Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 24
Labirinto e armadilhas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a "pequena" demora na postagem, eu estava sem tempo/motivação para escrever



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/164975/chapter/24

Capitulo 24 – Labirinto e armadilhas.

Andamos um pouco por dentro do templo, os desenhos continuavam por todas as paredes que víamos. De vez em quando chegávamos em bifurcações do caminho e sempre era uma discussão para ver por onde nós iriamos, uma discussão entre a Shade e o James chegou até separar o grupo em dois: Eu, a Shade, o Dean, o Dante e a Rachel fomos para um lado, a Luciana, Carlos, Eric e o James pelo outro.

Tínhamos nos separado a mais de uma hora.

- Isso está chato. – falou Shade.

- Quem mandou brigar com o cara que faz o tempo passar? – retrucou Dean.

- O James estava pedindo aquilo.

- Só por que ele não concordou qual caminho seguir? – perguntou Dante.

Ela não respondeu nada e foi na frente.

- Shade, cuidado! – falei.

Varias flechas foram lançadas da parede em direção a Shade. Ela desfiou com dificuldade delas e voltou para perto do nosso grupo.

- O que foi isso? – perguntou Dean.

- A coisa mais clichê em templos antigos: armadilhas. – respondi.

- E como você sabia que tinha uma armadilha ali? – perguntou Rachel.

Essa era uma boa pergunta, eu não fazia ideia como eu sabia, olhando normalmente para a parte do corredor que tinha a armadilha não dava para perceber nada, até mesmo olhando cuidadosamente não dava para ver direito de onde as flechas saíram.

- Eu não sei.

Todos olharam para mim pensativos, depois de muito tempo sem ninguém falar nada Rachel quebrou o silencio.

- Melhor pensarmos em como vamos passar dessa parte, ou vamos voltar?

- Acho melhor seguir em frente – falei indo cuidadosamente pelo corredor.

Eu caminhava devagar para que se qualquer armadilha fosse acionada eu conseguisse desviar a tempo, fui andando, andando até que cheguei na parte onde tinha a armadilha da flecha, hesitei um pouco e fui, nada aconteceu.

- Nada. – falei,

- Que bom. – suspirou aliviado o Dean.

Comecei a bater o pé no chão.

- O que você esta fazendo agora? – exclamou Dante.

- Eu achei que a armadilha era acionada por algum mecanismo escondido no chão, mas pelo visto não.

- Então como a armadilha foi ativada? - perguntou Rachel.

 Ninguém sabia qual era a resposta, verificamos tudo por ali, com o maior cuidado é claro, mas não achamos nada que pudesse ativar as armadilhas. Até que o Dante suspirou alto e todos olhamos para ele.

- Eu acho melhor continuar, nós não vamos conseguir nada aqui.

Concordamos com ele e continuamos pelo mesmo corredor, de vez em quando eu olhava para as paredes, os símbolos desenhados nelas sempre eram de humanos e animais juntos, eu não fazia ideia do que aquilo significava.

A caminhada estava cansativa, não tinha nada de novo para olhar e as nossas tentativas de conversas não foram muito eficientes.

- Vamos descansar?

Cada um de nós se jogou em um canto, não que um corredor tivesse cantos, vocês me entenderam. Ficamos em silencio por um tempo.

- Então, quem será que construiu esse templo? – perguntou Dean.

- Não sei, mas deve ter sido alguém que goste muito de animais. Só tem imagens deles com humanos. – falei apontando para as paredes.

A Rachel deu um pulo como que se ela tivesse visto alguma coisa, pulamos junto com ela e nos preparamos para uma briga. Mas como não veio nada perigoso dos dois lados do corredor olhamos para ela.

- Me lembrei de uma lenda, eu acho que se encaixa perfeitamente nesse templo.

- Não vai dizer que esse templo é amaldiçoado e tem fantasmas. – disse Dean olhando para os lados.

- Não, não. A lenda era de um povo que vivia aqui antes de o Lendário Viajante vir pela primeira vez. Um povo que conseguiu abrir um portal para essa dimensão e como ela é cheia de magia ele construíram um templo aqui para testar seus jovens.

“Esse povo tinha uma magia muito especial, eles podiam assumir as características de um animal, podia ser qualquer animal de todas as dimensões, eles eram um povo pacifico defendiam algo muito valioso para eles, mas por algum motivo desconhecido eles perderam o controle do portal que ligava essa dimensão com a deles.

Não se sabe o porquê de eles perderem o controle, dizem que pode ser por causa de um ataque que eles sofreram outros dizem que foi porque não se pode deixar um portal tanto tempo aberto, qualquer que seja a resposta, esse povo nunca mais foi encontrado, nem quando historiadores tentaram procurar eles indo para outras dimensões.”

- Então quer dizer que agora estamos sendo testados por esse templo idiota? – perguntou Shade.

- É o que a história diz. – respondeu Rachel.

- Já disse que você é muito nerd? – perguntei para Rachel, que afirmou. – Também já disse que sem você não viveríamos? – ela afirmou de novo. – Que bom.

- Então resumindo a história: temos que passar pelas provações do templo para sairmos dele? – perguntou Dante.

- Não temos nada confirmado sobre isso. – falou Rachel. – Mas pode ser verdade.

- Então continuamos no zero, não sabemos o que teremos que fazer para sair, mas pelo menos aprendemos alguma coisa: não entrar em templos antigos abandonados.

Nos levantamos e continuamos a andar pelo corredor, o tempo não parecia passar, de vez em quando eu estalava os dedos para criar uma chama, nunca dava certo, isso estava me deixando meio deprimido.

Toda vez que eu estava entediado eu criava algumas chamas e ficava brincando com elas fazendo elas tornarem algumas formas, era uma mania muito boa para passar o tempo mas agora nem isso eu podia fazer.

As coisas não iam muito bem para os outros também, nenhum de nós gostávamos de ficar presos sem nossos poderes, isso era como tirar a liberdade de uma fera indomável, tirar as assas de um pássaro, era tirar um doce de uma criança... esquece a ultima comparação. Tirar os nossos poderes é como tirar algo que vinha natural para uma outra criatura.

O corredor continuou o mesmo por muito tempo nenhum simples desenho diferente de animais e humanos lado a lado. Nenhuma grande diferença.

- Aquilo ai é uma sala? – perguntou Rachel.

Olhei para frente, vi que o corredor saia em uma sala grande, cheia de tochas de cada lado. Os desenhos continuavam nas paredes e no teto, não tinha mais nada na sala a não ser um tipo de porta do outro lado.

- Acho que tem alguma armadilha por aqui. – falei.

- Verdade, essa sala é muito suspeita – completou Dean.

Fui na frente, passo a passo andando devagar, colocando os pês com cuidado no chão, a cada passo me distanciava mais dos outros e ia cada vez mais para a parte não segura da sala, dei uma olhada para trás e vi que não tinha ninguém me seguindo, isso me dava um “animo” para continuar, mas como eu fui burro de ser o primeiro eu tinha que prosseguir com a busca pelas armadilhas.

A cada passo que eu dava meu coração parecia querer sair do meu peito e a cada vez que eu via que não tinha nada era um alivio, essa caminhada pareceu durar uma eternidade, eu olhava para frente e via que a parede do outro lado não se aproximava, na verdade parecia mais longe do que quando eu comecei a caminhar.

Eu pare de me concentrar na parede do outro lado e comecei a me concentrar em onde eu pisava, podia ter alguma rachadura ou diferença no piso que mostrasse que tinha algum tipo de dispositivo que acionava alguma armadilha, mas não tinha nada disso, era somente um chão de pedra.

Olhei para frente, e qual não foi a minha surpresa que eu vi que faltava só mais uns 3 passos para a porta, fui calmamente dando os passos um de cada vez e cheguei até a porta.

Suspirei aliviado e olhei para trás, vi meus amigos ainda no corredor do outro lado da sala, sorri para eles.

- Pelo jeito não tinha nada. – falei.

Eles começaram a vir, como sempre a Shade veio na frente, ela sempre tinha que tomar a frente de tudo, se bem que ela não tomou a frente na procura pelas armadilhas, eu tinha uma coisa para zoar ela agora, de repente um barulho e a Shade some da sala.

Me assustei no começo, como alguém poderia sumir assim? Dai eu vi uma mão saindo do chão. Corri até essa mão, quando eu estava chegando perto pude ver um alçapão e a Shade dentro dele pendurada por uma mão. Fui ajudar ela, mas quando eu estava me aproximando do alçapão ele simplesmente some e a Shade fica deitada no chão.

- Como? – perguntou Dante que já estava do meu lado.

- Não sei, simplesmente quando eu cheguei perto ele sumiu.

- Estou muito bem, obrigada.

- De nada. Fui eu que fiz o alçapão desaparecer. – nem sei o porque que eu disse isso.

Ela simplesmente bufou e foi ver a porta.

Fiz uma pose de vitória, dificilmente eu ganhava alguma discussão. Um novo barulho, olhei para os lados vendo se alguém fez alguma coisa, olhei para a porta e vi uma Shade com cara de culpada, mas não pude falar nada. Nas paredes surgiram vários buracos e desses saíram varias cobras, não cobras normais, mas sim cobras gigantescas de certa de 7 metros de comprimento cada uma e com a grossura de um poste.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O tamanho das cobras ficou bom? Eu não sei se ficou proporcional...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.