A Marriage? escrita por Anne Sophie


Capítulo 17
Capítulo 18 - Shopping Evening.


Notas iniciais do capítulo

oioioioioioioioioi!



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Já eram quatro da manhã e eu ainda estava acordada. A insônia me pegou de jeito, e olha que eu tentei de tudo pra dormir, desde leite quente até histórias infantis. Bom, não deu muito certo.

Sim, eu estou acordada pensando sobre Poseidon e sua estranha atitude. Aquilo foi realmente estranho, estranho mesmo. Okay, acho que já deu pra entender que foi estranho porque já falei estranho umas cinco vezes. Aposto que foi o leite quente.

Eu ainda não consigo entender. Acho que minha mente está com bloqueio mental ou eu peguei a burrice de Afrodite que eu suspeitava ser contagiosa. Ou, a resposta é tão óbvia que eu não enxergo, isso sempre acontece.

Viro-me na cama e olho para a janela. Infelizmente eu tinha deixado as cortinas abertas e a preguiça falava alto demais para eu levantar e fechá-las. Fiquei encarando a luz da lua refletida no chão.



– Ah, eu não aguento mais isso! - Resmunguei irritada. Levantei-me em um pulo e peguei meu robe para vesti-lo. - Espero que ela esteja acordada.

Fui andando até a porta do quarto e quando finalmente eu a abri me deparo com uma figura loira com um sorriso cínico no rosto. Ela tapou minha boca para eu não gritar.



– Ei, não grita! - Ela sussurrou. - Ninguém precisa saber que estamos acordadas!



– Sua louca! Quer me matar de susto? - Falei no mesmo tom que ela. - Aliás, o que você está fazendo acordada há essa hora?



– O que você está fazendo acordada há essa hora, Atena? - Ela rebateu aumentando cada vez mais aquele sorriso cínico. - Não conseguiu dormir pensando em algo que alguém lhe falou?



Droga! Engoli em seco. Ela sempre sabe o que acontece comigo, sempre!



– N-não, não seja tola. - Ops, gaguejei. Ela me olhou interessada. - Okay, o que você está fazendo aqui?



Ela me ignorou - de novo - e entrou no quarto. Abriu o meu closet e começou a olhar minhas roupas. Abri a boca indignada.



– Que roupinhas são essas, Atena? - Ela fez uma careta. - Nossa, nem parece minha irmã.



– Afrodite, todo mundo sabe que você não é minha irmã. - Bufei e ela deu de ombros.



– Mas é minha irmã de consideração, então está válido. - Ela abriu uma de minhas gavetas. - Credo, você não tem nada mais colorido nesse guarda-roupa, não? É tudo branco, beje e azul claro, branco beje e mais branco, porque nem azul claro você tem tanto assim.



Revirei os olhos e me deitei na cama, esperando ela terminar de fazer o que quer que fosse. Até que ela deu um berro e eu me assustei, caindo de cara no chão.



– Por mim! Que coisa horrorosa é essa? - Ela ergueu uma peça de roupa que eu não consegui identificar. - É sério que você usa isso por baixo das suas roupas? Espero que Poseidon não saiba disso, senão ele te abandona na certa.



Então eu enxerguei o que ela segurava com tanto nojo nas pontas dos dedos: meu sutiã, o meu sutiã favorito de todos os tempos. Tudo bem, ele era branco e sem graça, mas era o meu sutiã.



– Qual é o problema de eu usar isso? - Perguntei irritada enquanto me levantava do chão. - Ninguém vai ver, mesmo.



Andei até ela e peguei com raiva o sutiã de suas mãos. Ela quase rosnou pra mim. Parecia um poodle de madame cor-de-rosa.



– "Qual é o problema de eu usar isso?" - ela me imitou fazendo uma voz enjoada. Assoprei uma mexa do meu cabelo que caía irritantemente sobre o meu rosto. - Qual é o problema de você usar isso? TODO!



Ela berrou e eu pus a mão em sua boca, fazendo-a arregalar os olhos.



– Cala. A. Boca. - Falei por entre os dentes. - Isso aí é meu, eu uso quando EU quiser.



Ela tirou a minha mão de sua boca e deu um risinho nervoso.



– Eu não vou deixar Poseidon ou seu noivo ter ver com esse trapo aí debaixo das roupas. Que vergonha! Eles vão até pensar: "Nossa, pensei que Atena seguia os conselhos de sua incrível irmã Afrodite, mas parece que nem ela consegue fazer essa deusa brega ficar bonita!" - Ela colocou a mão dramaticamente no peito. - Ó, isso vai ser horrível, vou ficar com uma péssima reputação.



Fiquei balançando minha cabeça negativamente enquanto eu ouvia aquela péssima história.



– Fala sério, isso não vai me convencer a mudar os meus confortáveis sutiãs para aqueles trecos estranhos que você usa, Afrodite. Essa é a minha última palavra com relação a isso.



Eu até manteria a minha palavra, mas aquele sorriso macabro que ela me deu foi de arrepiar.





Bom, imaginem duas deusas, com cartões de crédito lótus ilimitados nas ruas de Nova York. Agora pensem em como vai ser difícil essas duas interagirem porque são totalmente opostas no quesito compras.









Essas duas aí somos eu e Afrodite. Em Nova York. De madrugada. Comprando lingeries. Sinto-me uma vagabunda.



– Eu não acredito que estou fazendo isso. - Reclamei em voz alta. Dois caras de aparência suspeita e fora do estado normal humano passaram e deram um assovio para Afrodite. - Será que você não poderia estar vestida decentemente? Eu estou sentindo vergonha por você, parece até uma prostituta!



– Problema é seu, eu estou me sentindo ótima! - Ela saiu andando na minha frente rebolando em seus saltos de tamanho absurdo. Massageei minhas têmporas imaginando o que de pior poderá acontecer.



Ela estacou no chão e ficou encarando hipnotizada uma loja com um letreiro rosa chiclete bem enjoativo. A loja era até que bonitinha, mas tinha uma cara de bordel. Fiquei encarando as peças minúsculas de roupa que os manequins usavam pensando no quão horrível aquilo estava sendo.



– Eu não vou entrar nisso aqui.



– Vamos agora entrar aqui.



Falamos ao mesmo tempo. Ela sorriu pra mim e eu bufei.



– Credo, você está horrível, você não vai entrar assim.



Eu pensei que ela ia me mandar pra casa, mas aí ela me fez tirar meu casaco, meu cachecol ajeitou meus cabelos.



– Pronto, agora você está um pouquinho melhor. Espero que não torçam o nariz ao te verem. - Fiz uma cara indignada quando ela virou a cara para entrar na loja. A sorte dela é que ela saiu a tempo pra eu não quebrar aquele rostinho dela.



Quando eu finalmente entrei naquele mundo cor-de-rosa senti meus olhos cegarem e meu nariz arder. Aquilo era uma Afroditelândia!



Era rosa e lingerie pra tudo quanto é lado. O perfume francês era forte e impregnava com rapidez. Tudo parecia rodar a minha volta. Uma réplica de Afrodite apareceu a minha frente, toda feliz e saltitante.



– Olá Lady Atena! Seja bem-vinda! - Ela falou radiante. A olhei confusa. - Oh, me desculpe, sei quem é porque sou filha de Afrodite.



Acenei meio embasbacada e fui puxada por ela para o interior da loja. Uma Afrodite animada estava sentada em uma poltrona rosa tomando um drink que milagrosamente era azul, enquanto conversava com as funcionárias igualmente animadas.



– Seu drink é azul. - Afirmei meio boba. Acho que era o perfume nas minhas veias. Afrodite me olhou com uma cara confusa.



– Claro que é. Pensou que fosse rosa? - E ela voltou a falar com as amigas. Arqueei a sobrancelha pensando no quão óbvio seria um drink rosa naquele amontoado de rosa.



– Tudo bem. - Respirei fundo. - Vamos logo adiantar isso porque essa loja está me fazendo mal.



Prontamente várias atendentes vieram parar em minha frente e começaram a opinar sobre o que eu deveria usar.

- Meninas! Desculpe, mas eu vou ajudá-la dessa vez, tudo bem? - As meninas desanimaram. - É caso de emergência.



Não gostei de ser citada como caso de emergência, mas aquilo fez as atendentes se dispersarem pela loja, todas animadas de novo.



– Como são volúveis. - Sussurrei pra mim mesma. Afrodite foi para uma das araras e eu fui para a arara oposta a dela.



Fiquei passando as "peças" de roupa nos cabides e comentando-as:



– Hmm... Vulgar, vulgar, vulgar, nem parece lingerie, vulgar, dançaria de strip tease, por Zeus, o que é isso! - Segurei aquele negócio que nem tecido tinha, eram só os elásticos que contornavam. Joguei pra longe. - Isso vai levar séculos...



Fiquei um tempo olhando aqueles projetos de sutiã e calcinha, pensando em como alguém consegue vestir aquilo, até que uma Afrodite esbaforida aparece ao meu lado com uma sacola cheia de lingeries e começa a me empurrar para o provador mais próximo.



– Ei, espera, quero ver o que você pegou! - Eu falava enquanto tentava me desviar das suas mãos que me empurravam com certa força.



– Não, você só vai ver depois que vestir, agora vai ser assim que a banda vai tocar. Você só opina depois que provar, entendeu mocinha? - Nem pude responder, porque quando ela terminou de falar chegamos à área de provadores, então ela me trancou em um deles.



– Ei, e as roupas? - Berrei passando as mãos nos meus braços que estavam arranhados por conta de suas garras. Ela jogou a sacola por cima do provador e ela caiu em minha cabeça. - Ai! Sua grossa!



Ela me ignorou mais uma vez, porque a única coisa que eu ouvi foram seus saltos batendo no assoalho e o farfalhar de suas roupas se chocando na poltrona.



Suspirei fundo e abri a maldita sacola.




#_________________________________________


HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY PEOPLE!

Parei o capítulo na hora certa, né? hihihihihi

SOY MÁ!!! UHULES!

Okay, eu não tenho muito o que falar aqui, então vou deixar você em paz :D

Ah, e muuuuuuuuuuuuuito obrigada a suzana chase jackson pela maravilhosa recomendação! Eu a-m-e-i! Sério mesmo!

E sigam o exemplo dela, viu gente?

Bom, até os reviews ou até o próximo cap. então

Bjssss

P.S.: Não se esqueçam do review u.ú


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