Amor Sem Limites escrita por Mayara Rabelo


Capítulo 15
Estrangulador de Nevada


Notas iniciais do capítulo

Um assassino em série. Curtis Cast é um psicopata que começa uma série de estrangulamentos em Nevada, capital de Las Vegas. Todos os CSI's irão se juntar para solucionar o caso, mas Grissom se assusta com algumas palavras do serial killer e desabafa com sua namorada. Seus medos, suas indecisões ela ira saber. Grissom está evoluindo. Falar de seus sentimentos era complicado, não era mais agora. Ele tem um ombro amigo pra dar forças, pra fazer ele se levantar. Pra fazê-lo lidar com as situações que atinge fundo o seu ser. Ela é seu alicerce, a pessoa com que ele iria até o fim. A única esperança de viver bem.



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Semana agitada em Las Vegas.

Assassino em série. Fazendo nossos queridos CSI's perderem o sono. Principalmente Grissom.

Tudo estava indo bem, até ocorreu o primeiro assassinato. Sara, Grissom e Nick foram até o local. Motel Star, centro de Nevada. Lugar agitado, mas sem nenhuma pista, sem nenhuma testemunha. Nada. Isso começou a assustar Grissom. E as séries de assassinatos não paravam, todo dia havia uma morte com as mesmas características. Até o esse momento, contava-se quatro mortes.

Só uma única coisa entrigava os CSI's nos locais dos crimes. O assassino sempre deixava a arma do crime, que era uma corda. E não havia nada que pudesse evidenciar quem poderia ser o serial. Era um assassino profissional e muito malvado.

Isso estava abalando muito á todo mundo. A maneira que os corpos estavam, foram gradativamente torturados e só depois de sofrerem muito é que o assassino estrangulava com uma corda de cor branca e fina. Mas, sem nenhum sinal de digitais.

Vítima número um: Homem, Mark Gree, 39 anos, bancário.

Vítima número dois: Mulher, Jhennifer Rick, 23 anos, strip.

Vítima número três: Homem, Martin Tie, 60 anos, aposentado.

Vítima número quatro: Homem, Lee Bruce, 22 anos, estudante.

Grissom notou que nenhuma das vítimas se conheciam, moravam em lugares muito distântes um do outro, e simplesmente não tinham nenhuma coisa em comum. Esse assassino pode ter escolhido as pessoas por conhecidência. Deu vontade de matar, então qualquer um que aparecesse na frente seria o alvo.

Quarto dia de investigação. Estavam todos reunidos na sala de análise de evidencias, discutindo sobre o caso. Grissom estava atordoado. Tinham que agir rápido, senão teria mais mortes.

GG: O que agente perdeu? Esse cara é mesmo profissional, consegue fazer tudo sem deixar pistas. _ Preocupado.

SS: Agente está fazendo o possível, não vê que não tem nada? Esse cara é esperto.

NS: Só pode ser psicopata.

CW: Alguma teoria?

GS: Na minha opinião ... _ Grissom interrompe Greg.

GG: Que teoria? Só sabemos que ele usa luvas de látex, deve ter seus cabelos rapados para não encontrarmos nada, e que deve ter um estoque de cordas. O que temos mais?? Nada ... _ Ele estava totalmente fora de si. Seus amigos estavam totalmente preocupados.

WB: Tem que se acalmar Grissom, não pode ser assim ...

GG: Calma?? Me pede calma? Tenho receio do que ele pode fazer, e quem ele possa machucar... (olhou pra Cath)... Cath? Trouxe a Lindsay pra cá como eu mandei?

CW: Está na sua sala olhando seus insetos.

GG: Ótimo! Vão investigar, cada pêlo, cada unha, cada grão de areia.. quero que vocês analizem tudo entendem?

Seu rosto estava vermelho, suas olheiras diziam á quanto tempo não dormia. Estava se acabando. Sara notava isso, tentava fazer ele ir em casa, mas não conseguia. Até se acalmava quando ela fazia carinho em seus cabelos, mas quando existia uma possibilidade de ter descoberto algo, saia de onde estava e ia trabalhar mais.

Tinha seus medos, mas não contava pra ninguém. Aos poucos, ele estava revelando, ou então Sara decifrava. Homem reservado, mas não totalmente. Tinha que ter uma pessoa de confiança que poderia contar.

Sara é confiável e sempre será.

Todos sairam da sala, foram tentar encontrar mais pistas que levem ao assassino. Só ficaram Sara e Grissom.

Ele se senta, passa a mão por sua cabeça. Sente que está por vir uma daquelas enxaquecas dolorosas. Sara nota, já conhecia seu namorado, até pela convivência, mesmo sem estarem namorando, ela conhecia quando ele estava com dor.

SS: Você está bem, querido? _ Ele não estava. Ela sabia, mas não queria que ele notá-se.

GG: Vou ficar. Só preciso daquelas suas massagens milagrosas. Está pra vir uma daquelas minhas enxaquecas, eu sinto. _ Ele falava num só fôlego, não estava conseguindo nem falar.

SS: Claro que eu faço amor, mas você tem que dormir um pouco. Vamos deixar o pessoal tomar conta do caso por hoje e vamos pra casa. Te faço as massagens, você relaxa e volta a trabalhar depois. Estou do seu lado, confie em mim. _ Ela passava as mãos sobre a barba mal feita, e ele sentia sua sinceridade.

GG: Você tem razão. Obrigada, não sei o que faria sem você, sabe? Eu acho que tinha morrido já ... Você está dando total atenção á mim, fico te dando trabalho não é? _ Ele se levanta.

SS: Ei para com isso tá? Não quero você falando besteira ... Eu meio que nasci pra cuidar de você... Não faço por obrigação e sim por prazer. Não sabe como me sinto mal vendo você desse jeito. Se entregando ao trabalho assim ... Não faça mais isso. Vamos pra casa tá? Vou cuidar de você! _ Ela deu aquele sorriso que o confortava.

GG: Ok. Vamos ...

Sara deixou Grissom ir primeiro para o carro, ele ficaria esperando ela no estacionamento enquanto ela avisava para Catherine que iria com Grissom para casa.

SS: Hey Cath .. Estou indo pra casa ok?

CW: Vai levar o Grissom com você não é?

SS: É por esse motivo que estou indo, tenho que cuidar dele amiga, ele está péssimo.

CW: Vai babá .. Depois manda notícias ...

SS: Babá? _ Sara olhava sem entender. Cath sorri.

CW: É lindo o amor de vocês viu? Um cuidando do outro, como eu sinto falta de uma coisa parecida ... _ Ela abaixa a cabeça. Sara chega perto dela e a segura pela mão em sinal de que está dando força.

SS: Meu plano de juntar você e o Warrick ainda está de pé amiga. Não se preocupe, sei que ele também te ama. Você vai ser muito feliz sabe? Mas, no tempo certo.

CW: Suas palavras estão sendo confortantes. Muito obrigada por tudo Sara, não sei como te agradecer.

SS: Eu sei como ... _ Ela sorri.

CW: Como?

SS: Me dá um abraço e coloca um sorriso no rosto. _ Cath e Sara se olharam e trocaram o mais singelo abraço. Sara se desfez depois de alguns segundos, acenou dando tchau pra sua amiga e seguiu até onde Grissom estava.

No outro lado de Nevada, o assassino agia. Não, por incrível que pareça ele não estava planejando nenhum assassinato. Ele estava planejando se entregar a polícia. Ele tinha um problema junto com a psicose, ele era bipolar também. Ás vezes queria matar, ás vezes era normal. Um surto pode gerar vários tipos de loucuras, e a dele foi matar e estrangular pessoas só por diversão.

Ele chega na delegacia, e vai até a sala do Capitão Jim Brass. Disse á os policias que iria dá uma queixa sobre assalto. Mas, ao chegar na sala do capitão, ele se sentou e falou de forma friamente.

CC: Eu sou o estrangulador de Nevada, capitão Brass. _ Ele só tinha os olhares fixos nos olhos de Jim.

JB: E porque se entregou? Assim ... Já era pra ter feito isso mas .. De modo tão frio. _ Jim sentia arrepios quando aquele homem o olhava.

CC: Não agüento mais todos falarem de mim na televisão, Capitão Brass. _ Ele tinha o tom de voz lento e que causava medo. Seus olhos estavam vermelhos.

JB: Vamos pra sala de interrogatório. Vou chamar um dos CSI’s para conversar com você. Policial, leve-o.

CC: Prefiro que seja o CSI Gil Grissom, capitão Brass. _ Brass se assustou em saber que ele conhecia Grissom.

JB: Vou falar com ele, e ver se ele pode.

CC: Só falo qualquer coisa se for com ele, Capitão Brass. _ Ele andava e olhava pra Brass.

JB: Pare de me chamar Capitão Brass toda à hora.

CC: Eu não consigo Capitão Brass ... Ele não deixa ...

JB: Quem não deixa?

CC: Um monstro que está dentro de mim, Capitão Brass..

Os policiais levaram o psicopata para a sala de interrogatório enquanto Brass ligava pra Grissom.

Ligação On

GG: Grissom. _ Ele atende ainda desnorteado, Sara estava dando massagens ao redor dos olhos dele, e nas testas. Ele deitado sobre as pernas dela, enquanto ela fazia as carícias pra passar a dor.

JB: Gil, sei que está muito cansado, mas pediu pra mim avisá-lo quando tivesse notícias sobre o estrangulafor não foi?

GG: O que você tem ai? _ Ele se levantou em um segundo, sentiu um peso na cabeça ao se levantar, por conta da dor que estava passando mas que agora voltaria a tona.

JB: Um cara muito louco está aqui. Disse que é o estrangulador ..

GG: Manda a Catherine começar a interrogá-lo que chego em alguns minutos ai. _ Ele vai se levantando. Sara só presta atenção.

JB: Ele não quer falar com ninguém. Somente com você.

GG: Somente comigo? Eu o conheço? _ Grissom se assustou ao saber que o homem conhecia ele.

JB: Venha logo que saberá. _ Brass desligou.

Ligação Off

Grissom olha pra Sara com uma feição nada boa. Estava tremendo e agora suando. Ela chega perto dele, e o abraça, tentando confortá-lo. Sara tinha mais ou menos á noção do que estava acontecendo. Pelas respostas no telefone com Brass dava pra perceber que o assassino só queria falar com ele.

Por um tempo sentiu um medo grande. Do que aquele homem poderia saber? Porque logo Grissom? E aquilo o fazia sentir medo, então não era nada melhor do que contar a Sara. Sabia que só ela o entenderia, e confortaria quando preciso fosse.

Ainda no abraço ele confessa.

GG: Eu estou com tanto medo amor ...

SS: Não fique, ele vai ser preso. _ Uma lágrima saiu de seus olhos azuis, Sara pode sentir algo molhando sua blusa nas costas. Com isso, não deixou de sentir que a próxima seria a sua. E veio. Sua lágrima veio devagar, mas muito sincera. Pois ela podia sentir o medo que ele passava.

GG: Se acontecer algo comigo, saiba que eu te amo. _ Ele não resistiu e desabou em choros. Sara não fez diferente, até porque era muito mais emotiva que ele.

SS: Não vai acontecer nada meu bem. Eu sinto que ele só quer conversar contigo. Vou com você, vai ficar tudo bem. E Eu te amo também, muito. Pra sempre.

Eles se olham. Sara enxuga as lágrimas inoportunas vindo daquele par de olhos azuis e antes de se desfazer do abraço, o beijou. Um beijo calmo e confortante. Isso dava forças a Grissom.

Laboratório de Criminalistica ...

Grissom e Sara entram no laboratório juntos. Não estavam ligando nem um pouco para fofocas. O que importava agora era saber a verdade. O que aquele assassino queria com Grissom?

Ao chegar perto da sala de interrogatório, eles são barrados por Brass, que se assusta ao ver chegando os dois juntos.

JB: Vocês estavam juntos? _ Brass pergunta arregalando os olhos.

GG: Onde está o suspeito Jim? _ Cortando assunto.

JB: Lá. (apontou pra sala) É todo de vocês.

Grissom e Sara se entreolham e entram na sala vagarosamente. Quando olham, veem um homem completamente raspado, sem cabelo algum, cor da pele branca, olhos avermelhados, e assustado. Só mexia as mãos, movendo só seus dedos.

Grissom chega perto, se senta na cadeira de frente para o homem, Sara fica em pé ao lado de Grissom. Então, começa o interrogatório.

GG: Seu nome por favor ..

CC: Curtis Cast. _ Olhava pra frente, nos olhos de Grissom.

GG: Bom, eu não o conheço Sr. Cast. De onde me conhece então? Disse ao Capitão Brass que me conhecia não foi?

CC: Eu o conheço da televisão. Vi em seus olhos que só você pode me entender. _ Grissom estava tremendo. Sara lembrou de que Grissom havia dado uma entrevista sobre um caso recente á TV.

GG: Hm'... Então ... eh.. Explique a sua história para que eu possa entender. Foi você mesmo que matou aquelas pessoas?

CC: Sim. Foi eu sim. Gosto de machucar as pessoas. _ Assim que ele disse isso, Sara e Grissom se olharam. O medo e a sensação era péssima de frente para aquele homem.

SS: Mas, porque você gosta de machucar as pessoas? _ Sara disse calmamente, e agora ele a olhava.

CC: Vejo nos seus olhos o tanto que você ama o Sr Grissom não é? ... (nesse momento ele olha pra Grissom) .. E o Sr Grissom também ama você garota. Sejam felizes .. _ Ele soltou um sorrisinho que fazia medo a qualquer um.

GG: Responda a pergunta Sr Cast. Porque gosta de machucar as pessoas? _ O homem volta a encarar Grissom.

CC: "Não é só machucá-las. Eu gosto de matá-las dolorosamente. Escolhi o estrangulamento porque é uma forma horrível de morrer. Nada de tiro certeiro. Nada de facada brusca. A pessoa fica sufocada, lutando até seu último suspiro. Ela sente que o oxigênio que a alimenta está sendo negado. E eu faço isso com elas, fico observando de perto enquanto elas lutam pelo ar que nunca chega." (Isso foi retirado de -> Parágrafo do capítulo 45 do livro: Desaparecido para Sempre - Harlan Coben).

Grissom paralisou. Aquelas palavras foram fortes demais. Estava realmente de queixo caído sobre a capacidade de alguém matar tão fácilmente pessoas inocentes.

GG: Está preso pelo assassinato de Mark Gree, Jhennifer Rick, Martin Tie, Lee Bruce e pegará pena de morte. _ Grissom falou em um fôlego só.

CC: Eu sei disso Sr Grissom, mas tudo isso era para te dizer uma coisa. Vi em seus olhos o quanto é um homem forte. Tenho inveja de você por ter uma mulher tão linda do seu lado, e por ter amigos tão fiéis e leais para com você. Você seria minha próxima vítima. Mas, decidi não fazer isso com você._ O rosto de Curtis tinha raiva agora.

GG: Você poderia ter tudo isso e muito mais se não fosse tão mal. Iria me matar? Pra ficar feliz? _ Grissom estava sério, percebendo que, uma pessoa realmente normal não faria isso.

CC: Não sei Sr Grissom, só sei que você me entende. Sabe que sou doente não é? Por isso eu escolhi você pra me prender. Você é forte. Tenho inveja de você, eu queria ser você ... inveja eu tenho... _ O homem se descontrolou e ficou repetindo as mesmas palavras.

GG: Levem-o... _ Grissom manda os policiais o levarem para a cela. Grissom bate as mãos na mesa, e deita sua cabeça sobre elas. Isso é como um alívio só de saber que aquele homem iria morrer. Mas sabia que iria ser a próxima vítima era doloroso. Nunca sentiu uma sensação dessa. Sara acariciou seus cabelos, e fez sinal para que fossem embora.

Simplesmente, ele abraçou Sara pela cintura e saiu andando para fora do LAB junto com ela, atraindo vários olhares. Não estava nem um pouco se importando com trabalho. Sentiu um medo tão grande, que sua vontade era só de abraçá-la, e tendo ela consigo, podendo abraçar, porque não faria? Por causa de regras idiotas? Morreu aquele Grissom ... Agora era outro.

Chegando ao estacionamento, sentiu uma necessidade de andar. De se sentir livre. Nunca mais passeiou na montanha russa. Talvez aquele seja o momento certo para esparecer, e tentar tirar aquele peso de sua cabeça.

Então ele olha para Sara, abre a boca para falar alguma coisa, mas não consegue. Ela sabia o que ele queria, sabia que ele estava precisando sair, e seu lugar era sempre o parque de diversões, ele sempre fazia essa carinha quando queria dar uma volta. Parece que lia seus pensamentos, mas ela apenas o conhecia, detalhe por detalhe.

SS: Eu vou com você. Porque quando estou do seu lado, sinto que posso te fazer um homem melhor, e você me faz me sentir melhor. Como agente já sabe, nada vai nos impedir de nos amar, nem o medo, nem as tormentações. _ Ele sorriu e entrou no carro.

GG: Como você consegue ler meus pensamentos? _ Ele fala olhando para aqueles lindos lábios que já estavam bem pertos dos seus.

SS: Nosso amor é inexplicável, não sei como explicar. _ E o beijo foi dado. Sutil, e bem calmo.

GG: Eu amo muito você meu amor ...

SS: Eu sei disso .. (riu um pouco) .. Mas, eu te amo mais ainda e sabe que estarei sempre do seu lado.

GG: Eu sei .. eu também ... _ Sorriram e sairam.

To be Continued ...


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Notas finais do capítulo

Gostaram leitoras?? Fiz esse capítulo assim, pra mostrar o quanto eles estão seguros. Que nada consegue fazer eles se abalarem. Que a confiança á a base de tudo. E que por amor, eles estão sempre lado á lado. Seja qual for o momento, seja qual for a hora.