Harry Potter e a herdeira maldita escrita por Absolem the oracle


Capítulo 19
Capítulo 19 - Os sete desafios da pedra filosofal


Notas iniciais do capítulo

iahiahai penultimo cap... finalmente e mas já né... foi incrivel escrever esta fic... eu realmente adorei... vou sentir saudade, maséu vou começar a próxima logo né?
bem é isso curtam e mandem revierws com suas opinioes



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Meredith se debateu na cama a noite inteira, o tormento dos sonhos reais a pegou naquele dia... ela se sentia sem ar ate que resolveu não dormir mais.... odiava aquele inferno.

No futuro, Harry e Meredith nunca conseguiria lembrar muito bem como conseguiram prestar seus exames enquanto esperavam Voldemort irromper a qualquer instante pela porta. Contudo os dias foram se passando lentamente e não havia duvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.

Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço anticola.

Houve exames práticos também. O Professor Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa. A Professora Minerva observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa, e os descontou quando a caixa tinha bigodes. Snape deixou-os nervosos, bafejando em seu pescoço enquanto tentavam se lembrar como fazer a poção do esquecimento.

Harry parecia sempre estar se controlando, e estava sempre com a mão na testa. Parecia sentir dor. Neville achou que Harry estava com uma crise de nervos provocada pelos exames, porque Harry não conseguia dormir, mas a verdade é que pesadelos o mantinha acordado, só que agora estava pior que nunca, pois havia nele uma figura encapuzada que pingava sangue.

Talvez fosse porque eles não tinham visto o que Harry e Meredith viram na floresta, ou porque não tinham cicatrizes que queimavam na testa e um mal estar absurdo e anormal, mas Rony e Hermione não pareciam tão preocupados com a Pedra quanto Harry e Meredith. A lembrança de Voldemort sem dúvida os apavorava, mas não os visitava em sonhos, e estavam tão ocupados com as revisões que não tinham muito tempo para pensar no que Snape ou qualquer outro podia estar aprontando.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões automexíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saberem os resultados dos exames. Meredith não estudou para nenhum dos testes. Contou apenas com o que lembrava, por que o mal star e o horror daquela visão na florestas ainda estavam fortes em sua mente e em seus sonhos, e ficou pensando nisto durante os testes.

Quando o fantasma do Professor Binns mandou-os descansar as penas e enrolar os pergaminhos, Harry não pôde deixar de dar vivas com os colegas.

Foi muito mais fácil do que pensei! — Hermione comentou, quando eles se reuniram aos numerosos alunos que saíam para os jardins ensolarados. — Eu nem precisava ter aprendido o Código de Conduta do lobisomem de 1637 nem a revolta de Elfric, o Ambicioso.

Hermione sempre gostava de repassar as provas depois, mas Rony disse que isso o fazia se sentir mal. Assim, caminharam ate o lago e se sentaram à sombra de uma árvore. Os gêmeos Weasley e Lino Jordan faziam cócegas nos tentáculos de uma lula gigantes, que tomava sol na água mais rasa.

Acabaram-se as revisões! — Rony suspirou contente, esticando-se na grama. — Você podia fazer uma cara mais alegre, Harry, temos uma semana inteira até descobrir se nos demos mal, não precisa se preocupar agora.

Meredith você ta bem? – Queen perguntava preocupada. Meredith realmente tinha emagrecido um pouco e estava mais pálida que o normal, e sua palidez doentia só se aprofundou.

Sim... to sim não se preocupa. – Meredith mentiu. Se sentia melhor mas havia uma sensação horrível em seu interior.

Harry esfregava a testa.

Eu gostaria de saber o que significa isso! — explodiu aborrecido — Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta freqüência.

Procure Madame Pomfrey... — Hermione sugeriu.

Eu não estou doente! — Harry respondeu — Acho que é um aviso... Significa que o perigo está se aproximando...

Eu acho que sinto a mesma coisa... – Meredith disse num suspiro, olhando para o céu aluada a tera.

Rony não conseguiu se preocupar, estava quente demais.

Harry, relaxe. Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver por aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Snape tenha descoberto como passar por Fofo. Ele quase teve a perna arrancada uma vez, não vai tentar outra tão cedo. E Neville vai jogar Quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.

Harry concordou, mas parecia não conseguir se livrar da sensação que o atormentava de que esquecera de fazer alguma coisa, algo importante. Quando tentou explicar o que sentia, Hermione disse:

Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade da minhas anotações sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

Hermione, acho que não é isso.... eu também tenho está sensação, de que falta alguma coisa... – Meredith falou com o olhar perdido

Meredith tinha certeza de que a sensação de inquietude de Harry não tinha nada a ver com os estudos. Acompanhou com os olhos uma coruja planar pelo céu azul em direção à escola, uma carta no bico.

Hagrid era o único que lhe mandava cartas. Hagrid jamais trairia Dumbledore. Hagrid jamais contaria a ninguém como passar por Fofo... Jamais... Mas...

Harry pôs-se de pé de um salto.

Onde é que você está indo? — Rony perguntou sonolento.

Acabei de me lembrar de uma coisa. — estava branco — Temos que ver Rúbeo agora.

Por quê? — Hermione ofegou, correndo para alcançá-lo.

Vocês não acham um pouco estranho... — Harry disse subindo, às carreiras, a encosta gramada — ...que o que Rúbeo mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos bruxos?

Que sorte encontrar Rúbeo, não acham? Droga, Hagrid! – Meredith tinha entendido o que Harry queria.

Por que não percebi isto antes? – ele se repreendeu.

Do que é que vocês estão falando? — Rony perguntou mas Harry correndo pelos jardins em direção à floresta, não respondeu.

Rúbeo pode ter dito algo em troca do ovo, até sem querer! – Meredith gritou.

Que ovo? – Queen perguntava sem entender.

Eu já te falei do dragão!

Ah é.... – eles estavam quase chegando à cabana de Hagrid.

Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa: tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.

Olá! — disse sorrindo — Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?

Temos, obrigado... — Rony disse mas Meredith o interrompeu.

Não, estamos com pressa, Rúbeo, preciso lhe perguntar uma coisa. – Meredith foi direta.

Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas? — Harry perguntou afobado.

Não lembro... — Hagrid respondeu com displicência — ...ele não quis tirar a capa...

Viu os quatro fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas. Queen simplesmente ficou sem entender.

Não é nada de mais, tem muita gente esquisita no Hog's Head, o pub do povoado. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.

Harry se abaixou ao lado da tigela de ervilhas.

O que foi que você conversou com ele, Rúbeo? Chegou a mencionar Hogwarts?

Talvez... — Hagrid disse franzindo a testa, tentando se lembrar — E... Ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... Depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava... Então eu disse... E disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... Então... Não me lembro muito bem... Porque ele não parava de pagar bebidas para mim... Deixa eu ver.. Ah, sim, então ele disse que tinha um ovo de dragão, e que podíamos disputá-lo num jogo de cartas se eu quisesse... Mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos... Então respondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza...

E ele pareceu interessado no Fofo? — Harry perguntou tentando manter a voz calma.

Bom... Pareceu... Quantos cachorros de três cabeças a pessoa encontra por ai, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-lo, é só tocar um pouco de música e ele cai no sono...

Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado.

Hagrid! – Meredith falou o censurando, e o fuzilou com um olhar reprovador.

Eu não devia ter-lhe dito isto! — exclamou — Esqueçam que eu disse isto! Ei, aonde é que vocês vão?

Harry, Rony, Hermione e Meredith não se falaram até parar no saguão de entrada, que parecia muito frio e sombrio depois da caminhada pelos jardins, mas Queen nos enchia de perguntas e não ficava quieta.

Temos de procurar Dumbledore! — Harry falou — Rúbeo contou àquele estranho como passar por Fofo e quem estava debaixo daquela capa era ou o Snape ou o Voldemort, deve ter sido fácil, depois que embebedou Rúbeo. Só espero que Dumbledore acredite na gente. Firenze talvez confirme, se Agouro não o impedir. Onde é a sala de Dumbledore?

Eles olharam a toda volta, na esperança de ver uma placa apontando a direção certa. Nunca alguém lhes havia dito onde trabalhava Dumbledore, tampouco conheciam alguém que tivesse sido mandado à sala dele.

Harry, ele não vai acreditar... alem de não termos provas, podemos colocar Hagrid em um situação ruim... – Meredith disse tentando abrir os olhos de Harry e Hermione e Rony pareciam concordar.

Acho que teremos de... — Harry começou mas inesperadamente ouviram uma voz do outro lado do saguão.

Que é que vocês estão fazendo aqui dentro?

Era a professora Minerva McConagall, carregando uma pilha de livros.

Queremos ver o Professor Dumbledore... — Hermione disse se enchendo de coragem, pensaram Harry e Rony.

Ver o Professor Dumbledore? — a Professora Minerva repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer — Por quê?

Harry engoliu em seco. “E agora?

É uma espécie de segredo... — disse mas pareceu desejar na mesma hora que não tivesse dito, porque as narinas da Professora Minerva se alargaram.

O Professor Dumbledore saiu faz dez minutos. — ela informou secamente — Recebeu uma coruja urgente do Ministro da Magia e partiu em seguida para Londres.

Ele saiu? — Harry exclamou frenético — Agora?

O Professor Dumbledore é um grande mago, Potter, o tempo dele é muito solicitado.

Mas é importante. – Queen entrou na conversa.

Alguma coisa que você tenha a dizer é mais importante do que o Ministro da Magia, Potter?

Olhe... — Harry disse mandando a cautela às favas — professora... É sobre a Pedra Filosofal...

Seja o que for que a Professora Minerva esperava, certamente não era isso. Os livros que levava despencaram dos seus braços, mas ela não os apanhou.

Puta que o pariu Harry! – Meredith não pode se conter, por que agora teriam que dar muitas explicações e o trabalho da investigação de Snape poderia ter ido todo por água a baixo.

Como é que vocês sabem? — deixou escapar.

Professora, acho... Que Sn... Que alguém vai tentar roubar a pedra. Preciso falar com o Professor Dumbledore.

Ela o olhou com uma mescla de choque e desconfiança.

O Professor Dumbledore volta amanhã... — finalmente disse — Não sei como descobriu sobre a Pedra, mas fique tranqüilo, não é possível ninguém roubá-la, está muitíssimo bem protegida.

Mas, professora...

Potter sei do que estou falando. — Curvou-se e recolheu os livros caídos — Sugiro que vocês voltem para fora e aproveitem o sol.

Mas eles não voltaram.

É hoje à noite — Harry disse quando teve certeza de que a Professora Minerva não podia mais ouvi-los. — Snape vai entrar no alçapão hoje à noite. Ele já descobriu tudo o que precisa e agora tirou Dumbledore do caminho.

Foi ele quem mandou aquela carta, aposto que o Ministro da Magia vai levar um choque quando Dumbledore aparecer. – Meredith falou baixo.

Mas o que é que podemos...

Hermione perdeu a fala. Queen balançou a cabeça dizendo não. Harry, Rony e Meredith se viraram, Snape estava parado ali.

Boa tarde. — disse com suavidade.

Eles o encararam.

Vocês não deviam estar dentro do castelo num dia como este... — ele falou com um sorriso estranho e torto.

Estávamos... — começou Harry, sem fazer idéia do que ia dizer.

Fazendo coisas. – Queen derrepente falou – Tipo...n-n-namorar...

Vocês precisam ter mais cuidado. Andando por aqui assim, as pessoas vão pensar que estão armando alguma coisa. E Grifinória realmente não pode se dar ao luxo de perder mais nenhum ponto, não é mesmo?

Harry corou. Viraram-se para sair, mas Snape os chamou de volta.

E fique avisado, Potter, se ficar perambulando outra vez à noite, vou providenciar pessoalmente para que seja expulso. Bom dia para vocês.

E saiu em direção à sala de professores. Lá fora, nos degraus de pedra, Harry virou-se para os outros.

Certo isto é o que vamos fazer ...— cochichou com urgência.

Que sorriso bizarro foi aquele... – Queen perguntou meio chocada.

Sei lá... talvez ele esteja tramando algo conta nós... - Meredith disse pensando que o sorriso fora realmente sinistro.

Um de nós tem que ficar de olho no Snape, esperar do lado de fora da sala de professores e segui-lo se ele sair.

Hermione é melhor você fazer isso.- Meredith declarou rapidamente.

Por que eu?

É óbvio — Rony disse — Você pode fingir que está esperando pelo Professor Flitwick sabe, como é... — e disse fazendo uma voz falsa— "Ah, Professor Flitwick. Estou tão preocupada, acho que errei a questão catorze b...”

Ah, cala a boca!— disse Hermione, mas concordou em vigiar Snape.

E é melhor ficarmos no corredor do terceiro andar... — Harry disse aos três – Vamos.

Mas aquela parte do plano não funcionou. Assim que chegaram a porta que separava Fofo do resto da escola, a Professora Minerva apareceu de novo, e desta vez perdeu as estribeiras.

Suponho que você ache que é mais difícil alguém passar por você do que por um pacote de feitiços! — esbravejou — Chega de bobagens! E se eu souber que você voltou aqui outra vez, vou descontar mais cinqüenta pontos de Grifinória! É, Weasley, da minha própria casa!

Os quatro voltaram à sala comunal. Harry acabara de dizer "pelo menos Hermione está na cola de Snape", quando o retrato da Mulher Gorda se abriu e Hermione entrou.

Sinto muito, Harry — lamentou-se — Snape saiu e me perguntou o que eu estava fazendo, então disse que estava esperando Flitwick, e Snape foi buscá-lo, e me mandei, não sei aonde ele foi.

Mas que droga! Está tudo dando errado hoje... ele pode ter nos ouvido no corredor....

Bom, então acabou não é? — Harry disse. Os outros três olharam para ele. Estava pálido e seus olhos brilhavam.

Vou sair daqui hoje à noite e vou tentar apanhar a Pedra primeiro.

Você ficou maluco! — Rony exclamou.

Você não pode! — Hermione disse — Depois do que a Professora Minerva e Snape disseram? Vai ser expulso!

E DAÍ? — Harry gritou — Vocês não percebem? Se Snape apanhar a pedra, Voldemort vai voltar! Vocês não ouviram contar como era quando ele estava tentando conquistar o poder? Não vai haver Hogwarts para nos expulsar! Ele vai arrasar Hogwarts, ou vai transformá-la numa escola de magia negra! Perder pontos não importa mais, vocês não entendem? Acham que ele vai deixar vocês e suas famílias em paz, e Grifinória ganhar o campeonato das casas? Se eu for pego antes de conseguir a pedra, bem, vou ter que voltar para os Dursley e esperar Voldemort me encontrar lá. E só uma questão de morrer um pouquinho depois do que teria morrido, porque eu nunca vou me aliar aos partidários da magia negra! Vou entrar naquele alçapão hoje à noite e nada que vocês dois disserem vai me impedir! Voldemort matou meus pais, estão lembrados?

E olhou zangado para eles.

Sim todos já sabem disso! – Meredith gritou – Ele matou a minha mãe! Transformou meus irmãos em monstros! Mas fazer tudo afobado não vai resolver! Temos que ter cuidado droga! Se Snape não pegou a pedra ate agora o que garante que ele vai conseguir hoje? Ele pode estar perto mas não tanto! Vamos fazer as coisas com calma! Temos que ir mas não podemos fazer sem pensar certo? Por que nós podemos ate ajudar Snape...

Você tem razão, Harry, Meredith... — Hermione disse com uma vozinha fraca.

Vou usar a capa da invisibilidade, foi uma sorte tê-la recuperado.

Mas ela dá para esconder nós quatro? — Rony perguntou.

Nós... Nós quatro?

Ah, corta essa, você não acha que vamos deixar você ir sozinho?

Eu também? – Meredith disse feliz.

Claro que não! — Hermione disse com energia. — Como acha que vai chegar à Pedra sem nós? E melhor eu dar uma olhada nos meus livros, talvez encontre alguma coisa útil.

Mas se formos pegos, vocês dois vão ser expulsos também.

Não se eu puder evitar!— disse Hermione séria. — Flitwick me disse em segredo que tirei cento e vinte por cento no exame. Não vão me expulsar depois disso.

Eu vou também! - Queen declarou – Posso não ser inteligente ou forte, mas sou útil e nunca deixaria vocês fazerem isto sozinhos.

Agora nós somos um time... – Meredith disse realmente contente – Vamos mandar ver... – mandar ver.... que coisa ridícula eu disse! – Meredith pensou.

Depois do jantar os cinco se sentaram, nervosos, a um canto do salão comunal. Ninguém os incomodou, afinal nenhum aluno de Grifinória tinha mais nada a dizer a Harry. Esta era a primeira noite que isto não o incomodava. Hermione folheava seus apontamentos, esperando encontrar um dos feitiços que queriam anular. Harry e Rony não falavam muito. Pensavam no que estavam prestes a fazer, Queen tagarelava bobeiras e Meredith estava concentrada em criar estratégias de fuga caso algo desse errado no caminho.

A sala foi-se esvaziando, à medida que as pessoas iam se deitar.

É melhor apanhar a capa... – murmurou Rony, quando Lino Jordan finalmente saiu, se espreguiçando e bocejando. Harry correu até o dormitório às escuras. Puxou a capa e então seus olhos bateram na flauta que Hagrid lhe dera no Natal. Meteu-a no bolso para usá-la em Fofo, não se sentia muito animado a cantar.

E correu de volta ao salão comunal.

É melhor vestirmos a capa aqui para ter certeza de que cobre nós cinco se Flich vir os pés da gente andando sozinhos? – Meredith comentou.

O que é que vocês estão fazendo? — uma voz perguntou de um canto da sala. Neville saiu de trás de uma poltrona, agarrando Trevo, o sapo, que parecia ter feito uma nova tentativa para ganhar a liberdade.

Nada, Neville, nada... — Harry respondeu escondendo depressa a capa às costas.

Neville olhou bem para aquelas caras cheias de culpa.

Vocês vão sair outra vez.

Não, não, não — Hermione disse — Não vamos, não. Por que você não vai se deitar, Neville?

E essas garotas? Sempre que elas tão por aqui vocês perdem pontos...

Harry olhou para o relógio de parede junto à porta e cutucou Meredith. Não podiam se dar ao luxo de perder mais tempo, Snape talvez estivesse naquele instante mesmo tocando para adormecer Fofo.

Vocês não podem sair! — Neville disse — Vocês vão ser pegos outra vez. Grifinória vai ficar ainda mais enrolada.

Você não compreende — Harry disse — isto é importante.

Mas Neville estava claramente tomando coragem para fazer alguma coisa desesperada.

Não vou deixar vocês irem — disse correndo para se postar diante do buraco do retrato. — Eu... Eu vou brigar com vocês.

Neville... — Rony explodiu — Se afaste desse buraco e não banque o idiota...

Não me chame de idiota! Acho que você não devia estar desrespeitando mais regulamentos! E foi você quem me disse para enfrentar as pessoas!

Foi, mas não nós... Rony respondeu exasperado — Neville, você não sabe o que está fazendo.

Ele deu um passo à frente e Neville largou Trevo, o sapo, que desapareceu de vista.

Garoto para.... – Meredith disse impaciente.

Vem, então, tenta me bater! — Neville disse, erguendo os punhos. — Estou esperando!

Harry voltou-se para Hermione.

Faz alguma coisa! pediu desesperado.

Hermione se adiantou

Neville...— disse ela.

Meredith ergueu a varinha ergueu a varinha.

Petrificus Totalus!— falou, apontando para Neville.

Os braços de Neville grudaram dos lados do corpo. As pernas se juntaram. Com o corpo inteiro rígido, ele balançou no mesmo lugar e, em seguida, caiu de cara no chão, duro como uma pedra.

Hermione correu para desvirá-lo. Os maxilares de Neville estavam trancados de modo que ele não podia falar. Somente os olhos se moviam, mirando-os aterrorizados.

Meredith! – Queen protestou e Hermione também.

Foi necessário!

O que foi que ela fez com ele? — sussurrou Harry.

O Feitiço do Corpo Preso... — Hermione respondeu infeliz— Ah, Neville, me desculpe. – Hermione parecia ter aceito o fato.

Tivemos de fazer isso, Neville, não temos tempo para explicar! — Harry disse.

Você vai entender mais tarde... — Rony disse, enquanto passavam por cima dele e se envolviam na capa da invisibilidade.

Mas deixar Neville deitado imóvel no chão não parecia um bom presságio. No estado de nervosismo em que estavam, cada sombra de estátua lembrava Flich, cada sopro distante do vento parecia o Pirraça assombrando-os. Iam em uma fila indiana, apertada, um pisando no pé do outro.

Ao pé do primeiro lance de escada, encontraram Madame Nor-r-ra, esquivando-se sorrateira quase no alto.

Ah, vamos dar um pontapé nela, só desta vez? — Rony cochichou no ouvido de Harry, mas Harry balançou a cabeça e Meredith deu um risadinha maldosa lembrando do chute de deu na gata. Enquanto subiam cautelosamente contornando a gata, Madame Nor-r-ra virou os olhos de lanterna para eles, mas não fez nada.

Não encontraram mais ninguém até chegarem à escada para o terceiro andar. O Pirraça se balançava a meio caminho, soltando a passadeira para as pessoas tropeçarem.

Quem está aí?— perguntou de repente quando se aproximaram. E apertou os olhos negros e malvados — Sei que está ai, mesmo que não consiga vê-lo. Você é um vampiro, um fantasma ou um estudante nojento?

E ergueu-se no ar e flutuou, tentando ver alguém.

Eu devia chamar o Flich, eu devia, se alguma coisa está andando por aí invisível.

Harry teve uma idéia repentina.

Pirraça... — disse num sussurro rouco — O barão Sangrento tem suas razões para andar invisível.

Pirraça quase caiu, em choque. Recuperou-se a tempo e saiu planando a trinta centímetros dos degraus.

Desculpe, Sua Sangüinidade, Sr. Barão, cavalheiro... — disse untuoso. — Falha minha, falha minha, não o vi, claro que não, o senhor está invisível. Perdoe o velho Pirraça por essa piadinha, cavalheiro.

Tenho negócios a tratar aqui, Pirraça... — Harry cochichou — Fique longe deste lugar hoje à noite.

Vou ficar, cavalheiro, pode ter certeza de que vou ficar. —Pirraça prometeu erguendo-se no ar outra vez. — Espero que os seus negócios corram bem, Barão, não vou perturbá-lo.

E, partiu ligeiro.

Genial Harry! — Rony cochichou.

Adorei... – Queen respondeu no fim da fila, achando engraçado

Alguns segundos depois estavam lá, no corredor do terceiro andar e a porta já fora aberta.

Bom, aqui estamos...— Harry disse baixinho. — Snape já passou por Fofo.

A visão da porta aberta por alguma razão parecia causar neles a impressão do que os aguardava. Debaixo da capa, Harry se virou para os outros quatro.

Se vocês quiserem voltar, não vou culpá-los. Podem levar a capa, não vou precisar dela agora.

Não seja burro! — Rony respondeu.

Vamos com você... — Hermione disse.

Somos um time lembra? – Meredith repetiu.

É isso ai... – Queen falou, sem ter muito o que dizer.

Harry empurrou a porta.

Quando a porta rangeu baixinho, chegaram aos seus ouvidos rosnados surdos. Os três focinhos do cachorro farejaram furiosamente em sua direção ainda que o bicho não pudesse vê-los.

O que é isso nos pés dele? — Hermione sussurrou.

Parece uma harpa... — Rony respondeu.

Snape deve tê-la deixado ai. – Meredith falou também sussurrando.

Ele acorda no momento que se deixa de tocar...— Harry disse —Bom, aqui vai...

Levou a flauta de Hagrid aos lábios e soprou. Não era realmente uma música, mas as primeiras notas os olhos da fera começaram a se fechar. Harry nem chegou a tomar fôlego.

Lentamente, os rosnados do cachorro cessaram, ele balançou nas patas e caiu de joelhos, depois se estirou no chão, completamente adormecido.

Continue tocando! — Rony preveniu Harry enquanto saiam de baixo da capa e deslizavam para o alçapão. Sentiram o bafo quente e fedorento do cachorro ao se aproximarem de suas cabeças imensas.

Acho que vamos conseguir abrir a porta. — Rony disse espiando por cima do dorso do cachorro — Quer entrar primeiro, Hermione?

Não, eu não!

Tudo bem. — Rony cerrou os dentes e passou com cautela pelas pernas do cachorro. E abaixando-se puxou o anel do alçapão, que se abriu.

O que é que você está vendo? — perguntou Hermione, ansiosa.

Nada... Só escuridão... Não tem como descer, teremos que nos jogar.

Harry, que continuava a tocar a flauta, fez sinal para atrair a atenção de Rony e apontou para si mesmo.

Você quer ir primeiro? Tem certeza? — disse Rony — Não sei qual é a profundidade dessa coisa. Dá a flauta para Hermione manter Fofo adormecido.

Harry passou a flauta a ela. Naqueles minutinhos de silêncio, o cachorro rosnou e se mexeu, mas no instante que Hermione começou a tocar, ele tornou a cair em sono profundo.

Harry passou por cima de Fofo e espiou pelo alçapão. Não viu nem sinal de fundo...

Baixou o corpo pelo buraco até ficar pendurado pelas pontas dos dedos, Então olhou para Rony no alto e disse:

Se alguma coisa acontecer comigo, não me siga. Vá direto ao corujal e mande Edwiges ao Dumbledore, certo?

Certo.

Vejo você daqui a pouco, espero...

E Harry soltou os dedos. Um vento frio e úmido passou rápido por ele, que foi caindo, caindo, caindo e...

Pam.

Com um baque engraçado e surdo ele bateu em alguma coisa macia. Sentou-se e apalpou à volta, os olhos desacostumados à escuridão. Parecia que estava sentado em uma espécie de planta.

Tudo bem! — gritou para a claridade do tamanho de um selo lá no alto, que era o alçapão aberto. — A queda é macia pode pular!

Rony seguiu-o imediatamente. Caiu esparramado ao lado de Harry.

O que é isso? — foram suas primeiras palavras.

Sei lá, uma espécie de planta. Suponho que esteja aqui para amortecer a queda. Venha, Hermione!

A música distante parou. Ouviu-se um latido alto do cachorro, mas Hermione já pulara. Ela caiu do outro lado de Harry. De repente um dom doce de harpa começou.

Ai! – Meredith chiou depois de cair em cima de Rony.

Vem Queen! – Hermione chamou.

Não, eu vou ficar tenho que manter ele dormindo...

Queen! – Meredith falou num misto de raiva e desespero. Queen fechou a porta do alçapão e só o um baixo som de harpa entrava lá.

Devemos estar a quilômetros abaixo da escola — Hermione comentou.

É realmente uma sorte que esta planta esteja aqui — Rony disse .

Sorte! — Hermione gritou — Olhem só para vocês dois!

Ela se levantou de um salto e lutou para chegar à parede úmida. Teve de lutar porque, no momento em que chegou ao fundo, a planta começou a se enroscar como as gavinhas de uma trepadeira em volta dos seus tornozelos. Quanto a Harry e Rony, suas pernas já tinham sido bem atadas por longos galhos sem que eles notassem, e Meredith estava no canto, por que tinha caído em cima de Rony e a planta não a pegou..

Hermione conseguira se desvencilhar antes que a planta a agarrasse para valer. Agora observava horrorizada os dois meninos lutarem para se livrar da planta, mas quanto mais se esforçavam, mais depressa e mais firme a planta se enrolava neles.

Parem de se mexer! — Hermione mandou– Sei o que é isso. É visgo do diabo!

Ah fico tão contente que você saiba como se chama, é uma grande ajuda! — Rony resmungou tentando impedir que a planta se enroscasse em seu pescoço.

Cala a boca, estou tentando me lembrar como matá-la! — Hermione disse.

A luz! – Meredith gritou chutando a planta que tentava se enroscar nela.

Bom, anda logo, não consigo respirar! — Harry ofegava, lutando com a planta que se enroscava em torno de seu peito.

Visgo do diabo, visgo do diabo... O que foi que a Professora Sprout disse? Gosta da umidade e da escuridão...

Então acenda um fogo! — Harry se engasgou.

A luz! A luz!!! – Meredith gritava já desesperada por que o visgo do diabo se enrolava em suas canelas

É... É claro... Mas não tem madeira... — Hermione se lamentou torcendo as mãos.

VOCÊ ENLOUQUECEU? — Rony berrou — VOCÊ É UMA BRUXA OU NÃO É?

VOCÊ TEM MADEIRA DROGA! O QUE É ESTE PEDAÇO DE PAU QUE VOCÊ CHAMA DE VARINHA??!?!!?!?! – Meredith gritou desesperada por que a planta já se enroscava m sua cintura.

Ah, certo! — Hermione disse e puxando a varinha, sacudiu-a, murmurou alguma coisa e despachou um jato daquelas chamas azuis que usara em Snape contra as plantas. Em questão de segundos, os três sentiram a planta afrouxar e se encolher para longe da luz e do calor. Torcendo-se, ela se desenrolou dos corpos dos meninos, que puderam se levantar.

Que sorte que você presta atenção às aulas de Herbologia... — Harry disse quando se juntou a ela ao pé da parede, enxugando o suor do rosto.

É — comentou Rony — E que sorte que Harry não perde a cabeça numa crise, "não tem madeira", francamente.

Eu também ajudei... – Meredith falou baixo – Se aquilo era o mais fácil... imagina o mais difícil....

Por ali! — Harry disse apontando um corredor de pedra que era o único caminho que havia.

Óbvio... – Meredith cantarolou para Harry.

Só o que podiam ouvir além de seus passos eram os pingos abafados da água que escorria pela parede. O corredor começou a descer e Harry se lembrou de Gringotes. Com um sobressalto, lembrou-se dos dragões que, segundo diziam, guardavam os cofres-fortes no banco dos bruxos. Se topassem com um dragão, um dragão adulto... Norberto já fora bastante ruim.

Você está ouvindo alguma coisa? Rony cochichou.

Harry apurou os ouvidos. Um farfalhar acompanhado de ruído metálico parecia vir de um ponto mais adiante.

Você acha que é um fantasma?

Não sei... Para mim parecem asas.

Há luz à frente, estou vendo alguma coisa se mexendo.

Talvez seja um pombo... – Meredith sugeriu.

Pombo? – Rony falou e não parecia acreditar.

Chegaram ao fim do corredor e depararam com uma câmara muito iluminada, o teto abobadado no alto. Era cheia de passarinhos, brilhantes como jóias, que esvoaçavam e colidiam pelo aposento. Do lado oposto da câmara havia uma pesada porta de madeira.

Você acha que nos atacarão se atravessarmos a câmara? — Rony perguntou.

Provavelmente — Harry respondeu — Eles não parecem muito bravos, mas suponho que se todos mergulhassem ao mesmo tempo... Bom, não tem remédio...

Eu vou... – Meredith tomou a frente.

Tomou fôlego, cobriu o rosto com os braços e atravessou a câmara correndo. Esperava sentir bicos afiados e garras atacando-o a qualquer minuto, mas nada aconteceu. Alcançou a porta. Torceu a maçaneta, mas a porta estava trancada.

Os outros dois o seguiram. Fizeram força para abrir a porta, mas ela nem sequer se moveu, nem mesmo quando Hermione experimentou o seu feitiço Alorromora.

E agora? — Rony perguntou.

Esses pássaros... Não podem estar aqui só para enfeitar — disse Hermione.

Eles observaram os pássaros voando no alto, brilhando.

Brilhando?

Eles não são pássaros! — Harry exclamou de repente.

São chaves! Meredith gritou.

Chaves aladas, olhe com atenção. Então isso deve querer dizer... — e olhou à volta da câmara enquanto os outros dois apertavam os olhos para enxergar o bando de chaves no alto — olhe! Vassouras! Temos que apanhar a chave da porta.

Mas eram centenas!

Rony examinou a fechadura.

Estamos procurando uma chave bem grande e antiga, provavelmente de prata, como a maçaneta.

Olha ela ali! – Meredith apontou para uma grande chave de prata que logo sumiu entre as outras.

Cada um apanhou uma vassoura e deu impulso no ar, mirando o meio da nuvem de chaves. Tentaram agarrá-las, mas as chaves encantadas fugiam e mergulhavam tão rápido que era quase impossível apanhar uma.

Mas não era à toa que Harry era o mais jovem apanhador do século. Tinha um jeito para localizar coisas que os outros não tinham. Depois de um minuto trançando pelo redemoinho de pernas, ele notou uma chave grande de prata que tinha uma asa dobrada, como se já tivesse sido apanhada e enfiada de qualquer jeito na fechadura.

Aquela ali! — gritou para os outros — Aquela grandona... Ali... Não... Lá... Com as asas azul-forte. As penas estão todas amassadas de um lado.

Rony precipitou-se na direção que Harry apontava, bateu no teto e quase caiu da vassoura.

Temos que cercá-la! — Harry gritou sem tirar os olhos da chave com a asa danificada. — Rony, você cerca por cima. Hermione, fica embaixo e não deixa ela descer, Meredith fica ai no canto e não deixa ela fugir pelos lados, e eu vou tentar pegar. Certo, AGORA!

Rony mergulhou, Hermione disparou para o alto, a chave desviou-se dos dois, e foi na direção de Meredith qu a Fe mergulhar de depois seguir e direção a parede e Harry partiu atrás dela, a chave continuou a ir em direção da parede, Harry se curvou para frente e, com uma pancada feia, prendeu-a contra a pedra com a mão. Os vivas de Rony e Hermione ecoaram pela câmara.

Eles pousaram em seguida e Harry correu para a porta, a chave a se debater em sua mão. Enfiou-a na fechadura e virou-a, deu certo. No instante em que ouviram o barulho da lingüeta se abrindo, a chave tornou a alçar vôo, parecendo agora muito maltratada depois de ter sido apanhada duas vezes.

Estão prontos? — Harry perguntou aos dois, a mão na maçaneta da porta. Eles fizeram um sinal afirmativo com a cabeça.

Ele escancarou a porta.

A câmara seguinte era tão escura que não dava para ver absolutamente nada. Mas, ao entrarem nela, a luz inesperadamente inundou o aposento, revelando uma cena surpreendente. A porta as suas costas foi fechada a tempo por que todas as outras chaves a crivaram seguindo os invasores.

Estavam parados na borda de um enorme tabuleiro de xadrez atrás das peças pretas, que eram todas mais altas do que eles e talhadas em um material que parecia pedra. De frente para eles, do outro lado da câmara, estavam dispostas as peças brancas. Harry, Rony, Hermione e Meredith sentiram um leve arrepio, as peças brancas e altas não tinham feições.

Agora o que vamos fazer? — sussurrou Harry.

É óbvio, não é? — Rony falou— Temos que jogar para chegar ao outro lado da câmara.

Por trás das peças brancas eles podiam ver outra porta.

Como? — Hermione perguntou nervosa.

Acho que vamos ter que virar peças.

Ele se dirigiu a um cavalo preto e esticou a mão para tocar seu cavaleiro. No mesmo instante, a pedra ganhou vida. O cavalo pateou o tabuleiro e seu cavaleiro virou a cabeça protegida por um elmo pata olhar Rony.

Temos que nos unir a vocês para chegar ao outro lado? — O cavaleiro preto confirmou com a cabeça. Rony virou-se para os outros dois.

Isto exige reflexão disse. — Suponho que a gente tenha que tomar o lugar de quatro peças pretas...

Harry e Hermione ficaram quietos, observando Rony refletir. Finalmente ele disse:

Agora não vão se ofender, mas nenhum dos três é tão bom assim em xadrez...

Não estamos ofendidos! — Harry interrompeu depressa — Diga o que vamos fazer.

Bom, Harry, você toma o lugar daquele Bispo , Hermione, você fica ao lado dele substituindo a Torre e Meredith, fica no lugar do rei..

E você?

Vou ser o cavaleiro.

As peças pareciam estar escutando, porque ao ouvir isso um cavaleiro, um bispo, uma torre e o rei deram as costas às peças brancas e saíram do tabuleiro, deixando quatro casas vazias, que Harry, Rony, Hermione e Meredith ocuparam.

No xadrez as brancas sempre jogam primeiro... — explicou observando o tabuleiro. — É... Olhem...

Um Peão branco avançara duas casas.

Rony começou a comandar as peças pretas. Elas se mexiam em silêncio indo aonde eram mandadas. Os joelhos de Harry tremiam. E se perdessem?

Harry, ande quatro casas para a direita em diagonal.

O primeiro choque de verdade que levaram foi quando o outro Cavalo foi comido. A Rainha branca esmagou-o no chão e arrastou-o para fora do tabuleiro, onde ele ficou deitado imóvel, de borco no chão.

Eu tinha que deixar isso acontecer... — Rony disse parecendo abalado. — Assim você fica livre para comer aquele Bispo, Hermione, ande.

E se isso acontecer com a gente? – Meredith perguntou com a voz esganiçada.

Todas as vezes que eles perdiam uma peça, as peças brancas não mostravam piedade. Dali a pouco havia uma coleção de peças pretas inertes encostadas à parede. Duas vezes, Rony reparou, em cima do lance, que Harry Hermione e Meredith estavam em perigo. Ele próprio disparou pelo tabuleiro comendo quase tantas peças brancas quanto as pretas que haviam perdido.

Estamos quase chegando... — murmurou de repente — Me deixem pensar... Deixe-me pensar...

Rony ela vai me pegar! – Meredith gritou e Rony percebeu que no próximo lance a rainha branca daria cheque mate em Meredith.

A Rainha branca virou o rosto vazio para ele.

É... — continuou ele baixinho — É o jeito... Preciso me sacrificar.

Não! — Harry e Hermione gritaram e Meredith baixou o rosto..

Isto é xadrez! — Rony retorquiu — A pessoa tem que fazer alguns sacrifícios! Dou um passo à frente e ela me come, isso deixa você livre para dar o xeque-mate no Rei, Harry! E se eu não fizer isto, no próximo lance a rainha pega a Meredith...

Mas...

Você quer deter Snape ou não?

Rony..

Olhe, se você não se apressar, ele já terá apanhado a Pedra!

Não havia opção.

Pronto? — perguntou Rony, o rosto pálido, mas decidido. — Então vamos, agora, não se demore depois de ganhar a partida.

Rony... você é ate legalzinho... – Meredith disse tentando animá-lo.

Valeu... – Rony respondeu concentrado.

Ele avançou e a rainha branca o atacou. Golpeou Rony com força na cabeça com o braço de pedra e ele caiu com estrondo no chão. Hermione gritou, mas continuou parada em sua casa por eu Meredith mandou ela ficar parada, se não todo o jogo estaria perdido. A rainha branca arrastou Rony para um lado. Ele parecia ter sido nocauteado.

Trêmulo, Harry se deslocou três casas para a esquerda.

O Rei branco tirou a coroa e jogou-a aos pés dele. Os meninos tinham ganhado o jogo. As peças se afastaram para os lados e se curvaram, deixando o caminho livre para a porta em frente. Com um último olhar desesperado para Rony, Harry, Hermione e Meredith se precipitaram para a porta e para o corredor seguinte.

E se ele...?

Ele vai ficar bem — Harry, disse tentando convencer a si mesmo e Meredith gemeu agoniada. Ela era dispensável, mas Rony se sacrificou para protegê-la e a Harry — Que é que você acha que vai acontecer agora?

Tivemos o feitiço da Sprout, o Visgo do Diabo. Flitwick deve ter encantado as chaves. McGonagall transfigurou as peças de xadrez para lhes dar vida. Faltam o feitiço de Quirrell e o de Snape.

E o de Dumbledore. – Meredith falou chocada.

Tinham chegado à outra porta.

Tudo bem? — cochichou Harry.

Vamos.

Harry empurrou a porta para abri-la.

Um fedor horrível entrou por suas narinas, fazendo os dois puxarem as vestes para cobrir o nariz. Com os olhos lacrimejando, eles viram, deitado no chão diante deles, um trasgo ainda maior do que o que tinham enfrentado, desacordado e com um calombo ensangüentado na cabeça.

Que bom que não precisamos lutar contra este aí — Harry sussurrou enquanto, cautelosamente, saltavam por cima da perna maciça do trasgo. — Vamos, não estou conseguindo respirar.

Só falta o professor Snape agora. – Meredith falou para Hermione.

Harry abriu a porta seguinte, os três mal se atreviam a olhar o que vinha a seguir, mas não havia nada muito assustador ali, apenas uma mesa e sobre ela sete garrafas de formatos diferentes.

É o de Snape... — Harry disse — O que temos de fazer?

Ao cruzarem a soleira da porta, imediatamente irromperam chamas atrás deles. E não eram chamas comuns tampouco, eram roxa. Ao mesmo tempo, surgiam chamas pretas na porta adiante.

Estavam encurralados.

Olhe! — Hermione apanhou um rolo de papel que havia ao lado das garrafas. Harry espiou por cima do seu ombro para ler o papel:

O perigo o aguarda à frente, a segurança ficou atrás,

Duas de nós o ajudaremos cada uma com três

chances no que quer encontrar,

Uma dos sete o deixará prosseguir,

A outra levará de volta quem a beber,

Duas de nós conterão vinho de urtigas,

Três de nós aguardam em fria para o matar,

Escolha, ou, ficará aqui para sempre,

E para ajudá-lo, lhe damos quatro pistas:

Primeira, por mais dissimulado que esteja o veneno,

Você sempre encontrará um à esquerda do vinho de urtigas,

Segunda, são diferentes as garrafas de cada lado,

Aliás, se você quiser avançar nenhuma é sua amiga,

Terceira, é visível que temos tamanhos diferentes,

Nem a anã nem a gigante leva a morte no bojo,

Quarta, a segunda à esquerda e a segunda a direita

São gêmeas ao paladar, embora diferentes a vista.

Hermione deixou escapar um grande suspiro e Harry, perplexo, viu que ela sorria, a última coisa que ele tinha vontade de fazer.

Genial... — disse — Isto não é mágica, é lógica, uma charada, a maioria dos grandes bruxos não tem um pingo de lógica, ficariam presos aqui para sempre.

E nós também, não?

Claro que não. Tudo o que precisamos está aqui neste papel. Sete garrafas: três contêm veneno, duas, vinho, uma nos ajudará a passar a salvo pelas chamas negras, e uma nos levará de volta através das chamas roxas.

Mas como vamos saber qual delas beber?

Me dê um minuto.

Hermione leu o papel diversas vezes. Depois passou em revista a fila de garrafas, para cima e para baixo, resmungando de si para si e apontando para as garrafas. Finalmente, bateu palmas.

É está... Meredith falou apontando a pequena garrafinha.

Sim, a garrafa menor nos fará atravessar as chamas negras, rumo à pedra.

Harry mirou a garrafinha.

Ali só tem o suficiente para dois de nós. Não chega a ter dois goles.

Eles se entreolharam..

Qual é a que a fará voltar pelas chamas roxas?

Hermione apontou para uma garrafa arredondada na ponta direita da fila.

Você bebe essa... — Harry disse — Agora, escute, volte e recolha o Rony, apanhe vassouras na câmara das chaves aladas, elas levarão vocês para fora do alçapão e por cima de Fofo. Pegue Queen e vão direto ao corujal e mandem Edwiges a Dumbledore, precisamos dele. Talvez eu possa segurar Snape por algum tempo, mas não sou páreo para ele.

Mas Harry, e se Você-Sabe-Quem estiver com ele?

Bom... Tive sorte uma vez, não tive? — Harry falou indicando a cicatriz. — Talvez tenha sorte outra vez.

E eu?

Fica aqui... isto pode ser muito perigoso.

A boca de Hermione estremeceu e ela correu de repente para Harry e o abraçou.

Hermione.

Harry você é um grande bruxo, sabe?

Não sou tão bom quanto você. — Harry disse muito sem graça, quando ela o largou.

Eu! livros! E inteligência! Há coisas mais importantes, amizade e bravura e, ah, Harry tenha cuidado!

Hermione... acredite... nós realmente prescisamos de você agora. E você ajudou muito.

Hermione segurou as mão de Meredith.

Você é corajosa, é mais velha... é inteligente e enfrentou o Snape, por nós... e você é da Sonserina... não precisava fazer isso, mas fez... obrigada... Você é uma garota legal, e não merece o que te acontece...

O-obrigada... – Meredith disse meio sem jeito.

Você bebe primeiro. — Harry disse — Você tem certeza de qual é qual, não tem?

Positivo.

Ela tomou um demorado gole da garrafa arredondada na ponta e estremeceu.

Não é veneno? — perguntou Harry ansioso.

Não... Mas parece gelo.

Vai logo antes que o efeito passe. – Harry estava preocupado.

Boa sorte... Cuide-se...

VAI! – Meredith gritou.

Hermione virou-se e passou direto pelas chamas roxas.

Harry tomou fôlego e apanhou a garrafa menor de todas.

Virou-se para encarar as chamas negras.

Aqui vou eu...— disse e tomou um gole só.

Meredith pegou a garrafinha.

Eu vou também.... time. Lembra? – e Harry não pode fazer nada para impedir.

Era na verdade como se o gelo estivesse invadindo seus corpos. Ela deixou a garrafa na mesa e Harry avançou, enchendo-se de coragem, viram as chamas negras lamberem seu corpo, mas não as sentiram, por um instante não viu nada a não ser as chamas negras, então viu que estava do outro lado, na última câmara.

Meredith sentiu uma violenta contração em seu interior. E se curvou. Harry olhou surpreso,chocado.

Havia alguém lá, mas não era Snape. Muito menos Voldemort.




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Notas finais do capítulo

ando cheia de vontade4 de comer doce... eu sou o tipo de pessoa que é magra de rui, e sou uma drogada em açucar... eu piro sem açucar e esses dias não tinha nada de doce pra comer e eu fique muito depre... sou meio bipolar tambem, fico feliz e do nada triste, mas não é o apice de tristeza, só entediada. bem voltando ao açucar..... eu amo! existe uma comunidade ou clube tipo loucosporaçucar.com? sei la... e falando em coisas açucaradas, eu adoro cultura japonesa e pop( calma eu vou chegar lá!) e o an café( não disse?) é uma banda fofa... pena que o bou saiu, ou foi expluso... ninguem sabe muito bem o que aconteceu..... mas as musicas do tempo do bou são super animadas e kawaiiii!
é iisso!