(P.V. Mônica)

Quando abri os olhos, minha visão ainda estava embaçada, então pisquei com força, e ela voltou ao normal. E então percebi que não estava mais na sala de jantar, estava em um quarto, mas não era o quarto a onde eu estava antes.

Esse era menor, tinha uma ampla janela na parede direita, uma única porta de madeira, e uma cama de casal, eu estava na cama de casal, minhas mãos estavam amarradas no encosto da cama.

Eu tentava gritar, mas percebi que estava com uma mordaça na boca. Eu tentei me soltar, mas o nó nas cordas, que estava em volta dos meus pulsos, era muito bem feito. Eu agitava as pernas, afim que algum vizinho ouvisse os barulhos da cama.

Mas eu sabia que estava presa, e não conseguiria sair dali sozinha. De repente a maçaneta da porta girou, e o Do Contra entrou no quarto, andou até a cama e se sentou ao meu lado.

DC: Olá doçura... – Ele passou a mão no meu rosto, tentei tirar a mão dele, mas de nada adiantou.

Tentei gritar, mas saiu algo como “Hum...hum...hum”, desesperados.

DC: Não adianta gritar... ninguém te escuta aqui... –Ele passou a mão no meu rosto. – Estamos, no quarto do funcionário, que é no fundo da casa... então...! – Ele me deu um sorriso de vitorioso.

Olhei para as minhas roupas, minha blusa e o casaco brancos, estavam com gotas de algo vermelho. Arregalei os meus olhos e me virei para Do Contra.

DC: Ham... isso são gotas de sangue, quando você bateu a cabeça... – Meus olhos se arregalaram mais. – Não se preocupe, já fiz um curativo, enquanto você estava desmaiada...

Apenas mexi a cabeça. E fiquei pensando, em como escapar dali, havia apenas uma saída, minhas mãos estavam amarradas, provavelmente a alguém de vigia na porta, seria impossível entrar ou sair dali sem ser notada.

Mas eu tinha que sair dali, não seria refém de Do Contra para sempre, eu tinha minha vida lá fora, tinha meus amigos, tinha o Cebola, eu passava cada minuto pensando em o que ele estava fazendo, e tinha meus pais... que iriam voltar de Londres em 3 dias.

Eu tinha que sair dali...

DC: Ta pensando no que? – Balancei a cabeça negativamente. – Olha, eu posso tirar essa mordaça de você...- Meus olhos se arregalaram. – Mas só se você não gritar... – Balancei a cabeça. – Ta... – Então ele tirou.

Mô: Ufa, - Ele riu, e eu comecei a gritar. – SOCORRO! – E ele tampou a minha boca com a mão.

Enquanto isso...

(P.V. Autora)

Cebola, Cascão e Magali foram à delegacia, a fim de obterem noticias sobre a Mônica.

Cascão: E então delegado?

Steve: Cascão, revistamos todos os locais possíveis... – Ele falou cabisbaixo. – Mas nenhum sinal dela, ou dos suspeitos.

Cebola: Como assim? Não achalam nenhuma pista? Nada? – Disse ele nervoso.

Steve: Infelizmente não, visitamos os locais mencionados, e nada... – Ele levantou a cabeça. – Se ao menos vocês soubessem a placa da tal Van...

Magali: A placa da Van?? – Disse com o olhar esperançoso. – Eu sei... é... MMA – 2856 (Eu inventei).

Steve: Ok, ham, posso fazer só uma pergunta...?

Cascão: Claro...

Steve: Ham... a Mônica tinha algum... inimigo, ou alguma pessoa que não gostasse dela?

Magali: Não... – Cebola a cortou.

Cebola: Acho que sim... – Ele pensava em voz alta. – Ham... na verdade, eu tenho que ir... – Ele disse, e saiu correndo da delegacia.

Magali: Cebola! – Ela gritou, mas ele não a ouvirá, pois já estava muito longe.

Cebola, saiu correndo. Ele correu, por várias ruas, ao chegar na 20ª rua, ele avistou o local desejado, a casa de Nimbus e Do Contra. Ele correu até a porta, e bateu nela, varias vezes.

Nimbus: Calma! – Ele abriu a porta e viu Cebola, apoiado em seus joelhos. – Ce..bola? – Disse espantado.

Cebola: Posso... entrar?- Disse, enquanto suava.

Nimbus: Pode... – Eles entraram, foram para a cozinha, e lá Nimbus serviu um copo de água para Cebola. – Eu soube da... Mônica... – Disse cabisbaixo.

Cebola: Ham... é... – Ele tentava recuperar o ar. – Nimbus, posso te fazer uma pergunta?

Nimbus: Fala... – Disse, enquanto se sentava em uma cadeira, que havia na cozinha.

Cebola: Ham... o que o Do Contra tem feito esses últimos dias?

Nimbus: Sei lá, eu não o vejo dez de... segunda à noite... – Disse pensativo.

Cebola: Hum... – “Preciso de mais pista, para desvendar esse quebra cabeça...” Ele pensou.

Continua...