Len andava em direção a sua escola, não tinha visto sua irmã naquela manhã e nem se deu muito trabalho de procurá-la, mas foi ver se a mesma estava em seu quarto e não estava. Estava tudo quieto em seu caminho para a escola, sem gêmea e sem melhor amigo, transformando aquela curta caminhada até a escola um tanto tediosa e totalmente silenciosa.

Ao chegar na escola, não encontrou sua irmã aonde sempre ficava com suas amigas, Miku e Gumi, deu uma leve olhada percebendo que Miku estava com o grupo de fangirls de Kaito, participando de uma conversa animada, e Gumi estava com um garoto idêntico a ela abraçados, trocando comentários amorosos pelo o que Len entendeu.

Sabia muito bem que Rin não gostava que ele se intrometesse em tudo na sua vida, por este motivo ficaram em salas separadas, mas qualquer irmão ficaria preocupado. Tentando esconder o interesse pela gêmea, foi até o único lugar onde ela não estaria. O banheiro masculino. A inicio só queria lavar o rosto e sair rapidamente, mas depois que jogou água na cara, ficou fitando seu reflexo.

Sem a menor sombra de dúvidas ele e Rin eram muito parecidos, tanto que só em se ver no espelho, Len conseguia imaginar que a imagem refletida era da irmã. Fez menção de sair, mas antes disso, a porta de uma das cabines foi aberta, mostrando uma figura muito familiar ao loiro. Kaito estava com o uniforme completo, o que era raro, e ainda por cima com um cachecol combinando com a cor de seus cabelo

–Ah, oi Len... – disse lembrando-se da cena da noite anterior – Tudo... bem?

–Bom... tudo. Você costuma chegar cedo todos os dias?

–Na verdade não. Só estou pulando da cama porque... minha mãe não me deixa em paz. – Era mentira, tinha chegado cedo novamente porque nem dormirá naquela noite, devido a dor dos ferimentos.

–Por conta das notas?

–Sim, por conta delas mesmas! Ela diz que não aceita que seu único filho esteja com notas baixas e me mandou sair as pressas de casa se não ela ia começar a jogar objetos em mim. - Sua mentira ia aumentando, ninguém poderia saber que vivia em um lugar tão cheio de... Miséria.

–Espero que eu tenha ajudado, bom, então... até logo - fez uma leve reverencia e se dirigiu a porta, não sabia porque se sentia tão envergonhado ao falar com ele.

Kaito o olhou sair de sua frente, algo lhe dizia que não podia deixá-lo ir, mas era do subconsciente, a vozinha chata que nunca damos importancia, mas o azulado sempre dava importancia aquela intuição. Não sabia o porquê, mas tinha que segui-la.

–Ei! - Chamou a atenção do shota. Pronto, tinha conseguido, mas o que falar agora? - Sabe... o professor de Sociologia mandou a gente ver aquele filme, sabe?

–Eu... sei. Meia-noite em Paris. - Falou com vergonha com a mão já pronta para abrir a porta.

–Então... queria ver co-comigo nesse domingo? - Agora uma voz ensurdecedora gritava lhe nos ouvidos para calar a boca e sair dali, mas a pequena voz ainda não tinha ido embora.

–N-Não me é u-uma má ideia... Eu acho. - concordou o loiro batendo seus pés um no outro em sinal de perturbação, não sabia ao certo das coisas.

–Certo, irei lhe buscar por volta de umas três da tarde ou antes, pode ser? - tentou forçar um sorriso convicente de que estava fazendo o certo, mas continuava a ouvir aquela voz inssuportável em sua mente mandando-o ir embora e dizer que era brincadeira.

Len apenas confirmou com a cabeça e saiu do banheiro, andando em direção a sua sala sem olhar para trás. Seu rosto parecia querer arder em chamas e ouvia alguns comentários malvados sobre seu rosto e uns garotos chamando-o de "Lenka-chan", mas não deu a mínima.

Chegou a sala ainda constrangido pela situação do banheiro, só mesmo Piko para acordá-lo de seus devaneios, o albino quase o estrangulou quando falou que iria sair com o azulado.

–Sair? Você está louco Kagamine Len? Por que você vai sair com aquele cara?? – O loiro olhou para os lados percebendo que a voz de Piko estava alta demais, e todos os presentes puderam ouvir a conversa. Mas uma coisa mais importante estava em jogo, Piko tinha chamado o pelo nome completo.

–Ca-Calma Piko... É-É só um filme, tudo bem? Juro que não haverá mais nada. - comentou Len, era possível perceber o medo e o constrangimento presente em sua voz, seu melhor amigo era yandere somente depois das oito da noite e não no horário de aula.

–Len, por que de repente você ta andando com ele? Achei que não gostasse de pessoas populares.

–A questão é que eu não o conhecia... Kaito fica bem mais legal depois que você conhece. – Bom, ao menos ele já tinha saído de sua forma yandere, era uma coisa a menos a se preocupar.

A professora entrou em sala e todos tiveram que ir para seus lugares, mas o loiro sabia que se olhasse para a banca ao lado veria Piko o encarando mortalmente. Não entendia o porquê de todos ficarem com tanta raiva de sua nova amizade, era algo tão impossível ele fazer outro amigo?

Realmente não conseguia entender as reações de Rin e Piko, talvez eles só quisessem monopolizar sua atenção, mas gostava de conversar com Kaito, não sabia dizer porque, só gostava e isso já era suficiente para ele merecer sua atenção. Sua gêmea e seu amigo nada tinham a ver. Depois da aula, a primeira coisa que o albino fez foi prensar o amigo contra parede.

–Vamos lá, Len. Agora você vai me falar porque vai para esse cinema. – A voz dele estava calma, mas já assustava o loiro.

–Eu já disse, nós somos só amigos, então não tem nada de mais irmos para o cinema de vez em quando... e acho que você não tem que se meter. – O loiro fechou os olhos e abaixou a cabeça esperando a reclamação do amigo.

–Que garotinho indefeso você é, isso sempre o deixa mais fofo e mais shota para os shotacons, que fique avisado. - comentou o albino com um leve sorriso nos lábios, afagando a cabeleira loira do outro - Continue fofo deste jeito que eu irei me apaixonar por você.

Dito isso Piko saiu rindo, claro que a última frase tinha saído em brincadeira, mas já havia deixado o outro vermelho por culpa disto.

Len continuou como uma estátua por um certo tempo até acordar do seu transe e seguir para o refeitório, dando uma leve olhada para ver se encontrava alguém, Miku encontrava-se junto com o fã clube do Shion, Gumi estava novamente com seu namorado e Piko estava tendo uma conversa animada com Rin e... O loiro começou a olhar a cena direito, realmente seu melhor amigo e sua irmã gêmea estavam tendo uma conversa animada, arregalou os olhos pensando na posibilidade de ali surgir um plano para acabar com seu novo amigo.

–Licença. - pediu uma voz feminina emburrando um pouco Len para a direita, parou um pouco na frente dele e vasculhou o refeitório inteiro até olhar para um ponto específico, logo o loiro curioso foi tentar olhar para o mesmo local e percebeu que era para seu melhor amigo - PIIIIIKO! PIKO PIKO PIKO!

A garota gritou correndo para o albino, jogando-se em cima do mesmo fazendo ambos caírem no chão, naquele momento o casal era o centro das atenções do reitório, todos olhavam abismados para a cena.

–PIIIKOOO, SENTI TANTA A SUA FALTA. - comentou a ruiva com os olhos brilhando quando parou de agarrar o mesmo, seus olhos brilhavam.

Piko ficou um pouco confuso e isto estava no seu rosto, ao se levantar, ainda com a ajuda da garota, Len sentiu que seus olhares se cruzaram, mas devia ter sido apenas impressão, já que depois disto ele abraçou calorosamente a menina. O loiro já não sabia mais de nada, suas opções se limitaram a duas alternativas: sair daquele lugar e pegar seu lanche ou chegar perto daquele trio tirar suas dúvidas.

Escolheu se retirar esquecendo completamente da fome, mas não da cena que ainda estava acontecendo em pleno refeitório. Essa ação só foi percebida por três pessoas, ninguém mais notou o olhar triste e melancólico do loirinho ao se dirigir a biblioteca, se o chamaram de algo pelo caminho ele não ouviu, parecia que o mundo tinha se fechado em sua volta.

Rin olhou para o irmão tão concentrado em sua tentativa frustrada de ler e sentiu um pouco de pena, não gostava de vê-lo com uma cara tão triste, mesmo que não ajudasse não poderia ficar sem fazer nada. Se curvou um pouco e beijou a bochecha do irmão, fazendo ambos corarem, mas logo ela saiu correndo com as mãos na boca enquanto ele tocava no lugar quente em que sua gêmea beijou. Ele sempre ficava com vergonha disso, mas Rin nunca ligou, fazia até uma conta de quantos beijos conseguia dar nele por dia. O que nunca deixou o loiro feliz, suas bochechas ficavam infladas ao ponto de doer a noite.

Longe daquela cena, outra pessoa examinava tudo. Shion estava com um livro escondendo metade do seu rosto, deixando apenas os olhos de fora, a única coisa que queria era poder ver o loirinho. Na verdade queria muito falar com ele, mas tinha medo das ameaças da noite anterior, e também ficou feliz por Piko tê-lo deixado triste desse jeito não seriam mais tão amigos, esse pensamento o fazia se sentir culpado, então só ficou olhando as reações de seu protegido. "Desse jeito vou virar um stalker!" pensou consigo mesmo.

Quando o azulado viu a loira beijar o shota, sentiu sua face ferver, seria aquilo o chamado ciúmes que os namorados sentiam? Não, não. Não era possível, ele nunca sentiria ciúmes por um homem, certo? Principalmente quando sabe de existências como sua professora Luka e, por que sempre lembrar dela? Então por que quando viu o garoto botar a mão na bochecha aonde Rin tinha beijado tinha lhe dado mais ciúmes ainda?

Pensou novamente na possibilidade de virar stalker do Len, apesar de que agora ficaria mais difícil isto já que o mesmo não era de sua sala.

O sinal tocou revelando que a hora do lanche havia terminado e assim todos teriam que retornar para suas salas. Todos adentraram nas salas e fora apresentado uma nova aluna para a turma de Len, a mesma ruiva que tinha se agarrado em Piko no refeitório.

–Apresente-se a turma por favor. - pediu o professor ao ver a animação da nova aluna enquanto via que estava na mesma sala que o albino.

–Booooooooom diiiia pessoooas liiindas desta classe, meu nome é Miki, tenho uma idade que não posso contar, pois é feio uma dama revelar sua idade e... É somente isto que vocês precisam saber sobre mim. - falou fazendo uma leve reverência no final e virando-se para o seu novo professor - Posso sentar ao lado do Piko? Poooooooooooooooor favooooooooooor.

–Bem... o lugar agora é de Kagamine, se ele puder ceder a banca... – o professor olhou fixamente para Len assim como a ruiva que juntou as mãos e fez um bico com a boca para o loiro.

–Não tem problema professor, ela pode sentar aqui.

–Ótimo, vá para aquela banca.

Ele apontou para uma ao lado da janela, Len não gostava desses lugares porque ficava distraído com a paisagem e esquecia da aula, mas pelo menos tinha outra coisa para olhar fora Miki e Piko conversando o tempo todo, não gostou daquela garota, sentia que ela estava de certa forma roubando seu melhor amigo. Foi ai que ele parou e pensou: “será que Piko se sente assim com relação a Kaito?” não queria fazer o albino sentir-se tão mal por sua culpa, mas agora estava com muita raiva para conversar ou pedir desculpas, esperaria até a garota desgrudar dele. Seus pensamentos sobre o assunto foram embora quando, na penúltima aula, olhou pela janela e viu certa pessoa jogando futebol com os amigos. Kaito jogava bem, driblava os zagueiros com uma perfeição incrível e fez dois gols naquela partida. Quando ele levou a camisa até o rosto para enxugar-se o shota sentiu seu rosto aquecer e ouviu alguns gritos histéricos de garotas.

–Kagamine Len, feche a janela, por favor. Ou não poderemos estudar com esse barulho. – Pediu o professor.

Assim ele fez, não antes de dar uma boa olhada para Kaito, que continuava a jogar inocentemente.

Rin já tinha jogado vôlei e handebol naquele dia, estava cansada, mas a professora pediu para que entrasse apenas no último jogo das garotas antes de ir embora. Se juntou ao time de Miku e Gumi, que não eram tão boas quanto qualquer outra menina na sala, e começou sua partida final.

–Kagamine! Prenda o cabelo! – A professora de Educação Física gritava mais que todos os outros professores juntos, o apito pendurado em seu pescoço não passava de um enfeite.

Isso não a tornava menos querida pelos alunos, principalmente pelos garotos, que a admiravam bem mais, por assim dizer. Ela tinha cabelos rosa e compridos que cobriam suas costas, seu corpo era invejável, mas não admitia que alunos falassem isso em sua presença, era uma mulher respeitada.

Rin a obedeceu prendendo seus fios loiros de qualquer jeito, deixando-os um pouco rebeldes na frente. Voltou logo para o seu jogo, as meninas não jogavam tão bem quanto os garotos, mas eram melhores que as das outras salas. Enquanto a loirinha se distraia, a bola sorrateiramente parou em seus pés, fazendo com que um bando de adolescentes corresse até ela e a derrubasse tentando resgatar o objetivo do jogo.

–Ai! – Rin tropeçou nos próprios pés ao tentar sair do meio das meninas e caiu sobre os joelhos os fazendo sangrarem.

Logo se formou um semi-circulo ao redor dela, com uma abertura apenas para a professora entrar no meio.

–Rin, está dispensada por hoje, vá a enfermaria tratar do machucado. Quanto as outras voltem para o jogo!

–Certo Luka-sensei. - Fez uma breve reverência para a mesma e começou a andar em direção para a enfermaria.

Andava calmamente até lá, olhando tudo com um pouco de atenção, até que passou por uma janela e seus olhos pousaram lá, ainda tinha seu cabelo preso e a franja desajeitada. Eu estou idêntica ao Len. Tinha sido seu pensamento após uma risada forçada, apenas mostrando que eles realmente eram gêmeos idênticos.

Enquanto olhava perdidamente o vidro que a refletia, não percebeu um grupo de dez garotos que vinham na direção dela com um sorriso presente nos lábios.

–Perdão? - Rin olhou para o grupo depois que viu seus reflexos se juntarem com os deles, um certo medo era existente em seus olhos.

–Olá Kagamine. - falaram todos em um coro, seus sorrisos aumentaram ao ver o pânico nos olhos da garota.

Os dois mais altos do grupo pegaram-a pelos braços, erguendo-a e começaram a caminhar em direção a uma parte da escola não muito frequentada pelos alunos. A loira tentava berrar mas sua boca tinha sido tampada por uma mão de um terceiro integrante. Mexia suas pernas na intuição de acertar os dois que lhe carregavam sem sucesso algum, mordeu a mão do rapaz que a impedia de soltar gemido qualquer.

–Ai seu canibal, não morda superiores. - Aquilo quase zoara como uma ordem se não tivessem apertado os braços da mesma.

Chegaram ao ponto escondido da escola, era algo deserto, vendo somente os muros da escola como reverência de que ainda era local escolar, jogaram o corpo da garota ao chão com brutalidade, fazendo-a bater a cabeça na parede. Risos escrotos eram ouvidos pela loira que tentava levar sua mão inutilmente para a parte de sua cabeça que havia sido acertada, tendo sua mão agarrada e sendo puxada para cima juntamente com seu corpo.

–Dois minutos para a aula terminar, - comentou um mais gordinho do grupo olhando ao relógio – Ainda temos muito tempo para aproveitar.

Ninguém sabia que dois minutos podiam ser tortuosos e lentos para uma pessoa naquela escola.

–Comecem. - ordenou um dos mais altos com um sorriso perverso nos lábios.

Então o shotacon que segurava a garota pela mão começou, assim, a explorar o corpo da pequena garota, levando-a um pouco para seus colegas. Um passava as mãos pelas nádegas da mesma, apertando-as com força, dois lambiam os braços como também mordiscavam e beijavam, um quarto dava longos chupões no lado esquerdo do pescoço e o quinto fazia exatamente o mesmo do lado direito, ambos com direitos a mordidas. Naquele momento a Kagamine se sentia imunda, tomada pelo medo e desespero, os segundos pareciam longos minutos de tortura para a mesma que apenas tentava conter as lágrimas de desespero que caindo-lhe pelo rosto.

O sinal tocou anunciando o término das aulas daquele dia, os alunos saiam apressados de suas salas em busca da liberdade. O outro Kagamine arrumava sua bolsa pacientemente, não tinha paciência para presenciar o novo casal de namorados da sala enchendo-lhe o pé, após terminar saiu da sala sem dizer nada para ninguém e dirigiu-se para a sala de sua irmã.

Ao adentrar a sala da mesma com o olhar, percebeu que seu material era o único presente na sala, achando estranho não ver a garota ali arrumando-o. Avistou Miku fora da sala e perguntou-lhe sobre a irmã, não recebendo uma resposta positiva.

–Pelo o que me lembre, Luka-sensei tinha dispensado-a para a enfermaria cuidar do ferimento que tinha adquirido jogando futebol. - comentou feliz por poder ajudar um pouco – Mas prepare-se, a sensei tinha pedido para ela prender o cabelo, então deve estar idêntica a você.

Len agradeceu a de cabelos esverdeados e seguiu em direção a enfermaria em busca da garota, apenas recebendo uma resposta negativa da enfermeira da escola, dizendo que não havia visto nenhuma moça idêntica ao rapaz entrar lá. Mil e um pensamentos rodavam a cabeça do loiro, será que já teria ido embora para casa ou... Lembrou-se da última frase que a esverdeada lhe disse “então deve estar idêntica a você”, poucas pessoas conseguiram diferenciar eles quando estavam idênticos, já que Rin tinha pouco seios.

–Droga. - sussurrou Len enquanto saia a procurar sua gêmea perdida, olhando em todas as salas da escola, na quadra de esportes, não achando nenhum vestígio de que ela estivesse passado por ali.

–Pare de se mexer! - ordenava uma voz aos gritos, fazendo um eco – Eu disse para parar!

O Kagamine tentou guiar-se a partir do grito que mais pareceu uma ordem, com o passar do tempo andando sem nenhum barulho, uns gemidos de nojo eram ouvidos com uma certa frequência.

–Não me morda! - gritou a mesma voz, pode-se perceber que os gemidos sessaram e um vulto cair no chão.

–Socor. - uma voz feminina tentava gritar até ter sua boca tampada sem poder completar a palavra.

Um tempo estático fez o loiro reconhecer a voz da irmã e correr naquela direção enquanto ainda ouvia um tumultuado de vozes masculinas, imaginou ser os shotacons os donos das mesmas.

–RIIIN. - gritou Len ao chegar ao local aonde eles estavam, seus olhos estavam arregalados ao ver o estado de sua gêmea, somente faltava ela ser totalmente estuprada se lhe tirassem completamente a roupa.

–Espera, este não era o Len? - perguntou um dos rapazes tocando na região dos seios da garota, confirmando – É, vocês, abestados, confundiram a Rin com o Len-chan.

–Olhe o lado bom, são dois agora.

Sorrisos maliciosos eram presentes nos lábios dos shotacons, quando Len ia correr para pedir ajuda seus braços foram agarrados por dois que faziam o mesmo roteiro que fizeram com a Kagamine, mais dois se aproximaram, um cuidou do pescoço e outro das bochechas. Rin era mantida presa por um único shotacon solitário que encarava o loiro, comendo-o pelos olhos.

–Mas que porcaria é esta? - uma voz zoou depois de minutos de tortura para os gêmeos, todos olharam para o local aonde zoou a voz do “grande salvador” dos quase estuprados.

–Piiiko-chaan, veio se juntar também? - perguntou esperançoso um dos dez, denominados retardados por Piko e mais duas pessoas que o acompanhavam.

O albino apenas deu um sorriso forçado e se aproximou dos shotacons junto com um loiro mais alto, mas da mesma idade. Miki ficava observando a cena com um sorriso sarcástico e esperançoso de que Piko resolvesse a história toda. O mesmo chegou perto do primeiro que viu e assim começou o massacre contra o grupo, apesar de ser somente dois contra dez.

Ambos tinham agilidade nos pés e nas mãos, pareciam ser treinados para tal ato. O loiro ainda misterioso para os Kagamine socava uns na cara e chutava o estômago enquanto o albino quase faltava pisar na cabeça dos mesmos esperando-as explodirem e espirrar sangue para tudo quanto era canto, saltava uma risada maquiavélica enquanto fazia os outros sentirem dor e mais dor. Uns segundos depois via-se dez corpos ao chão, infelizmente não mortos para Piko.

–Riin, você está bem? Cunhado, você está bem também? - questionou o loiro, podendo-se revelar o melhor amigo da garota.

–Rinto, isto é... tão... Horrível. - respondeu a loira com grossas lágrimas saindo pelos olhos que lhe atravessavam seu rosto feminino.

Todos assistiam as lágrimas contornar o rosto de Rin para o pescoço de Rinto, que a abraçava no intuito de querer parar-lhe as lágrimas. Len sentia-se um tanto quanto culpado, se não fosse sua cara tão afemina, nada teria acontecido para sua gêmea. O albino e a ruiva botaram as mãos nos ombros do mesmo, que apenas olhou para cima e deu um pequeno sorriso.

–Não se preocupe, está tudo bem. - comentou Piko tentando acalmar o sentimento de culpa do seu melhor amigo.

–Riiin-chaaan, seus joelhos estão horríveis! - exclamou Miki apontando para os mesmos, levando a atenção dos acordados para os joelhos acabados da mesma – Vem, vamos para a enfermaria. Rinto, carregue-a.

–Vá junto Miki, por favor.

Ao pedido do albino, a ruiva seguiu o caminho para o local enquanto ouvia os longos soluços da loira que era levada nas costas do melhor amigo, deixando assim os amigos sozinhos.