Hes Lost Control escrita por whatshername


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu tô realmente amando fazer essa história, e espero que vocês estejam gostando kk



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“Não respondi. O jeito como ele falou, com uma calma tão grande, parecia que nada pra ele era novidade, o vazio no olhar dele me fez sentir pena, e ao mesmo tempo me fez sentir nojo de mim mesmo. Frank despertava em mim sentimentos que eu raramente sentia.”

Mesmo com todos os remédios que me deram não consegui dormir naquela noite, eu me sentia ridículo, eu só queria minha heroína, ela me ajudaria a esquecer aquilo tudo, eu estava agoniado, eu sentia vergonha da minha ignorância, eu queria pedir desculpas a Frank, queria ouvir a voz dele de novo.

—Frank! —Sussurrei.

—Frank, você ta acordado?

—Acho que sempre estou. —Ele respondeu. —Eu tenho insônia, e ás vezes os remédios não resolvem.

—Eu... é... queria é... —Eu era horrível em pedir desculpas e coisas do tipo, meu orgulho sempre foi maior do que tudo. —queria pedir é... des-desculpas, pelo o que eu te disse mais cedo sabe, ta sendo meio difícil pra mim aceitar isso tudo de uma vez.

—Não sei se aceito suas desculpas.

Depois de eu ter que usar cada centímetro de coragem que eu tinha, e ele ainda diz “não sei se aceito suas desculpas”? Qual é o problema desse garoto?

—Brincadeira. —Ele disse com aquele sorriso infantil novamente. —Eu já estou acostumado com isso, na escola as pessoas me xingavam o tempo todo, e quando eu cheguei aqui também não foi muito fácil, eu aprendi a lidar com isso um pouco.

 —Ah, eu sinto muito por isso. —Esse era meu jeito de ‘consolar’, eu era terrível nisso também.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que eu ouvi um barulho, era mesmo o que eu estava pensando? Frank estava mesmo chorando? Será que eu disse algo errado? Puta que pariu, esses loucos são muito sensíveis.

—Frank, você ta chorando, cara?

—Não, não to, é só uma alergia que eu tenho. —Ele disse com aquele sorriso infantil no rosto novamente, acho que eu estava começando a gostar daquele sorriso.

—Frank, você mente mal pra caralho.

Ele riu.

Depois disso ele começou com mil e um assuntos, nem parecia que ele tinha me conhecido naquele dia mesmo, ele falava de tantas coisas, sonhos que ele teve, livros que leu, alguns filmes que assistiu, a voz dele mais uma vez me fez perder os sentidos, não demorei muito para adormecer.

Acordei no dia seguinte me sentindo melhor do que eu esperava, mas minha vontade de sair dali não havia diminuído. Levantei-me (Frank devia ter acordado cedo pelo visto, porque sua cama já estava arrumada), vesti algumas roupas que minha mãe havia mandado e sai. Eu não tinha planos para aquele dia, além de tomar meus remédios e voltar para a cama, não queria ver ninguém. Aqueles dias sem heroína e nenhum outro tipo de droga tinham me deixado meio... não sei... idiota e sensível.

Havia algumas pessoas no corredor, todos me encaravam quando eu passava aquilo me deixava nervoso, eu tinha medo de que alguém me atacasse ou algo assim.

—Bom dia, senhor Way! Como está se sentindo hoje? —Disse Helena, me parando.

—Mal.

—Não se preocupe, as coisas vão melhorar. E você tem uma consulta com nosso psiquiatra hoje ás 15:00.

—Psiquiatra?

—Sim, faz parte do seu tratamento.

Eu ia falar com um psiquiatra? Ótimo, agora eu era definitivamente louco.

—Ok. —Eu disse calmo, não queria dar motivos para eles me darem mais remédios, eu já estava tão dopado que era difícil até para pensar.

Fui em direção ao jardim, acho que um lugar daqueles me faria bem agora, eu precisava pensar. Me sentei num banco vazio perto da fonte, tentando ignorar as pessoas que estavam por perto, afinal estavam todos me olhando acho que era por eu ser um ‘novato’ por ali.

—Oi, você é novo por aqui, né? —Disse um garota com um sorriso que parecia até o do Frank, só que era bem mais exagerado.

—É sou sim.

—Meu nome é Demi.

—Sou Gerard.

—Então Gerard, por que você está aqui?

—Heroína, e um pouco de Mary Jane. (Maconha). E você?

—Bom, eu tentei me matar algumas vezes e coloquei fogo na casa de praia do meu pai com a empregada dentro. —Ela disse com um sorriso maior ainda que quase me fez sair correndo. —Você vai se meu amigo, não vai?

—Ah, claro.

COMO ASSIM COM A EMPREGADA DENTRO? PUTA QUE PARIU! Alguém tira essa garota daqui.

—Ei, Gerard! Vejo que conheceu a Demi. —Frank disse se aproximando e sentando no banco do meu lado.

Graças e Deus alguém tinha aparecido, eu já não sabia lidar com as pessoas direito, ainda mais com uma incendiária suicida.

—Oi, Fronkeh! Tudo bom?

—Claro e com você, baby?

—Tudo sim.

—Bom eu já vou indo, tenho que ver meu psiquiatra agora. —Ela disse se despedindo. —Tchau Gee! Tchau Fronkeh!

Quando ela já estava longe o bastande para não me ouvir, me virei para Frank e disse:

—O que ela tem? Ela disse que queimou a casa com a empregada dentro! Caralho, eu quase saí correndo, pensei que ela era o demônio. E ela me chamou de Gee, quanta intimidade.

Frank riu alto.

—Ela é uma mentirosa compulsiva, por isso é difícil lidar com ela, você não sabe se o que ela está falando é verdade eu só mais uma invenção. E você não devia fala assim dela, ela é uma das melhores pessoas que você vai conhecer. —Ele disse sério, como se tivesse ficado bravo de uma hora pra outra.

—Eu não tenho tanta certeza, mas se você acha.

—Então você resolveu sair do quarto hoje, hein. Isso é um bom sinal. —Ele disse depois de alguns minutos de silêncio.

—Na verdade eu queria ficar sozinho, mas acho que é meio impossível aqui.

—Ok então, entendi já to indo.

—Não, não. —Eu disse rindo. —Você pode ficar se não começar a tagarelar como ontem.

—Não te garanto nada. E, além disso, já está na hora no almoço, é melhor agente ir.

Eu e Frank almoçamos (na verdade só eu almocei, notei que Frank nem tocou na comida), conheci mais algumas pessoas e a maioria me assustou pra caralho, mas eles eram até legais.

Passei o dia conversando com Frank, eu gostava de conversar com ele apesar de ele mudar de humor toda hora como se estivesse de TPM.

—Senhor Way, vamos! Está na hora da sua consulta. —Disse Helena entrando na sala de TV onde Frank e eu estávamos.

—Vai lá, Gee. —Frank disse com um sorriso lindo que me fez sorrir também.

Eu estava nervoso, eu nunca tinha falando com um médico desse tipo antes, na verdade eu nunca me abria com ninguém. 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?



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