Primeiro Problema Em Forks escrita por rosatais


Capítulo 8
Único e verdadeiro


Notas iniciais do capítulo

N/E - estou feliz em finalmente postar esse capítulo, pois é a primeira vez que escrevo pelo POV do Jazz, espero que gostem.
N/A - estou postando mesmo não tendo 5 comentários, porque eu adorei os comentários que recebemos.
Obrigado a todos, e vamos que vamos.



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Primeiro problema em Forks


Capitulo 8


Único e verdadeiro


POV Jasper

Eu olhava para os meus sapatos subindo a cada degrau me levando ao encontro da merda que eu causei.

Cada passo era como gongo que soava indicando o início de mais uma luta entre os meus sentimentos, eram um misto, de raiva e pena do meu irmão, proteção e impotência para com Alice, desapontamento e vergonha do meu pai, autocontrole, frustração e medo.

"Sim, medo, eu posso ser o filho durão, mas lógico que eu tenho medo da correção do meu pai, mas eu não fico dando uma de bebê chorão como meu irmão mais novo, nem de escandaloso como o meu irmão mais velho, mas a mão dele e aquele cinto doem como o inferno, Além do mais meu pai bate até agente chorar, o que não é nenhum problema para minha Alice nem para os molengas dos meus irmãos, mas Rose e eu apanhamos até não agüentar mais, uma hora vou acabar tentando aquele beicinho do Edward ou os gritos de clemência do Emmett só pra ver no que é que dá."

Eu ri do meu próprio pensamento, sem chance de isso acontecer, de jeito nenhum eu iria choramingar como um bebezinho de chupeta e fraldas ou correr gritando como um moleque, eu poderia até ser um eterno adolescente e apanhar na bunda, mas não uma criança de cinco anos de idade como eles...

Eu já tinha chegado ao topo da escada quando eu ouvi...

PAFT!*AiAiAi papai

O primeiro tapa no traseiro de Alice, me tirou do meu devaneio, como eu queria poder salvá-la, entrar lá, tirá-la do colo dele e tomá-la em meus braços, mas ela era sua filha também e ele tinha todo direito de corrigir a nós cinco, uma vez que nós o desobedecemos.

Ela já implorava para ele parar no terceiro tapa, isso não ia durar muito, ele a mima tanto que ele não iria passar de dez, eu só precisava ser forte.

Estava dobrando o corredor e dei um passo pra trás quando vi de longe minha mãe parada na porta do nosso quarto, encolhendo os ombros e apertando os olhos a cada palmada, segurando algo que parecia um pijama nas mãos.

Assim que, felizmente acabou ela se dirigiu ao escritório e eu continuei a andar despercebidamente, diminuindo os passos ao passar pela nossa porta ouvi meu pai consolando minha pequena Alice, ele oferece tanto amor e segurança a ela que ele mal podia acreditar no que eu fizera.

"Como ela poderia precisar ser protegida de alguém assim?"

Continuei andando pra dar-lhes privacidade.

Eu já chegara à porta do escritório e resolvi que a abriria com cuidado e a cena que eu vi e ouvi, foi impagável, aquilo me daria motivos pra provocar meu irmão Emmett por pelo menos dez anos.

Minha mãe estava vestindo uma cueca nele!

Foi a coisa mais fofinha de se ver, ela disse...

"Deixa que a mamãe vista pra que você não precise se abaixar, meu Ursinho."

E o cara deixou!

Eu precisava ver o resto, fiquei calado e imóvel assistindo.

"Obrigado mamãe, você me veste a calça também?"

Ele pediu em um tom tão dramático que eu me segurei pra não desmanchar em risadas.

Ele começou a derramar algumas lágrimas fungando baixinho e ela o abraçou.

"Xiiii! Meu ursinho... venha, deite aqui no colinho da mamãe!"

"Mas e o papai?"

"Não se preocupe querido, deixe o papai comigo."

Ela sentou-se no sofá e ele deitou ao seu lado com a cabeça no colo dela.

"Porque você está chorando meu Ursinho?"

Ela estava se desmanchando de mimos por ele.

"Está doendo mamãe, ele bateu muito e com força."

Ele fez um bico parecido com o do Edward.

"Ooh...! Meu Ursinho, nós dois sabemos que não é por isso, você é o meu menino mais forte."

"O que ela quer dizer com isso? Pensei que eu fosse o seu menino mais forte!"

Pensei sozinho.

"Conta pra mamãe o que está aconteceu... Por que você ainda esta chorando?"

Ela insistiu.

"Ele bateu até na Lice mamãe, ele vai bater em todos, e a culpa e toda minha!"

Ele lamentou e eu pude sentir a sua sinceridade.

Ele começou a soluçar chorando novamente.

"E ele não me perdoou mamãe, ele me bateu com raiva, e depois ele nem me abraçou e me mandou pro canto de castigo, ele ainda está chateado comigo e meus irmãos vão ficar também, até a Rose, eu só tenho você mamãe."

Ele ergueu o corpo para abraçá-la sentando sobre o traseiro dolorido que há alguns minutos atrás era motivo pra ser vestido pela mãe, seu coração estava doendo muito mais, de repente a fragilidade infantil do meu irmão já não parecia mais tão divertida pra mim.

Eu raspei a garganta, já não havia mais sentido em passar despercebido uma vez que a graça toda acabara.

Eu fui até ele e me ajoelhei à beira do sofá com uma mão no joelho da minha mãe.

"Ooh...Em! Não estamos chateados com você, ainda mais depois da surra que você levou, e o papai só está nervoso, ele ainda vai vir aqui falar com você, tenho certeza que ele te ama como sempre, eu mesmo pude sentir lá em baixo o quanto ele estava sofrendo pela surra que ele te deu."

Ele soltou o pescoço dela pra olhar pra mim, se ele pudesse corar ele estaria vermelho beterraba.

"Você acha Jazz?"

"E claro que sim! Ele não vai te deixar aqui pra sempre, ele deve estar esperando pra falar com você por ultimo pelo que você fez. Você ficou louco CARA! Segurar justamente o cinto da disciplina?"

"É, eu sei..."

Ele disse formando um pequeno sorriso no canto da boca.

"Além do mais, quem poderia ficar com raiva do Ursinhiiinho."

Eu disse provocando, ele me deu um soco no braço ficando em posição de ataque me forçando a fazer o mesmo.

"Meninos!"

Minha mãe falou em tom de aviso tentando esconder a satisfação em ver que o verdadeiro Emmett estava de volta.

"Já chega"

Ela disse com doçura.

"Vão pro seus cantos antes que seu pai apareça."

"Eu vou conversar com seu pai sobre você meu Anjinho."

Ela me informou beijando a minha testa.

"Éeee Anjinho... a mamãe vai falar com o papai pra não bater no seu bumbum."

"Paft!* aaaauu! Mãe, minha bunda tá doendo!"

Uma palmada da minha mãe parou a provocação dele.

"É! Mas pelo menos, vou poder vestir minha cueca sozinho depois."

Paft!*

"Vaaai pro seu canto!"

Dessa vez foi na minha bunda que ela bateu.

"Vocês vão acabar conseguindo impossível tarefa de causar um ataque cardíaco em uma vampira, escutem o que eu estou falando!"

Ela disse abrindo a porta pra sair, mas deu de cara com o meu pai.

"Ataque cardíaco? O que está havendo aqui?"

"Nada não."

Ela disse nos protegendo, ele estivera falando com Alice ou fazendo outra coisa e não prestara atenção em nada, pois eu podia sentir do canto em que eu estava a sua curiosidade.

"Nós precisamos conversar, amor."

Ela disse pegando a sua mão como se fosse guiá-lo para fora do escritório, mas ele a parou.

"Depois que eu tiver uma conversa com Jasper."

Ele disse e tremi por dentro ao sentir a sua determinação, eu estava realmente ferrado.

"Confie em mim Esme eu não vou machucar seu Anjinho, quantas vezes eu tenho que dizer, que eu não vou prejudicar meus filhos? Já estou ficando cansado disso!"

Ela arregalou os olhos com o tom de voz que ele usou, ele não costumava falar assim com ela, alguém deve tê-lo deixado nervoso.

"Que sorte a minha."

Pensei com sarcasmo.

"Emmett, vá com sua mãe."

Ele disse num tom frio.

"Pro quarto de hospedes."

Ele completou.

A porta fechou com click ecoando pelo escritório, ele puxou uma cadeira e falou finalmente

"Sente-se aqui Major."

Eu relaxei por um instante ao ouvi-lo me chamar pelo apelido carinhoso que ele me dera, ele podia até chamar as meninas de Princesa e Boneca, mas Emmett, Edward e eu éramos, Campeão, Doutor e Major, principalmente nos nossos momentos só de garotos.

Eu me virei e caminhei em direção a cadeira olhando pra baixo, eu não conseguia encarar seus olhos, e me sentei olhando para minhas mãos nervosas, que não paravam de se mexer entre os meus joelhos, e pra piorar ele permaneceu em pé.

"Olhe pra mim filho."

Eu olhei com tanto constrangimento que eu podia explodir, e ainda por cima ele me perguntou.

"Posso fazer-lhe algumas perguntas?"

"Oh! isso é tão doloroso, ele pedindo permissão como se eu tivesse lhe tirado o direito de falar comigo como quisesse, como se eu não fosse um de seus filhos."

"Sim senhor."

Eu disse na tentativa de dar-lhe o respeito merecido por todos esses anos de dedicação e paternidade.

"O que você acha que Alice significa pra mim?"

"Uma filha, senhor."

Eu disse olhando para os botões da minha gola pólo.

"Olhe pra mim quando estiver falando comigo."

Ele ordenou como um cubo de gelo.

"Sim senhor."

"Você teme que eu venha prejudicar minha própria filha, a quem eu amo tanto?"

Ooh meu Deus! Eu não iria durar por muito tempo, eu podia sentir toda a dor que ele sentia, meus olhos estavam começando a formar lágrimas de remorso quando eu respondi com uma voz engasgada e vacilante.

"Não senhor."

"E você sabe o que você significa pra mim?"

"Porque ele não puxa logo um cito, e arranca logo a minha pele? Eu prefiro muito mais uma surra tripla do que a dor dessa palavras."

"Um filho senhor."

"Então você pode, por favor, parar de me chamar de senhor?"

"Sim papai."

"Jasper meu filho, você precisa entender o papel de um pai, não é só dar mesada, comprar roupas levar pra caçar ou jogar baseball, é também matricular nos colégios chatos, assinar boletins, dar sermões de duas horas, fazer regras e cuidar pra que sejam obedecidas e punir quando não forem, é procurar saber onde anda, com quem anda e o que anda fazendo, eu sei que é chato, mas isso que faz com que vocês confiem em mim, se sintam seguros no mundo que eu criei pra vocês e se sintam amados."

Eu não podia mais agüentar, e em um instante eu estava chorando com os braços envoltos nele chorando.

"Perdoe-me Carlisle, me perdoa papai!"

Ele devolveu o abraço perguntando o porquê com curiosidade, eu nunca chorava antes de uma surra e nem pedia perdão pra tentar fugir, ele sabia não ser esse o motivo.

"Que é isso filho? Explica pro papai!"

"Você é o único pai que eu tive, meu genitor só se preocupava em me treinar como um soldado, nunca me amou, só me exibiu, meu criador, além de ser uma mulher só me usou como soldado assassino, você não é só o melhor pai de todos é também o único."

"Eu te amo tanto meu filho, tanto quanto aos seus irmãos que foram criados por mim, e eu sei que o seu dom te permite ver que isso é verdade não é mesmo?"

"Eu também te amo papai"

Eu disse saindo do seu abraço e limpando o meu rosto com a camiseta.

"Você tem consciência da gravidade do que você fez?"

Ele perguntou me trazendo de volta a realidade.

"Sim papai, e entendo que eu mereço ser punido."

Ele sentou-se no sofá deu um tapinha no colo e apontou pra as minhas calças

"Tire."

Eu revirei os olhos em desgosto.

"Merda!"

Foi meu único pensamento

"Eu preciso mesmo?"

Essa era de longe a coisa mais embaraçosa de todas.

"Eu sinto muito você sabe as regras, calças e cuecas, por favor."

Eu o fiz e em seguida deitei bruços no seu colo, e antes de começar ele me fez repetir meus delitos em voz alta.

"Por que você está recebendo essa palmada meu filho?"

"Por apostar com meus irmãos, por encobrir a corrida de Edward e Rose e por rosnar pra você."

"Não filho, você está recebendo essa palmada somente por apostar com seus irmãos e por encobrir a corrida de Edward e Rose."

Eu sabia o que isso significava.

Sem mais demoras a palmada começou num ritmo lento que aumentava o ardor.

PAFT! *** PAFT! *** PAFT! *** PAFT! *** PAFT! ***

PAFT! *** PAFT! *** PAFT! *** PAFT! *** PAFT! ***

PAFT! *** PAFT! *** PAFT! *** PAFT! *** PAFT! ***

Eu já estava quase me entregando as lágrimas e começando gemer quando ele pegou um ritmo mais rápido.

PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * hurr…

PAFT! * PAFT! * PAFT! *Oow! PAFT! * PAFT! *

PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! *AAAuuu

Minha bunda estava em chamas, mas agora que eu iria aprender uma bela lição.

"Na mesa filho."

"Cara!... isso vai doer como o inferno."

Eu pensei esfregando a minha bunda no caminho.

Curvei-me e ele perguntou.

"Por que você esta recebendo essa surra Jasper?

"Por rosnar para o senhor, papai."

Dei um gemido quando cinto bateu na minha bunda dolorida.

SHLAP!*** hurrrr

As próximas cintadas vieram acompanhadas de uma palestra

SHLAP!* NUNCA

SHLAP!* NUNCA

SHLAP!*MAIS

SHLAP!*PENSE

SHLAP!*EM FAZER

SHLAP!*ISSO

SHLAP!*NUNCA

SHLAP!*MAIS

SHLAP!*ROSNE

SHLAP!*PRA MIM

SHLAP!*NUNCA

SHLAP!*MAIS

SHLAP!*ROSNE

SHLAP!*PRO SEU PAI

SHLAP!*ENTENDEU?

SHLAP!*Siiiiiimm!

SHLAP!*sim PAAAAI

SHLAP!*EU ENTENDiiii!

SHLAP!*pare, por favor, papai!

SHLAP!*perdão papai, eu não faço mais!

SHLAP!*AAAAAAiii iaiaiai...

Eu finalmente rompi em lágrimas e ele parou.

Ele pegou as minhas calças pra mim, eu senti inveja do Em nessa hora, meu pai parece que adivinhou e se abaixou vestindo-me como um garotinho depois de um banho, eu gemi quando a cueca e o jeans encostaram-se à minha bunda, então meu pai chamou minha mãe baixando novamente a minha calça.

"Eeesme, traga-me um moletom para o Jazz, por favor!"

Droga! Minha mãe me veria só de cueca.

Ela estava lá em três segundos, entregou a ele e recebeu um olhar da parte dele que pedia privacidade, então saiu.

Ele me vestiu e me deu um abraço parando os meus soluços.

"Você está perdoado meu filho, eu te amo, mas não vamos repetir isso de novo em Major!"

Ele disse bagunçando meu cabelo e beijando minha testa.

"Você e Emmett estão de castigo no quarto de hospedes até segunda ordem."

"Agora vamos, por que eu tenho uma feira de carros pra organizar."

Do escritório mesmo eu ouvi meus irmãos, Rose e Edward começando a brigar chorando e culpando um ao outro...

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/E - Aqui está o tão esperado capitulo 8, Jasper não é nada fácil de escrever, espero que eu tenha feito direito, dixe-me saber, REVIEW.
N/A - comentem por favor estou cheia de leitores fantasma que eu nunca vi.
Atenciosamente Rosatais.



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