In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 40
Capítulo 40: They Way We Are


Notas iniciais do capítulo

Gente, capítulo mega especial de 500 reviews! *----*'
Ainda não creio que a fic chegou à tudo isso! Obrigado por comentarem sempre!! ^^'
Boa leitura, e no capitulo 41, outras coisas serão explicadas melhor. ;)



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“Temos dito
Não há apenas um caminho a percorrer
Mas vivemos vidas diferentes
Sonhos para realizar
Como um caleidoscópio
Refletindo cem céus”

 

(Trechos da música The Way We Are, do Cinema Bizarre)

 

Eu simplesmente não consegui encarar nenhum deles... Estava extremamente receosa de que um deles me descobrisse, mas especificamente o Bill. Então, eu olhei para a janela aberta... Nessah estava incrivelmente empolgada e dificilmente conseguia disfarçar, eu dei um olhar assassino para ela, no que ela começou a se apresentar para eles.

- Muito prazer, sou Stacy Luvison e essa é Anke Wust. Nós cuidaremos da segurança de vocês. – ela falou sorrindo fracamente.

Tom nos analisava duas municiosamente e quando nossos olhares se encontraram, ele sorriu marotamente e eu lancei meu segundo olhar assassino daquela noite, fazendo-o estremecer. Olhei por um momento para o Bill, ele analisava a Nessah e ao perceber que eu o olhava, ele me olhou por um momento, voltando a atenção para a minha cintura, mais especificamente a arma da minha cintura.

- Ficamos é... Bem, nós agradecemos por vocês estarem aqui. – Bill falou olhando para a Nessah e depois para mim.

- E nós agradecemos por termos algo para fazer. – deixei escapar carregando um pouco o sotaque e sorrindo amarelo.

Vanessa começou a explicar como ficaríamos dividas. Ela cuidaria de Georg e Gustav e eu ficaria com os gêmeos, ironia não? E enquanto ela explicava, o maldito celular do meu bolso começou a tocar. Pedi licença e me retirei da sala.

- Alô?

- Querida, graças a Gott! Eu estava morrendo de preocupação... Fernanda acabou de me passar o seu celular dizendo que você estava... Oh mein Gott, você está bem minha querida? – era a voz da minha mãe, suspirei tranqüila ao perceber isso e me encostei numa das janelas do corredor.

- Se acalme mãe, eu estou bem... Quer dizer, minha cabeça está um lixo, mas vou superar. – falei desanimadamente.

- Oh querida, eu te entendo. Estou morrendo de medo por você... Está mesmo bem? Eu sei que você está perto dele... – ela falou temerosamente.

- Mãe, eu sai do quarto, estou no corredor... Não se preocupe. – falei olhando para a porta do quarto que eles estavam – Eu sinto ter que ficar aqui, mas a Babis está machucada e... Eu tenho que proteger ele... Ele está correndo risco por minha causa. – e virei meu olhar para além da janela.

- Querida, eu sei que você o ama ainda, cuide dele... Mas não se esqueça da sua histérica mãe! Eu quero noticias de três em três horas no mínimo! Até essa coisa toda passar... – ela é doida, tudo bem... Mas de três em três horas ficava complicado.

- Mãe, eu não posso ligar para a senhora o tempo todo. Prometo ligar assim que der... Agora, eu preciso voltar lá. Sabe como é? – falei enrolando o cabelo.

- Então me ligue quando puder, mas se eu ficar sem notícias suas por no máximo doze horas, eu ligarei! – exclamou nervosamente.

- Sim, sim... Eu prometo ligar, não se preocupe. – era a hora de me despedir – Mãe, eu amo a senhora, se cuide por favor, não faça nada irresponsável.

- O mesmo vale para você. Eu amo você minha pequena, me ligue assim que der...

- Prometo ligar, mande um beijo para o vovô. – e desliguei o celular.

Respirei fundo, olhando para a noite escura... Eu tinha que virar e encarar aquilo tudo, o que mais eu podia fazer? Virei-me para a porta, ela estava entreaberta e eu me dirigi para ela, entrando para a minha mais nova tortura.

Aquela noite foi longa, eles não conseguiam dormir e nós muito menos... Bill e Tom, meus protegidos, ficaram juntos, assistindo TV. Georg e Gustav ficaram em seus quartos, com Nessah postada entre eles e de tempo em tempo, olhando-os para ver se estava tudo bem... Até que, as conversas chatas começaram entre os gêmeos.

- Sabe Bill, nós deveríamos sair um pouco... Já que temos uma segurança aqui, não tem problema... – Tom começou.

- Tom, nós temos que ficar no hotel. Amanhã temos um show e entrevistas, vamos descansar pelo amor de Deus. – Bill falou estirado na cama dele, a mesma que eu estivera à tarde.

- Eu sei cara, mas ficar aqui é um saco...

- Já saímos na noite anterior!

- E você pegou aquela ruiva... Sei, sei. Aposto que queria encontrar-se com ela, ou talvez com a loira de hoje à tarde. – Tom falou todo malicioso olhando para o irmão.

- Cale a boca. – Bill pediu, esfregando os olhos.

- Ain, coitado de mim. – Tom se encolheu no sofá – Você pega duas em menos de vinte quatro horas e eu fico chupando o dedo, que mundo injusto! – reclamou.

- Quem disse que o mundo é justo? – Bill perguntou-se olhando para o teto.

Eu virei meu olhar para a janela, começando a me entediar com aquilo... Não que eu estivesse com sono, era um saco ter que ficar naquele quarto sem nada para fazer. Foi nesse meio tempo que meu celular tocou, atraindo a atenção dos dois. Olhei para a tela do aparelho, número não identificado. Praguejei baixinho e atendi.

- Parece que deram grandes passos depois da morte da cadela, não? – riu maleficamente. Era a mesma voz da tarde anterior, já que passava da meia noite.

- Sim, está com medo? – provoquei-o, fazendo coisa que não devia.

- Não querida, vocês é que estão com medo e com razão. – ele falou.

- Fará algo contra eles? – perguntei sendo extremamente direta.

- Acha que faríamos mal há um deles? Claro que não sua boba, apenas vamos conseguir o que queremos, não importa por que meios... Isso não vem ao caso, se faremos ou não mal. Faremos o necessário. – afirmou – Mesmo que tenhamos que pegar seu Kaulitz preferido... Estamos de olho em você, Manuela. – e depois gargalhou, desligando em seguida.

- Idiota! – xinguei com o telefone mudo.

Olhei para os dois Kaulitz, eles tinham prestado atenção à minha conversa e estavam extremamente quietos.

- Fiquem aí, vou ter que falar com a Stacy e ligar para a Fernanda... Será que esses caras não podiam morrer com um furacão? – perguntei-me olhando para eles.

Virei-me para a porta e abri-a, encontrei a Nessah quase dormindo no sofá do corredor que ela se apossara, mas Bill não me deixou sair.

- Anke, a Fernanda está nesse meio também? – perguntou para mim se levantando.

Novamente praguejei baixinho e respondi que sim.

- Então você deve conhecer uma tal de Alana... Não? – quis saber.

- Desculpe, não posso te dar essa informação. – respondi quase fechando a porta.

- Tudo bem, - ele se apressou em falar – só me diz uma coisa, ela está bem?

- Ela poderia estar melhor. – e fechei a porta num banque.

Uma lagrima escorreu do meu olho, na verdade eu tive que me segurar para não chorar ali mesmo... Eles tinham ameaçado o Bill! Não podia deixar barato, e o meu maior medo, era que ele morresse, perde-lo de vez. E esse meu fraquejo, meu quase choro, fez Nessah acordar e se levantar vindo até mim, me abraçando.

- Calma, calma... Vai dar tudo certo. – ela falou alisando o meu cabelo.

Eu me mantive forte e não chorei, mas estava por pouco.

- Ele ligou de novo, aquele cara conseguiu o meu celular novamente. E ameaçou fazer algo contra o Bill. – falei quando ela me soltou.

- Meu Deus... Precisamos avisar a Fê. – ela afirmou, já pegando o próprio celular e discando o conhecido número da nossa chefe.

Nessah falou rapidamente com ela, enquanto eu ia falando alguma coisa que ela me pergunta e passava para a Fê. Ela nos disse que ia aumentar a segurança, mandando a Mary para cá enquanto a Babis se recuperava, pedi que ela perguntasse dela... Ela estava melhorando rapidamente com os avanços da medicina que tínhamos ao nosso dispor, esses avanços podiam ser usados em qualquer lugar, se não fossem extremamente caros. Eu respirei fundo, e voltei para o quarto dos dois. Tom estava dormindo/babando encostado no sofá, e Bill também parecia estar dormindo, mas assim que eu entrei no quarto, ele abriu os olhos e me encarou. Desviei o olhar rapidamente e o deixei a par da situação, que íamos aumentar a segurança, mas que os gêmeos ainda seriam encargo meu, entretanto, Mary não seria de ninguém.

- Mary? – ele perguntou visivelmente curioso.

- É, uma das antigas. – falei me encostando na porta fechada olhando pela janela.

- Da época dos Wildscream? – perguntou sentando-se na cama.

- Hum... Não sei. – fingi duvida – Wildscream... Bem, não me é estranho, mas ela está na agência há oito anos...

- Então deve ser a mesma. – ele concluiu.

- Você sabe bastante sobre a CIA... Deveria ser liquidado, pelo menos é isso que eles fazem com quem sabe demais. – disse jogando o cabelo para trás, descontraída.

- Eles matam os que sabem muito?

- Sim, eu já matei dois... Ou será que eram três? – fingi-me de pensativa – Não, foram quatro, mas mesmo assim... Você tem sorte, só tem essa grande sorte porque é um alvo da mídia, se não... – balancei a cabeça e olhei-o com pena.

Bill voltou a deitar-se na cama, se enroscando no lençol apesar de estar vestindo confortáveis moletons, aquilo não tinha cara de pijama...

- Bem, eu vou te dar privacidade. – falei girando a maçaneta e abrindo a porta – Qualquer coisa me chame, estarei do lado de fora. – e sai do quarto.

O corredor estava vazio e eu aproveitei a deixa, estava na hora de ligar para a minha mãe, antes que ela me ligasse. Disquei o número do celular dela e quando ela me atendeu, estava sonolenta... Tinha me esquecido o fuso-horário.

- Desculpe mamãe, por te acordar. – falei assim que ela falou um alô sonolento.

- Querida! – se ela estava com sono, talvez não estivesse mais – Eu dormi com o celular na mão esperando notícia sua! Oh minha pequena, está tudo bem?

- Mãe, eles conseguiram o número desse celular, mas está tudo bem... Não tem como eles saberem que eu estou te ligando, estamos numa linha segura. – disse para que ela não ficasse tão nervosa e depois não reclamasse por eu não ter avisado-a.

- Oh, eu não acredito! Será que eles não vão te dar sossego nunca? – perguntou visivelmente indignada – Mas está tudo bem aí, não está? Não teve mais nenhuma ameaça, né? – ela perguntou como se já soubesse o que estava acontecendo.

- Serei sincera... Eles ameaçaram o Bill. – respondi, temerosa e com a voz meio chorosa.

- Oh mein Gott! Eu não acredito... Você deve estar mais desesperada. – falou.

- Eu não estou desesperada mãe, eu estou é morrendo de raiva! – falei elevando um pouco a voz – Quem eles pensam que são para ameaçarem, para matarem os que eu amo? Tio Bartô foi o primeiro, meu pai o segundo e depois de cinco anos, eles matam a Buffy! Eles mataram um animal de estimação completamente inocente, são uns... uns... Hunf! – tudo bem que eu me descontrolei, mas naquele momento a raiva tomou conta de mim.

- Querida, se acalme, por favor? – ela pediu nervosa também.

- Me desculpe mãe, a culpa não é sua... É toda minha! Por que eu fui nascer? – praguejei.

- Você é o que mais de precioso que eu tenho, não quero perdê-la... Por isso, trate-se de se cuidar direitinho. – ela pediu gentilmente – Agora vá descansar um pouco, você deve estar exausta e cuide dele também, você o ama, eu sei. Mamãe ama você, tá bom?

- Eu a amo você também, obrigada por me ouvir. E desculpe. – falei, pedi.

- Sim minha querida, eu sei. – e depois, ela desligou o telefone, devia estar morrendo de sono.

Eu respirei fundo e pensei em tudo que estava acontecendo comigo, o quanto a minha vida tinha mudado esse tempo todo... Eu estava sentindo raiva de tudo isso, do que estava acontecendo comigo, de eles ameaçarem o tempo inteiro as pessoas que eu amava. Pensei seriamente na possibilidade de eu me entregar... Mas será que não seria pior? Eles podiam copiar os meus genes e gerarem coisas piores do que eu, porque na verdade eu era uma aberração, mas também tinha a outra possibilidade, mais mortífera, mais destrutiva e que todos não queriam, em me matarem ou simplesmente eu me suicidar. Já pensei nisso, mas todos negaram quando eu tive essa ideia e disseram que isso nunca seria uma boa possibilidade. Se eu morresse e me cremassem, o segredo estaria para sempre perdido, como eles fizeram com os dados e os documentos da experiência, eu podia também ir. E a que estávamos tentando fazer, a possibilidade mais aceita por todos, a de acabarmos com essa máfia, evitando todo o caos que poderia acontecer.

Eu respirei fundo pela segunda vez e me virei para olhar a porta do quarto que me separava da pessoa que eu queria tanto proteger. Bill, o meu primeiro e único amor que eu tive, mas é claro que eu tentei me envolver com outros, mas a imagem dele vinha a minha cabeça e nunca dava certo, desisti disso no único ano que tentei, fraquejando e indo naquele show sem disfarce nenhum. Bill, o amor da minha vida, mas para a minha surpresa, quando meus olhos focaram-se na porta, eu o vi. Ele olhava atentamente para mim, com a porta meio entreaberta e quando eu encarei-o, ele fechou a porta e continuou a me encarar sem dizer nada.

- O que... O que foi? – perguntei temerosa. Não tinha certeza se ele tinha ouvido a minha conversa ao telefone celular, ou se tinha saído agora do quarto.

- Tom foi para o quarto dele... – ele começou – E precisamos conversar, Manuela.

 

“Sem se esconder
Sem simular
Esta vida é incrível
Você a quer
Você precisa dela
Cuidado! É muito contagioso!

Chame-a de estranha
Este é o caminho que estamos
Para além do seu sonho
Quebre suas algemas
Abra a sua mente para mais
Veja o que é ser
Do jeito que nós somos
Do jeito que nós somos”.


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Notas finais do capítulo

Uou.... Capítulo sinistro, não? :D
Continua em breve! Beijuz e beijux, e mais uma vez, obrigada pelos 500 reviews!
;*