Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will


Capítulo 175
Capítulo 175




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Capítulo 175 - No limite das forças

Jilié dominava a terrível técnica da Mordida Espiritual, um ataque de ki no formato da cabeça de um cão prestes a morder sua vítima. Contudo, Kéfera conseguiu utilizar suas próprias esferas de fogo para compensar o golpe de seu oponente. Mesmo assim, Jilié ainda não se deu por vencido. A loira mantinha sua guarda em alerta.

– Parabéns por ter superado minha Mordida Espiritual - disse o adversário, diante dos olhos atentos da garota - Infelizmente para você, ainda é pouco.

Jilié lançou mais um ataque de Mordida Espiritual. Kéfera respondeu com uma bola de fogo no mesmo instante.

– O que foi? Não disse que tinha mais truques? Já peguei o seu ritmo e já estou me acostumando a controlar o meu ki.

– Justamente.

– Como? - a menina estranhou.

– Tudo que você pode fazer é lançar pequenas bolas de fogo, mais ou menos do tamanho do ataque da minha Mordida Espiritual, não é?

"Então não é o bastante?", pensou a loirinha, começando a ficar preocupada, mas ao mesmo tempo empolgada. "Seja o que for...melhor estar pronta."

– Não. Não é o bastante - grunhiu Jilié - Por que você não passa de uma iniciante que acabou de aprender a controlar os poderes do seu pingente!

– Tsc - Kéfera mantinha-se alerta.

– O pingente é um catalisador de seus poderes internos, é verdade. Mas se você ainda é fraca interiormente, ele não vai te ajudar muito.

– Do que está falando?

– Ao contrário de você...eu consigo controlar meu ki com muito mais eficiência! Tome!

Jilié lançou uma nova Mordida Espiritual, mas dessa vez num tamanho muito maior. Kéfera respondeu com uma bola de fogo do tamanho máximo que podia, mas a "boca" do ataque de seu adversário era maior. Tudo que ela poderia fazer agora era desviar antes que a mordida terminasse. Por muito pouco, a garota escapou de um terrível destino.

– Entendeu agora? - resmungou Jilié, enquanto sorria mostrando suas presas.

"Então ele consegue lançar versões gigantes do mesmo ataque?", pensou a loirinha. "Não vou poder anular o ataque só com minhas bolas de fogo!"

– Na próxima você já era! - Jilié lançou mais um Mordida Gigante. Kéfera achou que não escaparia desse golpe, mas, de repente, Astolfo se jogou na frente do ataque, simplesmente "segurando" a "boca" do golpe. Em outras palavras, ele usava a própria força para segurar um imenso ataque de ki.

– Astolfo! - gritou Kéfera.

– Não pense que eu desisti... - falou ele.

– Idiota - disse Jilié, ainda com um sorriso, já que tinha total confiança de que seu ataque eliminaria os dois - Por quanto tempo acha que irá aguentar segurar os dentes desse ataque gigantesco? Sua força é ridícula perto dele.

– Ah, é? - Astolfo concentrou todas as suas forças e gritou tão forte que até mesmo o pessoal que ficou na academia Wong a quilômetros dali deve ter escutado. Ele conseguiu levantar a cabeça de cachorro de ki e a jogou para longe. O ataque foi impedido. Jilié estava espantado.

– Astolfo...suas mãos...

– É..se não fosse a minha própria concentração de ki, elas já teriam virado churrasquinho - falou ele, olhando para suas próprias mãos sofridas com o ataque - Mas minha própria força ainda dá conta de dominar os ataques dele.

"Quem são esses caras?", Jilié começava a ficar preocupado. "Qualquer pessoa do mundo já teria sucumbido aos meus ataques, mas eles suportam de um jeito absurdo. Tá certo que eles estão usando os pingentes, mas mesmo assim...seria preciso dias de treino contínuo para conseguir começar a dominar os pingentes. E eles conseguiram em poucos dias. Como? Tsc...não importa. A luta está boa e eles ainda não são páreo para mim. Pelo menos estou me divertindo bastante!"

– Pelo visto dois adversários ainda são muito para você, não é? - provocou Astolfo.

– Ora, cale a boca - grunhiu Jilié - Olhe para o estado de vocês!

De fato, os últimos ataques já tinha deixado nossos amigos bem cansados e com belos ferimentos.

– Por outro lado...eu não estou com um pingo de cansaço. Acham que podem me vencer assim?

– Só tem um jeito de saber. Continuar lutando! - Astolfo avançou na direção de Jilié.

– Idiota. Vai mesmo me atacar de frente?

Jilié lançou mais uma Mordida Espiritual gigante. Astolfo mergulho no meio da enorme boca aberta do ataque.

– Astolfo! - gritou Kéfera, preocupada com os ferimentos que o ataque poderia causar, mas Astolfo passou direto pelo ataque, embora com alguns danos por conta da imensa concentração de ki. Em resumo, o garoto atravessou a boca do golpe e atingiu Jilié com um belo soco na face dele.

– O seu ataque é uma mordida e só causa dano se os dentes fecharem em mim! - explicou Astolfo - Se eu conseguir passar entre os dentes, eu só preciso aguentar um pouco de queimadura de ki. Nada que o próprio ki que uso para proteger meu corpo não dê conta.

– M-Maldito - gaguejou Jilié, mas antes que pudesse se levantar do último soco, recebe uma bela sequência de golpes de Astolfo.

– Isso! - comemorou Kéfera, embora se sentisse um pouco deslocada por não estar participando da diversão da luta. Astolfo encerrou seu combo com um chute que mandou Jilié direto para a parede mais próxima. Isso realmente deve ter doído. Astolfo colocou as mãos em seus joelhos e respirou fundo. Estava mesmo exausto.

– Gostou dessa, seu cachorro? - resmungou Astolfo - Não somos tão fracos assim...

– Desgraçado - falou Jilié, levantando-se do último golpe. Ele sentia raiva por ter sido atingido, mas, ao mesmo tempo, parecia satisfeito por ter uma boa luta - É de caras assim que eu estava precisando.

– Ele ainda está inteiro? - espantou-se Kéfera.

– Vão precisar mais do que isso para me derrubar. Mas confesso que meu corpo está bem dolorido - explicou o homem-cão - Mas já que querem tanto brigar...vou dar mais um gostinho para vocês.

Jilié colocou as duas mãos no chão, como se fosse um animal quadrúpede e usou seus pés como impulso para avançar na direção de Astolfo. Agora foi a vez do garoto receber uma saraiva de golpes, encerrando com um belo soco que o mandou para o alto.

– Vamos encerrar essa luta de um jeito bonito - falou Jilié - Mordida Espiritual!

Ele lançou uma Mordida Espiritual gigante na intenção de, no mínimo, arrancar metade do corpo de Astolfo com o golpe. No entanto, Kéfera conseguiu saltar e salvar seu amigo antes que fosse tarde demais.

– Ké...Kéfera? - disse o garoto.

– Você está bem? - perguntou ela.

– E-Estou...só - mas Astolfo parecia exausto - Acho que vi minha vida passar pelos meus olhos agora pouco.

"Essa luta está séria mesmo", pensou Kéfera. "Não estamos lutando por diversão...estamos lutando por nossas vidas"

– Oh, que sorte a dele ter uma namoradinha por perto - provocou Jilié - Não se preocupem. Vou mandar os dois juntos para o outro mundo!

Típica frase de vilão de mangá. Mas, prossigamos.

– Agora já chega - falou a loirinha.

– O que foi? Tá nervosinha?

– Amo lutar, mas agora já está passando dos limites - continuou a garota - Preciso terminar essa luta o quanto antes.

– Boa sorte - falou Jilié - Se acha que consegue me vencer com esse corpinho frágil, pode se preparar para comer grama pela raiz!

"Concentre-se só no seu adversário", pensava Kéfera. "É assim que irei vencer!"

Como essa batalha irá terminar?


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