Diário Do Medo escrita por JhoBrunhara


Capítulo 4
Cólera de Horror




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Sofia e Rodrigo haviam passado a noite no hospital a tomar soro. Enquanto Sofia recebia o cloreto de sódio no sangue, adormeceu, e teve pesadelos horrendos onde algo a cegava como se a segurasse com muita força. Seus olhos ficavam com uma visão embaçada, e ela via Rodrigo sendo arrastado, teve este mesmo pesadelo por vezes seguidas, sempre acordava, e tentava não dormir novamente, mas o soro não a deixava. 
Nos dois primeiros pesadelos ela decidiu não dizer nada a Rodrigo para não o acordar, afinal, ele quase foi a falecer naquele dia, mas no quinto pesadelo, ela sonhou com um hospital, via aquele estranho vulto a correr pelos tubos de ventilação, e então acordou Rodrigo a gritar:
- Rodrigo, Rodrigo! – ela gritava mais alto – ENFERMEIRA! ENFERMEIRA! SOCORRO! – cada vez mais alto – RODRIGO!
A enfermeira entrou correndo no quarto, e Rodrigo acordou. Sofia agarrou a mão de Rodrigo, e a enfermeira abraçou Sofia para acalma-la. Eles ouviram um barulho no tubo de ventilação. Um silêncio tomou a sala. Ouviu-se apenas um baixo:
- Não olhe para trás.
Sofia dizia:
- Não olhe Rodrigo, não olhe! 
- Não vou olhar Sô, confio em ti! 
A enfermeira não conseguiu se segurar, a tentação era demais. Quando olhaste, um vulto a agarrou, e começou a puxa-la, e então ela tentou agarrar algo, mas só conseguiu a mesa com bisturis. O resultado não foi bom. Um bisturi foi atirado contra o tubo de ventilação, batendo nas hélices, nisso a grade se desprendeu, e a potência aumentou, sentia-se cheiro de gás. Sofia e Rodrigo estavam em um momento crítico, e então pularam da cama. Sofia arrancou a agulha da ampola de seu braço, Rodrigo esqueceu-se do detalhe, e teve seu braço cortado. Sofia agarrou algumas faixas e correu. Eles estavam prestes a sair da sala e a enfermeira foi puxada para a hélice, ela gritava, e foste esquartejada. Via-se deitada no chão do quarto sem as partes de baixo. Seu coração havia parado. 
Um pedaço de metal voou contra a hélice, tornando a fazer faíscas. O gás havia se espalhado pelo hospital. Num rápido momento, acendeu uma chama, que gerou uma explosão. O fogo ia contaminando o corredor. Era possível ver um rosto desfigurado ao longe, dentro do fogo. Sofia e Rodrigo corriam como nunca, enquanto os quartos do hospital explodiam. Ouviam-se os gemidos dos pacientes pegando fogo. Todos morrendo aos gritos. O fogo entrou mais rápido pelos tubos de ventilação, que surpreenderam Sofia e Rodrigo. Por algum motivo, mas gás havia se espalhado, e enquanto eles corriam um quarto que já estava cheio de gás, explodiu. Pedaços de parede voaram contra os dois prisioneiros do fogo. Sofia agarrou um extintor de incêndio e Rodrigo outro, eles sentaram-se numa bandeja e os apertaram. Milagrosamente eles foram atirados ao longe conseguindo chegar à porta do hospital. Gritaram na sala de espera, onde havia pessoas mortas, pálidas, que se levantaram e rapidamente se teletransportaram na frente dos dois. O fogo explodira a porta que dava acesso à sala de espera. O fogo não os queimou. Algo não o deixava chegar perto dos dois. Rodrigo retirou do bolso seu terço, e segurou fortemente o crucifixo. Agarrou o braço de Sofia e pulou contra o fogo. Não se queimou, e saiu do hospital em chamas. O gás tomou conta das tubulações subterrâneas e o hospital se explodiu por completo. Sofia estava convencida que algo tornava o crucifixo um amuleto contra o sobrenatural. Ela comprou um numa igreja próxima, e agora eles tinham certeza de uma coisa: Nem eles, nem as pessoas que os cercavam estariam seguros daqui para frente.


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