Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 4
Ilha dos Sonhos




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Ilha dos sonhos – Capitulo 4

Eu tava em um tipo de cama tentei abrir os olhos, mas estava muito claro e então os fechei rapidamente.

- Nathan, tais acordado? – perguntou Érica

- Não, sou sonâmbulo não tais vendo?

Abri os olhos com muito custo, vi que eu estava em um quarto todo branco cheio de aparelhagens de hospital, tinha uma mulher loira e de tranças olhando para mim,a Érica.

- Onde estou?

- Em um hospital.

- Haha, disso eu sei. Onde estão o resto da cambada?

- Que resto?

- Meus pais, amigos, parentes, qualquer um.

- Nathan, nós estamos na Ilha dos sonhos, ninguém deles pode te visitar.

- Verdade, tinha me esquecido que enfrentamos aqueles… cachorros espinhentos

- Quimeras, na verdade.

- Pensei que quimeras eram umas coisas com cabeça de leão, a cauda era uma serpente e soltava fogo. – AOM (Age of Mythology) também é cultura.

- Também são, existem dois tipos de quimeras, essas que descrevesse são as verdadeiras, mas o nome também pode se referir as criaturas criadas por mágica, fazendo a mistura de outros seres, como por exemplo, aquelas que enfrentamos eram a mistura de lobisomens e porcos-espinhos.

- A ultima coisa de que eu me lembro é tu correndo escada a cima e um… desses bichos pulando atrás de ti, o que aconteceu depois?

- Ah… - falou meio hesitante - você me ajudou a me livrar dela e depois passamos pelo portal, quando chegamos aqui desmaiasse e tais desacordado ate agora pouco.

- Quanto tempo?

- Algumas horas.

- O paciente já acordou?- perguntou a enfermeira que acabara de chegar, eu me assustei com ela, pois parecia uma daquelas madrastas más dos contos de fadas, ela era bonita de olhos azuis, tinha um cabelo completamente negro, mas só de olhar para ela dava um pressentimento de que a qualquer momento ela faria algo perverso.- Vamos fazer um check-up e depois poderá sair.

Me assustei com o que poderia ser esse check-up, principalmente vindo de uma mulher com uma aparência tão má.

- Nathan, tenho que resolver umas coisas depois eu venho te buscar. - disse já saindo.

- Espera ai, não vai dar nenhum abraço de melhoras? – perguntei com um bico.

- Ta bom. – disse vindo se arrastando.

- Não me deixa aqui sozinho com ela. – sussurrei no meio do abraço. – Ela me dá medo.

- Boa sorte - disse rindo e saindo.

Até que o check-up não era assim tão ruim, ela passou a mão uns centímetros acima de meu corpo, da mão dela saia umas luzes que "scanneavam" o meu corpo.

- Esta tudo bem. Pode se trocar no banheiro. – só agora percebi que eu tava com uma daquelas camisas de paciente de hospital.

- Cadê minhas roupas?

- Ali no chão- disse num ar meio irritado e apontando para o chão do lado da minha cama onde tinha uma mala.

- Obrigado. - disse, mas ela fingiu que não escutou e saiu do quarto.

Peguei a mala e fui ao banheiro, quando abri a mala, mas a roupa que tinha lá não era minha, parecia que tinha acabado de sair da loja. Peguei as que estavam em cima para não bagunçar tudo e sai do quarto.

Quando sai do quarto uma guria de olhos de um tom muito profundo de azul e de cabelos castanhos, que estava correndo se esbarrou em mim e nós dois fomos pro chão.

- OLHA POR ONDE ANDA, SUA CEGA – xinguei.

- TU DEVERIA TER DESVIADO- rebateu

Depois disso comecei a rir.

- TAIS ME ACAHANDO COM CARA DE PALHAÇA PARA RIR?

- Desculpa, mas é que eu tava pensando que eu acabei de receber alta e já vou voltar pra dentro – disse rindo.

Ela pareceu ficar constrangida e corou, fazendo eu rir um pouco mais.

- Desculpa pelo esbarrão, é que eu to com muita pressa.

- Não foi nada. Receber um esbarrão de boas-vindas é sempre bom, principalmente de uma garota bonita que nem você. – parecia impossível, mas ela corou ainda mais.

- Boas- vindas?

- É que eu cheguei essa… agora é de manhã ou de tarde?

- Tarde, perdidinho hein?- perguntou rindo.

- Qualquer um ficaria assim depois de você esbarrar nele. – dei o troco e ela corou mais uma vez.

- Haha, sem graça.

- Nathan, temos que ir logo – gritou uma histérica Érica. – Desculpa quem é? – perguntou apontando para a guria.

- Sou Luciana.

- Eu sou Nathan e essa histérica aqui é a Érica.

- Desculpa interromper o namoro, mas precisamos visitar o sábio. – disse me puxando.

- Então tchau, Luciana.

- Tchau Nathan- disse rindo da cena.

Saímos do hospital e fomos ao estacionamento, paramos do lado de um mustang.

- É seu?

- Era do meu pai, mas depois que ele morreu, eu herdei ele. – disse meio cabisbaixa.

- Vamos então?- disse colocando a mala no banco de trás.

- Vamos.

Ela ligou o carro e saiu do estacionamento, virou para direita.

- Érica.

- O que?

- Se lembra quando eu perguntei o que aconteceu depois que o cachorro saltou em cima de ti?

- Sim.

- Você falou que eu te ajudei, né?

- É.

- Como eu ajudei?

- Você já sabe?- perguntou, depois que eu assenti ela disse – Você lançou uma magia de elemento fogo.

- Magia?

- Mais ou menos, sabe "Avatar, a lenda de Ang"? É mais ou menos assim que tu fizesse, mas dá também para usar os elementos para fazer magias… esquece tu vai aprender isso depois.

- Quando?

- É o que vamos ver agora.

Nós estávamos passando por algumas casas de madeira que pareciam estar ali há muito tempo, olhei para frente e vi um pouco distante um fabuloso castelo do estilo medieval.

- Vamos para o castelo?

- É.

Depois de alguns minutos chegamos ao castelo e paramos antes da ponte do fosso.

- Daqui para frente é a pé.

Tinha dois guardas de cada lado do portão do castelo, que alem da ponte elevadiça tinha ainda uma daquelas grades que descem. Passamos por muitos corredores e salões ate chegarmos na frente de uma porta ricamente enfeitada.

- Boa sorte.

- Você não vem?

- Não, vai entrando que estão te esperando – ela abriu a porta e me empurrou para dentro.

A sala onde eu entrei estava mal iluminada a única coisa que eu via era uma cadeira de três pernas, ri internamente "Só falta agora trazerem o chapéu seletor".

- Indentifique-se! – disse uma voz em minha mente.

- Sou Nathaniel Beschützer.

- Por enquanto, esse nome é o nome que você ganhou de seus pais, agora vamos descobrir seu nome verdadeiro. Sente-se na cadeira.

Fui até a cadeira e me sentei, no exato momento que eu me sentei um circulo ao redor de mim se iluminou, pouco tempo depois se apagou.

- Agora fale seu nome.

- Nathan Traveller – disse automaticamente.

- É um poderoso sobrenome, guarde-o para si. Seus pais quase acertaram seu verdadeiro nome, eles estão de parabéns. Agora pode sair, diga para sua recrutadora para te levar para a casa do próximo período.

Sai da sala e encontrei uma ansiosa Érica esperando do lado de fora. Contei tudo que o sábio tinha falado para ela.

- Ir estudar no próximo período? – ela ligou o carro. – Acho que ele pirou de vez.

- Por quê?

- Porque as turmas dos outros períodos fazem uns trotes com os dos períodos mais novos, para tu conseguir sobreviver tens que pelo menos saber o mínimo de dominação dos elementos.

- Eles podem me matar? – perguntei meio assustado.

- Não, eu acho…

- Por que você não me da uma aula sobre dominação?

- Não da tempo precisa de pelo menos uma semana para conseguir dominar um elemento, e o próximo período começa daqui a três dias.

- O que é esse período?

- Período é o grupo de escolhidos que chegaram de tal data até tal data e que o sábio colocou para ter a aprendizagem junto. O período de aprendizagem dura 5 anos, a cada 6 em 6 meses abre, digamos, uma nova sala.

- Você teve essa aprendizagem?

- Sim, como eu nasci aqui minha aprendizagem começou aos 7 anos e terminou ano passado. Vocês são mais velhos com isso possuem melhor capacidade de assimilar o aprendizado, por isso dura menos tempo para vocês.

- Como eu lancei aquela bola de fogo sem saber dominar um elemento?

- Tu deve ser um primordial de fogo. – vendo que eu não tinha entendido – você tem mais afinidade com o elemento fogo.

- E tu tem afinidade com terra e vento – me lembrei do tremor e da ventania que deu quando nós enfrentamos as quimeras.

- É.

Passamos o resto da viagem cada um com seus pensamentos.

- Chegamos – ela disse quando parou o carro na frente de uma fileira de casas, pra falar a verdade quase mansões que eram separadas apenas por um jardim, todas elas eram iguais só mudava a cor. – Você fica na amarela. – apontando para a casa amarela que era a penúltima da fila. – Boa sorte.

- Você não vai vir? – perguntei saindo do carro e pegando a minha mala.

- Desculpe, mas não.

- Que mestra boa eu tenho, desde que chegamos aqui só tem me abandonado, primeiro com a enfermeira, depois no sábio e agora indo pra essa casa.

- Desculpa – disse sinceramente – daqui pra frente você vai ter que se virar sozinho, aqui eu só sou sua recrutadora e eu não passo disso.

- Ta então você não é mais minha amiga? – disse num ar zombeteiro.

- Isso eu continuo sendo. Agora vai logo que eu tenho coisas melhores pra fazer.

- Isso magoou. Até mais.

- Nathan, provavelmente nós não nos veremos enquanto você não terminar o aprendizado.

- Esta bem. – disse meio triste – Me lembrando, obrigado pelas roupas.

- Não fui eu, todos os escolhidos recrutados recebem roupas novas e uma conta em um banco com um pouco de dinheiro.

- Pra que o dinheiro?

- Pra se tu for a cidade poder comprar algo.

- Quando fomos para o castelo não passamos pela cidade?- perguntei me lembrando das casas.

- Não aquilo eram as casas dos servos do antigo rei, a cidade é bem longe daqui para os que estão em aprendizado não derem uma escapada para lá. Agora tenho que ir. – disse cantando os pneus e arrancando.

"Legal fiquei no vácuo, vamos entrar então"

Fui ate a porta da mansão, parei um pouco para tomar coragem e então entrei. A sala onde estava era enorme tinha alguns sofás, uma televisão gigante em uma parede com vários videogames, a sala era decorada com vários quadros e vasos de plantas, tinha uns armários em uma parede e duas escrivaninhas em outra parede. Três portas saiam da sala: uma que dava na cozinha, a da entrada e outra que dava em um corredor que tinha uma escada para o segundo piso onde tinham quatro quartos cada um com quatro camas e do lado de cada cama tinha um armário e ainda em cada quarto tinha um banheiro, ainda no segundo piso tinha uma escada para o sótão, e ainda tinha um porta no corredor da escada que ia para a área de serviço e desta tinha uma porta para fora onde tinha um gramado e um bosque mais adiante.

Estranhamente eu já conhecia essa casa como se eu morasse nela há muito tempo, subi ao segundo piso para guardar minhas coisas, ouvi um barulho e entrei em um dos quartos.

- Bom dia. – falei para um cara de mais ou menos 19 anos que estava do lado de uma cama mexendo no armário.

- Bom dia – falou se virando, ele era um pouco mais alto que eu, cabelo castanho musculoso, um digno carinha da propaganda da colgate.

- Eu acabei de chegar, tem alguma cama vazia?

- Tem essa ai – apontando para a ultima cama antes da porta pro banheiro.

- Obrigado. – coloquei a minha mala em cima da cama – não era pra ter mais gente por aqui?

- Tem sim, eles estão em um lago no meio do bosque tomando um banho, já já eles voltam.

- Obrigado. Porque você não foi junto com eles? – perguntei depois de olhar melhor a cara dele.

- Tinha uns compromissos.- disse corando.

- Encontrar a namorada? – perguntei rindo.

- Ahn… como… você sabe? – disse meio surpreso.

- Não sei, mas a marca de batom na boca ajuda bastante. – disse mostrando onde estava a marca.

- Obrigado. – passando a mão na boca – se um dos outros visse eu seria zoado a semana toda. Meu nome é Dante.

- Nathan, prazer.

Um barulho de porta abrindo e gente conversando nos distraiu da conversa.

- Bem, a cambada chegou. Vamos descer para apresentar tu para a turma.

- Tem alguém da minha idade por aqui?

- Tais com medo de ser o caçula? – perguntou rindo – a não ser eu todos tem entre 15 e 17 anos.

- Que bom. Vou só arrumar melhor as minhas coisas. – disse pegando minha mala e indo para o armário do lado da minha cama.

- Que bom, um outro tímido aqui em casa. – disse saindo.

Depois que ele saiu, eu me sentei na cama e respirei fundo tomando coragem, depois de um tempo me levantei e desci as escadas.

- E ai macacada, temos um novo recruta aqui – disse Dante.

- Um cara? – perguntou um guri.

- É um rapaz, tava querendo uma gostosa James?

- Cadê ele? – perguntou uma guria.

- Ele já ta descendo.

Desci as escadas e fui na porta do corredor, de lá pude ver seis gurias e cinco rapazes contando com o Dante.

- Esse aqui é o Nathan.- disse o Dante se colocando do meu lado. – Esses são a turma, Erick – disse apontando para um cara bem bronzeado, bem alto. – Dean – disse apontando para um cara loiro meio pálido. – Carlos – um cara todo musculoso, cabeça raspada e cara de bad boy. – James – um pouco mais baixo que eu, cabelos castanhos. – As meninas, Juliet – ruiva com cabelos crespos até a metade dos ombros. – Maria – loira, com os olhos azuis. – Rachel – cabelos negros e a pele em contraste pálida. – Lauren – cabelos castanhos e tinha uma tatuagem no ombro – Shade – uma guria de cabelos castanhos com mechas loiras em um rabo-de-cavalo.

- E ai Nathan? – disse alguém no meio da "multidão".

- E ai Luciana – disse reconhecendo a voz.

- Vocês já se conhecem? – perguntou o Dante.

- Nos esbarramos por ai. – disse ela

- Ta tudo muito bom, tudo muito bem, mas to com muito sono. – já estava de noite nessa hora. – Parabéns por vir ao período dos bons e seja bem vindo, que eu já fui – disse James indo para o segundo andar.

- Não liga, ele é sempre assim – disse a Shade.

- Tudo bem. – disse. – Já tá de noite mesmo. Acho que vou comer algo – disse indo para a cozinha.

- Queis ajuda? – perguntou Luciana entrando na cozinha atrás de mim.

- Num precisa, vai querer uma… - disse abrindo a geladeira – meu que fartura – disse olhando a geladeira vazia e fechando ela.

- Fartura?

- Farta tudo.

- É que tem que…

- Dizer o que quer para pegar algo na geladeira – completei.

- Como sabe?

- Boa pergunta, parece que eu já morei nessa cada por um bom tempo. Não aconteceu isso com vocês?

- Não, que estranho.

- Estranho? Fazer magia e controlar os elementos não é estranho?

- Fazer magia para mim não é.

- Não?- perguntei surpreso.

- Não, da dimensão que eu venho muitas pessoas fazem magias, aliás, todos que eu conheço fazem magia. Estranho é essa TV – disse apontando para a sala – os videogames, carros e essas coisas.

- De onde viesse? Marte?

- De Araulen, acho que você não conhece.

- Não, queis uma maçã? – disse abrindo a geladeira.

- Não, obrigada.

- Todos daqui vieram de dimensões diferentes?

- Só o Dean e a Juliet vieram de uma mesma dimensão.

- Como todos falam português?

- Ninguém aqui fala essa língua, eu acho. Nós estamos falando, digamos, na língua dos viajantes, desde que nós passamos pelos portais nós falamos essa língua – completou vendo que eu não tinha entendido.

Ficamos conversando mais um pouco sobre as dimensões e suas diferenças.

- Melhor irmos nos deitar, já ta tarde. – disse olhando um relógio.

- É mesmo, nem vi o tempo passar.

Fomos para o segundo andar e entramos cada um em seu respectivo quarto. Fui arrumar as minhas coisas em meu armário enquanto eu esperava o Dean terminar o banho.

- Será que ele vai demorar muito? – perguntei pro Dante, ele e o Dean eram meus colegas de quarto.

- Eu acho que ele se esquece da vida quando está no banho, por isso acho que ele vai demorar.

- Quem é a garota?

- Que garota?

- A que te beijou.

- Ela é do período que começou a 6 meses.

Nisso o Dean sai do banheiro e eu entro, tomo um banho e vou pra cama dormir. "Foi um dia beeemm estranho hoje. Será que vai ser assim daqui pra frente?"


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