[...]

Estávamos na mesma praia que ele me pediu em namoro á algum tempo atrás. Além de todas as alegrias e coisas boas que aquela praia pudera trazer pra mim, ela também me trazia tristezas, lágrimas, palavras que machucaram muito, coisas que talvez nem o tempo poderá apagar. Ao fechar meus olhos senti como se voltasse ao tempo.

– EU JÁ ESTOU CANSADO DE SUAS CRIANCIÇES PIETRA, VOCE É INFANTIL, VOCE ME INOJA, VOCE É MIMADA – Gritou extremamente nervoso enquanto segurava fortemente meu braço direito.

– ME SOLTA AGORA SEU IDIOTA – Gritei entre lágrimas puxando meu braço e saindo quase que correndo daquele lugar.

– PIETRA, PIETRA- Pareceu se arrepender do que havia dito mais eu o faria se arrepender amargamente por isso e muito mais que ele já havia me feito sofrer. – POR FAVOR, VOLTA!- Falou chorando e desesperado. - EU TE AMO!- Gritou por último, sua voz já estava fraca baixa, olhei para trás e vi ele se jogar ao chão, coração idiota, eu só queria ser fria, mais não consigo, me senti obrigada a voltar, vendo ele daquele jeito é como se uma parte de mim gritasse e implorasse por compaixão a um ser que não merecia isso de mim, mais eu o amava muito para deixá-lo ali sofrendo e virar as costas e simplesmente partir. Eu não iria fazer igual ele, eu não sou igual a ele. Mordi meus lábios fortemente e fechei meus olhos me repreendendo do que iria fazer, cheguei perto dele me agachei até sua altura e o beijei.

– Eu te amo seu idiota- Falei e ele me puxou e me abraçou tão forte que pude sentir o ar faltar, mais não me importou o amor que sentirá por ele atravessará muitas coisas.

– Terra chamando – Justin estalava os dedos na minha frente para conseguir minha atenção.

– Oi- Falei tentando ser “normal”.

– Saiu do mundo der repente – Falou e sorriu.

– É, estava muito chato por aqui – Brinquei.

– Chato? – Perguntou, e só assim percebi que havia me entregado. Não falei mais nada. Ficamos ali por minutos em silêncio, só se ouvia o barulho das ondas tranqüilizando o momento, comecei a Mexer na areia com delicadeza, Justin observava cada mínimo movimento meu. – Então... – Começou a falar – Está calor não acha? – Falou me fazendo rir, só ele poderia ser tão idiota a ponto de comentar sobre o clima com uma garota.

– É, está muito calor – Decidi responder sua pergunta.

– Vamos entrar no mar? – Falou empolgado, levantando-se e estendendo as mãos para mim.

– Não estamos vestidos para entrar na água Justin. – Falei o óbvio, estávamos vestidos para irmos a um passeio, ou coisa do tipo, não para entrar na água.

– Eu sei, mais fazíamos isso – Falou mais baixo se lembrado do passado.

– Justin... – Comecei a falar com medo de continuar – o passo é passado, não podemos voltar ao tempo.

– Eu sei – Falou decepcionado, mais, porém olhou pra mim e sorriu – Não podemos voltar ao passado, mais podemos seguir em frente criando um novo começo melhor. – Após falar isso estendeu a mão para mim sorrindo. – Quem chegar por último paga o sorvete? – Falou a mesma frase que falávamos antes de correr para a água.

– Okay, mas espere ai, vou retirar meus sapatos e você também, ou vai mergulhar de sapatos? – Falei rindo e tirando meus sapatos.

– Claro que não NE bobinha – Falou e retirou os sapatos e a blusa – Vai entrar de roupa?

– Claro, não, acho que vou entrar pelada – Falei irônica e ele riu.

– Não mais de roupas íntimas – Falou dando um tapinha na minha testa.

– Claro que não! – Discordei

– Para com isso Pietra, sempre fazíamos isso. – Falou amontoando suas roupas num canto. Suspirei derrotada tirei meus shorts e minha blusa jogando junto às roupas de Justin. – Como nos velhos tempos?

– Como nos velhos tempos – Falei apertando suas mãos. Corremos em direção ao mar feito duas crianças.

I tell everyone we are through
Cause I'm so much better without you
But it's just another pretty lie
'Cause I break down
Everytime you come around

So how did you get here
Under my skin
Swore that I'd never
Let you back in
Should have known better
Than trying to let you go
'Cause here we go, go, go again
Hard as I try
I know I can't quit
Something about you
Is so addictive
We're falling together
You'd think that by now
I know
Cause here we go, go, go again

[…]

– Eu acho que deveria ter pedido o de chocolate branco igual você – Reclamou Justin enquanto aos sabores dos sorvetes.

– Você comeu já o seu e ainda está reclamando? – Perguntei rindo

– Agora é o momento que eu ajudo a comer o seu sorvete – Falou rápido enquanto guardava sua carteira no bolso de trás da calça, ele estava sexy sem camisa pois eu usava a mesma, a minha havia molhado quando coloquei no corpo e apareceu meus seios, então não tive escolhe, tive que colocar sua blusa.

– NÃAAO! O SORVETE É MEU- Sai correndo em direção ao carro, quando ele se aproximou apenas joguei o sorvete sobre ele, o lambuzando todo. – Pronto não queria o sorvete, então... – Falei rindo.

– Vai ter troco. – Falou se limpando com minha blusa.

– EI MINHA BLUSA NÃO! – Gritei.

– Há-há, parte da vingança. – Falou e mostrei o dedo do meio.

Entramos no carro e fomos para casa. Cheguei em casa juntamente com Justin, entrei rindo de uma piada totalmente sem graça que Justin fez e riu escandalosamente dela, mas meu sorriso se desfez logo quando encarei meu pai furioso sentado ao sofá de braços cruzados.

– Oi – Falei sorrindo

– Você estava de castigo, não podia sair de casa – Falou entre dentes, engoli em seco.

– Pai, me desculpa mais você não pode me manter de castigo pra sempre, eu só queria ser feliz. – Falei fazendo graça.

– Pro seu quarto agora, só sai de lá quando tiver mais juízo nessa sua cabeça. – Ordenou me fazendo rir antes mesmo de pensar em dar a resposta. – E você Justin, para a casa, sua mãe está te procurando, e não me faça ir conversar com ela- Justin acenou e foi para a casa desanimado.

– Então eu vou ficar de castigo para sempre. – Falei e olhei para meu pai.

– Pietra não me faça...

– Vai fazer o que pai? Bater-me? Me por no meu quarto a força? – O interrompi com vontade de chorar, eu não estava reconhecendo meu pai.

– Querida, tudo bem venha aqui. – Carin me abraçou e me tirou da sala me levando até meu quarto. – Seu pai só está chateado preocupado. – Continuou.

– Ele está se fazendo de idiota, porque ele sabe muito bem que eu sei me cuidar. – Falei me segurando pra não descer e falar algumas coisas que o Sr. Scooter Braun precisa ouvir.

Carin sorriu derrotada e desceu me deixando sozinha em meu quarto. Escutei meu celular tocando escandalosamente em alguma parte do quarto, o pego e olho na tela e dou uma risada ao ver a foto que apareceu.

– O que você quer? – Perguntei rindo.

– Porque ta rindo? – Pausa – Queria saber como foi ai com seu pai?

– Péssimo Justin, eu nunca pensei que meu pai agiria daquele jeito- Falei desanimando.

– Pela sua cara da pra ver. – Falou e eu estranhei e então me toquei, observei pela janela da sacada e ele acenou pra mim, eu sorri para ele e ele continuou – Você vai pra Austrália com nós para continuarmos A turnê?

– Eu sou obrigada a ir onde meu pai for querido. – Falei desanimada ao pensar a respeito de meu pai.

– Vai Ser legal eu prometo. – Falou e eu sorri

– Assim espero. – Justin desligou imediatamente o telefone parecendo se preocupar pela imagem atrás de mim olhei para trás curiosa e dei de cara com o ser que nem se passava pela minha cabeça que estaria aqui, não agora.