The Legend Of Cleopatra escrita por Lady Holmes


Capítulo 12
O outro lado da história.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura bbs :)



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Chegamos ao hospital e encontramos rapidamente o quarto de Bakt. Quando eu e Dean entramos de mãos dadas ele sorriu.

- Finalmente tomou coragem Dean? – Eu sorri.

- Pera aí, eu era a única que não sabia? – Tentei fazer uma cara de brava, que arrecadou uma gargalhada de Dean.

- Você fica linda brava sabia?

- Não muda de assunto Brown. – Ele me deu um selinho e então eu me calei. Os pais dele, e o pai de Bakt apareceram logo depois.

- Pai!

- Bakt seu irresponsável, como você pode voltar sem me avisar?

- Eu precisei, não poderia deixar os dois virem sozinhos, iam acabar sendo mortos, ou se matando, o que viesse primeiro. – Ankhu sorriu abraçando o filho. Dean estava com os pais e eu senti um aperto no coração. James podia não ser meu pai biológico, mas era meu pai de qualquer maneira, era quem eu amava de uma maneira paternal. Decidi que era melhor eu sair do quarto. Vi um telefone publico e pensei em Victória. Olhei o relógio e vi que eram quase dez horas, ou seja, em Londres eram quase oito. Decidi ligar para ela.

- Alô?

- Vic?

- Aimeudeus, Emily? – Eu ri, isso era bem Victória mesmo.

- É, bem, sou eu.

- Você sumiu. Você e o Dean...

- É bem, estamos no Cairo. 

- Egito?

- Não, Cairo, Plutão. – Ela riu.

- Juntos?

- Mais do que você pensa. – Ela soltou um gritinho e eu ri.

- Olha, eu sei que eu deveria ter avisado e tudo mais...- O telefone foi tirado da minha mão, Lenny o pegou e disse:

- Emily vai ter que desligar, para sempre. – Eu tive tempo de pedir socorro, mas Vic não poderia fazer nada. – E agora imperatriz, vamos fazer um passeio. – Ele colocou um pano sobre minha boca e eu desmaiei.

 Acordei em um lugar úmido e nojento. A luz passava por janelas com grades no topo das paredes. Eu vi, na sombra, alguém se mexer.

- Quem está ai?

- Emily? – Então a pessoa veio para luz e lágrimas surgiram em meus olhos.

- Pai! – Eu corri e o abracei. Eu havia desejado o ver, mas poderia ser em circunstâncias melhores.

- Emily, você devia ter se cuidado, não deveria ser pega. – Ele me abraçava. Alguns segundos depois, mais outro homem apareceu, Pashedu o trazia.

- Achei que uma reunião em família faria sua estadia imperatriz ser mais agradável. – E então Phill apareceu.

- Phill, - eu o abracei também, Pashedu sorriu e eu percebi, que o homem frio aqui, não eram Pashedu, Merer ou Katep e sim Lenny. Os três só queriam o fim da vida eterna, Lenny não estava envolvido, mas os ajudava e tinha muita vontade em me matar.

- Hey pequena, você está bem? Achei que tinha lhe treinado bem.

- Acredite, eu gostaria de ter sido pega em uma batalha, não no meio de um telefonema no hospital.

- Porque estavam no hospital? – Meu pai me pediu, procurando ferimentos.

- Eu estou bem, foi Bakt que levou o tiro. E foi só no ombro.

- Como Molly, Richard e Ankhu deixaram você ser pega? – James parecia furioso.

- Tecnicamente a culpa é minha. – Eu disse, com um sorriso no rosto. – Eu ia vir sozinha, Damen e Bakt vieram comigo, Molly Richard e Ankhu nos encontraram está manhã.

- É, eu ia avisá-los, mas não tive chances. Depois que vocês fugiram eu me entreguei, com o pretexto de servir de isca.

- Tio Phill, você é um máximo.

- Falando em tio, Emily, eu preciso lhe contar uma coisa...

- Que eu sou filha adotiva? – James arregalou os olhos. – É, eu descobri, não se preocupem não estou furiosa. Não tanto. – Ele riu. 

- O que mais você descobriu nesses dias?

- Hum, vejamos... Sou a reencarnação da imperatriz Cleópatra, tenho alguns poderes, Dean é a reencarnação de Julio Cesar, o que explica muita coisa, e que a única forma conhecida de me salvar e salvar o mundo é usando o livro dos mortos e falando com Anúbis.

- Mas o livro está com Pashedu, eu mesmo o vi... – Meu pai começou a falar, eu me sentei entre ele e Phill e sorri.

- Não mais, nós três o roubamos ontem a noite.

- Essa é a Emily que eu conheço. E falando no garanhão do Dean, - meu tio começou a falar, eu senti meu rosto corar, - que fim deus vocês dois?

- Espera ai, o garoto que te magoou e que lhe fez chorar foi o Dean? – Eu confirmei, - Por isso que quando eu o levei para casa você ficou branca como papiro.

- É, mas foi tudo um mal entendido, está tudo bem agora, acredite. – Eu disse sorrindo.

- Então vocês dois se resolveram? – Eu ri.

- Pode se chamar disso tio Phill, na realidade, chame como quiser.

- Se ele te magoar novamente eu..

- Pai, ele se afastou de mim porque achou que era o certo. Ele não queria me magoar desde o início, como eu disse, foi um mal entendido. – A porta se reabriu e Pashedu apareceu.

- Emily, é bom encontrá-la fora de seus sonhos.

- Olá Pashedu. – Eu fui simpática, mas não de uma forma irônica, na verdade, eu queria ser simpática.

- Poderia ter o prazer de uma conversa?

- Sem facas, venenos, armas ou qualquer coisa mortal?

- Sem.

- Vai ser um prazer.

- Emily, você não vai!

- Pai, acredite, eu tenho mais a temer Lenny do que Pashedu, na realidade, ele que me ajudou a descobrir meus poderes. Talvez possamos achar uma resolução que ajude eles, e nos ajude. – Sai pela porta, mesmo escutando James e Phill me chamarem.

- Você é corajosa, enfrenta aqueles que deveria temer. Como fez ontem a noite no hotel.

- Lenny contou a vocês?

- Roubar é feio.

- Dizem que é uma maneira de terminar tudo isso.

- Acredite, Anúbis não pode ser enganado, eu sei disso, tenho milênios nas costas.

- Não quero enganá-lo Pashedu, compreenda. Só quero que tudo isso acabe. Quero que vocês possam descansar e quero continuar viva.  

- Se achar tal solução a ajudarei. Temo que todos esses milênios não consumiram o amor que sinto pela imperatriz.

- Você sabe, que fora a alma, não sou como ela?

- Você é, de longe, a mais parecida. Com um toque moderno, eu diria.

- Porque aceitaram ajuda de Lenny? Afinal, se vocês não querem minha morte, e ele insiste em me matar?

- Vocês está no plural. Não deveria generalizar, Emily. – Ele disse, abrindo uma porta e me convidando a entrar em uma sala.

- Então quem me quer morta alem de Lenny?

- Merer nunca foi um grande fã de Cleópatra, e quando eu dei a alma dele pela a sua, ele gostou ainda menos. Katep é indiferente, grande homem, mas facilmente manipulável. Eu sou o único que continuo sendo fiel a você.

- A Cleópatra, você quis dizer.

- Emily, acredite quando eu digo que você é quase irmã gêmea dela. Parecidas na personalidade tanto quanto fisicamente, por isso Merer a odeia mais do que Julie, que veio antes de você, ou Anne Marie, que veio antes ainda. Todas tinham a alma dela dentro delas, mas nenhuma parecia com ela. Uma loira de olhos azuis, uma ruiva de olhos verdes. Mas então, quando você nasceu, aqui mesmo, a primeira que nasceu no Egito, você era a imperatriz perfeita. Cabelos negros, olhos claros. Nós podemos observar você crescer e então, cada vez mais, você se parecia com a mulher por quem me apaixonei. – Corei quando ele disse isso, não foi intencional, e eu não achava que ele iria tentar algo, mas mesmo assim, me fazia corar. – Então você conheceu o detestável Julio Cesar e te vi fadada ao mesmo destino que tantas outras, a vida tirada pela própria mão. E quando sua amiga lhe disse aquelas coisas, quando eu achei que você ia cair de vez, que teríamos que esperar outra nascer você foi lá e gritou com ele! – Ele disse rindo. – Nem Cleópatra fez isso, ela aceitava tudo que vinha de Julio Cesar, fosse bom ou ruim. Mas você não se calou, e nisso eu soube que você seria um desafio muito maior que todas as outras, muito maior que a alma original. – Ele me ofereceu uma bebida, fiquei com o copo na mão, mas não o bebi. Parecia bobagem, mas algo me dizia que Pashedu era, como Katep, manipulável com facilidade. 


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