Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 2
Um novo começo


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capitulo espero que gostem



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Um novo começo- Capitulo 2

Peeen, peeen, peeen (para quem não sabe que barulho é esse, é a maldita gralha do meu despertador).

Mesmo eu já estava acordado a essa hora eu me irritava com esse som pois ele me dizia: "levanta malandro hora de ir para a escola". Bufei, mas mesmo assim me levantei fui ao banheiro e encarei um garoto me encarando do outro lado do espelho.

Tomei um banho gelado com a intenção de me acordar no meio dele descobri uma cicatriz na minha barriga, não estava ai antes mas eu não dei bola, depois do banho comi um bom café da manhã e depois fui escovar os dentes. Um inicio de dia normal como qualquer outro.

-Mãe já to indo. - Falei para minha mãe que ainda estava deitada em sua cama.

-Tenha uma boa aula - Foi a resposta dela.

Sai de casa pensando: "Como seria bom se eu morasse em Hogwarts e não precisasse andar todos os dias para ir pro colégio, ou fosse um jumper e 'pulasse' direto pro colégio, ou ate quem sabe se eu tivesse um pegasus para me levar ao colégio", fiquei pensando em varias maneiras melhores de viajar do que a pé boa parte do caminho.

-E ai Nathan?- Alguém falou me distraindo de meus pensamentos "filosóficos".

-E ai Blase?- Falei cumprimentando meu amigo

-Pronto para a aula?- Perguntou ele

-Nunca estou pronto mas vou levando, fazer o que?

-Soubesse que a Melissa deu um fora no Maicon?- É, eu sei o Blase é uma fofoqueira.

-E como ce sabe?

-Elementar meu caro, tenho muitos informantes.

-Ah ta bom, mas ce sabe que eu num precisava saber dessas fofocas.

-Mas tu num era gamado nela?

-Naum, era o Michel. – respondi, como essa conversa estava me cansando resolvi mudar de assunto- Cara deu uma tremenda tempestade ontem, visse?

-Vi, parecia meio sobrenatural.- Falou meio sussurrando.

-Sinistro véio- dissemos juntos, (piada interna, não comente)

Chegamos ao colégio no momento exato que o sinal tocou.

-Melhor vocês irem para as suas salas já. -disse um monitor que estava do lado da porta de entrada, com esse amistoso comprimento resolvemos correr para sala.

Não sei porque, mas me deu uma sensação de deja vu.

No meio da aula de biologia, que eu não estava prestando atenção, a coordenadora Rosangela apareceu.

- Pessoal eu quero apresentar a nova aluna da sala de vocês a Érica- de trás da coordenadora entrou na sala uma garota muito bonita loira que aparentava uns 16, olhos de um verde muito intenso, mais ou menos da minha altura, atlética parecia que ela fazia muita academia.

- Seja bem vinda Érica- disseram a maioria dos alunos, os meninos babando e as meninas com certa inveja.

Eu estava na turma que não conseguiram falar.

- Bom Érica, já fosse apresentada a turma agora pode se sentar- falou a professora

- Muito obrigado – respondeu ela. Se encaminhando para a única carteira vazia da sala, acredite se quiser, a carteira do meu lado.

O Blase me mandou um bilhetinho:

"AAAAhh Nathan pegando todas que cara de sorte, se fizer amizade com ela me apresenta? Por favor, não da mancada antes de me apresentar para ela.

Eu S2 você se me apresentar a ela.

By: Blase"

E a minha resposta foi

"Vai tu tentar amizade com ela, eu sei que mesmo se eu me aproximar dela primeiro ce vai pega-la antes de mim então pra que eu vou facilitar o seu trabalho?"

Então ele me mandou outro bilhetinho

"Por que tu é meu amigo, pára de ficar mandando bilhetinho pra mim e se entrosa logo com ela."

Bufei e mostrei um dedo para ele, mas mesmo assim virei pro lado e disse:

- Prazer Nathaniel, mas pode me chamar de Nathan – cumprimentei Érica esticando o meu braço para um aperto de mãos.

- Prazer Érica, mas eu acho que já sabe o meu nome.

- É sempre bom repetir para gravar na memória, sabe eu não sou muito bom com nomes então pode ser que eu esqueça o seu sem querer- falei a ultima parte meio constrangido.

- Tudo bem, também não sou muito boa em guardar nomes.

- Pior que eu não é, me esqueço constantemente do nome dos meus amigos, e ainda demorei mais de um ano para gravar o nome de todos da minha turma.

- É você é pior que eu- disse rindo

- Iiiii, acho que a prof ta passando trabalho.

- O trabalho vai ser sobre anelídeos, vocês vão ter que fazer o trabalho em duplas de dois, e não em duplas de quatro ou em duas duplas juntas.

- Sim, general- eu, Michel, Blase e o André nos levantamos e batemos continência fazendo a sala toda rir.

- Bem que você podia fazer esse trabalho comigo. - falou Érica para mim.

- Que…eu…que queis fazer o trabalho comigo?- comecei a corar

- É eu não conheço mais ninguém daqui então pensei que poderia fazer o trabalho com você. A não ser que você não queira fazer.

- Pra mim tudo bem fazer com você. Podemos combinar para fazer qualquer dia desses.

- Muito obrigada.

O sinal da próxima aula tocou, e então meus amigos vieram conhecer a "novata"

- Érica, quero te apresentar a turma. Esse ser esquelético aqui é o Blase, esse anjinho das mechas loiras é o Michel, o baixinho ai é o André.

Os três olharam com raiva para mim por causa das singelas apresentações, enquanto a Érica riu um pouco delas.

- Obrigado pela apresentação Nathan, mas eu posso me apresentar sozinho. Sou Blase seu fiel servo - falou beijando a mão da Érica.

- E eu sou o Michel o mais bonito da turma. -  falou pegando a outra mão e também a beijando.

- Porque eles sempre me deixam por ultimo? - resmungou o André, dando um passo a frente disse - E eu sou André o mais animado da turma - depois de falar deu um beijo bem estalado na bochecha dela fazendo-a corar.

Então chegou o professor que daria a próxima aula e cada um se sentou em sua carteira. No final da aula me lembrei que tinha aula a tarde.

- Érica sabe que tem aula a tarde?

- Sei, sim.

- Vai vim?

- Vou sim

- Sabes o horário?

- Sei sim

- Sabe onde é?

- Acho que sim.

- Para de colocar sim no final de todas as frases parece gauncho tche, só que troca o tche por sim.

- Sem graça.

- É, ninguém entende minhas piadas sem graça mesmo. - dizendo isso bate o sinal para sair- Ate de tarde.

- Até - respondeu ela.

Sai do colégio correndo, eu não podia me atrasar eu tinha que almoçar com a minha mãe em um restaurante ali perto. Cheguei a tempo, almocei e depois voltei para o colégio.

Cheguei muito cedo ao colégio não tinha chego nenhum de meus amigos

Nesses momentos de extrema solidão começo a pensar sobre o que eu faria se fosse meus heróis preferidos em tal situação, até que alguém tapou meus olhos com as mãos, aquela antiga brincadeira.

- Quem é?- perguntou uma voz feminina

- Sou o Nathan – respondi.

- Não, to perguntando quem eu sou.

- Se tu não sabe quem sou eu pra saber?

- Seu sem graça.

- Brigado, pra ti também. - falei devolvendo o elogio – Dá para parar de tapar os meus olhos Érica?

- Como sabia?- disse tirando as mãos de meus olhos.

- Primeiro sua voz inconfundível – disse fazendo ela corar – segundo você é a única garota dessa escola que poderia fazer isso comigo.

- Como assim?

- Vamos dizer que eu não me dou bem com as garotas dessa escola.

- Então existe alguma garota alem de mim que faz isso em você?- perguntou curiosa

- Tem, só umas amigas minhas – falei como se não fosse nada.

- Ta bom.

- Quase ia me esquecendo. Oi, Érica!- disse dando um beijo nela

- Oi Nathan. Por que disso?

- É falta de educação não cumprimentar uma pessoa.

- Mais alguém chegou?

- Po assim me ofende, não gosta de minha companhia?

- Não é isso, é que eu só tava perguntando para dar assunto.

- Ta bom, não ainda ninguém chegou, geralmente nos chegamos em cima da hora.

- Então por que você chegou mais cedo?

- Almocei aqui perto.

- Aah ta.

Ficamos conversando até o resto da turma chegar e então fomos para a aula de Laboratório de química. A aula passou rápido principalmente pelo professor ser legal e não deixar que a aula fosse muito chata.

- Tchau turma, paramos por aqui, continuaremos a matéria semana que vem.- falou o professor.

- E ai Blase vai de pé pra casa?- perguntei saindo da sala

- Vou e tu?

- Também.

- Vocês vão a pé?- perguntou Érica

- Vamos, quer carona?- perguntou Blase.

- Carona como, se vocês vão de pé?

- O que ele quer dizer e se você quer vir com nós.

- Pode ser.

Fomos caminhando e conversando indo para nossas casas.

- Eu paro por aqui, moro logo ai- falou Blase apontando para uma rua que nós estávamos perto.

- Tchau maluco- me despedi

- Tchau Blase.

- Tchau galera- falou Blase dando um beijo na Érica e um aperto de mão em mim e depois entrando na rua da casa dele.

- Enfim sós- falei brincando.

- Sem graça.

- E ai Érica de onde tu vem?

- Ahnn, vim de… Piracicaba no Rio

- E era bom lá?

- Era.

- E por que vocês se mudaram?

- Porque meus pais tiveram um acidente e como a minha irmã mais velha já morava aqui vim morar com ela- falou ela meio cabisbaixa.

- Desculpe. – falei meio desconcertado- E ai que idade tem a tua irmã?- falei de modo meio safado para trocar de assunto.

- Muita areia pro seu caminhãozinho, ela tem 25 anos.

- Como você sabe que é muita areia pra minha caçamba?

- Porque ela só sai com caras mais velhos.

- Iiii então num vai dar naum. Conhece muita gente daqui?

- Não, a primeira pessoa que eu conheci mesmo é um chato que esta do meu lado.- falou ela meio risonha

- Po, assim ofende. Então quer dizer que eu sou o seu primeiro amigo daqui?

- É.

- Meu, que responsabilidade.

- Eu paro aqui- falou ela parando na frente de um prédio azul.

- Mora aqui?- perguntei incrédulo.

- Sim, por quê?

- É que eu moro do outro lado do quarteirão naquela rua lá- falei apontando para a próxima rua.

- Legal somos vizinhos de quarteirão.

- É legal, tchau tenho que ir. - falei me despedindo

- Tchau. - falou dando um beijo na minha bochecha.

A semana se passou, tínhamos uma festa em um pub local.

- E ai galera quem vai hoje na festa do terceirão?- perguntou Blase

- Eu vou- respondeu Michel

- Eu também- respondi

- Num vai dar, to de castigo por causa das notas- disse André

- Eu não sei- falou Érica

- Por quê? – perguntou Blase, muito interessado

- Não conheço muita gente, e também porque eu não gosto dessas festas.- falou Érica, ela não tinha se dado muito bem com as outras garotas do colégio, elas eram muito patricinhas.

- Vamos vai ser legal- disse Michel

- É vamos, só falta a única garota do nosso grupo não ir- falou Blase me dando uma cotovelada para tentar ajudar eles a convencer ela.

- Vai só dessa vez, se não gostar tu pode sair mais cedo. - falei.

- Ta bom eu vou. - falou ela.

- Legal – falou Blase já com segundas intenções, que pelo que eu vi só eu havia percebido. – Nos encontramos na porta às 10 horas, tudo bem pra vocês?

- Tudo- respondemos todos juntos

- 10 pila como o Blase não chega antes das dez e meia. –falei quando Blase se afastou um pouco da turma.

- 15 que não chega antes das 11. – falou Michel

Às 10 e meia a turma estava quase toda reunida, só faltava o André por motivos maiores e Blase pelo atraso.

- Galera cheguei- falou Blase

- Agora tais me devendo 415 reais- falei pro Michel

- Isso não vale, você sempre ganha as nossas apostas.- reclamou ele

- Que amigos, hein? Fazendo aposta de quanto atrasado eu iria chegar. – falou fingindo estar emburrado. – e ai Érica?- falou dando um beijo nela.

- Oi Blase, vamos entrar?

- Vamos- respondemos todos

Entramos, lá dentro encontramos muitos amigos e apresentamos a Érica a todos. Depois da seção "apresentar a novata da turma" fomos dançar um pouco com umas amigas, que dançar 3 marmanjos só com uma guria na roda num da naum. Depois de um tempo o Michel foi pro canto com a Melissa, que tinha acabado de chegar, as minhas amigas "foram encontrando" uns rapazes e só restou eu, a Érica e o Blase.

- Vou tomar água – falei, eu estava com muita sede.

- Ta bom- disse o Blase com um sorriso maroto.

Fui ate o bar e pedi uma água tomei uns goles e fui voltar pra onde estavam meus amigos, quando achei eles vi que o Blase estava falando algo no ouvido da Érica. "Que cara legal, fica com a Érica e me deixa aqui sozinho" pensei, mas mesmo falando isso eu senti algo estranho ao ver a cena. Como não tinha mais ninguém com quem conversar ou dançar e eu não vi nenhuma guria com quem eu conseguisse ficar eu sai do lugar e fiquei na porta para tomar um ar.

- Sumisse hein?- falou alguém do um lado

- É que eu não queria atrapalhar- falei depois de ver que a Érica estava do meu lado.

- Não iria atrapalhar em nada, dei um toco no Blase.- falou meio magoada

- Tá tudo bem?- perguntei meio preocupado.

- Aquele idiota depois de levar um toco engrossou comigo.

- É o Blase não aceita derrota muito bem, principalmente quando está bêbado. Provavelmente amanhã pedirá desculpas por tudo o que ele disse.

- Podemos falar de outra coisa?

- Claro, o que?

- Não sei arranja um assunto ai.

- Que tal irmos pra casa?

- Pode ser.

Começamos a andar para ir para casa.

- Que frio- depois de falar isso ela começou a tremer

Como eu não tinha uma jaqueta, fiz uma coisa pouco natural para mim, passei meu braço por cima dos ombros dela e a puxei para mais perto continuando a caminhar.

- Melhorou?

- Que cara mais safado. – disse colocando seu braço em minha cintura.

Continuamos a caminhada para casa "agarradinhos" para o calor de nosso corpo não se perder. Conversamos sobre muita coisa durante o percurso.

- Finalmente chegamos- disse ela ao parar na frente de seu prédio.

- É chegamos.

- Muito obrigada por tudo – falou chegando mais perto de mim.

- Não foi nada – falei chegando mais perto dela.

Nós fomos nos aproximando cada vez até que os nossos lábios se encontraram em um beijo muito rápido.

- Tchau Nathan – ela disse depois que nós nos separamos, pegou sua chave abriu a porta do prédio e entrou.

Depois que ela entrou no prédio eu devo ter ficado alguns minutos tentando tirar a cara de idiota que eu estava fazendo e também tentando entender o que aconteceu. Prometi nunca mais tentar entender as mulheres e fui para casa.

No dia seguinte como eu tinha previsto o Blase pediu desculpas para a Érica e ela o desculpou. Sobre o que tinha ocorrido na noite anterior ela não falou nada então eu decidi deixar quieto.

- Lembrando turma, depois de amanha é a entrega do trabalho dos anelídeos.- falou a professora de biologia na aula.

- Nathan que tal ir lá em casa hoje a tarde pra fazer esse trabalho?- perguntou Érica

- Pode ser.

De tarde fui ao prédio dela, toquei o interfone.

- Quem é? - ela perguntou do outro lado da linha.

- Sou eu, Nathan.

A porta emitiu o som que estava sendo destrancada. Eu a empurrei entrei no elevador apertei o botão do quarto andar, quando o elevador chegou lá parei na frente da porta do ap dela tomando coragem e apertei a campainha.

- Demorasse hein?- disse ela ao abrir a porta

- Aahn… me esqueci do numero do ap.-falei arranjando uma desculpa

- Ta sei. - disse rindo e abrindo a passagem para eu entrar

- Onde vamos fazer o trabalho?- perguntei querendo acabar com isso rápido.

- Não vamos fazer, eu já fiz.

- E então por que eu vim?

- Porque precisamos conversar.

- Sobre o que?

- Vem por aqui. – disse ela entrando em uma porta.

Como não tinha nada o que fazer eu a segui e entrei pela porta indo para o quarto dela.

- Pode me dizer sobre o que é a conversa.

- Aqui não, se eu te contar aqui tu não vai acreditar. Entre- disse ela abrindo a porta do guarda-roupa dela.

- Melhor não, prefiro ficar aqui fora.

- Entra logo- falou me puxando pelo braço e me empurrando para dentro do armário.


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