Minha Nova Vida. escrita por Lena18


Capítulo 11
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Heey espero que gostem,esse capitulo deu maior trabalhão,ficamos eu e minha gemea fazendo ele pelo msn por dois dias eu acho ^^



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PDV Emma

  Sam olhou para mim, o olhar dele não tinha definição, senti meu corpo arrepiar e pulei do colo do Seth, apesar de me sentir segura com ele o Sam poderia machucá-lo e eu não queria isso. Corri ate a porta o mais rápido possível e a abri, olhei para trás para ver todos, eles tinha um olhar sem definição, todos estavam irritados comigo, mas não estavam demonstrando.

  Lagrimas ainda saiam do meu rosto enquanto eu corria, o vento batia no meu rosto, um vento frio que fazia parecer que neve estava caindo no meu rosto. Estava com medo, porque eu tinha que machucar a tia Emily? Eu não queria isso. Agora o que eu mais queira era ir para o mais longe possível da casa da dela. Ouvia o Seth, Sam e outros gritando por mim, eles queriam me pegar, eu os ouvia falando mais alguma coisa, mas não conseguia prestar atenção, só conseguia escutar o meu nome.

  Eu queria desaparecer, será o ate o Seth estava zangado comigo? Eu queria um lugar em que ninguém me conhecia, assim ninguém saberia que eu machuquei a Em, sumir do mapa, não conseguia para de imaginar a cara de desapontamento dos meus pais, da minha família. Senti tudo em minha volta tremular e perder as cores e parecia que tudo ficou mais lento, comecei a pensar na Volterra, tia Alice tinha falado uma vez pra mim, pelo jeito que ela falou parecia ser um lugar bonito. Não sei por que pensei nisso, mas me sentia ligada a aquele lugar, tudo se tornou mais lento ainda, e as cores desbotaram ate que tudo se tornasse negro, não sei quanto tempo fiquei naquele negror, aquilo me deu aflição, era desesperador, alem de não saber quanto tempo estou ali, estar com tudo negro a sua volta te faz pensar, me fez pensar na cara do Seth, Sam, Ness, de como minha família se sentiria por te feito aquilo, que eles me chamariam de monstro, eu queria sair dessa negritude.

  Um clarão veio no meio rosto, quase que atendendo minha vontade, um alivio preencheu o meu corpo, apesar de sentir meu corpo dolorido, cansado, tinha uma pequena dor de cabeça, ouvia alguns passos ao meu redor, eu estava embaixo de um poste, por isso a claridade, o clima era mais quente do que em Forks. Tentei abrir os olhos, mas logo fechei, a claridade fazia minha cabeça doer mais, ate que uma sombra cobriu o meu rosto, abri meus olhos lentamente, vi uma senhora, deveria ter 60 anos, tinha um sorriso doce, apesar de que nos seus olhos tinham confusão, e alguns fios do cabelo grisalhos. Ela falou algo em outra língua, já ouvi alguém da minha família falar assim, mas não me lembro quem, ela falou novamente, mas não consegui entender. Olhei ao meu redor com certeza eu não estava mais em La Push, o clima, os sons, ate o cheiro era diferente de lá.

  Tinha um grande chafariz do meu lado, mas a água estava desligada, o chão era feito de concreto e só tinha algumas pessoas na rua, que andavam apressadas. Nem pareciam notar que eu estava ali, a luz da lua iluminava o meu corpo, ela era linda, nunca tinha parado para observa ela. Tinha um grande portão de madeira que estava um pouco distante do chafariz. A senhora parecia ter desistido de falar comigo e foi embora. Me levantei me limpando, minha roupa estava um pouco suja por causa da minha pequena corrida em La Push, se a tia Alice visse não iria gostar nada, nada, tive que sorris com isso. Andei um pouco ate chegar na frente do portão , ele era enorme de madeira escura e com detalhes nas dobradiças de ferro. Empurrei ela cuidadosamente, ate que senti um cheiro de vampiro atrás de mim. Me virei rapidamente para dar de cara com um vampiro enorme, ele conseguia ser mais alto que meu pai, de olhos cor de rubis, tremi, aqueles olhos eram assustadores, mas familiares de certo modo, ele tinha um grande sorriso nos lábios, ele era como todos os vampiros, bonito, mas ele era assustador, usava um capa que cobria o corpo inteiro dele, era escura e fazia o rosto dele ficar mais sombrio, eu só consegui ver o seu rosto por causa do meu lado vampiro. Ele se ajoelhou para ficar na minha altura, e ainda conseguiu ficar um pouco mais alto que eu, ficou me encarando por um tempo, ele retirou o capuz que cobria o seu rosto, ele tinha cabelos pretos brilhantes e curtos, os olhos de um vermelho intenso, a pele extremamente branca um pouco estranha, deve ser a cor de pele dele quando era humano misturada com palidez do vampiro, tinha os dentes afiados, que pareciam mais assustadores com ele dando um sorriso sob a luz da lua. Ele respirava profundamente, ele franzia o nariz de vez em quando, deveria ser por causa do cheiro do Seth, não sei qual e o problema deles com o cheiro dos lobos, eu acho tão bom.

  -Quem e você?- a voz dele era grave, forte. Senti um frio na espinha e minha mão começou a ficar gelada e meu coração acelerado, eu queria correr dali.

  -Sou Emma... Emma Cullen e você? - perguntei, minha voz era baixa, tímida e um pouco amedrontada.

  O sorriso dele pareceu aumentar se isso era possível, deixando ele mais assustador, minhas pernas estavam ficando mole.  Eu queria correr dali, ele me dava medo, o ar ao redor dele fazia ele ficar ainda mais tenebroso. Ele era um vampiro, mas não como a minha família, era um vampiro mal, um vampiro que machuca as pessoas.

  -Felix Volturi!- a voz dele me dava arrepio, um vento frio bateu em mim, eu esfregava meu braço na tentativa de aquecê-lo, se o Seth estivesse aqui eu não sentiria frio.

 Meus olhos se encheram de lagrimas, eu sentia falta deles. O sorriso do Felix diminuiu e ele ficou confuso. Dei um passo para trás inconscientemente, enquanto pensava nisso, eu queria me sentar e chorar um pouco e também tinha ele na minha frente, ele era um volturi, minha família já me falou dos volturi, eles eram perigosos, que eles tinham quase feito coisas ruins com a família, mas nunca falaram o que. Eu tinha que vir para cá? Eu não sabia que os Volturi viviam aqui. Pera ai! Volterra, Volturi, vol, vol. Meu Deus eu sou muito burrinha.

  -Venha tem uma pessoa que amara te conhecer!- ele se levantou rapidamente e ficou do meu lado. Estendeu a sua mão, olhei receosa, ele não parecia tão assustador agora. Não sei por que!

  -Meus pais não gostam dos Volturi- sussurrei arrumando uma desculpa para não ir, Felix não parecia assustador agora, mas e os outros. Se eles tentassem me machucar!

  -Bem posso falar que o sentimento e recíproco!- ele deu uma risadinha, mas depois ficou serio. Olhei confusa.

  -O qui é reciprogo? - perguntei não me aguentando de curiosidade, não podia fazer nada se era curiosa. Ele deu uma risada e sorriu para mim, o sorriso dele não parecia tão assustador agora.

  -Bem, como vou falar. Por exemplo, sua família não gosta dos volturi, como os volturi não gostam da sua família...

  - Por que ?- perguntei o interrompendo, minha família era tão legal e boa com todo mundo, porque eles não gostariam deles?

  -E uma longa historia!- ele estendeu a mão de novo para mim e a peguei, a pele fria não me incomodou tanto.

  Eu não queria passar a noite na rua e nem voltar para casa, todos deveriam estar bravos comigo, por causa do que eu fiz com a tia Em, eu não queria machuca-la, nem queria que o tio Sam se zangasse comigo, eu só queria tocar na sua cicatriz. Segurei as lagrimas que insistiam em querer cair, eu estava com saudades deles, minha família, Seth.  Pedi colo ao Felix, ainda estava com meu corpo dolorido, cada vez mais a dor de cabeça parecia aumentar, minhas pernas estavam quase cedendo, estava cansada demais para andar, elas latejavam, ele me olhou confuso por um tempo, eu estava com as mãos estendidas para ele me pegar no colo, ele olhava para as minhas mãos e depois para o meu rosto, acho que ele não estava entendendo o que eu queria.

  -Você pode me carrega?- pedi com uma voz fina e embargada, já estava com saudade de todos, meus olhos estavam fazendo minha visão ficar turva.

  Ele levou um susto e depois suspirou, mas me pegou e me levou pelo castelo, acho que era um castelo, já que era enorme e feito de pedras. Passei os braços ao redor do pescoço e escondi meu rosto, eu estava com sono, ali de repente pareceu o lugar mais confortável do mundo para dormir. Fiquei com medo de ele me colocar no chão num lugar totalmente desconhecido para mim, por isso o apertei mais o meu abraço para ele não me soltar. Ele chegou em algum lugar, o lugar era frio, que me fez encolher. Senti olhos me observando, mais não olhei para ninguém, podia te certeza que era um lugar repleto de vampiros. Me agarrei mais ao pescoço dele, com todas as forças que tinha restado no meu corpo, meus braços reclamavam, eu estava toda mole, mas não podia me soltar dele. Sentia um medo enorme, será que as pessoas que me olhavam me machucariam, espero que não.

  -Não me solta, por favor- sussurrei sabendo mesmo que todos  ouviriam.

  Todos na sala riram, inclusive Felix, senti meu rosto esquentar, senti que meu braço estava ficando mais fraco, estava muito fraca. Não liguei muito para as risadas, quando se tem o Emmett como pai o que você mais se acostuma e com ele rindo de tudo. Mas me lembrei de uma coisa, os Volturi não gostavam dos Cullen, e eu sou uma, isso significa que eu posso estar em perigo. Dei um jeito de descer mais rápido do colo do Felix e corri sem rumo, o lugar mais seguro que eu pensei foi ficar em um canto que eu vi com um banco de mármore. Fiquei ali embaixo, nem consegui ver o rosto de ninguém ali não era um banco de mármore que iria me proteger, mas não tinha visto uma saída teria que contar com meus poderes, se eu soube-se usa-los, talvez  eu conseguiria usar o poder que machucou a tia Em, assim eu conseguiria sair daqui e talvez voltasse para casa, será que funcionaria com vampiros? Mesmo se funciona se eu não sabia como o ativar. Como se ativa ele, eu me lembro de que eu toquei a cicatriz dela e aquilo tudo aconteceu. Ta, eu acho melhor tentar usar outra coisa, talvez se eu conseguisse pegar a linha de raciocínio deles, saberia o que querem comigo. Logo comecei não so a ter ideia do que eles pensavam, mas eu podia ouvir claramente, como se estivessem falando comigo, tive que força um pouco, era tudo caótico, eram muitas vozes em um lugar só, isso só piorou a dor de cabeça. Coloquei as mãos na cabeça que doía muito pelos pensamentos de tanta gente.

   “Criatura interessante”,” Quem e ela?”, “Será que o Felix trouxe um lanchinho?”,” Veja ela esta morrendo de medo hahaha”, “Que tédio!”, “Esse cheiro de cachorro”, “Esse cheiro me e familiar!”. Os pensamentos eram basicamente isso, comecei a chorar de medo e de dor, minha cabeça latejava. Eu não queria ser o lanchinho deles. Não paravam de pensar no cheiro de cachorro, o Seth não e cachorro! Cortei a leitura, minha cabeça parecia que iria explodir.

  -NÃO SOU LANCHINHO E NÃO É CHERO DE CACHOLO SEUS BURROS!- gritei chorando mais, coloquei a mão na cabeça.

  Depois de gritar me encolhi mais, por que eu fiz isso? Eles eram um grupo grande de vampiros, eles poderiam me machucar. Tomei um pouco de coragem e olhei para o salão, um homem que parecia ser o líder se levantou vindo na minha direção de uma grande cadeira de mármore, toda trabalhada, com várias linhas, ornamentos. Ele tinha um jeito estranho, parecia um pouco feminino, tinha cabelos pretos na altura dos ombros e um ar sarcástico o voltava, olhos cor de vinho, mais escuros que o do Felix, seus olhos escondiam algo, um segredo, ele andava em velocidade humana ate mim, acho que ele percebeu que eu o olhava, tinha um moça que andava junto com ele, ela escondia o rosto. Todos o observavam, ate que ele chegou perto, mantendo uma distancia de um metro de onde eu estava e se ajoelhou, dando um grande sorriso, fazendo o meu coração acelerar, aquele sorriso era horripilante, mais ainda do que a do Felix.

  Ele estendeu a mão para mim, me encolhi mais, não queria que ele me toca-se, apesar que nessa distancia seria impossível dele me tocar, mas como ele tem a velocidade vampiresca isso seria a coisa mais fácil do muno. Nesse momento tinha me arrependido de vir logo para a Volterra, se eu tivesse continuado em La Push talvez eles me perdoassem e minha família também, o que eu estou pensando? Eles nunca me perdoariam! Senti as lagrimas inundarem meus olhos e tive que me segurar para não chorar, ele recolheu a mão. Ele ficou me encarando como o Felix e estendeu a mão de novo, tentei chegar ainda mais perto da parede, se eu pudesse atravessá-la seria melhor ainda. Atravessa-la, quase como me tele transporta, e isso! E só fazer o mesmo que eu fiz para chegar aqui, mas o que eu fiz? Eu queria desaparecer, como agora e imaginei a Volterra. Era isso, era só me imaginar em outro lugar.

  Tudo se tornou lento novamente e as cores foram desbotando, tudo tremia e o negro tomou toda a minha volta. Me imaginei do outro lado da sala e com um pouco de esforço, eu fiquei por pouco tempo nessa negritude, meu corpo parecia que iria explodir, minha cabeça pesou, fiquei tonta, meu corpo bateu contra uma pedra, olhei para cima. Apareci onde eu queria, juntei as poucas forças que eu tinha e corri na direção de Felix, cada passo parecia que fazia meu corpo explodir, eu ate às vezes olhava para ver se realmente eu não tinha explodido, me escondi atrás das pernas dele, com muito medo. Ele me pego no colo rapidamente e eu me segurei no seu pescoço e apertei com maior força que podia, que não era quase nada. Minha cabeça estava doendo muito, ate cheguei a chorar um pouco.

  -Fica calma, eles não vão fazer nada não- respondeu tentando me acalmar, ele passava a mão nas minhas costas, o frio da pele dele pareceu ajudar um pouco com a minha dor.

  -Não confio neles - sussurrei com a cabeça no pescoço dele, sentia minha cabeça pesando milhares de quilos.

  -Quem e essa pequena Felix? – perguntou algum homem, provavelmente o cara estranho.

  -È a filha dos Cullen, Mestre! – respondeu Felix, fazendo uma reverencia comigo no colo.

Ele tentou me colocar no chão, mas não deixei, os outros poderiam me machucar e também o frio dele ta ajudando com a minha dor. Ele usou um pouco de força para me separar dele, não precisava de muita já que eu estava fraca e também ele era um vampiro e eu uma hibrida que aparentava ter 5 anos, mesmo que estivesse bem, ele conseguiria me separar dele sem esforço. Ele me colocou no chão delicadamente, acho que ele sabia que eu estava fraca, fiquei encostada nas suas pernas, se não eu não conseguiria ficar em pe, ele deixou eu segurar a mão dele. Eu estava com medo, e Felix era o único que eu conhecia, ou pelo menos era o único que eu sabia o nome, mas agora eu confiava um pouco mais nele, acho que porque ele me lembrava o meu pai. O senhor que o Felix tinha chamado de mestre, se abaixou na minha altura e deu um sorriso, ainda era horripilante.

  -Eu sou Aro Volturi, quem e você pequena?- agora ele fingia um sorriso gentil, eu não estava gostando dele, recuei mais contra as pernas do Felix.

  -Emma Cullen- falei baixo, mas tenho certeza que todos ouviram, afinal eram vampiros e tudo estava em silencio.

  - Prazer em conhecê-la- ele estendeu a mão, algo me dizia para não aperta, alguma coisa ruim iria acontecer se eu a apertar?

  Eu estendi a minha para cumprimentá-lo, mas rapidamente puxei a mão com medo, eu não deveria aperta a mão dele! Ele me olhou frustrado, igual o tio Ed quando tenta lê a mente da tia Bella, lembrar dele me fez dar um sorriso triste, sentia falta deles. Um estalo veio na minha mente, meu tio ficava com a mesma expressão quando não conseguia ler a minha mente tambem, ele so conseguia as vezes. Ele queria ler a minha mente.

  -Você me enganou, queria ler minha mente - acusei ele segurando mais forte na mão de Felix, sentia raiva, se eu tivesse apertado a mão dele ele iria saber o que eu estou pensando.

  Ele me olhou surpreso, ninguém mais mostrava alguma reação na sala, suas expressões eram estranhas, eram iguais, mesmo sendo pessoas diferentes. Mas eles ouviam a nossa conversa atentamente.

  -Você e muito espertinha!- falou ainda um pouco surpreso e admirado, parecia fascinado.

  -Tio Edward, disse que minha mente é igual da tia Bella - respondi ainda indignada com o que ele tentou fazer, ele não iria conseguir ler a minha mente.

  O sorriso dele pareceu aumentar, o que devia ta deixando ele tão feliz? Perguntei-me mentalmente. A cada segundo que eu falo o sorriso parece aumentar. Depois uma idéia brotou em minha mente, eu vou saber o que ele esta pensando.

  Esforcei-me ao máximo, minha cabeça já estava latejando e eu sentia algumas lagrimas brotarem nos meus olhos de tanta dor que eu sentia. Tudo que eu conseguia escutar era um zumbido.Era muitas vozes diferentes na mente dele, ele se lembrava de coisas que não fazia parte da vida dele, tinha ate coisas da minha família, do tio Ed, de quando a tia Bella estava gravida da Ness. Fiz careta e parei de ler os pensamentos dele. O jeito que minha tia ficou me deu medo.

  -O que foi?- a voz do Felix me deu um susto, minha cabeça ia explodir.

  -Nada- eu nunca iria falar que li os pensamentos do Aro.

  Senti meu estomago roncar e minha pele esquentar de vergonha, me corpo ainda doía, o Felix me pegou no colo e eu agradeci mentalmente. Aro deu uma risada e olhou para trás em direção a uma garota loira.

  -Jane, chame a Maria e peça para ela algo para pequena comer! – mandou Aro com uma voz autoritária, mas também doce.

  -Sim mestre - Uma garota pequena de cabelos loiros falou fazendo uma reverencia, que coisa estranha! Ela parecia nova, comparado ao restante dos vampiros na sala.

  Olhei para todos os outros na sala curiosa, o capuz não deixava ver muito os seus rostos. Não sai de perto de Felix, todo mundo encapuzado me dava medo, ele continuava segurando a minha mão firmemente mesmo comigo no colo dela, isso me deixava um pouco mais calma, o frio do corpo dele fazia que meu corpo não doesse tanto.

  Alguns minutos depois a tal de Jane me trouxe um prato de comida com uma careta, dava pra ver ate a fumacinha que sai da comida, quase rir com isso, cheiro de comida não e ruim, na verdade aquele prato tava me dando agua na boca, não sei se era porque a comida parecia muito boa ou só era por causa da minha fome. Peguei o prato, mas quase deixei cair porque o prato estava quente, quente não escaldante, Felix conseguiu pegar ele rapidamente antes que ele caísse no chão e ficou segurando. Foi comigo ate o banco que eu tinha me escondido e sentou ali comigo no seu colo, ele servia de apoio para o prato enquanto eu comia, ele estava com os braços ao meu redor segurando o prato, parecia que ele estava imitando uma mesa para que eu pudesse comer. Ele estava muito quente, eu tinha que soprar varias vezes antes de colocar na boca para não queimar a minha língua. O Felix fazia um bando de careta cada vez que a fumacinha da comida subia, na verdade não era so ele, mas todos da sala, eu podia ver que ele estava fazendo careta por causa do espelho que estava na nossa frente, mas diferente de alguns vampiros, ele continuava ali, era ate engraçado de ver, as caretas eram sincronizadas. Ele estava me tratando como se fosse meu pai, que estranho, mas ele me lembrava o Emmett. Acho que ele gostou de mim, o ar assustador que eu vi nele lá fora tinha desaparecido, todos estavam ao meu redor, como se eu fosse alguma atração, povo estranho, mas acho que era, já que eles não conviviam com pessoas, eles nunca tinham visto alguém comendo algo que e tão nojento pra eles. Terminei de comer e sorri, estava cheia, um cansaço bateu no meu corpo, so queria dormir um pouco. A comida estava ótima, mas não tão boa quanto da minha avó.

  Minha avó Esme, sinto falta dela, senti uma forte saudade, me lembrei de todos que eu conheci, estava com saudades da minha família e dos meus amigos, principalmente do Seth, mas aposto que eles nem iriam querer me ver. Eu sou um monstro, eu machuquei a tia Em, todos devem estar furiosos comigo. Tentei sorrir, não queria demonstrar minha tristeza e para me esquecer do resto , acabei tombando em um vampiro loiro. Ao tocar nele, minha pele formigou e eu me senti estranha por um momento. Ele me olhou da cabeça aos pés, não me avaliando, mas com repulsa. Meu rosto incendiou com isso, Felix segurou a minha mão.

  Movi minha cabeça para o lado rapidamente quando ouvi um barulho estranho e meu cabelo loiro caiu sobre meus ombros, desfazendo o coque que minha mãe havia feito de manha, não acredito que ele conseguiu durar praticamente o dia inteiro. Um vampiro tinha acabado de entrar, ele estava como os outros, encapuzado, mas eu podia disser que ele era baixo. O Aro ficou alternado o olhar de mim para Jane e da Jane para mim, para no final dar os ombros, não entendi nada, então fingi que não percebi. Ele chegou na minha frente.

  -Porque você esta aqui? A sua família esta lhe acompanhando? - Aro disse bastante curioso.

  Respirei fundo, tentando evitar a saudade no meu peito me fizesse chorar na frente de todos, então somente neguei. A saudade bateu forte no meu peito e me lembrar deles fez meu peito doer. Respirei fundo novamente e abri os olhos, algo brilhante no fim da sala me chamou a atenção. Mesmo com meu corpo tão dolorido eu sai do colo do Felix e fui ate o objeto. Era de prata e meio pesadinho, era muito bonito. Ele era pequeno, não parecia ser de ninguém da sala.  Apesar de parecer ser masculino eu realmente tinha gostado.

  -Gostou dele?- Aro disse do meu lado, me fazendo dar um de susto. Tudo bem que nos últimos tempos eu vivi rodeada de vampiros, mas só raramente ele andam em velocidade vampiresca, ele faziam barulho quando andavam, para parecer mais humanos, a forma que ele andou foi rápida e silenciosa. Assenti, aquele anel era lindo.

  -Sabe posso mandar fazer um pra você, esse pertence a um dos Volturi!- ele estava simpático, mas eu não gostei disso, eu queria um anel igual aquele. Tinha gente da minha idade no castelo, quando sera que eu iria conhece-lo?

  -Ele vai ser igual a esse? - perguntei receosa de entregar o anel a ele, ele tinha a mão estendida para eu entregar. Ele riu e apenas fez que sim com a cabeça, eu sorri e entreguei o anel.

  -Você tem lugar para ficar ?- todos viraram a cabeça, prestando atenção no que eu iria responder para o Aro.

  -Não- falei com a voz baixa e embargada por causa que eu queria chorar, meus olhos já se enchiam de lagrimas

  -Gostaria de ficar conosco? -ele ergueu uma das sobrancelhas, esperando ansiosamente pela resposta.

  Não sei por que meus pais disseram que não gostavam dos Volturi, eles estavam sendo tão legais comigo, me deram comida, estão me dando um lugar para dormir, não tentaram me machucar, mesmo que pudessem, o Felix ta agindo como meu pai, eles eram legais, apesar de Aro ainda parecer esconder algo, com um ar misteriosa em volta dele. Olhei para todos, que mesmo parecendo desinteressados, prestavam atenção em mim, para saber a resposta.

  -Quelo!- abri um grande sorriso

  -Ótimo, Felix e Jane, mostrem um quarto para ela e depois todo o castelo!- os dois vieram na minha direção, Felix parecia tentar ocultar um pequeno sorriso.

  Felix me pegou no colo e me levava pelo castelo, a Jane mostrava cada coisa, apontando de quem e quem era o quarto, as portas eram gigantes e cheias de enfeites de ferro, sendo que eu nem sabia quem eram as pessoas que ela falava, eles disseram que depois me apresentavam todos, só que tinha uns 4 que saíram em missão que só voltariam daqui a três semanas. Pedi colo para Jane e ela me olhou estranha, será que eles nunca pegaram ninguém no colo? Depois de um tempo acho que ela entendeu e deu um pequeno sorriso e me levou ate o meu quarto, abriu a porta e eu fiquei surpresa, não era como eu imaginava, um quarto escuro e de dar medo. Sorri e entrei no quarto puxando Jane pela mão. Ele era claro , tinha uma parede pintada de rosa no fundo e todas as outras estavam brancas, tinha estantes, uma cama no canto e uma pequena janela, que a luz da aparecia deixando o quarto mais bonito. Era linda, eu adomei!

  -Jane, eu vou tomar banho, mas que roupa eu visto- perguntei olhando pra Jane, não iria vestir as mesmas roupas, elas estavam muito sujas.

  Algo nela era familiar, só não sabia dizer o que! Ela sorriu e em menos de um segundo ela já estava com a roupa na mão. Era linda, com certeza se minha tia Alice estivesse aqui aprovaria, mas não entendi uma coisa, como eles tinham essas coisas?

  -Jane?- ela me olhou prestando atenção- Como vocês tem todas essas coisas, se não tem outra menina no castelo? Só um menino!

  Ela pareceu ficar nervosa, ela ficou olhando para roupa e para mim. Ela ficou assim por uns dez segundos.

  -Nos sabíamos que você vinha!?-ela afirmou meio que perguntando, deu um sorriso, ela ficou engraçada assim.

  Talvez ela não gostasse desse assunto, dei de ombros e peguei as roupas entrando no banheiro e indo tomar banho. Tomei o banho o mais rápido possível, agora eu não sentia meu corpo tão dolorido, só cansado como se eu tivesse feito um grande esforço, esses foram um dos motivos para eu ficar pouco tempo no banho o outro era se eu ficasse no banho me faria pensar e quando digo pensar, quero dizer na minha família, Seth e no que fiz com a tia Em. Me vesti e sai do quarto dando de cara com a Jane sentada na minha cama

  -Jane, faz uma trança no meu cabelo- pedi entregando uma escova a ela. Ela olhou confusa para a escova e depois ela me olhou por um tempo.

  -Eu não sei fazer!- ela fez um beicinho que me fez rir, ela me lembrava um pouco a tia Alice. Ela não devia saber fazer trança já que a maioria das vampiras prefere o cabelo solto, ele e lindo naturalmente.

  -Tudo bem, então escova pra mim- pedi também fazendo bico. Ela fez outro beicinho, arregalei meus olhos surpresa.

-Você não sabe escova- ela negou, escova não era tão difícil. Mesmo que fosse um vampiro faria com as duas mãos amarradas nas costas.

  -Com a minha força eu posso acabar arrancando o seu cabelo ou machucando você!- ela me falou triste. Uma ideia me veio a cabeça.

  -Posso escovar seu cabelo- Pedi sorrindo, ela me olhou confusa, mas com um pequeno sorriso nos lábios.

  -Assim você aprendi!- eu abri um sorriso maior e ela também abriu um sorriso.

  Ela assentiu. Sorri e pulei na cama ficando atrás dela em pe e peguei a escova, passando levemente nos cabelos loiros dela, eram macios e bons de passar a mão.

  -Seus cabelos são lindos- falei enquanto passava a escova neles, era bom pentear os outros.

   Ouvi a risada dela de sinos, não sei por que a tia Bella não gostava da Jane, ela parecia ser tão legal, não vi nada de ruim nela para que a minha tia não gostasse.

  -Quais são seus poderes?- perguntei começando uma trança meio torta. No quesito trança eu não sou das melhores.

  Desfiz ela e recomecei, ela pareceu se encolher um pouco, não ficando a vontade com a conversa. Ela estava desconfortável, dava para ver no seu rosto.

  -Os meus são chatos - Falei dando de ombros, ela respirou profundamente, eu fiquei curiosa para saber as habilidades dela.

  -O meu não e legal, bem eu acho ele legal, mas ele não e bom pras pessoas!- ela falou muito baixo, foi difícil para eu escutar.

  Olhei pra baixo, meio triste. Me lembrei de quando eu toquei na cicatriz da tia Em, eu tinha machucado ela. Ela sangrou por minha culpa, parei de fazer a trança.

  -Sei como é- sussurrei.

  Tentei continuar a trança, ate que não estava ruim. Queria me concentrar em outras coisas. Consegui terminar e prendi o cabelo dela.

  -Porque disse isso?- ela falou me olhando pelo espelho na nossa frente.

  -Eu machuquei uma amiga- sussurrei.

  Ela pareceu surpresa, senti uma lagrima escorrer no meu rosto. Ela virou para trás rapidamente e limpou ela, me olhou com compreensão.

  -Como você a machucou?- ela me olhou curiosa.

  -E-Eu não sei, só toquei nela e ela começou a sangrar – minhas pernas perderam a força e cai na cama.

  Comecei a chorar e eu abracei as minhas pernas. Ela me pegou e colocou no seu colo me embalando nos seus braços.

  -Você não tem culpa! Você não sabia!- abracei o pescoço dela ainda chorando. Ela ficou surpresa, mas continuou me abraçando.

  -Olha o meu poder também fere as pessoas, não como o seu, mas provoca muita dor, fica calma, sei como isso e ruim as vezes!- ela falava compreensiva comigo.

  -M-mas eu a machuquei e o tio Sam brigou comigo – solucei por causa do choro.

  Ela só me segurou no seu colo, com o tempo meu choro foi diminuindo. Meu corpo se rendeu ao cansaço que eu estava sentindo e acabei dormindo. Ao acordar já estava sozinha no quarto, me espreguicei devagar, nem sabia que horas eram, mas devia ser dia por que o sol já iluminava o quarto. Cocei meus olhos e me sentei na cama

  -Demorou!- Felix falou me dando um susto, caramba ele só sabe me dar susto, tinha um homem junto com ele, era baixo e parecia fraco diante do Felix que era um armário, que me lembrou do meu pai.

  -Quem é esse?- perguntei confusa.

  -Esse e o Demitri, um grande amigo! Vamos comer!- ele me pegou no colo, acho que ele se acostumo com isso.

  Demitri me cumprimentou. Eu tomei o café, ele estava ótimo, tinha misto quente de queijo e presunto e suco de uva. O dia passou lento, as horas se arrastavam, não tinha muita coisa para fazer ali. Aro me apresentou a todos do castelo e também me deu um anel igual aquele que eu vi ontem, ele era lindo, tinha uma pedra azul no meio que era envolta em um dragão em alto relevo.

  Os dias foram passando entediante, nem sei se eram muitos dias, você perde a noção de tempo dentro desse castelo, tudo virou uma rotina, eu tomava o café da manha, eles sempre variavam na comida pelo menos, ficava no meu quarto brincando de boneca com a Jane e o Felix, que era bem engraçado, eu almoçava, voltava para o quarto e assistia tv, antes do café da tarde, eu treinava as minhas habilidades, tomava o café, dormia um pouco, jantava e ia dormir, para na manha seguinte fazer as mesmas coisas.

  Jane se tornou minha amiga, ela era muito legal, Felix me tratava como um pai, se uns dos vampiros me tratassem mal ele me protegia, mas com pouco tempo eles se acostumaram comigo e se tornaram meus amigos. O estranho e que quando eu tocava neles pela primeira vez eu sentia minha pele formiga, mas depois isso não acontecia. Era o Aro mesmo que treinava as minha habilidades, eu já conseguia me tele transporta sem ficar tão cansada, ler a mentes das pessoas quando eu queria e só não sei identificar ainda qual a habilidade que eu usei na tia Em para machuca-la daquele jeito.

  Agora eu andava pelo castelo sozinha, eu conhecia tudo ali. Jane já tinha me mostrado toda Volterra, as construções antigas e tudo mais, era um lugar lindo, como os meus pais tinham falado. Ela tinha feito isso para me tirar um pouco da rotina que tinha no colégio, o dia estava nublado, ela me levou a todos os lugares, eu adorei.

  Senti cheiro de pessoas enquanto eu andava na sala do trono, eu fiquei com uma sensação estranha no peito, caminhei ate lá e vi uma cena horrível. A sala repleta de gente morta, tinha gente da minha idade, teve um mulher que me lembrava a minha tia Alice, meu coração pulou, parecia que ele queria sair do meu peito. Todos estavam com a boca suja de sangue, Felix e Jane era o que mais me assustaram, eles ficaram assustadores daquele jeito, ainda tinha um homem que estava encolhido na parede morrendo de medo, ele falava algo que eu não entendia, Jane avançou em cima dele e quebrou o seu pescoço. Minhas pernas pareciam grudadas no chão, mas com esforço eu consegui recuar um passo. Eles machucaram as pessoas, eu queria sair dali e não voltar.

  -Emma, espera a gente...-eu recuei dois passos me negando a ouvir, o Felix,todos estavam ocupados demais para me ver ali.

  Tudo na minha volta tremeu e as cores desbotaram, via o Felix correndo tentando me alcançar, mas estava muito lento. Imagens da floresta perto da minha cabeça inundaram a minha mente, tudo se tornou preto e quando vi eu estava na floresta. Respirei fundo agradecida por estar na floresta tão familiar que eu amava. Senti cheiros que eu conheceria em qualquer lugar. A minha família e os lobos estavam juntos. Ouvia os passos das patas dos lobos batendo no chão, quando percebi que todos estavam ao meu redor, os Cullen e os lobos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

é bom ter reviews viram?