Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 26
Malditos lobos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, espero que gostem



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Capitulo 26 – Malditos lobos

Já fazia uma semana que tínhamos voltado do templo druida, eu não tinha falado para ninguém da minha conversa com o sacerdote druida e muito menos da minha conversa com o meu lobo interior, ele parecia uma vozinha chata na minha cabeça.

Os outros, James, Carlos e Erick tinham passado dificuldades no templo tiveram que desviar de varias armadilhas, monstros, animais gigantes, quimeras, enfim muitas coisas, pelo que eu entendi essas armadilhas só eram disparadas quando invasores passavam, eu acho que como eu tenho poderes de um druida as armadilhas não se ativaram.

Faltava pouco tempo para nos formamos, é estranho pensar nisso, parece que fomos para a escola para nos formar. Os metres agora estão pegando cada vez mais pesado nos treinamentos, todo mundo anda se esforçando muito para não fazer feio no exame para ver se vamos nos formar. Ninguém sabe como é esse exame, nem os mestres nos disseram.

Como na escola depois de nos formar vamos decidir o que vamos ser dentro do nosso futuro clã, que existem desde que a monarquia foi desfeita, podemos ser desde pedreiros (com magia se constrói um prédio rapidinho) até agentes (viajantes que vão até as outras dimensões para cumprir missões para o clã).

“Vai ficar divagando ai por muito tempo?” perguntou uma voz meio latida na minha mente.

“Ainda não deu o horário para o treinamento” falei olhando para o relógio, faltava dois minutos.

Eu estava sentado do meu jeito, ou seja, com as costas onde era para sentar, as minhas pernas no encosto e minha cabeça quase batendo no chão.

Essa voz latida era meu animal interior, eu o chamava de Fenrir (era isso, rex ou Wolf; não sou muito bom com nomes), ele de vez em quando era a minha consciência, podendo exercer o papel do “anjo” ou do “demônio” dependendo a situação. No dia seguinte ao episodio do templo eu me assustei com a voz dele na minha mente, mas agora eu já estou mais acostumado e ele disse que isso vai ser temporário, o porquê eu não sei.

Me levantei do sofá, sai de casa e fui correndo até o lugar que sempre treinávamos de tarde, em uma clareira com um pequeno altar que eu sabia que era dedicado a deusa Artemeris.

Rachel e a Shade já tinham chegado e estavam esperando sentadas perto do altar, tentei sentir a presença do Kiu, mas não achei ele em lugar nenhum.

- E ai pessoal? – falei.

- Você está atrasado. – respondeu Shade.

- O Kiu ainda não chegou, então teoricamente eu não estou atrasado, boa tarde Rachel.

- Boa tarde.

- Boa tarde – disse uma voz do outro lado do altar.

Kiu estava do outro lado do altar sentado, fomos até ele e nos sentamos na frente dele, era sempre assim que começavam as “aulas teóricas”.

- O que vamos aprender hoje? – perguntou Rachel com um brilho nos olhos.

- CDF – espirrei.

- A dominar o Yin e o Yang de seus elementos.

- Não entendi – falei.

- Se você estudasse a teoria ao invés de ficar falando mal dos outros, você saberia o que é o Yin e o Yang dos elementos. – falou Shade com o tom de um professor dando bronca

- Então você sabe o que é? – perguntei.

- Sei sim.

- Então diz ai.

- O Yin e o Yang dos elementos é..., bem é...

- Não sabe! – falei acusadoramente.

- Você também não sabe.

- Claro que não.

- Quietos vocês dois. – Kiu falou enquanto fazia um pequeno terremoto nos jogando no chão.

Nós dois continuamos a nos encarar por um tempo e depois viramos a cara, ouvi um suspiro da Rachel e do Kiu.

- Yin e Yang dos elementos não são nada mais que a parte clara e a parte escura dos elementos, a parte da luz e das sombras, o bem e o mal se preferir. Ele foi descoberto em pesquisas medicas, pois o único método conhecido antes de descobrir ele era ter um medico com um grande domínio do elemento do paciente, mesmo sendo só cinco elementos era complicado sempre ter todos a disposição nos hospitais, então para facilitar as coisas eles começaram a pesquisar um método para um medico cuidar de um paciente com um elemento diferente.

- Então por que não nos ensinaram isso antes? – perguntei.

- Porque daquele jeito é mais fácil de aprender e curar, curar com Ying ou Yang é muito mais difícil pois vocês precisam tirar toda a carga elemental da sua aura.

- Isso é impossível. – falou Rachel.

- Não é, é só muito difícil de fazer. Primeiro temos que descobrir se a energia de vocês é mais yin ou mais yang.

Nós três olhamos confusos para ele.

- Vocês tem energia do elemento primordial maior que as outras certo? – nós assentimos – Cada elemento que vocês tem é puxado mais para o lado Yin (o princípio passivo, noturno, escuro, frio) ou Yang (o princípio ativo, diurno, luminoso, quente), precisamos ver qual tipo de energia vocês tem em maior quantidade dentro do corpo.

Agora que tínhamos entendido fizemos o teste, que não era nada mais que segurar uma faixa de tecido nas duas mãos, o resultado foi que a Shade e a Rachel tinham energia Yang e eu tinha energia Yin.

Eu até que gostei do resultado, ser do dark side of the force combinava comigo.

Treinamos usar os elementos com Yin e yang, eu com meu fogo negro, Shade com a ventania branca (ar branco não é um bom nome), e a Rachel com a terra brilhante (brilhava mesmo).

Até o fim do dia treinamos tirar a carga elemental da nossa aura de cura, mas nenhum de nós conseguiu.

No final do treino pedi para o Kiu outras 4 faixas para ver se em que lado da força estavam meus outro elementos, para ninguém mais saber eu fui para minha clareira de treinamento e descobri que todos os meus elementos tirando o elemento energia eram Yin, se bem que seria estranho que energia seja Yang já que energia é luz.

Fui pensando nessas coisas filosóficas voltando para casa. Algo estava me incomodando, parecia um pressentimento de algo ruim ou coisa do gênero, mas não dei bola, não tinha nenhum ser vivo a menos de 500 metros que pudesse me ferir, esse é o lado bom de saber sentir a presença de outros seres que estejam por perto.

Cheguei em casa e nada de ruim aconteceu no caminho, era só bobagem da minha cabeça.

Quando estava passando pela porta de trás da casa eu ouvi um barulho de um animal de médio porte por perto, por reflexo olhei para trás e vi uma loba branca na orla da floresta olhando para mim.

- Akalamina? O que você está fazendo aqui? – perguntei.

A loba olhou em minha direção, olhou para floresta e para mim de novo, depois saiu correndo para a floresta.

Eu fiz a coisa mais burra que eu poderia ter feito: fui atrás dela.

Eu corria o máximo possível para alcançar ela, mesmo não conseguindo ver ela alguma coisa estava me guiando, eu devia ter voltado para casa, mas eu tinha a sensação de que para onde eu estava indo eu iria ficar bem, como eu estava enganado.

Eu corri até que cheguei perto de uma clareira que eu sempre vinha para pensar e para encontrar algumas “calouras”, no meio dessa clareira estava uma mulher, usava uma roupa “um pouco” curta que parecia ser feita de pelo de cachorro, o estranho que ela tinha as orelhas e o um rabo de cachorro.

- A quanto tempo Nathan, eu sou Akalamina. 


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Notas finais do capítulo

Chamar yin e yang de lados da força nao fica muito legal alguem tem alguma ideia para outro nome?



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