Diário Do Medo escrita por JhoBrunhara


Capítulo 3
Coágulo de Amnésia




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Sofia acordou no banheiro, seu pulso sangrara como nunca. Lembrara ela sobre Rodrigo na sala, então tentou se levantar. Algo a agarrou e logo depois a soltara. O que era aquilo?! Sentia calafrios e um latejo insuportável em seu pulso. Ela conseguiu abrir a porta, e então tentou se arrastar. Ela ouvia vozes dizendo a cada momento:
- O prazo acabou-se, o pesadelo começaste.
Ouviam-se gritos nas paredes, e nos tapetes marcas de pés que se encaixavam inconfortavelmente na visão de Sofia. As marcas de sangue espalhadas pela casa tornavam aquilo um sinal ruim. Quando finalmente chegou a escada, não via mais Rodrigo lá. E então, algo vinha do forro da casa. Ela não desejava olhar para cima, mas precisou. Era a silhueta de um corpo, estendido. Como se fosse atirado com pressão. E então ela tentou gritar:
- Rodrigo! Rod... – algo agarrara seu pescoço – Ahfgas... 
Ficara sem fôlego. Rodrigo no forro da casa ouviu Sofia a chamar, e então tentou se levantar. E não se lembrava de como aquilo acontecera, como fora parar lá em cima. Tentou se levantar, mas algo sussurrava em seu ouvido, ele não entendia o que era aquilo. Parecia uma junção de gritos e gemidos, num sussurro ensurdecedor. 
Ele não teve medo. Levantou-se e mesmo quase a cair, foi até a porta do forro, e se jogou. Caiu sobre o corredor, e avistou marcas de sangue, sabia que era de Sofia. Mas, onde estaria ela?! Começou a chama-la:
- Sofia, Sofia! Onde você está? – um silêncio arrebatava a casa – Por favor, me responda!
Ele ouviu um barulho na cozinha, desceu as escadas e quando pisou na sala, as lâmpadas começaram a chiar, e explodiram como fogos de artifício. Rodrigo foi atingido por muitos pedaços de vidro, que cortaram sua pele. Mas lembrou de que precisava ajudar sua melhor amiga, e então se levantou. Sofia estava estendida sobre cacos de vidro, e estava chorando. Rodrigo correu para ajuda-la, mas sentiu um latejo sobre suas costas, e caiu. Sofia dizia a ele: 
- Vamos morrer Rô? – fumegava a corajosa garota
- Ainda temos que realizar nossos sonhos – ouvia se gritos – se lembra?
Enquanto os dois refletiam sobre o momento, algo agarrou o pé de Sofia e a atirou contra o armário da cozinha. Rodrigo achou essa chance única e levantou-se, pegou seu crucifixo, e segurou-o. Sofia infelizmente não seguia religião alguma, mas Rodrigo era católico, e então, foi rente ao corpo de Sofia, e tudo se acalmou.
Os dois saíram daquela casa, e ouviram um último grito, vindo do banheiro e tudo se acalmou. Foram até a casa de Rodrigo, pedindo ajuda para a Mãe dele, mas quando entraram na casa sua mãe foi pega de surpresa. Rodrigo gritava:
- Leve a mim, não a ela! – chorava – Ela merece viver!
Sua mãe foi solta e caiu no chão da cozinha, e então Sofia disse:
- Porque você, ou seja, lá o que for está fazendo isto conosco?
- Palavras – se ouve uma explosão – podem machucar mais do que pensa – uma voz rondava pela cozinha – Sofia
O barulho vinha do quarto do irmão de Rodrigo, e então os dois foram até lá. O quarto estava em chamas! Rodrigo tentou pegar o irmão, mas não adiantava. Ainda se ouviam os gritos dele e ele repetia:
- As paredes te ouvem – ele respirava – os espelhos te veem
Sofia então pegou no braço de Rodrigo e os dois saíram da casa. Os vizinhos logo ligaram para os bombeiros que apagaram o fogo da casa de Rodrigo. Heitor, o irmão, estava morto. Maria do Carmo, a mãe, teve seus dois braços quebrados. Sofia e Rodrigo foram atendidos no hospital com ferimentos considerados graves, e ficaram de observação no hospital. Os dois temiam apenas o pior. O que será da próxima vez?!


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