Seduzindo O Sr. Perfeito escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 8
O convite




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Molly não conseguia mais agüentar as piadas que escutava de seus colegas de trabalho. A sua, patética, aparência havia sido o comentário do dia no escritório. Todos já haviam falado algo como: Cheia de carinhas felizes hein, quer mostrar esse sorriso para mim? Ou Não sabia que estava tão desesperada por um beijo, se quiser eu lhe beijo?. Isso tudo soa como assedio sexual, pensou, mas a culpa é minha por ter sido tão desastrada. Será que um dia vão me deixar em paz? Perguntou-se ao olhar para a pilha de documentos que teria que preencher. No fim da tarde a pessoa que ela não esperava aparecer em sua frente estava parada em sua porta, a encarando com um sorriso nos lábios.

—Em que posso ajudá-lo Sr Heiden? – Molly disse tentando não transparecer a vergonha que sentia.

—Srta Carinha feliz – sorriu – sabe que é assim que estão lhe chamando, não é?

—Aqueles imbecis, quando eu puser as minhas mãos neles – sussurrou ao imaginar os possíveis culpados pelo seu novo apelido, mas logo foi tirada de seu mundo, ilusório, de vingança quando ele a chamou – sim, precisa de algo?

—De você – falou a encarando.

—Hã? – Não imaginava que ele fosse algum tarado, mas se a carinha feliz ajudou. Isso não importa, o importante é que eu venci, pensou – Oh Sr Heiden, não podemos falar desse jeito no escritório.

—Que jeito? – o seu rosto demonstrava toda a confusão que sentia. – não sei do que está falando.

—Como não sabe?

—Por acaso está tendo pensamentos impróprios Srta Carinha feliz? Devo lembrar que sou o seu chefe e que isso seria assedio?

—Ora seu... Quem iria querer ter algo com você? Ninguém em sã consciência.

—Sério? – a olhou surpreso e sorridente – então deveria expandir essa opinião por ai, porque não agüento mais ver as mulheres correndo atrás de mim. É tão cansativo.

Prepotente arrogante. Pensou. Como queria acabar com esse seu ego enorme.

—Não acho que veio falar de sua vida pessoal.

—É obvio que não.

—Vim discutir alguns assuntos com você. Passe em minha sala daqui a pouco, sim?

—Tudo bem – assentiu. Ela organizou tudo o mais lentamente que pode. Estava com medo. Ela sabia que não poderia ser demitida por ser desastrada ou poderia, pensou alarmada ao organizar tudo e ir em direção a sala dele. Todo o andar encontrava-se vazio. Haviam saído para almoçar e ninguém mais a convidava, afinal ela sempre dizia não a todas as pessoas. Suspirou antes de bater em sua porta, escutou a sua voz mandando-a entrar e ao abrir a porta tentou não suspirar alto demais. Ele estava lindo. O paletó repousava em sua cadeira enquanto a gravata afrouxada dava-lhe um ar de desleixo e sensualidade. – O que queria falar comigo?

—Sente- se – ordenou a olhando. Ao vê-la sentar-se a sua frente continuou – Sei que o que aconteceu hoje é exclusivamente de sua conta, mas estamos em seu local de trabalho. Peço que fique mais atenta de agora em diante, tudo bem?

—Oh, sim – assentiu com as faces rubras de tanta vergonha. – era apenas isso? – perguntou com o rosto abaixado.

—Na verdade não – a olhou sério – amanhã há um jantar beneficente e eu fui chamado para ir e devo levar um funcionário comigo. Como você é a responsável pela comunicação acho prudente que vá.

—Oh, entendo – falou animada demais.

—Isso é apenas uma reunião de trabalho Srta Jones – a advertiu.

—Eu sei. É que... Não costumo ser convidada para ir a jantares, de reunião, não leve a mal.

—Entendo. Então passo para te pegar amanhã às oito da noite.

—Certo, mas... Devo levar alguém comigo?

—Como?

—É um jantar e o Senhor deve ir acompanhado... Então.

—Srta Jones como disse é uma reunião de trabalho e por isso você vai comigo, como minha acompanhante. Isso esclareceu as suas duvidas?

—Oh, sim.

—Ótimo, se me der licença tenho que terminar algumas coisas antes de ir embora.

—Claro – levantou-se e saiu da sala em silencio. Fechou a porta atrás de si e sorriu, animada. – ele já está caindo na minha sedução, pensou ao ir a sua sala.

Para Molly o jantar seria um momento oportuno para conquistá-lo. Ela sabia que teria que estar maravilhosa e ao mesmo tempo profissional e só havia uma pessoa para ajudá-la naquela etapa, seu grande amigo, gay, César.

 


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