Poseidon estendeu a tradicional toalha xadrez branca e vermelha no gramado verde e começou a tirar a comida do cesto. Eu, como sou muito educada, comecei a ajudá-lo. Quando tudo estava pronto eu me via de frente para o café da manhã mais delicioso do mundo. Ele se sentou e eu segui seu gesto, logo em seguida pegando um sonho, que estava um sonho. Tudo bem, piada horrível.

         Ele pegou um donnut e o mordeu com vontade, quase fechando os olhos de satisfação.

         - Hmmm, isso tá muito bom! - Ele falou de boca cheia. Eu não queria rir, mas a risada acabou saindo da minha boca. Ele me olhou interessado.

         - O que foi? - Falei o encarando. Ele engoliu o donnut e sorriu.

         - Você. - Arqueei as sobrancelhas. - Está muito bonita hoje.

         Senti meu rosto queimar e coloquei uma mecha de cabelo que insistia em cair atrás da minha orelha, enquanto virava o rosto para frente. Ouvi sua risada sonora e eu encolhi um pouco envergonhada.

         Ficamos comendo em silêncio por um tempo, até que ele se vira para mim e dá um típico sorrisinho de lado.

         - Você fica ainda mais bonita quando cora. - Meu rosto ficou ainda mais vermelho se possível, mas eu ainda não o encarava. - Vamos lá Atena! Olha pra mim!

         Continuei olhando para frente, mas consegui vê-lo mudar de posição e bufar. Logo depois senti seus dedos segurarem firme e delicadamente o meu queixo e vira-lo em sua direção. Olhei em seus olhos e só via puro divertimento. Suspirei derrotada.

         - O que foi? - Ele deu um sorrisinho de lada de novo e olhou para os meus lábios. Engoli em seco. - P-poseidon?

         - Hm? - Ele falou ainda olhando para a minha boca. O nervosismo decidiu tomar conta de mim.

         - O que você está fazendo? - Ele olhou rapidamente nos meus olhos, mas logo depois voltou o olhar para a minha boca.

         - Tomando uma decisão difícil. - Engoli em seco de novo, enquanto eu olhava para os lados tentando achar uma solução. Ele riu. - Acho que já decidi o que fazer.

         Ele se aproximou tão rápido de mim que eu nem consegui processar. Seus lábios estavam a exatos três centímetros dos meus, e eu sentia o seu hálito bater contra o meu rosto. Comecei a suar frio só de pensar no que poderia acontecer. Quando ele ameaçou se aproximar eu senti uma corrente elétrica perpassar por todo o meu corpo e assim percebi o quanto que eu queria um beijo dele.

         Mas não houve beijo nenhum. Quando ele se aproximou de mim ele me derrubou no grama e começou a fazer cócegas na minha barriga. Eu não sabia se ficava decepcionada ou se ria por causa das cócegas.

         - Vai dizer que não queria que eu tivesse te beijado. - Ele continuava e eu ria cada vez mais. - Diga! Diga que quer me beijar!

         - N-NÃO! - Ele fazia mais cócegas em mim. - Para Poseidon, PARA!

         - Não! Só se você disser que quer me beijar. - Ele me olhou malicioso. - E que você está caidinha por mim.

         - Vai sonhando! - Falei com dificuldade, mas ele fazia mais cócegas e eu ria tanto que não conseguia respirar, então decidi ceder. - Ok, ok! Poseidon, eu quero te beijar e estou completamente apaixonada por você!

         Quando falei isso ele imediatamente se afastou. Tentei me recompor enquanto ele abria um sorriso maior do que o mundo. Parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um doce.

         - Jura? Você está completamente apaixonada por mim? - Ele me pressionava. Engoli em seco. - Vamos Atena, me fala!

         Por que ele tinha que fazer esse tipo de coisa? Apesar de não parecer, eu odeio ser pressionada, odeio pressão sobre mim, odeio! Olhei para ele irritada e respirando fundo.

         - E se for verdade, o que você vai fazer? - Ele arregalou os olhos incrivelmente verdes e eu me dei conta da besteira que eu falei. Oh-oh. - Quer dizer, pode ser uma mentira também, sabe? 

         Ele riu e se aproximou, me fazendo recuar. Jogou seus cabelos para trás e deu um sorriso sedutor, enquanto eu mordia os lábios tentando me safar da situação.

         - Atena, Atena. Não adianta, você já se entregou. - Ele segurou minha cintura. Não tinha mais como fugir. - Mas eu também tenho um segredinho para você.

         Ele me puxou com força, me chocando contra o seu peitoral. Naquele instante todo o meu raciocínio foi por água abaixo. Ele afastou meu cabelo da minha nuca, revelando a minha orelha, aproximou seus lábios dela e disse num sussurro quase inaudível:

         - Sendo verdade ou não o que você disse, saiba que eu estou completamente apaixonado por você, Atena. - meu corpo se arrepiou todo. - Eu te amo.

         Eu tive a pior reação que uma mulher ou garota poderia ter. Claro, eu poderia ter olhado em seus olhos, ter sorrido e falado eu te amo, mas não. Simplesmente o empurrei com tudo, o fazendo bater a cabeça no chão e ainda por cima gritei um "É o que?" na cara dele. Ele apenas franziu as sobrancelhas enquanto massageava a área que entrou em contato com o chão.

         - Você é casado! - Quase saiu num grito agudo. Ele fez uma careta. - Por que não está com Anfitrite? Por que não está no seu palácio?

         Ele suspirou cansado e se arrastou até apoiar as costas no tronco da árvore que nos oferecia sombra. Juntei-me a ele apesar de manter uma distância razoável.

         - Acho que está na hora de você saber o porquê de eu estar no Olimpo. - Ele me olhou completamente sério. - Eu não estou mais casado, Atena. Bom, ainda estou na fase da separação, mas para mim já está definitivo, e acho que para Anfitrite também. 

         "Sabe, acho que essa separação veio a calhar, ainda bem que ela aceitou numa boa. Conversamos sobre isso e nós dois concordamos que não havia mais amor. Mas eu acho que na verdade nunca houve amor, eu achava que amava Anfitrite por a conhecer há muito tempo. Eu a amo, claro, mas apenas como amiga. O único problema é que quem não aceitou isso muito bem foi meu filho, Tritão.

         "É uma pena ele ter se tornado uma pessoa tão gananciosa e egoísta. Ele odeia Percy com todas as forças porque tem medo de perder o trono, mas acho que só pelo comportamento ele nunca garantiria o título. Ele não aceita a separação, acha que eu o traí e traí a sua mãe, sendo que ela queria isso tanto quanto eu. Claro, eu tinha minhas noitadas, mas isso não quer dizer que Anfitrite não tinha as dela. Apesar disso tudo continuávamos amigos e continuaremos a ser.

         "Estou ficando no Olimpo para dar um tempo à Anfitrite e ao Tritão. Ela ficará um tempo lá até arranjar um lugar e pretende levar Tritão junto, apesar dele não querer. Eu sei que ele é meu filho, mas eu não consigo ficar um momento sem brigar com ele e espero que ele entenda que o reino não será seu. É esse o motivo de eu estar aqui, Atena. É por isso que eu estou no Olimpo, entende?

         Suspirei e me sentei de frente para ele. Ele se virou para mim também.

         - Tudo bem, entendo sua situação complicada, mas como isso se liga com o que você tinha me declarado? - É eu não queria falar "eu te amo". Poseidon fez uma careta.

         - Será que é tão difícil de você entender? - Minha vez de fazer uma careta. Ele suspirou. - Atena, eu estou desimpedido. Eu te amo. Agora só falta você responder se me ama ou não.

         Eu engoli em seco e o olhei desesperada.

         - Você não entende. Eu vou casar. CASAR! Poseidon, não posso ficar com você! Simplesmente não posso! - Ele ficou triste. Eu queria chorar.

         - Mas você... Esquece. - Ele me olhou pensativo, enquanto lágrimas rolavam pelo meu rosto. - Atena, vou fazer uma proposta pra você.

         Olhei para ele desconfiada, enquanto ele dava um sorriso maroto.

         - Aceita ser minha namorada até você casar? - Fiz uma careta. - Isso não é adultério! É como se fosse uma despedida de solteira! Que tal?

         Eu ia responder, mas ele colocou a mão na minha boca, além de ter tapado junto o meu nariz. Fiz um mini escândalo e ele abaixou um pouco a mão, sussurrando um "desculpe". Rolei os olhos. 

         - Antes de tudo, antes de você aceitar, recusar, sei lá! Quero a minha resposta. Você me ama ou não? - Ele prendeu o ar e tirou a mão da minha boca. Ajeitei meus cabelos.

         - Sim. - Falei bem baixinho. Ele soltou o ar preso e se aproximou querendo ouvir direito.

         - Como, eu não ouvi? - E o idiota ainda sorria!

         - Sim. - Falei normalmente. Ele riu esperando eu falar com todas as letras. Rolei os olhos. - Sim, Poseidon. Eu te amo!

         Ele ria tanto que eu comecei a rir também. Ele se jogou em cima de mim e nós dois caímos na grama. Ele rodeou minha cintura com seus braços fortes e me olhou, virado de lado. Seu sorriso era do tamanho do universo.

         - Você não sabe o quanto que eu esperei por isso! - Eu ri ainda não acreditando no que ele tinha dito. - É sério! Posso te contar outro segredinho?

         Aconcheguei-me nele e assenti como uma criancinha. Ele riu beijando o topo da minha cabeça. 

         - Eu te amo há muito tempo. Acho que te amo desde que você saiu da cabeça do seu pai! - Ele riu fraco. - Foi a cena mais estranha e importante da minha vida.

         Bati nele, mas sem forças. Lá estava eu derramando lágrimas de novo. Enquanto eu a cada dia mais o odiava, ele me amava. Ele me olhou preocupado e limpou as lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas.

         - Shh, ei! Não chora! - Eu negava com a cabeça enquanto mais lágrimas surgiam. - Desculpa por sempre ter implicado com você, mas era o único jeito de ter sua atenção.

         - Para! - Berrei. Ele deu um pulo. - Para de se desculpar! Eu sou a pessoa horrível aqui! Eu que fui rude, eu que sempre ficava te xingando, eu sou uma pessoa horrível, por Zeus!

         Ele riu descrente. O olhei furiosa por rir do meu momento de sensibilidade.

         - Hoje é o dia nacional da Atena chorar? - Ele perguntou e eu rir. - Por mim! Acho que já daria pra encher o Atlântico de tantas lágrimas!

         Dei um outro tapa nele e murmurei um "bobo". Ele deu uma risadinha e me abraçou, enquanto eu ouvia as batidas do seu coração.

         - Pare de ficar se culpando, Atena. Eu também sou tão culpado quanto você. Eu fazia você me xingar porque eu dava corda! EU te xingava, você algumas vezes, ok estamos empatados, apenas se defendia, assim como eu me defendia de suas ofensas. Eu deveria ter me declarado há eras. - Ele sorriu triste para o chão e eu segurei seu rosto.

         - Somos ambos culpados. Agora vamos parar com essa choradeira que eu vou passar mal de tanta melação que tá tendo aqui. - Ele riu da minha careta. - Bom, eu aceito ser sua namorada.

         Ele sorriu feliz e me abraçou mais. Seu rosto se aproximou do meu e fez um carinho em minha bochecha com a ponta do seu nariz. Senti meu corpo arrepiar e ele percebeu isso, sorrindo logo em seguida.

         - Eu te amo. - Sussurrei já embriagada com o futuro beijo.

         - Eu te amo mais. - Ele sussurrou de volta e assim selou os nossos lábios.

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OWWWNT, TI COISA FOFA!

HAHAHAHAHAHAHAH A-D-O-R-O! Vocês só vão saber do beijo no próximo capítulo, because Imma bad bad girl u.ú

Ai gente, to de volta e com tudo! Quem gostou do capítulo MEGA FOFO levanta a mão! \o/

Ok, só eu levantei, e a minha mãe. Mentira minha mãe não isso aqui!

AUSHAUHSUAHSUSHASHAHSUASHASH

Geeeeeeeeeeeente, eu passei direto, sou muito inteligente! Tá, e vocês, passaram tudo certinho? Aqui, provávelmente eu vou postar antes do Natal, então.. ME ESPEREM!

I AM HAPPY! VAS HAPPENIN? AI TO DOIDONA

Oks, vou deixar vocês escreverem um review bem lindo pra mim :D

Ou até uma recomendação, sei lá, sabe o Natal tá chegando, e presentes são legais. Recomendação seria um bom presente... Não colou? Ok, não colou D:

FUIZ-ME!

Bjundas!

P.S.: Bjundas quer dizer beijos na bunda, mas isso não quer dizer que eu queira beijar a bunda de vocês, sacas? Ok eu não to bem, me ignoreeeeem