A Caixa De Pandora escrita por gaby_greeneyes


Capítulo 14
Capítulo 14 :Tadinho do Leo




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Leo e eu corremos para a arena, onde Carol ameaçava Amanda ( Filha de Afrodite ) com suas adagas. 

- O que está acontecendo? - Leo perguntou a Victor. 

- Não sei, só sei que precisamos tirar Amanda de perto da Carol, e rápido. 

Mas Quíron foi mais rápido. Chamou Carol para a Grande casa, onde ficou um bom tempo lá. Esperei no banco em frete a grande casa com Madame Safira até a hora em que Carol saiu chorando. 

- O que aconteceu? - Perguntei. Carol pegou minha mão e levou-me em direção ao seu chalé, que ainda estava com o buraco na parede deixado por Leo e Rufos, mas ela nem se importou, estava triste demais para ligar para essa futilidade. 

O chalé de Zeus era lindo, todo branco, com uma enorme estatua de Zeus segurando o raio mestre. Sentamos em sua cama, que era de casal e feita de ouro. 

- Aquela vadia, se acha por ser filha de afrodite e por poder usar seu charme para encantar os garotos! 

- O que aconteceu? Que vadia? 

Carol levantou-se o começou a andar. 

- A Amanda, eu a vi jogando-se nos braços de Lucas, e ele deixou, como se estivesse enfeitiçado. Ai que ódio, não foi nem ela que o achou, que o salvou, nem nada do tipo. Fui EU quem fiquei cuidando dele a noite, fui EU quem lhe dei remédio na hora certa, mas é ELA quem fica com a parte boa. - Carol sentou-se no chão, abraçou suas pernas e colocou a cabeça entre elas. - Sou eu quem o amo realmente... - Carol começou a soluçar. 

- Não fique assim Carol, vai ver eles estavam apenas... Sei lá, sendo amigos. - Eu disse sentando-se ao seu lado. 

- Sendo amigos Gabriela! Eu não sou ingenua assim. Ela está se vingando... 

- Se vingando de que? 

- Na missão, ela começou a dar em cima de Victor, e ele estava ficando enfeitiçado por aquela beleza falsa dela, e ele estava caindo, mas eu cortei o efeito, lembrando a Victor de como Paula ficaria caso ela descobrisse. E ela ficou com raiva e agora está se vingando. 

- Bem, se é assim, só há uma coisa a fazer. Se ele REALMENTE a ama, ele sentirá ciumes de você, e não haverá charme que poderá ignorar isso. 

- Mas com quem eu farei ciumes pra ele? Nesse acampamento vazio? Os que tem ja estão comprometidos,e o Luccas... NÃO! 

- Eu sei de uma pessoa. Relaxe, vai dar tudo certo. Ainda hoje, eu quero você na fogueira as quatro da manhã, combinado? 

Carol enxugou as lágrimas, embora elas tomassem seu rosto loucamente. 

- Estarei lá. 

Assim que saí do chalé de Carol, corri para o chalé de Hermes, precisava de um favor de Leo. 

- Gabriela? Sabe que horas são? - Leo atendeu a porta, esfregando os olhos. 

- Pare de ser fingido, eu sei que você não estava dormindo. - Eu disse entrando no chalé e fechando a porta. 

- É, eu não estava dormindo, mas estava quase. O chalé de Leo era cheio de tralha, não se via o chão, tudo coisas roubadas, típico em um chalé de Hermes. Olhei para Leo espantada. 

- Que? Não fui eu quem roubei tudo isso. 

- Não me importa. Preciso de um favor seu. Pra hoje as quatro da madrugada. 

- Não. - Leo respondeu secamente, virando-se para seu jogo, onde ele tinha que matar o Deus da morte ( ridículo e impossivel, mas era um jogo). 

- Por favor Leo, é pela Carol, eu PRECISO de você. Eu faço qualquer coisa. 

Leo pausou o jogo e virou-se para mim. 

- QUALQUER coisa? 

- Qualquer coisa. 

- Jure pelo estige que fará qualquer coisa em troco do favor. 

- Não, se você não confia em mim fica dificil. 

- Eu ja te dei varias chances para me fazer confiar em você, e em todas você falhou. 

- Ai meus deuses, EU JURO PELO ESTIGE QUE CUMPRIREI MINHA PROMEÇA. Satisfeito? 

- Muito. Então, qual é o problema. 

- Antes, jure você pelo estige que me ajudará independente do que for. 

- Não confia em mim? 

- Depois de me fazer passar pelo meu maior medo e quase matar meu cachorro? Lógico que não. 

- EU JURO PELO ESTIGE QUE AJUDAREI SEJA LÁ O QUE FOR QUE A GABRIELA PRECISE. Satisfeita? 

- Muito. É o seguinte. Sabe a briga de hoje entre a Carol e a Amanda? Então, é por causa do Lucas, o filho de Athena... 

- E você quer entrar na briga por ele? 

- NÃAAAO. Eu quero que você me ajude a ver se ele gosta da Carol. 

- Como? 

- Você vai beijar a Carol hoje as quatro da manhã na frente dele, ele vai estar escondido, lógico, e nós iremos descobrir se ele sente ciumes. 

- Eu tinha que jurar. Olha a fria que eu entro por você. 

- Eu sei que você me ama. - Falei debochando. 

- Se não fosse por isso, eu nunca faria o favor. 

- Agora vai tomar banho e se arrumar, você tem um encontro daqui a quatro horas. 

Quando me virei para sair, Leo pegou-me pelo braço e trouxe-me para perto de si. 

- Mas em troca desse favor, eu quero um beijo seu. Você jurou, agora terá que cumprir. 

- Faça primeiro a sua parte, depois eu cuido da minha. 

E saí. Agora eu tinha que enviar uma carta a um filhote de Athena. Carol escreveu uma carta, pedindo para que ele a encontrasse na fogueira as quatro horas, pois todos ja estariam dormindo. 

Finalmente, quatro horas da madrugada. Leo ja estava de um lado da fogueira, e Lucas de outro. O fogo não permitia que eles se vissem direito. Carol apareceu, estava radiante, usava um vestido curto, seu cabelo estava preso com as "adagas" e sua maquiagem estava tão clara, mas isso realçava seus olhos castanhos. 

Lucas levantou-se quando a viu, mas ela correu na direção oposta, e abraçou Leo. Naquele momento tive medo, os olhos de Lucas brilharam intençamente, e ele se preparou para o ataque no momento em que os labios de Carol encostaram nos de Leo. 

Vocês devem estar se perguntando de onde eu estava vendo, por mais incrivel que pareça, eu estava no ar, Leo me emprestou seus  tenis voadores para que eu pudesse ve-los sem ser vista, e acredite, vendo aquilo tudo, eu até me esqueci do medo. 

Lucas correu como um foguete, agarrou Leo pelas costas e começou a dar-lhe socos no rosto. Senti dó, lógico que senti, mas ele concordou, oras!

Carol segurou o braço Lucas antes que a situação piorasse, e parece que o toque de Carol o acalmou, ele levantou-se, deixando Leo com a boca sangrando e um olho inchando estirado no chão.  Ele olhou nos olhos de Carol, e como um cavalheiro, pegou-a pela cintura e deu-lhe um beijo. Foi lindo, não negarei, mas não sei por que não invejo nada desse romantismo, eu acho isso tão... NOJENTO!  

Assim que eles foram para um lugar mais reservado, desci para ajudar Leo, que limpava a boca que ainda sangrava loucamente. 

- Você está bem? - Perguntei, ajoelhando-me a seu lado. 

- Esse beijo tem que valer MUITO a pena, olhe só pelo que eu passei! - Disse Leo, mostrando o olho e a boca. 

Para que Leo parasse de me encher, peguei-o pela bochecha e dei-lhe um beijo, nada muito experiente, só para ele ficar quieto mesmo. 

- Ta bom assim? - Perguntei. 

Leo não respondeu. Antes que eu pudesse me esquivar, ele me trouxe pela cintura para mais perto dele e me deu outro beijo, dessa vez mais demorado, com sentimento, mas não sei por que, o sentimento foi apenas da parte dele, eu ainda não conseguia sentir nada por ele. 

- Esse sim fez valer a pena. - Disse Leo. 

Rimos juntos. Fomos até a infermaria pegar gelo para Leo colocar no olho e na boca, e fomos para perto do riacho. Naiádes cantavam a luz da lua, era lindo de ver. 

- Não sei porque. - Começou Leo. - Eu sempre consegui roubar o coração das garotas, de qualquer uma, mas o seu parece tão distante, inalcansável, sei lá. Eu nunca precisei de alguém como eu preciso de você, Gabi, e estou dizendo isso não da boca pra fora. 

- Leo, eu nunca amei ninguém, nenhum garoto teve meu coração, NUNCA. E eu não sei, pra mim é tão...- Ouvimos um barulho vindo do mato. - O que foi isso? 

- Quem está ai? - Perguntou Leo, ativando seu minigame, que se tranformou em uma espada de bronze. 

Quando uma garota pulou em cima de Leo gritando " Você é meu, não dela", e a reconheci, era Maria, a filha desaparecida de Athena.  Maria pegou Leo e jogou-o na água, onde as naiádes começaram a agarra-lo para que ele se afogasse. Maria se virou para mim. 

- Minha mestra quer apenas você. 

Ativei meu machado e meu escudo ( que eu descobri que ele também vira um anel HAHAHA, em forma de rosa, por causa de minha mãe) e comecei a lutar contra Maria, que após ser cortada por meu machado, fugiu para a floresta de novo. 

Leo estava praticamente afogado. Mesmo não sendo nada fã de água, mergulhei para salvar meu amigo, e consegui graças as aulas de natação que minha mãe mortal pagou para que eu fizesse. Leo estava desmaiado, molhado e gelado, parecia que morreria por hipotermia. Tirei minha jaqueta e coloquei em torno dele, mas nem assim ele parecia se aquecer. Comecei em pensar em formas para aquece-lo, e me veio na cabeça a ideia estúpida de dar-lhe mais um beijo, eu não tinha muitas opções, então decidi colocar minha ideia em prática.Eu só pensava em aquece-lo, e assim que meu lábio tocou o dele, senti uma força passar de mim para ele, algo quente, como lava. Leo aqueceu-se na hora, acordando, mas agora estava muito quente, e isso o fez dormir, e tinha também esgotado a minha energia, fazendo-me dormir ao seu lado naquela noite, a beira do riacho.


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