Harry Potter e a herdeira maldita escrita por Absolem the oracle


Capítulo 18
Capítulo 18 - Descobertas sinistras e proibidas


Notas iniciais do capítulo

uahuahau
bem meu bumbum tá dormente!isso só por que eu amo voces! entao mandem rewiers!
é isso ai... eu vou terminar a serie lógo, mas continuem mandando rewier! eu amooo



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As coisas não poderiam estar piores.

Filch levou-os à sala da Professora Minerva no primeiro andar, onde eles ficaram sentados esperando, sem trocar uma palavra entre si. Hermione tremia. Desculpas, álibis e justificativas fantásticas substituíam-se umas as outras na cabeça de Harry, cada qual mais capenga do que a anterior. Ele não conseguia ver como iam se livrar desta encrenca. Meredith procurava por uma desculpa decente já que Harry era péssimo nisto e Hermione tremia tanto, que a menor pressão a faria falar tudo. Estavam encurralados. Como podiam ter sido burros a ponto de se esquecerem da capa? Não havia nenhuma razão no mundo para a Professora Minerva aceitar que estivessem fora da cama, esgueirando-se pela escola a altas horas da noite, e muito menos que estivessem na alta torre de astronomia, que era proibida aos alunos a não ser durante as aulas.

Somando a isso Norberto e a capa da invisibilidade e seria melhor começarem a fazer as malas.

Harry achou que as coisas não poderiam ficar piores. Estava enganado. Quando a Professora Minerva apareceu, vinha trazendo Neville.

Harry! — ele exclamou no instante em que viu os outros dois. — Eu estava tentando encontrar vocês para avisar que ouvi Malfoy dizer que ia pegar vocês, disse que vocês tinham um drag...

Harry sacudiu com força a cabeça para fazer Neville calar a boca, mas a Professora Minerva viu. Parecia mais provável que ela cuspisse fogo pelas narinas do que Norberto, ali a olhar os três de cima para baixo.

Bestão! — Meredith exclamou surpresa, pois estava tão absorta em criar uma desculpa que não viu Neville entrar.

Eu jamais teria acreditado que vocês fossem capazes disso. O Sr. Filch diz que vocês estavam no alto da torre de astronomia. É uma hora da madrugada. Expliquem-se...

Era a primeira vez que Hermione deixava de responder à uma pergunta de uma professora. Olhava para os sapatos, imóvel como uma estátua.

Acho que tenho uma boa idéia do que anda acontecendo... — disse a Professora Minerva — Não é preciso ser gênio para somar dois mais dois. Vocês contaram a Draco Malfoy uma história da carochinha sobre um dragão, tentando tirá-lo da cama e metê-lo em apuros. Eu já o apanhei. Suponho que achem engraçado que o Neville tenha ouvido a história e acreditado nela também.

Exato. – Meredith disse tomando a frente – A idéia foi minha e eu os arrastei pra lá.

Harry surpreendeu o olhar de Neville e tentou lhe dizer, sem falar, que aquilo não era verdade, porque Neville tinha uma expressão de espanto e mágoa. Pobre Neville trapalhão. Harry sabia o que deveria ter-lhe custado tentar encontrá-los no escuro para avisar.

Estou desapontada — disse a Professora Minerva. — Cinco alunos fora da cama em uma noite! Nunca ouvi falar numa coisa dessas antes! Você, Hermione Granger, achei que tinha mais juízo. Quanto a você, Harry Potter, achei que Grifinória significava mais para você do que parece. E a senhorita, Meredith, acreditava que fosse mais responsável como parecia a todos. Os quatro vão pegar uma detenção, sim e você também, Neville Longbottom, não há nada que lhe dê o direito de andar pela escola à noite, é muito perigoso, e vou descontar cinqüenta pontos da Grifinória.

Cinqüenta?— Harry ofegou. Perderiam a dianteira, a dianteira que ele conquistara na última partida de Quadribol.

Cinqüenta pontos de cada um — acrescentou a Professora Minerva, respirando com esforço pelo nariz longo e pontudo.

Professora... Por favor... A senhora não pode...

Não venha me dizer o que eu posso e o que eu não posso, Harry Potter. Agora voltem para a cama, todos vocês. Nunca senti tanta vergonha de alunos da Grifinória antes. E é claro, cinqüenta da Sonserina. Por que professor Snape está ocupado com Draco e não tenho tempo de levá-la ate ele.

Cento e cinqüenta pontos perdidos. Isto deixava a Grifinória em último lugar. Em uma noite, tinham estragado as chances de Grifinória conquistar a taça das casas. Harry teve a sensação de que o fundo do seu estômago se soltara. Como iriam poder compensar a perda? Mas não foi só a Grifinória que perdeu pontos aquela noite. A Sonserina tinha perdido cinqüenta pontos com certeza.

O que aconteceria quando o resto de Grifinória descobrisse o que tinham feito?

A princípio, os alunos de Grifinória que passavam pelas gigantescas ampulhetas que marcavam o placar das casas, no dia seguinte, acharam que tinha havido um engano. Como podiam de repente ter cento e cinqüenta pontos menos do que no dia anterior?

E então a história começou a se espalhar. Harry Potter, o famoso Harry Potter, seu herói dos jogos de Quadribol, fora o responsável pela perda de todos aqueles pontos, ele e mais uns dois panacas do primeiro ano.

Da posição de aluno mais popular e admirado na escola, Harry passou a de mais odiado. Até os alunos da Corvinal e Lufa-Lufa se voltaram contra ele, porque todos desejavam há muito tempo ver a Sonserina perder a Taça das Casas. Para todo lado que Harry ia, as pessoas o apontavam e não se davam ao trabalho de baixar as vozes para xingá-lo. Os de Sonserina, por outro lado, batiam palmas quando ele passava, assobiavam e davam vivas.

"Obrigado, Potter, ficamos lhe devendo essa!”

Mas nem por isso deixavam de infernizar Meredith que perdeu cinqenta pontos, e Draco fazia todos se voltarem contra ela.

Somente Rony continuou do lado de Harry.

Eles vão esquecer dentro de umas semanas. Fred e Jorge já perderam montes de pontos desde que chegaram aqui e as pessoas continuam a gostar deles.

Eles nunca perderam cento e cinqüenta pontos de uma tacada só, ou perderam? — Harry retrucou, infeliz.

Bom... Não — Rony admitiu.

Era um pouco tarde para consertar o estrago, mas Harry jurou nunca mais se meter em coisas que não eram de sua conta. Bastava de espiar e espionar. Sentia tanta vergonha que foi procurar Olívio para oferecer sua demissão do time de Quadribol.

Se demitir? — trovejou Olívio. — Que bem faria isso? Como vamos poder recuperar os pontos se não conseguirmos vencer no Quadribol?

Mas até mesmo o Quadribol perdera a graça. O resto do time não queria falar com Harry durante os treinos e quando precisavam se referir a ele chamavam-no de "o apanhador".

Hermione e Neville estavam sofrendo também. Não estavam apanhando tanto quanto Harry, porque não eram tão conhecidos, mas ninguém falava com eles, tampouco. Hermione parara de chamar atenção nas aulas, mantinha a cabeça baixa e trabalhava em silêncio.

Harry quase se alegrava que os exames não estivessem muito distantes. Todas as revisões que precisava fazer o distraiam de sua infelicidade. Ele, Rony e Hermione ficavam sozinhos, trabalhavam até tarde da noite, tentando lembrar os ingredientes das complicadas poções, aprender os feitiços e encantamentos de cor, decorar as datas das descobertas mágicas e das revoltas dos duendes...

Então, uma semana antes de começarem os exames, a nova resolução de Harry de não se meter em nada que não fosse de sua conta, foi submetida a um teste inesperado. Ao voltar da biblioteca, sozinho certa tarde, ouviu alguém choramingando numa sala de aulas mais à frente. Ao se aproximar, ouviu a voz de Quirrel.

Não... Não... Outra vez não, por favor...

Parecia que alguém o estava ameaçando. Harry se aproximou um pouco mais.

Está bem... Está bem — Quirrel ouviu soluçar.

E foi isto que aconteceu... – Harry contava a Meredith.

Sinistro... será que ele estava falando com o Snape?

No dia seguinte Meredith viu Quirrel sair correndo de sua sala, e segundos depois Harry estava bisbilhotando na porta.

Tá fazendo o que aqui? – Meredith gritou nas costas de Harry.

Ele deu um pulo.

Aposto doze pedras Filosofais que Snape acabou de deixar a sala..

Quirrel parece finalmente ter cedido. Eu vi ele sair correndo, branco como um papel...

Harry voltou à biblioteca, onde Hermione estava tomando os pontos de astronomia de Rony. Contou-lhes o que ouvira.

Snape então conseguiu — Rony exclamou— Se Quirrel contou a ele como quebrar o feitiço antimagia negra...

Mas ainda temos Fofo — Hermione lembrou.

Talvez Snape tenha descoberto como passar pelo cachorro sem perguntar ao Rúbeo. — Rony disse correndo os olhos pelos milhares de livros que os rodeavam — Aposto como tem um livro por aqui que ensina como se passar por um cachorrão de três cabeças. Então, o que vamos fazer Harry?

O brilho de aventura voltava a iluminar os olhos de Rony, mas Hermione respondeu, antes que Harry pudesse fazê-lo.

Vamos procurar Dumbledore. Isto é o que deveríamos ter feito há séculos. Se tentarmos alguma coisa por conta própria, com certeza vamos ser expulsos.

Mas não temos provas — Meredith falou rapidamente — Quirrell está apavorado demais para nos apoiar. Snape só precisa dizer que não sabe como foi que o trasgo entrou no Dia das Bruxas e que nem chegou perto do terceiro andar. Em quem vocês acham que eles vão acreditar, nele ou em nós?

Não é bem segredo que nós o detestamos, Dumbledore vai pensar que inventamos isso para ele ser despedido. — Harry dizia pensativo — Flich não nos ajudaria nem que a vida dele dependesse disso, é muito amigo de Snape, e quanto mais alunos forem expulsos, melhor, é o que ele pensa.

E não se esqueçam nós nem devíamos saber da Pedra nem de Fofo. O que vai exigir muita explicação. — Meredith lembrou Harry.

Hermione pareceu convencida, mas não Rony.

Se déssemos só uma espiadinha...

Não! — Harry respondeu decidido — já demos muitas espiadinhas.

E, dizendo isso, puxou um mapa de júpiter para perto e começou a aprender os nomes das luas.

E foi de tanto espiar que vocês perderam tantos pontos... – Meredith disse em um tom de gozação.

Na manhã seguinte, Harry Hermione e Neville receberam bilhetes à mesa do café da manhã. Diziam a mesma coisa:

Sua detenção começará às vinte e três horas.

Aguardem o Sr. Filch no saguão de entrada.

Professora Minerva”.

Vocês também receberam? A Queen ficou chocada quando contei pra ela...

Você o que?! – Hermione falou nervosa, provavelmente temendo perder mais pontos.

Ela não vai falar pra ninguém...

Harry parecia ter esquecido de suas detenções. Esperavam que Hermione reclamasse que aquilo representava perder uma noite inteira de revisões, mas não disse uma palavra. Provavelmente ela achava que eles tinham merecido.

Ás onze horas da noite eles se despediram de Rony na sala comunal e desceram com Neville para o saguão de entrada. Flich já se encontrava lá e também Malfoy e Meredith.

Sigam-me — Flich disse acendendo uma lanterna e levando-os para fora.

Aposto que vão pensar duas vezes antes de desobedecer novamente ao regulamento da escola, não é mesmo? — disse caçoando — Ah, sim, trabalho pesado e dor são os melhores mestres, se querem saber. É uma pena que tenham suspendido os castigos antigos, pendurar o aluno no teto pelos pulsos durante alguns dias, ainda tenho as correntes na minha sala, conservo-as azeitadas para o caso de precisarem. Muito bem, lá vamos nós, e nem pensem em fugir agora, será pior para vocês se fizerem isso.

Eles caminharam pela propriedade às escuras. Neville não parava de fungar. Meredith imaginava qual seria o castigo.

Devia ser alguma coisa realmente horrível, ou Flich não pareceria tão contente.

A lua brilhava, mas as nuvens que passavam por ela lançava-os na escuridão. À frente, Meredith via as janelas iluminadas da cabana de Hagrid. Então, ouviram um grito distante.

É você, Flich? Ande logo, quero começar de uma vez.

O ânimo de Harry pareceu melhorar, se eles iam trabalhar com Hagrid então não seria tão ruim. Seu alivio deve ter transparecido no rosto, porque Flich falou:

Acho que você está pensando que vai se divertir com aquele panaca? Pois pode pensar outra vez, menino. É para a floresta que você vai e estarei muito enganado se voltar inteiro.

Ao ouvir isso, Neville deixou escapar um gemido e Malfoy ficou paralisado.

A floresta? — repetiu e não pareceu tão tranqüilo como de costume. — Não podemos entrar lá à noite... Tem todo tipo de coisa lá... Lobisomens, ouvi falar.

Eu não tenho medo... – Meredith falou com a voz Dra mas por dentro sentia um certo pânico a tomar.

Neville agarrou a manga das vestes de Harry e pareceu se engasgar.

Isto é o que pensa, não é? — Flich disse com a voz esganiçando-se de satisfação — Devia ter pensado nos lobisomens antes de se meterem encrencas, não acha?

Hagrid saiu do escuro caminhando em direção a eles, com Canino nos calcanhares. Carregava um grande arco e uma aljava com flechas pendurada ao ombro.

Até que enfim. Já estou esperando há meia hora. Tudo bem, Harry, Hermione.... e Meredith?

Eu não seria tão simpático com eles, Hagrid! — Flich disse com frieza — Afinal eles estão aqui para serem castigados.

E por isso que você está atrasado, não é? — Hagrid disse amarrando a cara — Andou passando carão neles, não é? Isso não e sua função. Você fez a sua parte, eu pego daqui para frente.

Volto ao amanhecer para recolher o que sobrar deles... — disse Flich maldoso, deu meia-volta e retornou ao castelo, balançando a lanterna na escuridão.

Malfoy virou-se então para Hagrid.

Não vou entrar nessa floresta. — disse e era visível que Harry ficou contente de ouvir a nota de pânico em sua voz.

Vai, sim, se quiser continuar em Hogwarts. — Hagrid  disse com ferocidade — Você agiu mal e agora tem de pagar pelo que fez...

Mas isso é coisa para empregados e não para estudantes. Achei que íamos fazer uma cópia ou outra coisa do gênero, se meu pai souber que eu estou fazendo isso, ele...

... Lhe dirá que em Hogwarts é assim — Hagrid rosno. — Fazer cópia! Para que serve? Você vai fazer uma coisa útil ou vai sair da escola. E se pensa que seu pai vai preferir que você seja expulso, então volte para o castelo e faça suas malas. Vamos!

Viu? Isso que dá, ser bisbilhoteiro e língua grande.. seu sapo! – Meredith respondeu tentando afastar o pensamento dos horrores da floresta e Hagrid riu de Draco, que ficou quieto – Ainda bem que eu não tenho pai... – ela sussurrou com uma ponta de inveja de Draco.

Malfoy não se mexeu. Encarou Hagrid furioso e em seguida baixou os olhos.

Muito bem, então! — Hagrid disse — Agora prestem atenção, porque é perigoso o que vamos fazer hoje à noite e não quero ninguém se arriscando. Venham até aqui comigo.

Ele os conduziu à orla da floresta. Erguendo a lanterna bem alto, apontou para uma trilha serpeante de terra batida que desaparecia por entre árvores escuras. Uma brisa leve levantou os cabelos dos meninos, quando eles se viraram para a floresta.

Olhem ali, estão vendo aquela coisa brilhando no chão? Prateada? Aquilo é sangue de unicórnio. Tem um unicórnio ali que foi ferido gravemente por alguma coisa. É a segunda vez esta semana. Encontrei um morto na quarta-feira passada. Vamos tentar encontrar o pobrezinho. Talvez a gente precise pôr fim ao sofrimento dele.

E se a coisa que feriu o unicórnio nos encontrar primeiro? — Malfoy perguntou incapaz de conter o medo na voz.

Não há nenhuma criatura viva na floresta que vá machucá-lo se você estiver comigo e com o Canino. E siga a trilha. Muito bem, agora, vamos nos separar em dois grupos e seguir a trilha em direções opostas. Tem sangue por toda parte, ele deve estar cambaleando pelo menos desde a noite passada.

Eu quero Canino! — Malfoy disse depressa, olhando para as presas de Canino.

Muito bem, mas vou-lhe avisando, ele é covarde. Então eu, Harry, Hermione e Meredith vamos por aqui e Draco, Neville e Canino por ali. Agora, se algum de nós achar o unicórnio, disparamos centelhas verdes para o alto, ok? Peguem as varinhas e comecem a praticar agora, assim. E se alguém se enrolar, dispare centelhas vermelhas, e vamos todos procurá-lo, então, cuidado. Vamos.

A floresta estava escura e silenciosa. Entrando por ela, chegaram a uma bifurcação, e Harry, Hermione, Meredith e Hagrid tomaram o caminho da esquerda enquanto Malfoy, Neville e Canino tomaram o da direita.

Caminharam em silêncio, com os olhos no chão. Aqui e ali um raio de luar penetrava por entre os galhos e iluminava uma mancha de sangue prateado nas folhas caídas.

Harry viu que Hagrid parecia muito preocupado.

É possível um lobisomem estar matando os unicórnios? – Perguntou.

Meredith começou a sentir um forte mal estar.. talvez fosse aquele lugar.

Não com essa rapidez, não é fácil matar um unicórnio, eles são criaturas mágicas poderosas. Nunca soube de nenhum ter sido ferido antes.

Passaram por um toco de árvore coberto de musgo. Meredith ouviu água correndo, devia haver um riacho por perto. Ainda viam manchas de sangue de unicórnio aqui e ali pela trilha serpeante.

Você está bem, Hermione? — Hagrid sussurrou — Não se preocupe, ele não pode ter ido longe se está tão ferido e então poderemos... PARA TRÁS DAQUELA ÁRVORE!

Hagrid agarrou Harry e Hermione e guindou-os para fora da trilha e para trás de um enorme carvalho. Meredith saiu correndo atrás deles. Ela sentia uma forte náusea, e seu estomago se contraiu violentamente. Hagrid puxou uma flecha e encaixou-a no arco, e ergueu-o, pronto para atirar. Os quatro apuraram os ouvidos. Alguma coisa deslizava pelas folhas mortas ali perto, parecia uma capa arrastando no chão. Hagrid apertava os olhos para enxergar a trilha escura à frente, mas, passados alguns segundos, o ruído desapareceu.

Eu sabia... — ele murmurou — Tem alguma coisa aqui que está fora de lugar.

Um lobisomem? — sugeriu Harry.

Isso não era um lobisomem e não era um unicórnio, tão pouco. — Hagrid disse sério — Muito bem, me sigam, mas tenham cuidado, agora.

Gente?! E Draco, Neville, e o cachorro? Eles estão bem? – ninguém parecia ter escutado Meredith.

Continuaram a caminhar mais devagar, os ouvidos à escuta do menor ruído. De repente, alguma coisa na clareira adiante, alguma coisa sem dúvida se mexia.

Quem está ai? — Hagrid chamou— Apareça. Estou armado! — e na clareira apareceu um vulto era um homem, ou um cavalo? Até a cintura, um homem, com cabelos e barba vermelhos, mas da cintura para baixo era um luzidio cavalo castanho com uma cauda longa e avermelhada. Os queixos de Harry, Hermione e Meredith caíram.

Ah! É você, Ronan — exclamou Hagrid aliviado. — Como vai?

Ele se adiantou e apertou a mão do centauro.

Boa noite para você, Hagrid!— Ronan disse. Tinha uma voz grave e triste — Você ia atirar em mim?

Cautela nunca é demais, Ronan. — Hagrid disse dando uma palmadinha no arco Tem alguma coisa à solta nesta floresta. Ah, sim, estes são Harry Potter, Hermione Granger e Meredith Riddle. Alunos lá da escola. E este é Ronan. É um centauro.

Riddle... – ronan disse quase que saboreando cada letra do nome.

Já percebi... — Hermione disse com a voz fraca.

Boa noite. — Ronan cumprimentou — São alunos, é? E aprendem muita coisa na escola?

Hum.

Um pouquinho. — Hermione respondeu tímida.

Um pouquinho. Bom, já é alguma coisa — Ronan suspirou.

Depois, jogou a cabeça para trás e contemplou o céu.

Marte está brilhante hoje.

É... — Hagrid disse mirando o céu também — Olhe, foi bom termos nos encontrado, Ronan, porque tem um unicórnio ferido. Você viu alguma coisa?

Ronan não respondeu imediatamente. Continuou a olhar para o alto sem piscar e então suspirou outra vez.

Os inocentes são sempre as primeiras vitimas. Foi assim no passado, é assim agora.

É, mas você viu alguma coisa, Ronan? Alguma coisa anormal?

Marte está brilhante hoje... — Ronan repetiu enquanto Hagrid o observava impaciente. — Um brilho anormal.

Sim, mas estou me referindo a alguma coisa mais perto da terra. Você não notou nada estranho?

Mais uma vez, Ronan levou algum tempo para responder.

A floresta esconde muitos segredos. — Ronan disse calmo, mas com uma fúria estranha no olhar, mirando Meredith.

Um movimento nas árvores atrás de Ronan fez Hagrid erguer o arco outra vez, mas era apenas um segundo centauro, de cabelos e corpo negros e de aspecto mais selvagem do que Ronan.

Olá, Agouro. — Hagrid cumprimentou— Tudo bem?

Boa noite, Hagrid, você vai bem, espero.

Bastante bem. Olhe, eu estava mesmo perguntando a Ronan, você viu alguma coisa estranha por aqui ultimamente? É que um unicórnio foi ferido. Você sabe alguma coisa?

Agouro foi se postar ao lado de Ronan. Olhou para o céu.

Marte está brilhante hoje... —simplesmente disse.

Já sabemos. — Hagrid respondeu agastado. — Bom, se um de vocês vir alguma coisa, me avise, por favor. Vamos indo, então.

Harry, Hermione e Meredith saíram com ele da clareira, espiando Ronan e Agouro por cima dos ombros até as árvores tamparem sua visão.

Nunca... — Hagrid disse irritado — ...tentem obter uma resposta direta de um centauro. Vivem contemplando as estrelas. Não estão interessados em nada que esteja mais perto do que a lua.

E têm muitos deles aqui? — Hermione perguntou.

Ah, um bom numero... Vivem isolados na maior parte do tempo, mas tem a bondade de aparecer quando preciso dar uma palavrinha. São inteligentes, veja bem, os centauros... Sabem das coisas... Só não falam muito.

Você acha que foi um centauro que ouvimos antes? — Meredith perguntou cm uma voz tremida.

Você achou que era barulho de cascos? Não, se quer saber, aquilo é o que anda matando os unicórnios. Nunca ouvi nada parecido antes.

E continuaram a caminhar pela floresta densa e escura. Harry não parava de espiar, nervoso, por cima do ombro. Meredith tinha a sensação ruim de que alguém os observava. Estavam contentes que tivessem Hagrid e seu arco com eles. Acabavam de passar uma curva na trilha quando Hermione agarrou o braço de Hagrid.

Rúbeo! Olhe! centelhas vermelhas, os outros estão em apuros!

Vocês três esperem aqui! — Hagrid gritou — Fiquem na trilha, volto para apanhá-los!

Eles o ouviram romper o mato e ficaram parados se entreolhando, muito assustados, até não conseguirem ouvir mais nada a volta exceto o farfalhar das árvores.

Você acha que eles estão machucados? — sussurrou Hermione.

Não me importo com Malfoy, mas se alguma coisa pegou Neville... É culpa nossa que ele esteja aqui.

Se o bobão o Rony fosse mais cuidadoso... – Meredith olhou desesperada – Eu to passando mal... – dois segundos depois ela vomitou nas grossas raízes de uma árvore.

Os minutos se arrastaram. Seus ouvidos pareciam mais aguçados do que o normal. Harry parecia estar registrando cada suspiro do vento, cada graveto que quebrava. O que estava acontecendo? Onde estavam os outros?

Finalmente, um grande barulho de mato pisado anunciou a volta de Hagrid. Malfoy, Neville e Canino o acompanhavam.

Hagrid vinha danado da vida. Malfoy, ao que parecia, se atrasara e agarrara Neville por trás para lhe dar um susto Neville se assustara e mandara o sinal.

Teremos sorte se apanharmos alguma coisa agora, com a barulheira que vocês aprontaram. Muito bem, vamos trocar os grupos: Neville, você e Hermione ficam comigo, Harry, você com o Canino e esse idiota. Sinto muito... — Hagrid acrescentou para Harry num cochicho — mas vai ser mais difícil ele assustar você e precisamos acabar o nosso serviço. Meredith, vá com Harry e Canino.

Então Harry e Meredith entraram pelo coração da floresta com Malfoy e Canino. Andaram quase meia hora, embrenhando-se cada vez mais, até que a trilha se tornou impraticável porque as árvores cresciam juntas demais. Haviam salpicos nas raízes de uma árvore, como se o pobre bicho tivesse se debatido de dor por ali.

Harry viu uma clareira adiante, através dos galhos emaranhados de um velho carvalho.

Olhe... — murmurou, erguendo o braço para deter Malfoy.

Alguma coisa muito branca brilhava no chão. Eles se aproximaram aos poucos.

Era o unicórnio, sim, e estava morto. Eles nunca viram nada tão bonito nem tão triste. As pernas longas e finas estavam esticadas em ângulos estranhos onde ele caíra e sua crina espalhava-se nacarada sobre as folhas escuras. Meredith se sentia tonta e enjoada, e suas costas ardiam como no sonho...

Harry dera um passo à frente, mas um som de algo que deslizava o fez congelar onde estava. Uma moita na orla da clareira estremeceu... Então, do meio das sombras saiu um vulto encapuzado que se arrastava de gatas pelo chão como uma fera à caça. Harry, Malfoy, Meredith e Canino ficaram paralisados. O vulto encapuzado aproximou-se do unicórnio, abaixou a cabeça sobre ferimento no flanco do animal e começou a beber o seu sangue.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Malfoy soltou um grito terrível e fugiu, seguido por Canino. A figura encapuzada ergueu a cabeça e olhou diretamente para Harry e Meredith. O sangue do unicórnio escorrendo pelo peito. Ficou de pé e avançou rápido para Harry, que não conseguiu se mexer de medo.

Harry  recuou cambaleando e parecia sentir uma dor absurda. Ouviu cascos as suas costas, galopando, e aí alguma coisa saltou por cima dele, e atacou o vulto.

A dor na cabeça de Harry foi tão forte que ele caiu de joelhos.

Meredith só viu tudo ficar negro, sentiu seus olhos revirarem.

Levou uns dois minutos para passar. Quando ergueu os olhos, o vulto desaparecera.harry estava bem, e tentava a levantar. El vomitou de novo. Um centauro avultava-se sobre ele, mas não era Ronan nem Agouro, este parecia mais novo, tinha cabelos louros prateados e o corpo baio.

Você está bem? — o centauro perguntou ajudando Harry a levantar meredith.

Estou, obrigado, o que foi aquilo?

O centauro não respondeu. Tinha espantosos olhos azuis, como safiras muito claras. Mirou Harry com atenção, demorando o olhar na cicatriz que se sobressaia, lívida, em sua testa.

Você é o menino Potter. É melhor voltar para a companhia de Hagrid. A floresta não é segura à estas horas, principalmente para você. Quem é está?

Meredith, Riddle....

Sabe montar? Será mais rápido. Meu nome é Firenze, coloque- a ai e a segure. — acrescentou ao dobrar as patas dianteiras para Harry poder subir no seu lombo.

Ouviram repentinamente o ruído de galopes vindo do outro lado da clareira. Ronan e Agouro irromperam do meio das árvores, os flancos arfantes e suados.

Firenze! — Agouro trovejou — O que é que você está fazendo? Está carregando um humano! Não tem vergonha? Você é uma mula?

Você sabe quem ele é? — Firenze retrucou — É o menino Potter. Quanto mais rápido ele sair da floresta, melhor. E ela é uma Riddle!

O que é que você andou contando a ele? — Agouro rosnou — Lembre-se, Firenze, juramos nunca nos indispor com os céus. Você não leu o que vai acontecer nos movimentos dos planetas?

Ronan pateou o chão, nervoso.

Tenho certeza de que Firenze achou que estava fazendo o melhor... — falou em um tom sombrio.

Agouro escoiceou com raiva.

Fazendo o melhor! O que tem isso a ver conosco? Os centauros se preocupam com o que foi previsto! Não é nossa função ficar correndo por aí como jumentos recolhendo humanos perdidos na nossa floresta!

Firenze de repente empinou-se nas patas traseiras com raiva, de modo que Harry teve de se agarrar nos seus ombros para não cair.

Você não viu o unicórnio! — Firenze berrou para Agouro. — Você não percebe por que foi morto? Ou será que os planetas não lhe contaram esse segredo? Tomei posição contra o que está rondando a floresta, Agouro, tomei, sim, ao lado dos humanos se for preciso.

E Firenze virou-se depressa para partir, com Harry agarrando-se o melhor que podia e segurando muito mal Meredith que já se recuperava, eles mergulharam entre as árvores, deixando Ronan e Agouro para trás.

E Harry nem Meredith faziam a menor idéia do que estava acontecendo.

Por que Agouro está tão zangado? — perguntou. — O que era aquela coisa de que você me livrou?

Nos livrou... – Meredith acrescentou já se sentindo bem o suficiente para falar.

Firenze abrandou a marcha, alertou Harry e Meredith para manter a cabeça abaixada a fim de evitar os galhos baixos, mas não respondeu à pergunta. Continuaram por entre as árvores em silêncio por tanto tempo que Harry achou que Firenze não queria mais falar com ele.

Estavam passando por um trecho particularmente denso da floresta, quando Firenze parou de repente.

Harry Potter, você sabe para que se usa o sangue de unicórnio?

Não.. — Harry disse surpreendido pela estranha pergunta. — Só usamos o chifre e a cauda na aula de Poções.

E você menina Meredith?

N-não sei..

Porque é uma coisa monstruosa matar um unicórnio. Só alguém que não tem nada a perder e tudo a ganhar cometeria um crime desses. O sangue do unicórnio mantém a pessoa viva, mesmo quando ela está à beira da morte, mas a um preço terrível. Ela matou algo puro e indefeso para se salvar e só terá uma semivida, uma vida amaldiçoada, do momento que o sangue lhe tocar os lábios.

Harry ficou olhando para a nuca de Firenze, que estava prateada de luar.

Mas quem estaria tão desesperado? —Harry perguntou para si — Se a pessoa vai ser amaldiçoada para sempre, é preferível morrer, não é?

É — Firenze concordou —, a não ser que ela precise se manter viva o tempo suficiente para beber outra coisa, algo que vai lhe devolver a força e o poder totais, algo que significa que jamais poderá morrer. Sr. Potter, o senhor sabe o que é que está escondido na sua escola neste momento?

A Pedra Filosofal! – Meredith disse num grito.

É claro, o elixir da vida! Mas não percebo quem... – Harry falava depressa.

Não consegue pensar em ninguém que tenha esperado muitos anos para retomar o poder, que se apegou à vida, esperando uma chance?

Você está dizendo — Harry falou rouco — que aquele era o Vol..

Harry! Harry, você está bem?

E eu? – Meredith disse triste.

Hermione vinha correndo ao encontro deles pela trilha, Hagrid a acompanhava arfando.

Estou bem... — Harry disse sem nem saber o que estava dizendo. — O unicórnio morreu, Rúbeo, está naquela clareira lá atrás.

É aqui que eu o deixo. — Firenze murmurou enquanto Hagrid corria para examinar o unicórnio. — Está seguro agora.

Harry escorregou de suas costas e ajudou Meredith a descer.

Boa sorte, Harry Potter — Firenze disse — Os planetas já foram mal interpretados antes, até mesmo pelos centauros. Espero que seja o que está ocorrendo agora. E você menina Meredith, tome cuidado. Você é cria dele... e os planetas não dizem boas coisas sobre isto.

Virou-se e entrou a trote pela floresta, deixando para trás um Harry cheio de tremores e Meredith sem respostas.

Rony adormecera no salão comunal às escuras, esperando os amigos voltarem. Gritou alguma coisa sobre faltas no Quadribol, quando Harry o sacudiu com força para acordá-lo. Em questão de segundos, porém, seus olhos se arregalaram quando Harry começou a contar a ele e a Hermione o que acontecera na floresta.

Harry nem conseguia se sentar. Andava para cima e para baixo na frente da lareira. Continuava a tremer.

Snape quer a pedra para Voldemort... E Voldemort está esperando na floresta... E todo esse tempo pensamos que Snape só queria ficar rico.

Pare de repetir esse nome! — Rony disse num sussurro de terror como se Voldemort pudesse ouvi-los.

Harry nem o escutou.

Firenze me salvou, mas não devia ter feito isso. Agouro ficou furioso... Falou de interferência naquilo que os planetas anunciaram que ia acontecer. Eles devem estar indicando que Voldemort vai voltar. Agouro acha que Firenze devia ter deixado Voldemort me matar. Imagino que isso também esteja escrito nas estrelas.

Quer parar de dizer esse nome! Rony sibilou.

Portanto só preciso esperar que Snape roube a pedra — continuou Harry febril —, então Voldemort vai poder voltar e acabar comigo. Bem, quem sabe Agouro vai ficar feliz.

Hermione parecia muito assustada, mas teve uma palavra de consolo.

Harry, todo mundo diz que Dumbledore é a única pessoa de quem Você-Sabe-Quem já teve medo. Com Dumbledore por perto Você-Sabe-Quem não vai tocar em você. Em todo o caso, quem disse que os centauros tem razão? Isso está me parecendo adivinhação, e a Professora Minerva diz que adivinhar o futuro é um ramo muito inexato da magia.

Que merda! Vocês não sabem de nada... — Meredith parecia atordoada — Aquilo falou comigo... estava na minha cabeça... como se eu pudesse ouvir seus pensamentos... foi horrível... aquilo é... maligno demais... e me disse, que eu era igual a ele...

Pare de bobeira... está tudo bem... – Hermione abraçou Meredith e finalmente ela caiu em prantos na frente dos três – Está tudo bem Meredith.... – Hermione falou delicada.

Não está tudo bem... – Meredith disse parando de chorar- ...está péssimo e só vai piorar... eu sinto isso.

O céu havia clareado antes de terminarem de conversar. Foram se deitar exaustos, com as gargantas ardendo. Mas as surpresas da noite não tinham terminado.

Hermione, posso dormir no seu quarto? – Meredith pediu inocente e amedrontada.

Claro.

Harry fora primeiro para o dormitório quando a duas chegaram, ele estava na sala comunal.

A capa... estava na minha cama...

Não nóia Potter... relaxa e dorme. – dito isto, Meredith e Hermione sumiram no dormitório feminino.

Mas a noite de Meredith foi um tormento sem fim.


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Notas finais do capítulo

ainda to procurando harry potter e a camara secreta que não seja em pdf... aff detesto/! é horrivel pra ler, e eu já não gosto de ler no computador sabe... prefiro os livros, sentir as paginas e aquele cheirinho de papel! eu não tenho twiter( so burra não conssigui fazer) e sei lá, tem certas coisas que a tecnologia não pode e nem vai conseguir substituir... é isso... kissu da kii