Pov. Hermione Granger.

  Onde estou?

   Foi a primeira pergunta que me fiz assim que me localizei. Estava numa casa e era belíssima, estava na sala o sofá era branco.

      - Senhorita Granger que prazer revê-la – viro e arregalo os olhos surpresa. Não podia ser, eu estava enlouquecendo.

       Era Dumbledore.

      - Professor? Não pode ser você esta... – não consegui terminar minha frase.

       - Morto. – ele terminou por mim. – Sim eu sei do meu atual estado.

        Dumbledore falava com tanta tranqüilidade que me assustava, quem ficaria calma ao saber que morreu?

       - Isso quer dizer que eu morri? -  me espantei com a possibilidade, eu não posso estar morta, não quero.

       - Não senhorita. Ainda não é a sua hora. – suspirei aliviada.

        - Mas então  o que eu estou fazendo aqui? Alias onde estou? Por que estou falando com você? – eram tantas perguntas na minha cabeça.

         - Antes de morrer eu tinha que te mandar em uma missão mais você só poderia entrar nela quando estivesse madura o suficiente e eu sabia que não estaria presente nesse dia por isso minha lembrança esta aqui hoje com você. Respondendo a onde você está aqui é Godric Hollows. – olhei espantada para Dumbledore.

     O que estávamos fazendo em G.H?

     - Antes de te falar sobre a missão quero te mostrar uma lembrança. – Dumbledore explicou. – Mas essa é uma lembrança de alguém que já morreu.

        Eu que estava a observar a casa me virei com tudo para encarar o velho quando ele disse isso.

        - Quero te mostrar um pouco do passado de Harry.

       E quando ele disse isso uma mulher de cabelos acaju entrou na sala segurando um bebe no colo e logo em seguida apareceu um homem com a mamadeira seguindo a mulher.

        - Lilian e Tiago Potter. – sussurrei.

        - Sim.

      O homem de cabelos pretos entregou a mamadeira pra esposa e ficou observando enquanto os dois davam o mamar de Harry. Os dois estavam sorrindo e felizes que me partia coração.

       E a cena começou a ficar cabulosa, ouvimos  batidas na porta como alguém quisesse forçá-la e Tiago levantou do sofá empurrando sua mulher até a escada.

        - Lilian é ele, vá leve o Harry. Eu o atraso. – a mulher num ato de completo desespero beijou o marido pela ultima e subiu as escadas com o filho no colo. Meu rosto estava completo por suas lagrimas.

        - Dumbledore eu não quero ver. – pedi.

        Eu já estava em lagrimas, era tão triste ver como eles eram felizes e agora por culpa daquele maníaco o Harry não tinha seus pais com ele.

        Um cara encapuzado entrou na casa e apontou a varinha para Tiago Potter que sem se defender estava a mercê do homem.

       - Avada Kedrava. – Tiago Potter estava morto.

       Ouvimos choro do andar de cima, provavelmente de Harry e o vimos indo em direção a escada.

        - Vem, temos que segui-lo. – Dumbledore disse e fomos logo atrás de Voldemort.

         Me arrepiei, deve ser por estar tão perto de Voldemort a única vez que o vi foi no ministério mais eu estava preocupada demais com Harry e mal reparei nele.

          Voldemort parou em frente a uma porta e com um gesto de varinha a abriu e dentro havia uma mulher em prantos em frente ao berço do filho.

           - Saia da frente. – Voldemort rosnou.

           - Por favor o meu filho não, me mate. Me mate se quiser mais o meu filho não. – Lilian implorava  por misericórdia.

           - Saia da frente. – ele gritou ainda mais alto.

        Mas a mulher não saiu da frente de onde estava seu filho, só ficava lá e implorava pela vida do seu filho.

        - Se deseja assim. – Voldemort apontou a varinha para a mulher e citou a maldição da morte, e as ultimas palavras dela foi. Harry e Tiago Potter.

       As lagrimas continuavam a sair, achei tão lindo mesmo na hora da morte ela se lembrar de Tiago e de seu filho.

        Voldemort se virou para o bebe que estava chorando e apontou a varinha e logo um brilho verde  saiu da varinha indo em direção ao menino.

         E mudamos de cena.

        Agora estávamos na sala do diretor em Hogwarts.

        - Por que você me fez presenciar isso professor? – perguntei, minha voz estava super triste.

        As lagrimas começaram a diminuir mais o meu nervosismo não.

         - Pra você ver senhorita Granger como a vida de muitos foram afetados por culpa de Tom. – Dumbledore disse.

          - Ok, mas essa tal missão que você tem pra mim o que é? – perguntei.

        - eu não tenho tempo de te contar agora, seus amigos já devem estar preocupados demais com você. – Dumbledore disse fazendo eu franzir a testa.

     Como ele queria que eu cumprisse uma missão que  ele não me conta o que é.

       - E antes de você voltar Hermione quero que você lembre bem de uma frase. – prestei bem atenção no que ele disse. – O livro guarda segredos e mistérios, pra descobrir o que fazer descubra esses mistérios.

         Assenti.

        - Não conte a eles sobre esse nosso encontro senhorita. Só iria transtorná-los.. – E tudo ficou preto.

         Eu me sentia completamente acordada mais não tinha controle do meu corpo, não conseguia falar, me mexer nem mesmo abrir os olhos eu conseguia.

        Estava completamente mercê ao mundo lá fora.

        - Meu Merlin, Hermione acorda por favor. – era o Draco. – Acorda amor.

         Com muito esforço consegui abrir meus olhos lentamente e encarar os três garotos que estava me encarando.

       - Hermione. – gritaram os três juntos.

        - Graças ao céu você esta bem. – Harry disse quando Malfoy me puxou pra um abraço.

        Pisquei algumas vezes e tentei me levantar, mas perdi o equilíbrio e cambaleei pra trás.Rony me segurou pra que eu não caísse.

        - O que aconteceu? – Harry perguntou.

        Olhei pra ele.

         - Não me lembro. – menti me lembrando que as ultimas palavras de Dumbledore foi para não contar pra eles o que eu vi. E do nada lagrimas saíram de meus olhos ao lembrar das mortes dos pais de Harry.

          - Hermione o que foi? – Draco perguntou desesperado.

          - Na-nada. – gaguejei.

          - Fale conosco Mione. – Rony forçou.

         -Serio eu não sei  o que esta havendo comigo. – menti, limpei meu rosto e joguei para o mais fundo das minhas lembranças aquelas cena.

       - Querem alguma coisa pra comer? – perguntei.

       - Não já comemos. -  Harry disse. – Mas temos que conversar, por que não voltamos pra mansão Black?

        Suspirei.

        - Por que quando estávamos saindo do ministério um cara entrou na minha mente e viu que estávamos lá. – eu respondi. – Foi só isso que ele viu, mas achei que não seria seguro voltar lá.

         Andei por toda a barraca admirando como eles a haviam montado.

        - Que bom que montaram a barraca direito. – comentei.

       - Achou que nós éramos o que? Debiloides? – Ron perguntou.

       - Prefiro não responder. – eu disse arranjando um sorriso falso para colocar em meu rosto.

          Os três reviraram os olhos.

         - Melhor vocês dormirem, eu tomo conta. – falei.

         - Não Mione, você desmaiou e quer que a deixamos sozinha tomando conta? – Harry perguntou meio irritado com a idéia, era um absurdo eu achar que ele não ligaria para o meu bem estar.

        - Só desmaiei de cansaço. Agora estou bem Harry. – disse. – E não quero que vocês desmaie também. E agora os três vão dormir.

         Depois de muito insistir e das reclamações dos três consegui fazer com que eles aceitassem e fossem dormir para descansar enquanto eu vigiava.

        Me sentei perto da saída da barraca com o  livro que Dumbledore havia deixado pra mim de herança, tentei ler mais meus pensamentos veio no encontro que tivemos em meu sub consciente.

       O livro guarda segredos e mistérios, pra descobrir o que fazer descubra esses mistérios.

       Meu Merlin por que não consigo tirar essa frase de minha mente? O que ele quis dizer com isso?Sim em cada livro tem mistérios e segredos, isso era obvio mas por que ele queria que eu lembrasse disso?

        Abri os contos de Beatlle o Bardo. Mas a escuridão da noite não me deixava ler, rapidamente peguei minha varinha e sussurrei Lumos e na ponta de minha varinha clareou. Encostei no livro na contra capa e vi que  havia uma frase escrita ali. Estreitei meus olhos e li:

        O livro guarda segredos e mistérios, pra descobrir o que fazer descubra esses mistérios

       E o único pingo de esperança que eu tinha de tudo que eu vivi com Dumbledore fosse mentira foi embora naquele instante. Se eu não tivesse mesmo conversado com Dumbledore por que a mesma frase que ele havia me dito a algumas horas  estava escrita na contra capa do livro que ele me dera?

       Do lado da frase tinha um símbolo, uma pirâmide cortada ao meio com uma circunferência  pequena dentro do triangulo.

     Estava confusa. Aquilo estava muito estranho.

       Passei minhas mãos por cada pagina existente no livro, chegando na ultima pagina minha fixa caiu. E eu já sabia o que Dumbledore queria me dizer.

        Então é isso?

    ...

Continua...