In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 41
Capítulo 41: We are Broken


Notas iniciais do capítulo

gente, perdão a demora em atualizar, mas o site está horrível de mexer aqui e eu estou sofrendo um drama, época de vestibular é fogo.
Espero que gostem desse capítulo, boa leitura e perdoem a demora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16683/chapter/41

 

“Eu estou

E eu estive esperando pelo sol

Com meus amplos olhos

Eu vi mundos que não se encaixam

Minha boca está seca

Com palavras que eu não consigo verbalizar

Diga-me por que

Nós vivemos assim”

 

(Trechos da tradução de We are Broken do Paramore)

 

- Remova um pouco da cor da sua pele e essas lentes escuras… Eu sei que é você, não adianta tentar disfarçar. – ele falou quando eu fiquei em silêncio me fingindo de desentendida.

Isso era uma grande porcaria, quando eu achei que o plano estava indo bem e eu não estar sendo reconhecida por ele, uma conversa ao celular estraga tudo! Ah, eu tinha muito azar quando se tratava de esconder algo de Bill Kaulitz, inferno! E agora? O que eu podia fazer? Ligar para a Fê e contar tudo? Ou procurar a Nessah para que ela me ajudasse aqui? Mas não foi necessário que eu fizesse nenhuma dessas escolhas, Nessah veio rapidamente para o meu lado acompanhada de uma mal-humorada Mary.

- Senhor Kaulitz, temos que te deixar um minutinho desprotegido, precisamos fazer uma reuniãozinha aqui. – Nessah falou gentilmente me olhando por um momento.

- Hunf! – resmungou ele – Acho que vocês não precisam nos proteger e sim proteger ela. – fez um gesto me indicando com a cabeça.

- O que quer dizer com isso? – Mary perguntou ainda enfezada.

- Para mim ela é mais importante que manter-me vivo, vocês sabem, coisa de bobo apaixonado. – eu teria me comovido com aquelas palavras se não estivéssemos num momento tão sério.

- Ele descobriu. – avisei-as num tom de desagrado.

- Você é incompetente, pelo menos quando se trata de se esconder algo desse porco-espinho. – Mary afirmou emburrada – Mas presta atenção, estamos te protegendo por causa dela. Então enquanto estivermos todos juntos, isso inclui todos os Tokio Hotel, estaremos protegidos. Agora deixe a gente cuidar de uns assuntos. – falou e se virou indo para o quarto do final do corredor.

Nessah seguiu-a em silêncio, enquanto eu fiquei parada ainda encarando ele.

- Eu procuro você depois. – dei-lhe as costas.

- É bom que faça exatamente isso. – falou antes que eu fosse para o lado do quarto.

 

- Tem que ser alguém de dentro. – Mary falou quando nós estávamos sentadas confortavelmente numas poltronas de frente uma para as outras.

- Suspeita de alguém? – perguntei amargurada.

- Bem, precisamos listar o pessoal daqui e descobrir quem é novo ou suspeito, essa foi a incumbência que a Fê me passou. Ficarei no Staff e vocês na segurança, qualquer coisa eu aparecei, mas esse é o plano. – ela explicou-nos.

- Teremos que falar com o David sobre ter um espião da máfia no meio do pessoal. – Nessah afirmou batucando os dedos na poltrona.

- É obvio que sim, e aproveitando que o porco-espinho já sabe sobre você, tente tirar algo dele. – Mary falou com desagrado.

- A culpa não é minha se ele é um enxerido. – reclamei erguendo as mãos como se eu me rendesse – Mas verei o que eu consigo com ele.

- Vou ligar para Fê e contar tudo, ela tem que saber das novas, sem contar que é o relatório. – ela falou tirando o celular do bolso.

- Okay, eu verei com os Gê’s estão... – Nessah se levantou.

- Eu verei como os gêmeos estão, então. – falei desanimada, sem me levantar.

- Não fique desanimada Manu, podia ser pior, o Tom podia ter descoberto. – falou Nessah sabiamente. Eu apenas dei de ombros.

- Ótimo, qualquer coisa me chamem ou liguem se preferirem, nos vemos as nove. – Mary falou nos dispensando.

Respirei fundo e me levantei da poltrona, pronta para encarar o que quer que fosse.

 

As horas passaram rapidamente, quando eu fui ver se o Bill estava bem, após ter passado pelo quarto do Tom e vê-lo babando enquanto dormia, ele já estava dormindo, ainda vestido. Eu cuidadosamente puxei a coberta e o cobri, ajeitando uma mecha do cabelo dele e sai do quarto, ficando postada entre eles junto com a Nessah. Cochilei um pouco enquanto ela ficava de vigia e depois foi a vez dela cochilar, eu não tinha muito sono, mas consegui dormir um pouco e Nessah cochilou mais tempo que eu. As coisas estavam normais demais quando Mary veio até nós, dizendo que ainda não tinha encontrado a tal pessoa suspeita.

Eu estava particularmente desanimada, mas quando fomos incumbidas de acordar os garotos, eu me animei. Seria divertido ver a cara de sono deles. Primeiramente eu acordei o Tom, ele se animou rapidamente ao perceber que uma garota estava acordando-o, mas quando viu a minha cara de má, se encolheu rapidamente e informei-o da agenda dele, que tinham uma entrevista agora para as 11 horas. E quando eu ia saindo, ele me desejou boa sorte para acordar o Bill.

Bati na porta do quarto para o caso dele já ter acordado, mas o silêncio permaneceu e eu adentrei no quarto. As cortinas eram grossas e não deixavam um raio de sol entrar pelas janelas, primeiramente eu me dirigi para elas e as abri, deixando o quarto claro. Ouvi um resmungo alto e quando eu me virei para a cama, o vi puxar as cobertas para cobrirem o rosto.

- Senhor Kaulitz, hora de acordar. – falei suavemente, achando estranho por um momento o ‘Senhor Kaulitz’.

Ele apenas reclamou novamente e subiu mais ainda as cobertas para o rosto.

- O senhor tem uma entrevista para as 11, é bom ir acordando ou então não terá tempo de se arrumar. – tentei essa tática, mas não funcionou.

- Só mais cinco minutinhos mãe. – ele pediu se virando de costas para a claridade.

Eu resmunguei um tanto alto e me sentei na cama, puxando as cobertas dele.

- Anda, acorda logo! Eu tenho que ligar para a minha mãe, seu teimoso. – falei emburrada.

- Me deixa dormir inferno! – ele reclamou brigando pela coberta.

- Bill, presta atenção, se você não se levantar eu não falo com você e deixo-o a mercê da máfia americana, que tal? – sugeri largando as cobertas e me levantando da cama.

Pelo jeito falei a coisa certa, pois ele automaticamente sentou-se na cama e esfregou os olhos, tacando o cabelo comprido para trás.

- Pensei que fosse a Dunja. – afirmou me olhando.

- Oh sim, eu me pareço muito com a Dunja, seu preguiçoso. – falei sarcástica terminando de abrir as cortinas.

- Você podia ter me acordado mais delicadamente, não?

- Claro que não, eu estou aqui para proteger você, não para acordá-lo. Agora levanta essa bunda daí e vá se ajeitar, você tem duas horas antes da entrevista. – lembrei-lhe enquanto eu me virava para observar melhor o estado dele.

Bill estava com uma cara de mau humor, mas estava tão bonito como sempre, mesmo tendo acabado de acordar ele estava lindo. Agora sim eu entendia porque as meninas suspiravam quando o viam numa foto do cotidiano, apesar de não ser um cotidiano tão normal.

Ele ao perceber o meu olhar meio abobalhado, sorriu travesso e levantou-se da cama, vindo na minha direção.

- Podemos tentar começar de novo, que tal? – sugeriu ele se referindo a essa manhã.

- Não seja idiota! – dei-lhe as costas – Vá se trocar que eu verei se o Tom já está pronto. – toquei a maçaneta.

- Quando vamos conversar? – ele perguntou, não tinha se esquecido da minha promessa.

- Quando tivermos tempo. – abri a porta – Volto daqui a pouco ver se está tudo bem. – e finalmente sai do quarto, antes que eu não me segurasse mais e pulasse no pescoço dele.

Assim que sai para o corredor, encontrei Mary e Nessah discutindo com um Georg mal humorado que toda hora colocava o longo cabelo para trás.

- Vocês são muito brutas para acordarem a gente, principalmente você! – apontou para a Mary.

- Desculpe se eu nasci imprestável, mas estamos aqui para proteger as suas bundas cheias de gordura, então devia sentir-se agradecido por eu não ter usado isso daqui. – ela falou emburrada girando a arma na mão.

- Mary, guarde isso. – mandei me aproximando dos três – O que está acontecendo aqui? – perguntei olhando para a Nessah.

- Eu pedi para a Mary acordar o Listing e, bem, ela não o acordou muito delicadamente... – falou fazendo uma careta.

- Ah mein Gott, eu mereço. – resmunguei baixinho – Mary seja um pouquinho mais delicada, eu sei que você preferia estar lutando na África, mas nós estamos aqui por causa de Você-sabe-quem, então, por favor, coopere um pouco. – pedi suspirando cansada.

- Okay, okay, vou tentar. – ela afirmou fazendo uma careta.

- Acho que você pode terminar de se arrumar, não? – olhei para o Georg sorrindo simpática.

- Sim, sim... Mas deixe-a longe de mim. – falou se referindo à Mary.

- Pode ficar tranqüilo que eu não vou me aproximar desse seu cabelo escorrido. – ela garantiu cruzando os braços.

- Mary! Já chega. – falei ficando verdadeiramente irritada.

- Hunf. – Georg resmungou mais uma vez e entrou no quarto batendo a porta com força.

- Ah como eu odeio esses riquinhos metidos! – Mary exclamou fingindo atirar na porta do Georg.

- Por causa do seu humor instável que você deve ficar no Staff. – afirmei balançando a cabeça.

- Eu vim aqui te trazer uma coisa. Está endereçado no seu nome novo, Anke Wust. – ela afirmou me entregando um envelope pardo.

- Mas, mas... Como assim? Só vocês sabem sobre esse nome! – exclamei meio temerosa.

- É, eu sei, nós já passamos tudo o que temos aqui, não é nada perigoso, parece ser só um papel aí dentro. – me garantiu enquanto eu olhava para o envelope receosa.

Rasquei a beirada e tirei o conteúdo de lá. Minhas mãos tremeram quando eu peguei a foto de anos atrás, a foto tremeu e eu pude ver a face dele marcada com um ‘xis’ vermelho de eliminado. Para o meu espanto, eles é que tinham liquidado o Bruno, eles é que tinham matado o baterista do ‘Memorize’!

- Eu vou matá-los! – gritei sem conseguir me segurar, lágrimas saindo dos meus olhos.

- O que aconteceu? – Nessah perguntou tirando a foto da minha mão – Oh my God! – ela exclamou ao perceber o que significava.

Mary tomou a foto da mão dela e permitiu falar:

- Precisamos ligar para a Fê.

Duas portas do corredor se abriram, a do Bill e a do Gustav.

- O que está acontecendo aqui? – Bill perguntou se aproximando de nós, que estávamos de frente para a porta do Georg.

- Não é nada que vocês devam se preocupar. – Mary falou escondendo a foto – Voltem para os quartos de vocês e terminem de se trocar. – mandou.

- Por que ela está chorando? – Gustav perguntou me indicando com a cabeça sem dar um passo de volta para o quarto.

- Já falei que não é nada, voltem para os quartos agora! – Mary repetiu se irritando.

Senti a mão de Bill tocar o meu ombro, eu me virei na hora para encará-lo, sem me importar com o Gustav ali, eu murmurei:

- Eles mataram nosso baterista. – ele me olhou sem entender – Eles mataram o Bruno, foi tudo armado.

Bill não disse nada, mas pelo olhar e o gesto seguinte dele, ele tinha entendido. Sem se importar com os outros ali, ele me puxou para um abraço e para dentro do quarto dele. Pude ouvir Gustav pedir uma explicação, mas não me importei. Bill fechou a porta e me sentou na cama, tornando a me abraçar em seguida.

Eu estava com mais medo agora, eles mataram o meu amigo sem eu mesmo saber, apesar de ter percebido que meu pai ficou muito mais cuidadoso a partir daquele dia do acidente que na verdade não fora um acidente, mas agora todas as perdas na minha vida faziam sentido. Nada acontecia por acaso, pelo menos não na minha vida.

 

“Mantenha-me salva dentro

De seus braços como torres

Torres sobre mim

 

Porque nós estamos quebrados

O que nós devemos fazer para restaurar

Nossa inocência

E toda a promessa que adorávamos?

Dê-nos a vida novamente

Porque nós só queremos estar inteiros”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aii está, o próximo capítulo sai em breve!
Beijux.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In Die Nacht" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.