Eu queria perguntar á ela. Porém não poderia comprometer sua saúde. Quando estive em um estado melhor ela terá que responder muitas perguntas.

No entanto, a cada dia que passava a situação piorava. Depois de um mês internada nada de melhoras. O senhor Geisel disse que com a gravidez tudo ficaria muito mais delicado, pois ela ficava mais fraca por conta da doença e a criança poderia ter algum tipo de problema no seu desenvolvimento.

Bom eu? Vou todo os dias para o cemitério conversar com os meus velhos amigos. Era somente esse o meu único momento para extravasar essa angústia. Eu não queria que ela visse minha fraqueza. Eu quero mostrar para ela que nada está perdido, que tudo vai dar certo. Porém isso já estava virando uma mentira.

Eu passava meus dias ao seu lado, sua compania continuava a mesma. Mesmo estando fraca e sua aprência demonstrava o quando estava sofrendo. Ela continuava a mesma. 

- Se for uma menina poderiamos colocar o nome de Darlita - Ela sorriu

- Darlita? Não, eu acho estranho - Fiz uma careta

- Era o nome da minha mãe - Rio da minha cara

- Bom, é não que seja feio né - eu tentei me justificar - Sua mãe era de onde? - Tentando mudar de assunto

- Eu estou brincando com você esse não era o nome de minha mãe - me acalmando - Ela se chamava Sara

- Esse eu gosto - sorri - Quando você sair daqui vamos nos casar e criar nosso filho - Eu assegurei

- Você tem que pensar em encontrar outra pessoa quando eu partir - Ela afagava meu rosto

- Não vou precisar disso - eu falei sério - Você vai ficar boa

- Mesmo se eu conseguir sobreviver, tem algo que você não sabe de mim e se descobrir - ela desviou seu olhar - Você sentirá ódio de mim

- Como assim? - Perguntei assustado

- Está na hora de descansar senhorita Bauer - A enfermeira apareceu bem naquele momento.

Se eu tivesse olhar a laser a enfermeira já tinha virado pó. Lívia apenas acenou para mim e virou para o outro lado da cama.

Não será hoje que vou conseguir descobrir algo. Decidi ir para casa pegar mais algumas mudas de roupas para Lívia.

No estacionamento do hospital encontro o senhor Geisel saindo de seu carro.

- Senhor Schäfer - Ele me chamou

- Olá senhor Geisel - Acenei de longe

Ele no entando sinalizou com a mão me chamando e eu fui ao seu encontro.

- Algum problema senhor Geisel - Perguntei

- Tenho uma notícia ótima para lhe dar - ele sorriu - Temos um possível tratamento para o estado da senhorita Bauer

Naquele momento meu coração disparou de felicidade. Eu faria o que fosse possível para tornar aquilo possível.

- Qual seria? - Perguntei interessado

- Eu conversei com um amigo médico que já fez vários tratamentos com grávidas que possuia tumor cerebral. Depois de realizar o parto ele fez a cirurgia para retirar o edema - ele suspirou - Mas no caso da senhorita Bauer é mais delicado, porém nada impossível.

- Se isso for realmente possível será maravilhoso - falei esperançoso - O senhor realizará essa cirurgia então?

- Senhor Schäfer eu tenho que estudar mais esse caso para dá-lhe aguma resposta, mas creio que até o momento essa é a única saída - ele olhou para o hospital - Bom vou começar meu turno agora. Até mais tarde

- Até senhor Geisel - Acenei para ele