- Ele não vai soltar o garoto. – Greg estava impaciente.

O sol já esta a pino, o calor era de matar, todos estavam tensos e Hank estava com o garoto nos braços ameaçando-o.

- E se fizermos um acordo? – Sara veio com uma sugestão.

- Já tentamos. – Sofia quem respondeu.

- Não podemos arriscar a vida do garoto certo? – todos olharam pra Sara – Então eu troco de lugar com ele.

- Não! – Nick se alterou e meu coração bateu mais forte.

- Não tenho nada a perder. Se eu morrer tanto faz. – agora eu queria que Nick fizesse alguma coisa pra impedi-la.

- Não podemos arriscar a sua vida. – Nick segurou Sara, ele soava e seu olhar era desesperador.

- É verdade. – Cath a olhou.

- Eu vou trocar de lugar com ele e ai vocês fazem o que tem que ser feito. – Sara não ia mudar de idéia – E não tente me impedir. – ela olhou fixamente pra Nick.

- A decisão é sua. – Brass suspirou.

- Você não pode deixar! – Nick olhou pra Brass soltando Sara.

- É a mim que ele quer. – então olhei pra Hank que tinha um olhar maligno.

**

Todos ali estavam nervosos e Nick andava de um lado para o outro.

Sara colocava um colete a prova de balas enquanto Brass tentava fazer um acordo.

- Hank, Sara esta aqui e sabemos que você a quer... – Hank olhava pra Sara com ódio – Então que tal uma troca? Sara pelo garoto?

- Manda ela. E depois eu mando o garoto e eu quero que todos fossem embora, como se não tivesse acontecido nada e não quero ninguém me seguindo se não eu a mato. – ele berrava de longe.

- Ok. – Brass olhou pra Sara.

- Boa sorte. – Greg disse abraçando Sara.

Nick chamou Sara e ela o olhou.

- Não faça isso, eu te amo, por favor. – olhei pra ele e depois pra Sara que chegava perto dele e agora todos sabiam dos sentimentos dele – Me de um único beijo antes de ir.

- Se eu sobreviver é porque teremos algo a mais. – naquele momento eu pude sentir que ela estava me deixando.

- O que isso significa? – ele não tirava os olhos dela e aquilo me deixou um pouco com ciúmes.

- Que se eu sobreviver lhe darei um beijo. – Sara tocou seu rosto com delicadeza e amor e então se virou, ela tinha lagrimas nos olhos – Estou pronta. – ela disse pra Brass respirando fundo.

Nick estava com uma pontada de esperança e sara tinha o coração na mão. Ela tinha acabado de decidir que deveria me deixar, seguindo o conselho de Lady Heather.

Sara já andava em direção a Hank que não tirava os olhos dela, Sara tremia, ela o temia, ela parou no meio entre ele e os policiais, os olhos dela perderam o foco, com certeza passava as coisas ruins que ela tinha passado, ela estava de encontro com o cara que a fez sentir dor, segurei sua mão sabendo que ela não me sentiria e ela respirou fundo dando passos pra frente com cautela, e a acompanhei pelo vazio.

Hank soltou seu refém que saiu correndo chorando e agarrou sara trazendo-a pra perto dele e apontando a arma pra ela. Olhei pros policiais e alguns tinham os olhos amedrontados.

- Sabia que nos veríamos mais uma vez. – Hank a apertou – Hoje será seu ultimo dia.

- Hank, não precisa ser assim. – Sara tentava ser forte.

- Grissom tornou meu jogo inútil. E por azar dele, entrou no mesmo ônibus que eu! – ele riu.

- Ele só queria me proteger ao contrario de você, que me enganou e me torturou. -  ela já chorava.

Meus olhos estavam cheios de lagrimas, eu queria fazer alguma coisa, arrancá-la dali, antes que ela ficasse mal de novo.

- Eu o mataria de qualquer forma! – ele virou Sara pros dois se olharem nos olhos – Não vai querer saber o por quê? – nada ela respondeu e com uma mão ele puxou o cabelo dela afrouxando seu rabo-de-cavalo, ela deu um gemido baixo fechando os olhos pela dor e fez um sim com a cabeça e aquilo me cortou o coração – Melhor assim. Perguntei a ele se ele faria tudo pra lhe encontrar – ele riu – e sabe o que ele me respondeu?

- Darei a minha vida se for preciso! – repeti o que eu tinha falado pra ele há uns meses atrás.

- Hen? Responda, você sabe? – ele apertou mais Sara e ela chorava.

- Não. – ela falou baixo.

- Ele disse que daria a vida dele se fosse preciso. Pois bem, ele te encontrou, então ele tinha que me dar a vida dele. – seus lábios se aproximaram da orelha dela – E agora você esta aqui, de cara com a morte. Foi bastante fácil.

- Como você sabia que o ônibus iria virar? – esta ai uma pergunta que Sara não entendia.

- É engraçado, porque eu não sabia. – ele franziu o cenho – Quando o vi entrando no ônibus, desci no posto, os ônibus demoram pra abastecer sabia? Enfim, eu não sabia o que fazer então arrumei um jeito de furar o pneu, não custava nada a pista estava molhada, mas antes de eu ir,  tive uma idéia, peguei uma caixa de ferramentas que estava ali próximo e me enfiei de baixo do ônibus e tentei quebrar o rolamento, mas estava enferrujado então só deu uma rachada. Deu certo. Ele esta morto – ele sussurrava e Sara sentiu um leve tremor correr por seu corpo. – Minha irmã deve esta orgulhosa.

- Por que não me deixa em paz? – ela chorava.

- Não seja estúpida. – ele gritou.

- Natalie esta presa porque ela matou pessoas. – Sara agora tentava se soltar em vão.

- Ela matou pessoas ruins. – ele pisou no pé dela – Fica quieta porra.

Sara baixou a cabeça, pela dor. Eu cheguei mais perto, eu não agüentava mas ver aquilo, porque ela foi se meter ali, por que ela tinha que sofrer mais?

 – Acho que já falei demais. Eles não vão me deixar ir... Foi bom te conhecer Sidle, mas sua hora chegou.

- Como assim? – ela olhou nos olhos dele assustada.

- Era pra você esta morta a muito tempo. – ele falou secamente.

- Não fassa isso. - ela choramingou.

- É melhor você dizer suas ultimas palavras docinho. - ele zombava.

- Grissom te amo. – ela sussurrou fechando os olhos.

- Eu também meu amor. – falei olhando pra ela.

E um disparo foi feito.

Um grito forte veio de longe, junto com uma forte dor.

Meus olhos se estreitaram e as lagrimas rolaram por minha face.