Seduzindo O Sr. Perfeito escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 9
Começo da Noite




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César era um homem alto, em forma, loiro e dono de um bar de olhos azuis límpidos. Molly costumava afirmar que se ela não encontrasse alguém ate ter quarenta anos, iria transformá-lo em homem ou então virar um homem apenas por ele. Ambos sorriam diante do que ela falava. Molly estava sentada de frente para ele em sua casa, já havia explicado os detalhes e apenas esperava que ele falasse algo, mas ele estava no mais absoluto silencio.

-Não vai dizer nada? – perguntou o encarando.

-Ainda estou tentando processar toda a informação – falou sorrindo – ainda não acredito que quer seduzir o seu chefe apenas porque ele não acredita em amor. Isso é loucura. – e patético, acrescentou em pensamento.

-Bem não é loucura, mas vai me ajudar ou não?

-Claro que vou, querida – falou sorrindo – deixe-me  pensar em uma coisa – começou a olhar para o corpo dela e logo veio a sua mente o vestido perfeito para ela. – Já sei – falou levantou-se. Pegou uma chave e saiu de casa, puxando-a pela mão.

-Para onde estamos indo?
-Para a loja de um amigo – falou misterioso entrando no carro.

César não havia falado, mas o seu misterioso amigo era um dos mais famosos estilistas de Los Angeles. Eles tinham um romance há alguns meses o que dava ao amigo de Molly total liberdade para entrar, sair e fazer o que quisesse dentro de sua loja. César sorriu ao ver o olhar deslumbrado de Molly ao entrar na loja, fechou a porta da boutique após entrar com ela e ligou as luzes. Tudo sempre ficar melhor com luzes, César pensou ao ir procurar um vestido, especifico, entre o conjunto de roupas. Segurou, animado, um dos cabides. O vestido que ele havia imaginado estava ali ainda e o melhor, ainda não havia sido vendido ou reservado. Retornou ate onde Molly estava e ergueu o vestido a sua frente.

-Lhe apresento a sua roupa de amanhã – disse exuberante.

-Uau – exclamou ao vê-lo – é lindo... Mas não é muito caro para mim não?

-Bobagem, será emprestado. Basta não sujá-lo ou rasgá-lo e tudo ficará bem.

-Certeza?

-O dono é meu namorado. Relaxe.

-Então tudo bem. – falou aproximando-se dele, pegando o vestido.

-Vá se trocar. – sentou-se em frente ao provador e a esperou sair. Ficou sem palavras quando a viu – você vai seduzi-lo completamente amanhã, minha querida – disse feliz.

Molly saiu do trabalho um pouco mais cedo. Ela havia deixado tudo pronto, e estava mais nervosa do que havia imaginado. Por algum motivo sentia-se como na sua primeira vez. Que bobagem, pensou ao sorrir, como posso comparar um jantar com isso? É tão ridículo. Estacionou o seu carro em sua vaga, no estacionamento, e correu para casa. César já devia estar a esperando. Ele prometeu que iria deixá-la maravilhosa para aquela noite. Molly entrou em casa feliz, assim que entrou avistou César sentado em seu sofá comendo salgadinho.

-Que bom que veio – disse animada indo abraçá-lo.

-Nem chegue perto de mim – falou escandaloso – vá logo tomar banho. Tenho que transformar a gata borralheira em Cinderela. Adiante – sorriu.

Molly fez uma careta para ele enquanto corria para o banheiro, tomou um longo banho, lavou os cabelos e saiu de lá se sentindo ótima. Entrou no quarto e ao procurar por uma lingerie, lembrou-se do ocorrido e não conseguiu evitar suspiro.

-Porque o suspiro? – César perguntou entrando no quarto dela, sentando-se na cama.

-Nada demais, apenas imaginando que calcinha usar – mentiu.

-Ouça o meu conselho e vá com a mais sensual.

-Porque?

-Apenas me escute. – sorriu – de preferência uma bem pequena. Uma que ele possa tirar com o dente – disse movimentando a boca fazendo barulhos com os seus dentes.

-Como você é devasso e sujo – riu jogando a primeira coisa em sua mão, um sutiã.

-Hum precisamos melhorar até sua lingerie? Como pensa em seduzir alguém com coisas tão simples? – jogou o sutiã dela na cama.

-Não pretendo levá-lo para a cama, apenas... Fazer com que ele se apaixone por mim.

-Tá, mas como não vai para a cama com ele?

-Não indo – disse tranqüila.

-Ok, vista-se logo para eu poder fazer o seu cabelo – ela é mais louca do que eu pensava, pensou ao encará-la, como ela pode pensar em seduzir um homem sem levá-lo para a cama? É a mesma coisa que comer pão sem manteiga. É impossível.

Molly tentou não dar ouvidos a César, mas foi impossível. Acabou pegando a sua menor calcinha e a mais sensual. Torceu o nariz ao vesti-lá e prometeu a si mesma não fazer nada aquela noite com Daniel Heiden. Vou apenas seduzi-lo e não levá-lo para a cama, pensou decidida ao vestir a sua lingerie. Vestiu o roupão e olhou para seu amigo, afirmando estar pronta. César levantou-se da cama dela, lentamente, a colocou sentada em uma cadeira, foi para a sala pegar a sua maleta e em poucos minutos começou a arrumar o seu cabelo e a maquiá-la. Quarenta minutos depois Molly olhou-se no espelho sem acreditar no que via. Ela estava linda. O seu cabelo estava preso, com perfeição, em um coque enquanto a sua maquiagem era delicada e sensual ao mesmo tempo, tendo o batom vermelho dado um tempo especial.

-Hora do vestido – ela murmurou ao levantar-se da cadeira e pegar o vestido do armário. Ela o segurou com cuidado, abriu o zíper na parte de trás e o vestiu. César fechou o zíper para ela e sorriu aprovando.

-Está maravilhosa – César falou sorrindo – só falta os sapatinhos de cristais – dizendo isso ele saiu do quarto voltando logo depois com uma sacola e um lindo par de sapatos dentro – calce-os. Ficará perfeito.

-Não sei o que faria sem você – disse calçando-os.

-Provavelmente morreria de tédio e dentre outras coisas.

-Com certeza – sorriu e foi ver a sua imagem no espelho. Ela estava linda.

-Que horas ele vai chegar? – perguntou logo atrás dela.

-Ás oito.

-É melhor eu ir. Não quero que ele interprete mal e influencie, negativamente, os seus planos – sorriu – está linda. Fique tranqüila – deu um beijo em sua testa e despediu-se.

Molly ficou inquieta pela casa. A cada cinco minutos ia se olhar no espelho para ter certeza que ainda estava arrumada. Cheirou os pulsos e acalmou-se ao sentir o seu perfume, o seu favorito Angel. Já ia se sentar quando escutou a campainha, olhou para o relógio e surpreendeu-se pela pontualidade dele. Eram oito horas em ponto. Andou, insegura e incerta ate a porta ao abri-la teve que segurar a respiração, tamanho o impacto que a visão dele causou.

-Uau – Molly murmurou ao vê-lo. Daniel estava todo de preto. Sua blusa era preta, igualmente ao seu paletó e gravata. Dando um ar misterioso e sensual a ele.

-Digo o mesmo – Daniel disse analisando-a de cima a baixo. Ela usava um vestido tomara que caia preto que ia ate os seus tornozelos, mas o tecido era diferente, pois em vez de seda por cima era revestido por renda transparente, preta. O forro era de seda, igualmente, preta. O vestido não era solto, pelo contrario, moldava-se ao seu corpo como uma segunda pele. Ela estava incrivelmente sensual. – É melhor irmos – deu o braço a ela e esperou Molly aceitá-lo, o que demorou alguns segundos. Ela parecia estar tentando assimilar o que ocorria. Saíram de braços dados e ela não se surpreendeu ao ver uma limusine parada em frente a sua porta.

-Porque não me surpreendo? Não poderia ser menos que isso – murmurou ao entrar antes dele.

Sentaram-se próximos, mas o silencio impregnava o carro juntamente com o perfume dela.

-Essa noite será longa – Daniel pensou ao sentir o delicioso aroma mais uma vez – muito longa.


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