Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 25
Descobertas e lobos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo ele é um dos poucos que eu ja tinha pensado antes de começar a escrever.



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Capitulo 25 – Descobertas e lobos.

O Indiana Jones iria concordar comigo, estar cercado de cobras gigantescas não é legal. Fomos logo para perto da porta.

- O que você fez? – perguntei para a Shade.

- Nada... – fez uma cara de criança que aprontou – Só toquei na porta, onde tinha uma cobra desenhada.

As cobras estavam no mesmo lugar em que caíram, elas olhavam para nós, mas não faziam mais nada além disso.

- Parece que elas estão esperando algo. – falei.

- Alguma coisa que devemos fazer? – filosofou Rachel.

Ela se virou para a porta e ficou examinando.

Dean, o brilhante estrategista do grupo, tentou fazer a coisa mais idiota possível: voltar para o corredor, foi dando um passo de cada vez, quando estava quase chegando na metade as cobras começaram a se mexer. Cinco cobras fizeram um circulo ao redor do Dean, pelo jeito elas eram treinadas.

- Não se mexe seu idiota, o que você estava tentando fazer? – perguntou Dante.

Dean ficou estático no lugar, nem sequer falou. O Dean ter ideias idiotas era bem normal, mas essa...

Agora tínhamos dois problemas, as cobras que ainda estavam espalhadas pela sala e as cobras que estavam cercando o Dean. A Rachel recomeçou a analisar a porta, pelo que parecia ela não estava conseguindo nenhum progresso.

Nós não poderíamos fazer nada, a porta estava fechada e não tínhamos nenhuma ideia de como abri-la, não dava para chegar ao corredor por causa das cobras e nem dava para salvar o Dean.

Agora era hora para os planos malucos de Nathan, geralmente eles davam certo, ou eu quase morria, nem tudo é perfeito.

Andei calmamente e cheguei perto das cobras que faziam o circulo em volta do Dean, elas nem me notaram ficaram só olhando para ele.

Agora vinha a parte perigosa do plano, eu ia chamar a atenção delas para mim, isso faria ele ter tempo de sair dali, uma ação altruísta que poderia salvar meu amigo, ou como o meu pai dizia uma coisa burra que se faz quando quer dar uma de herói, e nisso eu concordava com as palavras dele.

- Se afastem – eu poderia ter falado qualquer coisa, que como as cobras são surdas elas nem iam notar que eu falei, ou talvez notassem a vibração do ar.

Preparei para saltar para o lado e desviar do bote da cobra, que nunca aconteceu. Simplesmente as cobras desfizeram o circulo e voltaram para a posição de inicio.

Essa era a ultima coisa que eu esperava que acontecesse, as minhas hipóteses que estavam entre parar no estomago de uma cobra e parar no estomago de uma cobra.

Fiquei olhando algum tempo as cobras, elas ficaram paradas nos observando.

Isso foi muito estranho mesmo, se bem que a minha vida não era muito “normal”, mas essa coisa das cobras ia para o top 10 com certeza.

- Vamos. – falei para o Dean que ainda estava parado, como se não acreditasse que as cobras tinham saído.

Ele olhou para mim, aliviado, e andou tremulo até os outros. Eles olharam para mim surpresos, não dava para saber quem estava mais surpreso eu ou eles.

Andei como o que eu tivesse feito não fosse nada e voltei para perto da porta junto com os outros.

- E ai Rachel descobrisse alguma coisa?

- Parece que essa porta é um teste para os druidas. Eles precisam tocar no animal que eles se transformam.

Agora que ela falou isso eu comecei a reparar que a porta tinha somente desenhos de animais, não tinha nenhum humano desenhado nela.

- E então? O Que fazemos? – perguntou Dante.

- Temos que encostar nos animais para passar.

- Mas a Shade fez isso e apareceram as cobras. – falei.

Estranhei que não veio nenhum soco, tapa ou qualquer coisa do gênero.

- Eu sei disso, mas é o único jeito que eu pensei.

- Acho melhor pensarmos mais um pouco, não podemos nos arriscar tanto assim. – falou Dante.

Como se as cobras tivessem escutado o que o Dante falou ela começaram a se aproximar de nós e pararam no meio da sala, agora nós estávamos com menos espaço para nos movimentar.

- Pelo jeito não temos tempo para pensar – falei.

- Como não da para ficar pior do que já está, vamos cada um encostar em um animal diferente para ver o que acontece. – falou Shade.

- Todo mundo junto? – perguntou Dean.

- Sim.

Cada um de nós escolheu um animal, eu escolhi um lobo, a Shade uma águia, Rachel uma coruja, Dean um tigre e Dante um urso.

- No três... um... dois... três. – falamos juntos.

Uma luz branca nos cegou momentaneamente.

Eu estava em uma sala totalmente diferente da outra, essa tinha tapeçarias de animais nas paredes, o chão tinha alguns tapetes que também eram de animais, algumas esculturas de animais estavam espalhadas pelo cômodo, no centro de tudo tinha uma fogueira, ela estava em um buraco que ficava a 50 centímetros abaixo do chão, o fogo chegava no mínimo a 3 metros, o fogo era impressionante, de vez em quando surgiam algumas imagens de animais correndo nele.

- Seja bem-vindo viajante.

Me assustei com a voz, olhei para um lado, para o outro, para cima e não vi ninguém.

- Estou aqui jovem viajante. – disse a voz de novo, e agora identifiquei que ela vinha da fogueira.

Um senhor estava dentro da fogueira, ele parecia ser a fogueira, ele tinha uma pele de urso nas costas, ele tinha longos cabelos castanhos que eram escondidos pela boca do urso que parecia estar mordendo a cabeça dele, e vestia uma túnica preta com alguns símbolos estranhos.

- Não se preocupe jovem viajante eu não vou te fazer mal.

- Quem é você? – a irritante mania de querer perguntar “o que é você?” continuava mas eu conseguia controlar.

- Já tive vários nomes, eu acho que você vai preferir me chamar de Sacerdote druida.

- Então você é o sacerdote desse templo?

- Sim, eu ajudava aos novos druidas a despertarem seu totem.

- Totem?

- Sim, o animal interior, alguns também chamam de inner.

- E o que você quer de mim?

- Ajudar você.

- Em quê...

Eu fui juntando os pontos, ele ajudava os druidas e ele queria me ajudar, não foi tão difícil.

- Cadê meus amigos? – só me lembrei deles agora.

- Não se preocupe, eles já estão fora do templo. Só você ficou.

- E porque isso? – eu já sabia a resposta, mas queria a confirmação.

- Você tem os poderes de um druida, a magia Traveller corre por suas veias, você será muito poderoso e terá grandes responsabilidades.

- Magia Traveller?

- Desculpe-me jovem, não posso falar mais que isso. Só posso te ajudar a despertar seu totem. Primeiro quero que você sente perto da fogueira, não se preocupe que ela não vai te queimar.

Como se qualquer fogo me queimasse fácil, me sentei perto da fogueira e fiquei olhando o sacerdote.

- Agora feche os olhos e imagine o lugar mais selvagem que existe dentro da sua mente.

Isso foi muito confuso, um lugar selvagem dentro da minha mente...?

Eu estava em uma floresta tropical, ela era muito densa não dava para ver dois metros em qualquer direção que as arvores já tapavam a visão. Era estranho, mas eu sabia que não era ai que o meu totem iria estar.

Caminhei em uma direção qualquer, algo guiava meus movimentos, algo parecia me chamar.

A floresta estava ficando cada vez menos densa, eu tinha certeza que esse era o caminho certo, até que a floresta acabou e eu me vi no pé de uma montanha muito grande, não dava para ver o pico dela, porque ela passava das nuvens. Na base da montanha a uns 3 metros do chão tinha uma caverna, e eu iria entrar nela.

Escalei os poucos metros que separavam a caverna do chão e entrei, ela era um pouco fria e transmitia uma aura selvagem.

Estava muito escuro dentro da caverna, estranhamente eu não tinha tropeçado nenhuma vez, fui indo cada vez mais fundo até que dois olhos apareceram, eles estavam na mesma altura que os meus e um pouco mais separados, o que quer que o dono dos olhos seja ele é gigante.

Um tipo de riso latido veio de onde os olhos estavam, eu sabia que o dono desse riso era o meu totem.

- Até que enfim você veio até aqui, eu estava cansado de esperar.

- Você estava me esperando?

- Desde que você nasceu.

Nenhum de nós falou, cada um de nós estava analisando o outro, bem, como eu não conseguia ver ele direito eu fiquei analisando os olhos dele que brilhavam no escuro.

Como se fosse magica, eu não duvidava que fosse, a caverna foi se tornando mais clara, não... eu estava enxergando melhor no escuro.

O meu totem, o ser que estava na minha frente, não era nada mais do que um lobo gigantesco, com os pelos cinzentos e olhos verdes, sua cauda felpuda balançava de um lado para o outro.

- Então o que vamos fazer agora? – me referindo a coisa do totem e druida.

- Já está acontecendo, não percebesse que agora você está enxergando no escuro?

Estranhamente eu achei essa frase muito parecida com as que eu usava quando alguém me perguntava algo obvio.

- Sim, nós temos uma ligação de personalidade, digamos que eu sou o seu lado selvagem de ser. E não, você não pode me culpar por tudo que você vez impulsivo, a nossa ligação até agora só foi você passando a sua personalidade para mim, daqui em diante você poderá me culpar por algumas coisas.

Ele estava lendo a minha mente, tudo que eu ia falar ele já sabia antes.

- E não, eu não leio a sua mente, só sei como você pensa.

Fiquei um tempo para absorver tudo o que aconteceu.

- E como vamos sair daqui?

- Sair de onde? Aqui é a sua mente.


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Notas finais do capítulo

Alguma ideia para o nome do lobo/inner/totem?
Que eu to sem nenhuma
eu queria dizer um obrigado para todos que me ajudaram nessa fict e queria dizer que estamos na reta final dessa primeira parte, provavelmente eu postarei a segunda em uma outra fict que eu ainda não decidi o nome pode ser "Nathan traveller e as trevas da ilha" ou algo do genero



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