The Legend Of Cleopatra escrita por Lady Holmes


Capítulo 11
Cleópatra e Julio César/Emily e Dean


Notas iniciais do capítulo

Nomo do cap é tosco, eu sei.



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Ele havia me beijado. Quer dizer, depois do que eu passei, com aquele nojento do Lenny, eu deveria ter afastado Dean de mim. Mas não o fiz, pois meu corpo pedia aquilo como bêbado pede a vodka. Eu me entreguei ao momento, deixei que acontecesse o que for que deveria acontecer. Eu não tinha muito tempo de vida, estava começando a levar na boa tudo isso, de estar à beira da morte. E se é para morrer que seja depois de passar uma noite com Dean. Eu não poderia ir embora desse mundo sem isso, sem sentir o calor dele, sem sentir que alguém me desejava.

- Dean... – Eu disse baixinho quando nos afastamos para pegar o ar. Ele sorriu, me puxando para o seu colo. 

- Emily... – Ele disse, descendo para meu pescoço, eu gemi baixinho. Ele me pegou no colo e me conduziu a cama do quarto de hospedes. Estavamos deitados, ele me beijava de uma maneira apaixonante, mas com um pouco de luxúria. Eu sentia o prazer crescer mais e mais dentro de mim, e podia sentir que ele também estava assim. Eu tirei a camisa que ele usava e que eu havia encharcado de lágrimas. Ele sorriu safado e tirou a do meu pijama, me deixando, novamente, com aquele maldito sutiã de renda vermelha. Mas quando eu estava prestes a tirar meu shorts e a calça dele ele parou e me olhou.

- Não posso fazer isso com você Emily, não depois do que Lenny tentou. – Eu o olhei atônica, eu não me importava com Lenny, me o que me importava era Dean, nada mais, nada menos. Mas ele parecia sério. Saiu de cima de mim e foi para cozinha. Eu recoloquei a camisa do pijama e segui para cozinha.

- O que foi que aconteceu lá?

- Depois do que aconteceu no hotel, eu não posso, não posso fazer isso contigo. – Eu o encarei, ele estava preocupado comigo. A garota que eu jurava que ele detestava. Ele está preocupado comigo!

- E seu eu dissesse que não me importo? – Disse me aproximando dele.

- Mas eu me importo. E – ele disse me abraçando, - isso esta ficando normal. Eu me importar com você muito mais que você mesma. – Eu sorri. Pouco me importava que ele não gostasse de mim daquela maneira, e acho que isso está mudando, ele estava ali, e isso importava.

  Jantamos torradas e um suco, eu fui para o quarto de hospedes em quanto Dean ficava no sofá da sala, deitei na cama relembrando o dia. Pulei o fato que ocorreu no hotel a poucas horas e pensei no que havia ocorrido nesse quarto. Sorri ao pegar no sono.

  Eu corria pelos corredores do maldito hotel. Eu gritava, mas ninguém vinha me ajudar. Eu estava com medo, usava aquela lingerie e sentia Lenny atrás de mim. Então uma parede apareceu e eu estava encurralada, sem armas ou poderes, apenas com medo. Me escondi no canto da parede, abraçando minhas pernas, Lenny me puxou pelos cabelos, retirando minha máscara e sorrindo.

- Imperatriz, como é bom vê-la. – Ele arrebentou meu sutiã com apenas um toque, eu gritei mais e mais, chorava desesperada. Onde estava Dean e Bakt? Onde estava meu imperador?

- Emily, por favor acorda! – Dean me sacudia. Eu estava novamente no quarto.O olhar de preocupação de Dean me acordou e percebi que tudo havia sido um sonho. Eu o abracei e comecei a chorar como um bebê.

- Hey, calma Emily, respira fundo e me conta o que aconteceu.

- Não importa, eu estou bem agora. – Disse abraçando-o mais forte. 

- Vou voltar para a sala então. – Ele disse levantando.

- Não! – Ele me encarou, - Eu preciso de você aqui, por favor. – Ele me olhou e sorriu.

- Sem joguinhos?

- Sem joguinhos. – Disse convicta. – Eu, - eu não acredito que ia dizer isso mas... – Eu só estou com medo.

- Emily Gray admitindo que está com medo? Santo Deus vai chover.

- Não ria, já é ruim o bastante eu ter que admitir. – Ele deitou ao meu lado, me abraçando.

- Fica calma, eu não vou deixar nada de machucar, nunca. – Eu sorri.

- Eu sei, confio em você Dean. – E dormi novamente.

  Voltei ao antigo Egito. Eu estava em uma cama, parecia ser um quarto humilde, mas organizado. Senti alguém se mexer ao meu lado e congelei. Será que eu havia dormido com um estranho?

- Emily? – A voz de Dean soou atrás de mim, meu coração disparou.

- Dean, é você?

- É, até onde eu sei. – Eu ri. Me virei para encontrá-lo sem camisa. Então eu percebi que eu também não estava com alguma coisa, alem do meu cabelo, cobrindo meus seios.

- Opa. – Disse puxando o lençol. Ele riu, mas pareceu corar a luz das velas. Ele olhou ao redor do quarto e encontrou um top preto e me alcançou.

- Obrigada. – Ele se virou e eu coloquei, encontrei também a saia que faltava, a coloquei e levantei da cama.

- O que será que aconteceu aqui? – Dean pediu se levantando e revelando um pequeno short que deveria ser a cueca da época.

- O que era para ter acontecido no quarto de hospedes de Bakt. – Eu disse, mas não tinha certeza.

- É bem, o que isso significa para nós, no mundo real?

- E eu é que sei? – Eu disse rindo e pegando um pente sobre uma penteadeira e arrumando meu cabelo desgrenhado.

- Você está linda sabia? – Eu me virei para encará-lo.

- Você não está nada mal também. – Ele riu e me abraçou por trás, ergui a cabeça e encontrei os olhos claros e penetrantes como as águas do Nilo me encarando. Eles tinham algo a dizer, algo que meu coração e minha mente, mancomunados, já haviam descoberto, mas não queriam me contar. 

- O que está acontecendo entre nós Dean? – Ele me encarou, quieto. Eu precisava saber, antes que eu enganasse meu coração à toa. Ele se calou por mais alguns segundos até me puxar pelo braço, fazendo eu me levantar e ficarmos cara a cara. 

- Acho que o que deveria ter acontecido depois do natal. – Ele disse, se aproximando. Eu recuei, não poderia me enganar novamente, era loucura.

- Não brinque com meu coração novamente Dean.

- Não estou brincando, nunca estive. Achei que se afastar de você era o melhor, meus pais estavam querendo se mudar e não queria que você sofresse, eu a amava tanto que precisava deixar-te livre para poder ser feliz. – AIMEUSANTORÁ! ELE DISSE QUE ME AMAVA, MEU SANTO RÁ, ÍSIS E TODOS OS DEUSES. Ele se reaproximou e dessa vez não o afastei.

- Você nunca deveria ter se afastado Dean, eu poderia ter sido feliz um pouco antes de morrer.

- Você não vai morrer, - ele disse sério, - vamos fazer o ritual e “bater um papo” com Anúbis.

- Você promete? – Eu disse, desejando seus lábios sobre os meus.

- Prometo minha imperatriz. – E ele me beijou. Voltamos para a cama, mas depois de alguns beijos, e algumas recuperadas de fôlego, acabamos dormindo.

- Emily? – Acordei e percebi que havíamos dormido abraçados.

- Bom dia Dean. – Ele riu quando eu me virei.

- Prefiro você com roupas egípcias, sabia? – Eu ri e ele me beijou.

- E então é isso? – Pedi em quanto ele levantava da cama.

- Isso o que?

- Estamos juntos ou o que? – Ele riu vindo me abraçar.

- Estamos juntos. – Eu sorri e me levantei.

- Vamos visitar Bakt? – Pedi para ele em quanto estávamos na cozinha tomando um café. Eu sorria como uma boba, mas não era pra menos, eu estava tão feliz.

- Podemos ir, - ele disse, igualmente feliz, - eu vou a qualquer lugar vendo esse sorriso bobo na sua cara linda. – Eu cai na risada, sem conseguir parar. Dean chegou mais perto de mim, fazendo minha risada parar. Nossos olhares se encontraram, como se nada estivesse acontecendo. Como se não houvesse um bando de malucos querendo me matar, como se fossem só nós dois.

- Finalmente encontramos vocês! – Era a voz de Molly.

- Mãe?! – Dean se virou encarando seus pais. O pai de Bakt estava ali também, e percebeu a falta do filho muito rápido.

- Onde está Bakt? – Troquei um olhar rápido com Dean, e vi um olhar de pânico no pai de Bakt.

- No hospital, Lenny acertou um tiro no ombro dele ontem a noite. – O olhar dele se acalmou.

- O que vocês pensaram quando fugiram daquela maneira? Seu tio... 

- Nem tente, - interrompi Molly, - ele não é meu tio, como James e Mary não são meus pais verdadeiros, eu sei muito bem disso. – Richard e Molly trocaram o mesmo tipo de olhar que eu havia trocado a minutos com o filho deles.

- Bom, mas e então o que vocês queriam vindo aqui?

- O livro dos mortos. – Dean respondeu, fugindo dos braços da mãe e vindo ao meu lado.

- Vocês são loucos, para conseguir o livro teriam que enfrentar Lenny e seus homens, não teria como vocês... – Eu corri para o quarto e voltei com o livro.

- Acredite, se eu soubesse o que ia acontecer eu teria desistido desse maldito livro. – Entreguei ao pai de Bakt, que sorriu.

- Você parece uma boa guerreira Emily.

- Obrigada. – Disse sorrindo. Peguei as chaves das motos, joguei uma para Dean e disse:

- Nós não íamos visitar Bakt? – E então seguimos para o hospital. 


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Notas finais do capítulo

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