Acordei com os raios do sol em meu rosto e olhei para a janela aberta, que deixava entrar um vento morno e gentil. Depois de um tempo consegui identificar o aposento onde eu estava: sem dúvida era o meu quarto. Mas como eu havia chegado ali?

   Poseidon.

  Ah, claro. Ele deve ter visto o meu estado deplorável e com certeza deve ter rido da minha cara de bebê chorona. Graças aos deuses eu estava na segurança do meu quarto, sozinha e tranquila.

  Tentei me sentar, mas algo me impossibilitava. Levantei um pouco o lençol e vi um enorme braço me segurando pela cintura. Como assim?

  Bom, o plano era o seguinte: virar-me bem devagar, ver a cara do safado que está me agarrando e assim espancá-lo até a morte. Simples, não? Se deu certo? Claro que não!

  A primeira parte até que sim. Fui me virando bem de vagarinho até eu ver aquele conhecido rosto que eu via todos os dias quase todas as horas. Nem parecia o mesmo de sempre, exalando inocência com os olhos fechados, as feições serenas e a boca semi aberta mostrando um pouquinho de baba.

   Meu coração deu uns dois duplos twists carpados e depois parou. Por que eu tinha que ter essa reação sempre que eu o via?

  Mas então minha consciência se tocou. Eu estava numa cama com um homem. Eu estava com Poseidon na mesma cama. Eu. Pura. Cama. Com. Homem. Asqueroso. Então eu dei um berro.

  Poseidon na mesma hora pulou da cama e arregalou os olhos, fazendo uma posição de luta muito estranha pelo fato de ainda estar grogue de sono.

  - Ladrão, onde? Cadê? Cadê? - Ele olhava para todos os lados desesperado. Minha vontade era de rir, mas eu ainda estava em choque.

  - Não tem ladrão nenhum, seu idiota! - Ele me olhou confuso. - Tem você aqui no meu quarto, na minha cama!

  Ele ficou me encarando por uns minutos e depois deu um sorrisinho sacana de lado, mostrando que sabia de algo que eu não fazia ideia.

 - Então você não se lembra, querida Atena? - Me arrepiei quando ele me chamou assim. Fiz que não com a cabeça. - Tsc tsc. Eu esperava mais, ainda mais depois dessa noite que tivemos.

 O modo que ele falou noite não me deixou feliz, nem um pouco. Aliás, me deixou com nojo. E bastante nervosa. Engoli em seco.

 - Q-que noite? - Me fiz de desentendida. A noite passada era um branco em minha cabeça. - Não tive noite nenhuma com você, seu imundo.

 Cruzei os braços e virei o rosto. Seu sorriso oscilou um pouquinho quando dirigi o delicado adjetivo a ele, mas mesmo assim ele manteve a pose.

 - Eu sinceramente esperava que você fosse se lembrar, Atena! - Ele bufou, mas ainda tinha um resquício de diversão nos olhos. - Ainda mais depois de você ter me chamado a noite toda.

 Senti meu rosto ficar quente. Não duvidava nada que estava mais roxo que a blusa que Poseidon estava usando.

- PARA DE PALHAÇADA, POSEIDON! - Me levantei estressada. Ele arqueou as sobrancelhas. - Eu já volto. Quero você fora daqui quando eu pisar nesse chão.

  Ele me olhou meio magoado e triste, mas eu ignorei completamente.

Fui direto ao banheiro. Chegando lá abri a porta com força e em seguida a fechei ainda mais forte. É, estou aprendendo essas saídas teatrais com o meu pai. Segurei a pia com força e tentei me lembrar do que aconteceu na droga da noite passada. 

  Lavei o meu rosto, e enquanto a água batia contra a minha pele, o sono ia todo embora. Então eu me lembrei. Lembrei que Poseidon me consolou depois de um cara nojento tentar me agarrar. Lembrei dele falando que iria me levar pra casa. Lembrei de ele me colocar delicadamente sobre a minha cama enquanto eu ainda soluçava. Lembrei de ele ter dado um beijo em minha testa e de ter se virado para ir embora. E principalmente lembrei-me de ter segurado a sua mão e pedido para ficar comigo.

  Meus deuses. Eu. Sou. Uma. Pessoa. Horrível.

  Ergui-me em uma postura perfeita e fechei a torneira imediatamente. Abri a porta e entrei correndo no quarto, bem a tempo de ver uma brisa marítima se formando, mas não a tempo de conseguir fazê-lo ficar. Suspirei derrotada. Era sempre assim, eu quebrava a cara tarde demais.

  Passei a mão em meu rosto e percebi que nem o havia enxugado. Ri que nem uma idiota sozinha. Mas era um riso sem emoção, sem vida. Olhei para a minha mão molhada e senti meu rosto se contrair em um choro, e logo em seguida as lágrimas começaram a escapar dos meus olhos.

  Eu só era uma deusa babaca que estava chorando enquanto olhava para a mão molhada. Por que tudo que eu olhava me fazia lembrar dele? Por que eu tenho que ser tão burra? Por que eu tenho que gostar dele?

  Eram perguntas retóricas.

  Bati a mão seca na mão molhada, fazendo-a abaixar. Quase fui engatinhando para a cama e quando cheguei até a mesma me joguei com tudo. Não devia ter feito isso, o cheiro dele se impregnou em minhas narinas, me fazendo chorar ainda mais.

  Eu fui muito idiota. E percebi tarde demais. Ele foi todo gentil e educado, enquanto eu fui rude e grossa. Ele não vai mais querer olhar na minha cara, aposto.

  Fui pegar o travesseiro que ele usou na noite passada, pouco me importando de estar todo babado. Nossa, eu parecia aquelas adolescentes pirralhas que foram recusadas, credo!

  Mas o problema é que eu não senti só o tecido macio da fronha - além da baba, é claro -, eu senti um papel. Levantei a cabeça confusa e com os olhos um pouco fora de foco vi o papel azul claro sobre a fronha branca. O peguei e comecei a ler.

  " Acredito que deve estar confusa sobre o que aconteceu ontem. Era uma brincadeira, Atena, nunca farei algo que você não quer que seja feito. Só peço que quando se lembre não me mate!

Quando estiver melhor me procure, ainda estou disposto a e ajudar!

Poseidon."

  Depois dessa eu comecei a chorar ainda mais. Como ele pode ser tão fofo às vezes? Como? Eu sou tão burra e tola!

  Então eu percebi que eu realmente gostava dele. E do por que de eu gostar dele. Ele apesar de ser um pervertido e um tarado, além de fazer várias brincadeiras ridículas, ele era gentil, amável, amigo e educado. E eu gostava de tudo isso, e quando eu digo tudo, me refiro até aos seus defeitos.

  Eu não poderia me casar, nunca. Ainda mais com um ser desconhecido. Eu não gosto dele, eu gosto de Poseidon, aliás, eu amo Poseidon, mas o problema é ele se não gostar de mim.

  Céus, eu estou apaixonada pelo meu padrinho de casamento!

  Comecei a rir de repente. É, rir e chorar. Acho que preciso de uma terapia, meu emocional não está nada bom. Levantei-me bem depressa e comecei a jogar as roupas que estavam no meu armário na minha cama. Eu tinha que ser rápida.

  Depois de vinte minutos - sim, sou rápida - eu estava pronta e já saía esbaforida pelos corredores do Olimpo, sem me importar com o que os outros pensariam.

  Eu sabia que ele estava aqui. Deveria estar na cozinha comendo alguma porcaria gordurosa, ou na sala de TV vendo alguma besteira que ele gosta, ou na biblioteca lendo algum livro... Droga! Ele poderia estar em qualquer lugar!

Mas então eu passei do lado de uma das janelas que dá para o jardim principal. E eu não sei o porquê, mas eu olhei por ela. E eu o vi, lá embaixo, sentado de frente para um dos chafarizes que o jardim possui.

  Meu coração se encheu de esperança e eu mudei minha direção, descendo as escadas tão rápido que eu posso jurar que pulei até uns cinco degraus seguidos. Atravessei a porta principal e quando dei por mim estava a dez passos dele.

  Cheguei mais perto e coloquei minhas mãos sobre seus olhos. Ao ter sua visão tapada ele retesou, mas depois colocou as suas mãos sobre as minhas e sorriu. Eu sorri também.

  Está melhor? - Ele falou tirando minhas mãos dos seus olhos. Olhou para mim e me puxou, sentando-me ao seu lado.

  - Estou, graças a você. - Eu sorri e o vi corar um pouquinho. - Obrigada por ter ficado comigo. 

  Aproximei-me mais um pouco e dei um beijo em sua bochecha. Ele pareceu um pouco fora de ar, mas logo em seguida me encarou e sorriu.

  - De nada, estou aqui para isso. - Ele segurou minha mão e ficamos um tempo assim. - Você quer fazer algo diferente hoje?

  - Ah, claro. Mas e os preparativos? - Fiz uma meia careta, não posso me casar, não se eu gosto de Poseidon.

  - Ai, Atena. Você já resolveu tudo, não? E só falta o que você vai vestir. Além do mais, você não quer minha presença nesse momento. - O olhei indignada. - Você deixou isso bem claro.

  - Então está bom, você vai me ajudar. - Ele ficou branco. - Ué, o que foi?

  - Ah, eu, é que eu... - Ele coçou a cabeça. - Eu não vou poder, sabe? Eu nem vi o smoking que eu vou usar, e além do mais, isso é coisa de mulher, eu to passando muito tempo vendo coisa de mulher, então eu vou virar gay, e eu não quero virar ga...

  - Tá bom, tá bom, eu já entendi! Se você não quer ir comigo era só ter falado! - Falei meio irritada. Não gosto de gente enrolada, nem um pouco. Não é nada prático.

  - Desculpa. Mas então, que tal o dia de folga? - Aquela ideia parecia tentadora. Fiz que sim e ele sorriu. - Então vamos aproveitar, sorte nossa que o dia está ensolarado.

  - E o que vamos fazer?

  - Um piquenique, oras! - Ele sorriu e quando dei por mim já estávamos sentados  embaixo de uma árvore perto de um laguinho, bem no meio do Central Park. 

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Oi gente linda!

Consegui passar aqui depois de um atraso de 3 dias! Olha a evolução!

E olha, eu passei direto com notas altíssimas, viu como sou nerd? Ai que lindo, todos orgulhosos *---*

Mas enfim, eu quero comentários de tooooodos vocês, porque a história está entrando numa nova etapa, então que saber a opinião de all of you u.u

Então pó passá o review manolo. 

SUAHSAUHSAUHSUAHSAUSHUAHSUAHS

Ok, eu não estou bem. É a felicidade.

Ah, vocês viram? Querem tirar a categoria cantores/bandas do site. Eu sinceramente achei um absurdo, porque o site é de fã para fã, então ninguém está escrevendo aqui para futuramente criar um livro. Eles estão se baseando em uma pessoa que por acaso conseguiu esse feito. Achei ridículo e desnecessário.

Mas não é? '-'

Enfim, vou deixar vocês, porque sei que vocês não me aguentam, então até o próximo capítulo ou até os reviews!

Bjin bjin xau xau!

P.S.: MANDEM REVIEEEEEWS MANOLOS!

P.S.2: EU QUERO RECOMENDAÇÃO TAMÉM, MERMÃO, PASSA TUDU!