mensagem.

"Posso ficar na sua casa enquanto você viaja? Posso cuidar de Hank e cheirar seus lençóis quando eu tiver com saudades. Te amo.

Amor."

Outra coisa que eles faziam, era nunca colocar o nome nas mensagens, para ser em completo sigilo.

Grissom olhou para a mensagem, e esboçou um lindo sorriso. Aquela ideia, foi a coisa mais linda que ela já fez até agora. Prova que ela o ama muito. Então respondeu a mensagem.

"Tudo o que é meu, é seu. Seja o que for, desde meus bens materiais, quanto a mim mesmo. Pegue suas coisas, e vá pra minha casa. Estou indo para lá. Te amo.

Amor."

Sara lê a mensagem e quase salta de alegria. Só não fez isso pois estava dentro do carro. Não acreditou que ele deixou ela ficar na casa dele. Ele estava sendo o namorado perfeito. Depois de passar rápido em sua casa e pegar algumas coisas, só as essenciais para essa noite, chega em frente ao apartamento dele. Percebe que ele está encostado em seu carro, esperando só ela chegar. Ela desce do carro, corada feito um tomate. Estava envergonhada.

GG: Não precisa ficar vermelha feito um tomate, querida! _ Ele sorri enquanto ela chega perto dele. Passa a mão pela barba grande e tenta mudar aquele assunto.

SS: Precisa fazer a barba. _ Ele deu um sorriso de lado.

GG: Quer fazer isso pra mim?

SS: Se você permitir. Claro que faço!

GG: Ok. Vamos entrar.

Eles entram e alguns vizinhos de Grissom notam que dessa vez ele não se encontrava sozinho. Possivelmente seria a namorada ou sobrinha. Sara aparentemente seria nova para ele (pelo pensamento dos vizinhos). Eles esqueciam até desse ponto, por causa da força do amor que era tão, sem limites.

Sara corou quando uma das vizinhas acenou para Grissom, e em seguida para ela. Que só mostrou um sorriso timido. Ela era jovem, bonita, e estava com a expressão de alegria ao ver Grissom com Sara. E a perita viajou em pensamentos "Será que ela já tentou algo com o Gil e não conseguiu, e agora vendo que consegui, está feliz ou... Ah, que pensamentos fúteis." Grissom notou a timidez de Sara e apressou seus passos poupando constrangimento. E parece que ela sente quando ele faz isso. Na porta do apartamento:

SS: Obrigada... Por me poupar todo aquele constrangimento. _ Diz Sara entrando no apartamento, deixando Grissom bobo. "Como as mulheres fazem isso? Leem mentes?" Pensou na sua amiga Cath que fazia isso também.

Foi incrível o que aquele casal fez por uma hora e meia antes de irem para seu turno. Depois de Sara fazer a barba de Grissom, eles se deitaram na cama e ficaram só se acariciando, se amando em pequenos toques. Não foi preciso de sexo. Aquilo era melhor que sexo. Beijos de longa duração mas, lentos e carinhosos. Grissom cheirava os cabelos dela, e ela alisava sua nuca o fazendo sentir arrepios. Seus nariz se encostavam e faziam eles se acariciarem. Sara esboçava um sorriso quando sentia nariz com nariz, e ele não resistia a aquele sorriso sem ao menos rir também. É, assim foi as horas deles antes do turno.

No Laboratório de Criminalistica ...

Grissom foi para o LAB primeiro que a Sara. Precisaria de um tempo para preparar seus papéis com Ecklie para a viagem. Sara havia ficado mais um pouco pra colocar algumas coisas em ordem no apartamento de seu namorado. Eles haviam sujado uma pequena louça tomando um chocolate quente que Sara fez. Bom, isso é o que ela faz de melhor na cozinha.

Ao conversar com Grissom, Ecklie decidiu que colocaria alguém no lugar do supervisor enquanto ele passaria esses dias fora. Não seria certo deixar os CSI's sozinhos. Mas, Grissom reagiu.

GG: Não Conrad. Meus CSI's podem muito bem ficarem com um á menos. E eu não vou embora pra sempre. Vou ficar fora no minimo três dias. O que é que custa você deixar eles sós? Cath toma a supervisão.

CE: Três dias? Me disseste que era cinco. Por que mudou de ideia? Não me diga que está querendo férias e está inventando essa "Palestra" pra sair? _ Ecklie foi ignorante. Grissom se irrita.

GG: Bem que eu queria férias sabe? Mas, não tenho coragem de deixar meus CSI's serem comandados por um delinquente como você!

CE: Não me chame de delinquente! _ Ele se altera.

GG: Ok Ok Ecklie. Vamos parar! Estou indo. E não quero ninguém meu lugar. Se não você vai ter um processo na justiça. Porque a equipe pertence a mim. _ Saiu da sala deixando Ecklie bufando.

A pulsação de Grissom estava aumentando. Se algo fizesse ele se aborrecer mais ainda, talvez ele teria um ataque.

Quando ele chega na sala de descanço, e vê sua Sara dando risada de alguma coisa que Greg estava falando. Foi melhorando os batimentos. Estava á 70 por minuto agora. Aos poucos voltando ao normal. Mas, algo o fará aumentar para 100 por minuto.

Após ele entrar na sala de descanço, pegar os casos, e distribuí-los, Greg, Nick e Warrick saem, porém Cath ia ficar em laboratório hoje. De repente, um rapaz alto, jovem e muito bonito entra na sala olhando diretamente para Sara. Grissom o encara, mas logo volta o olhar para Sara que simplesmente corre na direção do homem e o abraça. Os olhos verdes e sua pele brança como algodão, fez nascer um grande interesse nos olhos de Cath. Aquela ideia de que Sara poderia está com Grissom estava caindo aos pedaços. Bom, até um determinado instante.

SS: John Asselta?? _ Sara abraça o homem lindo em sua frente. Um abraço timido, mas bem apertado. Grissom levanta o olhar para aquela cena, e continua com seu olhar centralizado.

JA: Minha gatinha quanto tempo? _ "Minha gatinha? Que papo é esse? Se controla Grissom, se controla. Sua pulsação vai subir!". Grissom estava se alterando. Cath só observa.

SS: Verdade, tempo mesmo. Mas, o que você faz aqui? _ Saindo do abraço, notando que seu namorado estava ali.

JA: Vim de passeio com minha esposa e minha filha, e decidi vim ver como tava a minha pequena. De pequena você está agora muito... Para não ser indiscreto, muito linda, com seu corpo escultural.

Ele alisava o cabelo de Sara, que já estava corando. Grissom percebe que ele é casado, mas não consegue deixar de transparecer seu ciúme, quando ele estava dizendo do corpo de Sara, e isso deixou ele irritado, porque o seu relógio que marca sua pulsação dispara, e todos viram seu estado nervoso.

GG: Oh, me desculpem. Tive uma discursão com Ecklie hoje antes de começarmos o turno e isso me deixou furioso. Sara espero você na Denalli. _ Ele fala se retirando da sala, já que seu caso era com Sara, resolveu não ver mais aquela cena. Estava ficando furioso. Usou a desculpa de Ecklie para não deixar Sara perceber seu ciúme, mas não teve como. Ela conhecia seu namorado. Ele não estava bem.

SS: Tenho que trabalhar, John. Obrigada por lembrar de mim.

JA: Como eu poderia esquecer da minha pequena? Mas, será a ultima vez que nos veremos aqui em Vegas. Vou morar no Brasil e não voltarei aqui tão cedo. _ Abraçando ela carinhosamente.

SS: Que pena. Mas, se eu tiver uma comemoração especial eu te chamo. E não aceito "não" como resposta. _ Disse isso abraçando com força aquele seu grande amigo. Sim, ele foi um dos melhores amigos de Sara, nunca tiveram relacionamento intimo alguns, e nunca pensaram isso.

JA: Que tipo de comemoração? _ Agora a Cath arregalha os olhos em busca da resposta de Sara.

SS: Um noivado, e quem sabe casamento. _ "Uou! Aquilo é sério então? Tem que ser com o Grissom, ele saiu daqui daquele jeito e não foi por causa do Ecklie.". Cath pensava com um sorriso malicioso no rosto. Então ele fala.

JA: Com certeza, virei. Então, vai lá. Tchau, bom trabalho! _ Ele diz já saindo. Deu um beijo na testa dela e saiu corredor á fora.

SS: Bom, tchau Cath! _ Ela deu tchau para a Cath que permanecia de boca aberta.

No carro de Grissom ...

Sara entra e se depara com Grissom tentando controlar seus batimentos. Já dentro do carro, Sara entra no banco da frente, olha para ele, mas Grissom nem desvia o olhar de seu relógio no pulso. Estava completamente alterado, e sem chances de dirigir. Ou seja se aquela pressão melhorasse.

SS: Está tudo bem? _ Ela fala carinhosamente.

GG: Não, não está. _ Ele falava rápido. Apressado.

SS: Quer que eu dirija?

GG: Não. _ Agiu friamente. Ela nota.

SS: O que houve Grissom? _ Sara cruza os braços.

GG: Nada, discuti com o Conrad só isso. _ Ele ligava a Denalli se tremendo. Não estava nada bem.

SS: Fala a verdade. E desliga esse carro. _ Ele falava sério, ela também ia entrar no jogo. Ele não desligou o carro.

GG: Não tenho nada para falar, Sara.

SS: Estava com ciúmes do John? _ Ela sabia que ele estava, e era isso que o emcomodava naquele momento. Ele responde curto e grosso.

GG: Sim! Eu estava com ciúmes! Algum problema nisso? _ Sara o olha um pouco magoada, mas ele nem sabia quem era John para ficar com tanto ciúmes assim. Então, devia se explicar, para ele não viajar naquele clima com ela.

SS: Grissom, eu posso te explicar. Ele foi um amigo da faculdade e ... _ Ele interrompe ela.

GG: Não precisa explicar nada, entende? Vamos trabalhar! _ Sara fica furiosissima com Grissom, agora ele pegou pesado.

SS: Como é? Desliga esse carro agora! _ Ele ao invés de desligar, acelera e começa a andar.

GG: Sara... _ Ele tenta acalmá-la.

SS: Cale a boca, e pare o carro. _ Grissom se alterou.

GG: Porque está me mandando calar a boca? Não vou parar essa merda não! Vamos trabalhar e você vai comigo! _ Ele gritava.

SS: Não grita comigo seu imbecil! Quer dizer, não fale mais comigo. Só se for a respeito do caso. _ Ela também gritou.

GG: Não sou imbecil!

SS: Homens que não confiam nas suas namoradas para mim são todos imbecis. _ Grissom se sentiu culpado de toda aquela briga.

Mas, seguiu o caminho muito chateado. Ela nem olhava para ele, suas lágrimas desciam mas ele nem notava. Sara se sentiu péssima. Para quê tanto ciúme? Se ele sabia que ela o amava mais que tudo.

Grissom agiu como um burro. Ele mesmo sabia disso. Era só um amigo da faculdade. Ah, ele tinha que se desculpar. Mas, talvez não seria a hora exata para pedir desculpas. Só que quanto mais antes, melhor.

Ela olhava para fora da janela. Completamente assustada, e chateada. Principalmente por ele ter gritado. Mas, aquilo tudo tinha que passar. Eles se amavam á ponto de superar tudo, e foi só uma besteira, sabia que daqui a pouco tudo estaria bem. Estava decepcionada. O desculparia depois. Ainda estava chateada demais. Ele age.

GG: Sara eu... Queria te pedir desculpas. _ Ele olhava de relance, entre a estrada e ela. Ela olhava pra fora da janela do carro. Houve primeiro o silêncio. Mas, logo ela quebrou, sem ao menos olhar para ele.

SS: Estou decepcionada com você. _ Uma lágrima cai. Ele vê.

GG: Meu amor me perdoe. Não quis te decepcionar. Sou um idiota mesmo. Desculpe por ter gritado, mas juntou o que aconteceu com o Ecklie e mais isso eu... Não sei o que dizer. Fui idiota.

SS: Não ligue. Sou emotiva. Isso passa. _ Ela enxuga uma lágrima que cai. Não queria chorar, mas sempre caia uma lágrima travessa, sem que ela menos espere. Por isso não gosta de ter raiva com quem ama.

GG: Olha pra mim, querida... _ Ele estava mais calmo.

SS: Huum? _ Ela olha, e ele a encara, sutilmente.

GG: Agente vai ficar bem? Sem discutir mais? _ Ela sorri.

SS: Podemos tentar.

GG: Porque podemos? Agente deve. E agente vai conseguir.

SS: Não faz mais isso, por favor! _ Saiu como uma súplica essa frase da boca dela.

GG: Vou me controlar, está bem? _ Ela assentiu com um sorriso.

No Laboratório ...

Depois de um turno cansativo, era exatamente seis da manhã, quando o taxi de Grissom chega ao LAB. Ele iria viajar assim que seu turno acabasse, sem descanço. Mas, quando chegasse em Los Angeles descançaria. Mesmo se seu remédio para dormir bem esteja em Las Vegas. Sara Sidle.

Antes de sair, tinha que falar com a Cath sobre o comando da supervisão. Ela estava na sala de descanço. E quem estava conversando lá com ela? Ninguém menos de que sua namorada Sara. Tentou disfarçar a vontade de abraçá-la em pedido de desculpas, mas seu turno foi tão cheio que não deu tempo de nada. Só mesmo de dizer desculpas dentro da Denalli. Entrou na sala, cortando o assunto delas.

GG: Bom, já vou indo. (ele encara Sara) Cath tome esses papéis. Quero que termine de preencher para mim, faz parte da supervisão. _ Ele entrega uma pasta.

CW: Tá certo. Quer que eu comece agora? Estou desocupada e nem um pouco cansada. Passei todo o turno no LAB.

GG: Você que sabe. Sorte sua, porque estou só o bagaço. Mas, tenho que viajar, volto logo. _ Cath sai da sala quando ele termina de falar, depositando um beijo na bochecha dele. Sara nem liga, ela sempre fazia isso mesmo. Eles estão sós. Grissom tem que se despedir.

SS: Odeio despedidas! _ Ela fala com um sorriso no rosto, ainda sentada no banco. E ele na porta.

GG: Eu também não, e principalmente quando a pessoa é a que eu vou sentir mais falta. _ Ela o encara, depois olha pro chão. Simplesmente sem palavras.

SS: Tem uma coisa minha na sua mala. Pode matar a saudade.

GG: O que você colocou? E como? _ Ela sorriu.

SS: Segredo. Quando você abrir vai ver. _ Ela havia colocado quando ele saiu antes dela pro LAB.

GG: Bom, estou indo.

SS: Certo. _ Saiu como em um sussurro.

GG: Eu... Vou... Sentir muita a sua falta. _ Estava receioso em falar, mas tinha que falar, não podia deixar aquilo preso na garganta.

SS: Eu também. Muita. _ Ela olhava nos olhos dele.

GG: Volto logo... Te amo! _ Ele falou mais que baixo.

SS: Também te amo. _ Ela falou quase que não escuta.

Ele deu as costas lentamente, querendo não sair dali. Nem um beijo deu nela. Mas, não tem problema, o bom é que não viajou brigado com ela. Ainda bem.

Sara iria para a casa dele. Dormir com a camisa dele, que nela ficara um vestido. Pois, seu Baby-Doll usado á noite passada, estava bem longe de casa.

Aeroporto de Las Vegas ...

Com a curiosidade a flor da pele para saber o que Sara havia colocado na sua mala, Grissom abre ali mesmo no aeroporto. Já que sua mala não é tão grande, e a ansiedade era grande.

Tem uma surpresa ao ver aquela peça linda e com o perfume ainda ofegante nela. Sara havia vestido noite passada, ele lembrava disso. Depositou um cheiro delicado, mas logo guardou. Discreto como sempre. Esperaria para chegar em Los Angeles e dormir com ele em seu nariz. Estava feliz por isso. E sussurrou lembrando dela.

GG: Você não sabe o quando me faz feliz.

Na casa de Grissom ...

SS: Hank? _ Sara vai adentrando a casa chamando o cachorro que já estava acostumado com a mamãe. E ele a recebe com muito carinho.

SS: Vai cuidar de mim enquanto papai tiver fora? Huum?

Sara brincou uns minutos com Hank e depois tomou uma ducha. Antes de dormir, fez um chocolate quente. Isso lembrou Grissom. Tudo ali lembrava ele, a casa era dele (que pensamento idiota!)

Logo ela estava dormindo, com os lençóis dele, a camisa dele, tudo dele. Mas, realmente, só estava faltando ele para completar.

To be Continued ...