Alice In Dreamland escrita por Lirium-chan, Lyssia


Capítulo 1
Olhos de céu


Notas iniciais do capítulo

Lirium- Oiii minna-san! :3
Espero que gostem de ler essa fanfic. Porque eu e a Lyssia-sama nos esforçamos muito para fazer essa fanfic com muito amor, carinho, dedicação e.../táparei xD
Mas eu realmente espero que vocês gostem muito xP
Boa leitura! :)



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Debaixo de uma árvore, ela dormia em um sono profundo. Uma garota de apenas quatorze ano.Era Kagamine Rin. Possuía cabelos loiros e curtos e olhos azuis como o próprio céu. Seu corpo pequeno combinava perfeitamente com suas feições angelicais.

Não sabia que estava sendo observada por um homem. Aquele homem era quem manipulava o mundo aonde ela seria presa em alguns instantes. O mesmo tinha cabelos azuis escuros curtos e olhos azuis marinhos que pareciam feitos de vidro. Seu nome era Kaito.Em seus braços, segurava uma pequena boneca. A boneca possuia olhos feitos de cristal e um grande sorriso costurado na pele de pano. Seus cabelos eram, também, feitos de pano e estavam presos em marias-chiquinhas verde-água. Uma voz doce vinha da pequena boneca e ela sussurrava as palavras de modo que apenas o homem poderia ouvir.

“Ei, devemos levá-la ao mundo maravilhoso?" na noite passada ela dissera que gostaria de poder brincar com alguém.

Como quem tem um pressentimento ruim, a garota acordou de súbito.Olhando para o livro que estava lendo e que pegara emprestado com seu irmão. Pensou que se havia dormido antes do horário da siesta, seria por culpa de seu gêmeo, que a havia emprestado um livro sem gravuras. E todo mundo sabe que os livros sem gravuras são muito entediantes.Principalmente quando tem letras tão pequenas. Estava se levantando e ia dirigir-se á sua casa para jogar um livro na cabeça de Len.

Demorou certo tempo até reparar no homem de cabelos azuis, que a olhava como se a analisasse. Seus olhos azul-céu, brilhantes com inocência e, agora, aborrecimento por ter dormindo antes do que devia, pousaram nos azul-escuros, misteriosos, tão brilhantes e aparentemente transparentes como o vidro.

Fitou a boneca de pano que o homem segurava, ficando maravilhada ao olhar nos olhos verdes, quase azuis.

Eram olhos brilhantes, que faziam parecer que a boneca tinha vida própria. Como se fossem olhos humanos, com emoções. Mas isso, provavelmente, era graças ao trabalho bem feito e ao cristal, pensou Rin, levantando-se e batendo no vestido para limpá-lo, esquecendo seus planos de tacar o livro na cabeça de Len, por enquanto.

O homem sorriu com divertimento, isto pouco antes de se transformar em um pequeno coelho branco com um relógio amarrado ao pescoço. A boneca desaparecera, mas os olhos do coelho ainda eram azul-escuro e brilhavam como vidro. Ele correu e a garota seguiu atrás inocentemente e cada vez mais rápido, pois o coelho parecia estar com pressa. A cada passo que dava ela se sentia mais perdida e afastada de casa, mas também estava cada vez mais feliz e curiosa pra saber até onde aquela pequena perseguição à levaria. Não demorou muito e chegaram ao bosque negro. Lugar do qual seus pais a alertaram à nunca adentrar. Mas ela o fez, afinal, eram apenas histórias bobas para assustar crianças medrosas e tolas. Ela era corajosa, mas nunca havia sido tão tola em sua vida como nesse momento.

Porém, como não fazia idéia de como estaria em perigo se entrasse naquele lugar, continuou seguindo o coelho, que parecia aumentar a velocidade cada vez mais. Teve um momento que Rin, de tanto correr e desviar dos estranhos galhos jogados no chão, não teve mais fôlego para continuar a corrida, parando, apoiando as mãos no joelho e olhando para onde o coelho ia.

Ofegante, viu quando ele entrou em um buraco, grande o suficiente para uma menina pequena como ela passar, em uma árvore. Rin concluiu ser uma toca, andando até lá, observando com curiosidade. Sorriu para si mesma, imaginado como Len reagiria se soubesse as loucuras que estava fazendo.

Mas, bem, não havia aventura sem riscos!

Rin não imaginava como se arrependeria por se arriscar daquela forma...

Ela olhou dentro da toca, para ver quão fundo cairia naquele buraco, mas era muito escuro e parecia até não possuir fim. Deu de ombros e pulou rumo à sua pequena aventura. Deve ter caído por horas, talvez um dia!

 De vez em quando; alguns móveis flutuavam enquanto ela caia, nesse meio tempo, não pode deixar de dar a si mesma uma bronca por pular dentro de um buraco escuro e com fundo provavelmente infinito. Era o que Len faria, mas ele não estava com ela. Então resolveu que alguém precisava dar uma bronca nela por ser tão inconsequente. Seria bom se alguém estivesse lá com ela, pois a garota era realmente divertida quando falava sozinha. No momento em que finalmente achou que estava chegando ao centro da terra e pensava se poderia escalar de volta até o jantar; ela caiu em um monte de folhas e galhos secos.

"Ai! Não acredito que passei por todo esse buraco infinito pra cair em outro bosque cheio de folhas secas!" foi o que pensou, e disse em voz alta.

No momento, nem pensou que era impossível existir um bosque no subsolo. Mas aquilo também não era importante, no momento. Se era no subsolo ou não, continuava sendo o lugar da aventura de Rin. A menina de cabelos loiros começou a andar, pisando em algo e olhando para baixo, encontrando uma boneca de olhos de cristal, muito semelhante a que vira com aquele misterioso homem de azul.

Abaixou-se para pegá-la, reparando que embora tivesse os olhos no mesmo material que a que vira antes, estes não possuíam o mesmo brilho. Suspirou, observando a boneca decididamente, perguntando-se como ela foi parar ali, pois quando caiu não se lembrava de tê-la visto.

"Ela é sua." Ouviu uma voz suave e sussurrada, assustando-se ao perceber que era o homem, que estava com a boca perto do seu ouvido. "Ela e tudo mais que você desejar".

Sentiu um arrepio e o seu rosto começou a atingir vários tons de vermelho. Olhava para o homem com uma face espantada, enquanto se abraçava forte à pequena boneca de olhos de cristal em seus braços.

“O nome dela é Alice, e ela é sua!” Reforçou, novamente, a declaração de que a havia presenteado com a boneca. Ele sorriu e um brilho distinto surgiu em seu olhar. Retirou um pequeno relógio de bolso dourado do seu colete e girou um pequeno botão no aparelho. O relógio começou a fazer o barulho de “Tic, tac” tradicional. O rapaz a olhou sagaz e sorriu matreiro mais uma vez.

“E o tempo começa à se esvaecer!” falou com voz aveludada,como se tivesse pego o relógio para dizer que horas eram, enquanto segurava delicadamente uma das mãos da garota. Rin pensou se seria verdade que ele lhe daria tudo o que fosse de seu desejo.

"Por que vai me dar o que eu quiser?" perguntou Rin, na defensiva. Não era normal um homem simplesmente aparecer e dizer isso para uma simples menina, como ela.

"Ora... você parecia realmente ter gostado da minha boneca, e como fui eu que a fiz, ficou muito feliz por isso! Então, resolvi te trazer a um mundo maravilhoso como esse, como recompensa!" dizia, sorridente.

Rin continuou o encarando, ainda desconfiada. Se fosse Len... muito provavelmente, estaria a puxando para outro lado, se afastando de Kaito e a dizendo para não se aproximar de tipos como aquele. Mas, pra começo de conversa, Len nem sequer teria entrado naquela toca. Então Rin não tinha certeza do que ele a mandaria fazer agora. Por isso, se deixou levar.

“Eu só queria que Len estivesse aqui!” disse, e então bufou pesarosa “Se Len estivesse aqui eu saberia o que fazer!” completou ela, encarando seus próprios pés, que não sabiam por onde caminhar. “Len? Ora! Quem seria esse cavalheiro do qual tanto falas?” perguntou o estranho fabricante de bonecas, sorrindo enquanto fingia limpar o seu relógio, que não parava o irritante som de “Tic-tac”.

“Len, é o meu irmão gêmeo sabe? Deveria estar comigo aqui. Assim ele me diria por onde andar!” ainda encarava o seus pés, mas tinha um ar distante, estava começando à pensar que a sua família deveria estar realmente preocupada com ela á essa hora.Na verdade, não tinha noção do tempo naquele momento, mas preferiu não admitir isso pra si mesma. Para não se deixar assustar.

“Não posso lhe trazer irmão algum... ao menos,não agora! ” sorriu enquanto parecia procurar alguma coisa em seu colete. A garota suspirou com tristeza. “Mas proponho o seguinte...Eu lhe dou mais esse boneco, e então eu lhe trarei seu irmão pra brincar conosco em breve...Isso é uma promessa!” decretou, retirando um pequeno boneco de pano do bolso de seu colete e entregando à menina.

Rin o segurou, mas assim que olhou para o rosto do boneco, quase teve o ímpeto de o jogá-lo no chão. O boneco tinha exatamente as mesmas características que o seu irmão, mas assim como a outra boneca que lhe foi dada, seus olhos eram de um cristal sem vida. Ela pensou, um pouco aborrecida, que aquele homem se empenhara muito mais em fazer sua própria boneca. Renegou-se á abraçar os pequenos corpos de pano ao seu próprio corpo e resolveu que poderia tentar fazer de conta que aquele boneco era o seu querido gêmeo.

Ouviu uma risada debochada e virou-se para onde devia estar o homem, não vendo nada no lugar. Passou seus olhos pelo bosque, percebendo-o em cima de uma árvore, com um terno mal alinhado e marrom, assim como a gravata, deitado preguiçosamente e com um equilíbrio incrível em cima de um galho. Um chapéu lhe cobria uma parte da cabeça, mas Rin pode ver a orelha de gato do outro.

A loira deu um passo pra trás, largando as bonecas no chão, abismada e apreensiva. Um momento atrás, ele estava ao seu lado, com roupas negras e um lenço azul no lugar de gravata! Viu um sorriso irônico, típico de quem aprontaria, se formar na face do homem. Ele tirou o chapéu e se sentou no galho.

"Bem-vinda." Falou melodiosamente, sorrindo ainda mais largamente depois, assustando Rin, ainda mais do que antes.

A menina estava prestes a perguntar como ele havia feito aquilo, quando, como se pudesse ler a sua mente, o homem disse “Eu manipulo tudo, eu brinco com tudo, eu sou tudo!”

Essa afirmação apenas fez a garota tornar-se ainda mais apreensiva. Ela pegou as bonecas no chão, por alguma razão, sentiu como se valessem mais que a sua vida.Olhou para o seu Len, enquanto se perguntava o que ele lhe aconselharia a fazer.

Suspirou derrotada ao se lembrar de nunca ter passado por situação parecida com seu irmão. Não poderia saber o que ele faria num momento como esses. O homem alargou ainda mais o sorriso. Rin pensou que se ele o abrisse mais um pouco correria o risco de abrir sua própria cabeça. Ele estalou os dedos e, de súbito, eles se viram em um enorme jardim-labirinto. As paredes de folhas verdes eram altas e estavam cobertas por rosas brancas e espinhos. Olhou para o “fabricante de bonecas” ele possuía um bocado das rosas que tomavam seus braços. A menina pode ver que eram realmente muito lindas. O homem pegou uma das rosas e colocou atrás da orelha dela, com suavidade.

“Você corra por esse labirinto, quando chegar ao final, tomaremos chá!” e então sorriu, apontando com a mão em direção ao labirinto.

Nesse momento, a garota sentiu que alguma voz a chamava, gritando seu nome, gritando que ela deveria voltar. Mas era tarde demais, seus olhos já estavam enfeitiçados pela terra maravilhosa. Então ela correu entre o caminho das rosas.  Quando mal seu corpo passava por elas, se tingiam em um vermelho profundo, vermelho de sangue.

 Continua...


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Notas finais do capítulo

Lyssia - oi ^^
Eu e a Lirium-chan finalmente começamos a fazer essa fic, ela falou comigo que queria fazer algo com essa musica já deve ter um mês, haha! XDDDD
Espero que tenham gostado e se divertido lendo, assim como eu e ela nos divertimos enquanto escrevíamos! ^^~~
P.S: MANDEM REVIEWS! XD



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