Atashi No Shota Days escrita por kaori-senpai, VampireWalker


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá cambada, aqui é a Tay/VampireWalker esperando não ser morta pela Kao-nee por ter falado 'cambada', mas deu vontade de falar assim, então desculpa. ;-;
Maaaas sim, NÃO NOS MATEM, EU AINDA TENHO QUE VIVER PARA MATAR MEU MELHOR AMIGO (?) /ok, ignora essa última parte.
Espero que gostem do que vai acontecer, foi tuuudo do fundo dos nossos corações, own
Boa leitura. *-*



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Sua terapia de olhar as pessoas ao redor acabou quando ficou parado na frente de sua casa, suspirou fundo, ainda teria que ver a cara do garoto que lhe chamara de “cunhada”. Respirou fundo e destrancou a porta, abrindo-a e em seguida avisando que estava entrando na casa. Estranhou por não ver sua irmã chegar e dizer a ele que era bom ter voltado e perguntar o que queria jantar. Sim, Rin cozinhava naquela casa

Olhou ao redor, sem nenhum sinal da pequena, se dirigiu até a cozinha na esperança de ver sua irmã, sem sucesso na mesma. Coçou a cabeça, era estranho, muito estranho.

Subiu as escadas, como a casa era pequena, tinha só três quartos pequenos, e entrou no primeiro quarto a esquerda, que era o da irmã, vendo uma cena que preferia esquecer. Rin estava sentada em sua cama e Rinto estava curvado, de modo que suas bocas ficassem muito próximas.

— Rin! - exclamou o recém chegado vendo ela e o amigo virando-se para olhá-lo - Que palhaçada é essa?

- Len! E-eu... – a loira tentou explicar, enquanto olhava para o irmão gêmeo com medo nos olhos.

— Fala cunhada. - disse Rinto dando um riso sem-graça, saindo de perto da garota e indo em direção a “cunhada”.

Len percebeu que a blusa da sua irmã estava meio aberta e amassada, ela também teve medo de seu irmão a rejeitar, pelo fato de ter beijado o garoto que o chamou de menina.

— Rinto, fora dessa casa, agora! - gritou Len, seus olhos e sua face expressavam sua raiva, os outros dois se assustaram com o ato do loiro. Não tinha nada de shota em sua expressão.

Depois dessa frase, Rinto preferiu, sabiamente, ficar calado e ir embora. Rin permaneceu imóvel, esperando uma bronca de seu irmão. Mas este ficou calado por um tempo, o que a deixou ainda mais apreensiva, não era normal dele ficar tão quieto. Sem proferir uma palavra deu meia volta e foi em direção a porta, não querendo nem ver o rosto da irmã, disse enquanto saia:

— Estou muito decepcionado com você.

Ela ficou sentada, ainda paralisada, aquelas palavras foram piores do que qualquer sermão que poderia ter levado, vindo de seu irmão... a tristeza descomunal se transformou em lágrimas que jorraram a noite toda, imaginava, que se chorasse assim, ele a perdoaria, mas estava enganada. Len não perdoaria facilmente, ele não acreditava tanto nas pessoas assim, muito pelo contrário. Mas não custava tentar certo?

No outro quarto, Len também chorava, não de tristeza, de ódio. Que estava sentindo por Rinto, não podia perdoá-lo de jeito nenhum, muito menos Rin, que quis que ele fizesse aquilo. Mas por ela, o sentimento era outro, ciúmes, com certeza. Mas ciúmes de irmão, não podia aceitar, que a mesma menina que dizia que ele era o melhor garoto que conheceu, se deixou tocar por aquele inútil. Piko nunca faria isso. Mas por que estava usando PIKO de exemplo? Ele era só seu amigo, seu melhor amigo. Pensando nisso lembrou-se de ligar para ele. Não era normal dele faltar aula.

— Yo Len. – falou com uma voz sonolenta.

— Piko? Como sabia que era eu?

— Só você tem coragem de ligar para mim a essa hora. Todo mundo sabe que eu mato quem faz isso. Só você que não entende.

— S-sim. – tinha esquecido que o amigo era yandere depois das 8 – Eu queria saber por que faltou hoje.

— Estou com conjuntivite – foi bem direto, deveria estar com sono – agora me diga por que ligou.

— Eu não posso esconder nada de você não é? – claro que não, ele o conhecia desde que o mundo era mundo.

— Ainda não aprendeu isso também? – seu lado yandere ficava mais evidente com o passar do tempo.

— B-bom... aconteceu tanta coisa hoje, queria falar com alguém...

— Se eu fingir que estou ouvindo você me deixa em paz? – ele realmente dava medo em qualquer ser vivo a noite.

— S-sim. Posso começar? – o silencio foi a melhor resposta que Piko pode dar – Foi assim: hoje parecia um dia normal, sem você, lógico, mas quando fui buscar minha irmã depois da aula, ela estava brincando com o Rinto que me chamou de “cunhada”. Pedi para eles irem embora mais cedo e fui para biblioteca. Ai apareceu aquele Kaito, da sala da Rin e começou a conversar comigo. Quando voltei para casa, Rinto estava quase trepando com a Rin e me chamou de cunhada de novo. – fez uma breve pausa para respirar – E foi esse meu dia hoje.

—E o que o Kaito queria? – Len se surpreendeu com a pergunta, ele estava ouvindo?

— Nada, só conversar. Acho

— Então esqueça o que aconteceu hoje, amanhã trate sua irmã como sempre. Não mude por causa disso.

— E - Esquecer? Mas vai demorar muito tempo para esquecer isso! - exclamou Len falando raivoso para o telefone.

— Quer morrer, Kagamine? Então esqueça rápido. - falou rispidamente o albino do outro lado da linha, seu lado yandere realmente era assustador - Bem, agora eu quero dormir, tchau.

Não deixou o loiro se despedir e desligou o telefone, ouvia-se o tu,tu, tu da chamada, mais parecia uma risada diabólica naquele momento. Len desligou e ficou o encarando, como poderia agir normalmente com a irmã se estava com raiva dela? Esses pensamentos rodavam a cabeça do pequeno, este se deitou na cama e começou a pensar em algo, odiava o lado yandere de seu melhor amigo, único motivo lógico era porque tinha medo dele quando estava yandere.

Aos poucos, adormeceu. Não conseguiu pensar em um bom plano para conter sua raiva da irmã. Sabia que Rin tinha medo de magoar seus amigos, então seria esse o motivo que a fez beijar Rinto? Balançou a cabeça negativamente, mesmo que estivesse dormindo.

Então, em seu sonho, pareceu estar em sua antiga casa, aquele que morou até os sete anos de vida, lembrava-se vagamente daquela casa, O início de tudo, como diria seu pai. Seu quarto que dividia com Rin era um amarelo alaranjado para não ter confusão entre as cores preferidas dos gêmeos. Tinha adesivos diversos de frutas nas paredes, uvas, bananas, melancias, maçãs, cerejas, laranjas, ideia de sua tia teve quando viu aqueles adesivos de frutas em uma loja qualquer. Neste quarto, tinha um canto, apelidado de Senhor Canto por Rin, pois sempre que ficava triste se encolhia naquele canto esquecido do quarto e chorava, principalmente quando brigava com seu irmão ou via seus pais discutirem. As coisas pareciam ter mais importância naquela época.

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— Cocoricooo!!!

Cinco horas da manhã e aquele maldito galo se achava no direito de acordá-lo, todos os dias era a mesma coisa. Kaito se perguntava por que uma pessoa tem um galinheiro no quintal se estão na cidade e os ovos já vinham prontos e embalados. Jurou naquela manhã (como em tantas outras), que mataria aquele galo idiota e o faria de jantar no dia seguinte. Naquela manhã em especial, ele estava mais insistente, geralmente só cantava por cinco minutos, passaram-se quinze e ele ainda mostrava fôlego.

— Um dia, ele vai ser meu jantar... – murmurou se levantando, ainda com os olhos fechados.

Pegou suas coisas, vestiu a farda e seguiu rumo ao colégio. Nunca tinha ido tão cedo, mas seria bom para ganhar pontos com o diretor, que com certeza pegaria muito no seu pé, até fazer amizade com aquele shota medito a nerd. Uma pessoa só deve ser uma coisa de cada vez, ou uma, ou outra, mas aquele moleque ridículo conseguia ser duas e realizá-las com perfeição, odiava pessoas perfeitas. Ao chegar ao destino, viu que de manhã, a escola não era tão animada. Alguns grupos espalhavam-se pelos corredores, outras pessoas estavam sozinhas recolhidas em algum canto esperando seus amigos chegarem. E uma figura loira dormia calmamente em uma cadeira na biblioteca, debruçada sobre a mesa.

Kaito não sabia, mas Len tinha chegado mais cedo naquele dia para não ter que falar com sua irmã, para isso acordou de madrugada e foi até o colégio. Naquela situação, estava lógico que qualquer um podia se aproximar dele e atacá-lo, o azulado se sentiu na obrigação de vigiá-lo, ao menos até acordar. Sentou na cadeira ao lado e ficou examinando sua expressão ao dormir, queria que abrisse os olhos e falasse “bom dia”... Mas que pensamento foi esse? Claro que Len não iria ficar feliz em vê-lo, provavelmente se assustaria, e daria um pulo para trás. Nada mais que isso, apesar dele querer muito que o pequeno ficasse feliz ao notar sua presença.

— Orrayo... – Len disse esfregando os olhos com as costas das mãos, fazendo Kaito corar imediatamente, mas aquela ternura não durou muito – Ahhh!! O que está fazendo aqui?

— Bom, vi você dormindo e fiquei com medo de ter deixar sozinho. Alguém poderia te estuprar daquele jeito. – o shota ficou estático, o que aquele cara estaria fazendo preocupado com ele? Mas felizmente não corou, ficou serio o bastante para conseguir falar.

— Eu consigo tomar conta de mim. – disse orgulhoso de si, porém, logo baixou a crista – Mas obrigado por cuidar de mim.

Essa frase saiu extremamente feminina, o loiro nem cogitou o quanto parecia uma garotinha falando uma coisa dessas. Desta vez, não conteu a cor que se apoderou de seu corpo inteiro, ciente que estava mais próximo a um tomate do que um ser humano, o pequeno se levantou e deu um sinal que iria embora. Mas antes que chegasse a porta, Kaito o segurou pelo braço e o fitando nos olhos. Pela primeira vez seus olhos se encontraram desse jeito, e ambos ficaram em choque por causa dessa troca repentina de olhares.

— Você é muito inteligente não é? – perguntou Kaito, esquecendo momentaneamente os olhos do outro.

— S-sim, pelas minhas notas...

— Poderia me ensinar? – já que ele não iria se oferecer, o azulado partiu logo para o ataque, afinal, a prova de trigonometria se aproximava.

— E-ensinar? - repetiu o loiro confuso.

— É, ensinar. Sabe, eu estou com certa dificuldade em trigonometria...

— E-está bem, eu... Ajudo. - suspirou fundo e se dirigiu até a mesa da biblioteca, sentando na cadeira, esperando o outro sentar-se também.

Kaito se sentou na cadeira ao lado e abriu o livro, vendo o shota fazer o mesmo e pergunta-lhe qual era sua dificuldade em trigonometria, logo ensinando o assunto para o azulado. O tempo se passou e Len ainda ensinava o assunto da matéria, o garoto de cabelos azuis ia aprendendo com o mesmo, até o sinal da escola tocar anunciando que a primeira aula iria começar. Despediram-se e cada um foi para sua respectiva sala de aula.

Len estava atento as aulas enquanto pensava no motivo que o azulado estava sendo tão gentil com ele, geralmente ele seria do tipo de pessoa que o chamaria de shota e iria embora rindo da cara dele enquanto ele gritaria "Eu sou homem!" com a face vermelha. Enquanto isso, Kaito encarava a janela e a louça, raramente olhava a cara do professor, ouvia a conversa das garotas da sua sala a seu respeito, mas não prestava atenção nelas. Seu olhar se dirigiu a irmã gêmea do seu novo “amigo”, esta estava com os olhos vermelhos e isolada no canto, fungando, seu olhar ainda parecia um pouco marejado, seu coração apertou, e se aquele fosse Len? Se Len estivesse chorando por sua culpa? Com certeza seu coração se partiria ao meio, ou melhor, em pedaços. Não! Ele não ligava pra aquele garoto! Era só um tipo de professor particular, que seria de graça. Estava pouco se lixando se ele chorasse.

As aulas passaram com certa rapidez para os rapazes, mas cada segundo da aula parecia uma hora para Rin. Logo o som do sinal alertando que estava no horário do intervalo tocou atrapalhando a aula do professor de matemática na sala de Kaito e a professora de geografia na sala de Len.


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Notas finais do capítulo

Sou eu aqui >///
Pessoal, agradeceria muito se vocês colocassem reviews... é tão mágico quando você vai responder aos reviews e tem muitos... mas é um sonho que ainda não alcançamos aqui... Então, por favor! Deixem reviews!
~Kissus~