Diário Do Medo escrita por JhoBrunhara


Capítulo 2
Fios de Sangue




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Haviam se passado exatos sete anos do acontecido. Era o aniversário de Sofia, em sua nova casa, na cidade de Firekite. Festejava com seu melhor amigo, e quando o relógio da sala deu que Sofia tinha sete anos e um minuto, em ponto. Sua cabeça era invadida por sussurros, e a sala escurecera. Rodrigo, seu melhor amigo, a confortava, mas ela não estava mais sóbria, digo, em si mesma. Gritava, puxava as cortinas. Em sua cabeça, ouvia frases, vozes, e apenas dizia:
- Metade do jejum válido – descia o tom da voz – término em prazo arriscado
A cada aniversário, após Sofia fazer a quantidade de anos e um minuto, ela ouvia essa mesma frase, mas, a quantia de tempo fora diminuindo. Até os onze anos, bobinha, achava que era apenas um nada que a atormentava. Mas no aniversário de doze, ela suspeitou. Quando ouviu as vozes, pegou no braço de Rodrigo, e apertou bem forte. Chorando. Gritando. E então, apenas se contorceu no chão, e desmaiou.
Sofia foi levada as pressas ao hospital, e um estranho ferimento aparecera em seu pulso. A forma lembrava uma cruz, mas não uma cruz comum. Uma cruz que seu deu o nome de Cruz de Sete Pontas. Sete pontas cercavam o centro, e elas formavam um círculo perfeito. Os médicos tentaram costurar os cortes nos pulsos. Mas, ao passar as linhas, elas se desfaziam, e queimavam a pele de quem tocava nos ferimentos. 
Sofia logo teve alta, mas, devia observar seu pulso, e ver em que circunstâncias se tornaram de agravar.
Os outros anos foram relativamente comuns. As mesmas vozes e acontecimentos a cada aniversário. O colapso, o sangue do pulso e o desmaio. 
Mal esperava a surpresa que teria a completar catorze anos. Estava ela e Rodrigo, comemorando, quando houve uma queda de energia. Fortes gritos se ouviam, Sofia estava perdida. Olhava para os lados, não ouvia nada além de vozes. Seu pulso latejava, e Rodrigo estava estendido no chão, se contorcendo de dor. 
Algo estrondosamente batia nas paredes, o telhado rangia como se de dor, e ela não escutava mais nada. Um silêncio profundo abatera. E tudo havia se acalmado. Ela sentia calafrios, e não tinha mais coragem de olhar para trás, o que a esperava? Sentia a toques, um sentimento estranho. E olhou. Seu pulso nunca doía tanto. Ela gritara de tanta dor e agonia. Levantou-se a procura de ajuda, mas algo agarrara seu pé. Rodrigo tentou a ajudar, mas foi atirado contra a escada, ela correu para o banheiro, e não sentiu mais nada.
Apenas olhou no espelho, através, digamos. No fundo, e viu um rosto, e virou-se. Aquilo veio à força, e atravessou-a. Sofia havia desmaiado.


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