Lost Girl escrita por Steph


Capítulo 19
Capítulo 18: Numb


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIII !!
Feliz ano novo para vocês !!
Espero que as festas tenham sido boas !!
Estou muuuito feliz, teve 11 reviews no último capítulo *--------*
Para comemorar o ano, um cap grandinho e com emoções... Quem aí prefere o Syn ??
Espero que gosteem !!
Beijiim
Música: http://www.youtube.com/watch?v=kXYiU_JCYtU&ob=av3e [podem colocar desde o início]



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Acordei e olhei pro lado, ele estava lá dormindo e eu sorri tanto que minhas bochechas doeram.

Levantei com cuidado da cama e me vesti, cobri seu corpo com o lençol e desci as escadas, quando cheguei ao andar de baixo vi minha mãe sentada no sofá.

– Oi mãe.

– Quem está no seu quarto? - Perguntou séria e eu congelei - É o Matt não é?

– É.

– Eu já não te disse que agora ele é uma má influência par você? Matthew mudou muito desde a infância e se tornou um criminoso.

– Criminoso? Mãe ele foi preso por minha causa! Quando você vai entender isso?

– Não importa o porque, uma pessoa normal não quebra uma garrafa na cabeça de outra. Ele é uma pessoa violenta Mellanie, pode muito bem bater em você!

– Bater em mim? Você surtou? Nós estamos falando do Matt mãe! Matthew Sanders! Aquele garotinho bonitinho que brincava comigo na rua! Lembra dele? Lembra quando ele não tinha tatuagens, músculos ou piercings? É isso que você odeia nele, eu sei. Essa é só sua nova desculpa.

– Ele foi preso Mellanie! Isso pode acabar com sua imagem!

– Eu estou pouco me lixando para imagem! Você gostava quando eu namorava Oliver e ele era um babaca, ele tentou me agarrar e foi aí que a má influência foi presa. Coloca na sua cabeça que a única coisa que você fez por mim foi me dar a luz! As únicas pessoas que já cuidaram de mim na vida foram Matt e o meu pai. Você é figuaração no meu passado e presente. E se quer saber? Você não aparece no futuro!

Ela levantou e me encarou furiosa - Esse garoto vai sair daqui e nunca mais vai pisar dentro dessa casa Mellanie. Você me entendeu?

– Então são duas pessoas que você não precisa mais se preocupar em ver na sua frente! - Disse entredentes e subi os degraus batendo os pés, cheguei no meu quarto e abri a porta com cuidado.

Matt estava sentado e vestido, exceto pela camisa.

– Bom dia. - Eu disse sorrindo e ele levantou o olhar para mim

– Você não pode fazer isso.

– O que?

– Sair de casa por minha culpa.

– Você ouviu?

– Ouvi.

– Escuta, eu não aguento mais, Matt eu não consigo mais olhar para cara dela.

– Ela é sua mãe.

– Mas é um monstro!

– Essa é sua casa Mel. Você não pode sair de casa por minha causa, Mellanie eu não vou conseguir viver com essa culpa!

– Matt, isso foi só mais uma briga, uma hora ou outra eu ia acabar estourando!

– Não dessa vez. Eu vou embora e não volto mais aqui, ainda tem a rua, minha casa… Não vou destruir sua vida Mel, não posso.

– Você é minha vida.

Ele sorriu e pegou meu rosto entre suas mãos - Não sou, gostaria de ser, mas não sou. Mel você não pode acabar com isso e jogar tudo para o alto. É sua mãe, sua casa, sua família. Eu te amo demais para te deixar fazer isso.

– Matt…

– Tenta mais uma vez. Você pode dormir lá em casa todas as vezes que precisar, mas não pode desistir da sua vida.

O abracei e ele beijou meu cabelo. - Obrigada por tudo.

– Pare de falar como se eu não fosse mais te ver.

Sorri e o beijei com calma, quando nos separamos, ele vestiu a camisa e saiu pela porta, fiquei na escada o encarando descer.

Matt parou na sala e se virou para trás, não para mim, para o sofá.

– Sinto muito por tudo Sra. Sheen. Se é o que quer não voltarei aqui. Obrigado por todas as vezes que me recebeu.

– Obrigado por ter cuidado de minha filha.

Ele assentiu e virou as costas, saindo dali para provável para sempre.

Voltei para o quarto e sentei na cama, arrumei uma bolsa e fui tomar banho, dessa vez eu não iria, simplesmente porque Matt pediu.

Saí de casa sem rumo de novo, andando com a moto para todos os lados, parei no posto para abastecer e continuei andando ao léo.

– MELLANIE! - O grito de Syn me fez olhar para o lado, não entendia o porque de ele estar gritando, até ser arremessada para algum lugar, não tenho muita certeza de onde, só sei que senti dor, muita dor. Minha moto estava perto de mim, e era tudo o que eu via alem do asfalto e meu capacete sujo de sangue.

– MEL! - Ouvi ele gritar de novo

– ALGUÉM CHAMA UMA AMBULÂNCIA! - Outro grito foi audível, mas a voz eu não reconheci

– Mel! Fala comigo mel! - Senti algo tocar meu ombro, parecia a voz de Syn, mas estava muito longe.

A próxima coisa que vi foi o nada… Imenso e hipnotizante nada negro.

As luzes muito claras do local muito branco estavam me deixando tonta.

Aliás, o que eu estava fazendo aqui?

Quando consegui focalizar o teto branco de forma que ele não parecesse ondular, lembrei vagamente de ouvir Syn gritar, pisquei algumas vezes e percebi dores pelo meu corpo.

– Mel? - A voz dele era próxima e eu o senti apertar minha mão direita.

Grunhi ao invés de falar e isso me preocupou. Olhei em volta e vi Syn sentado numa cadeira ao meu lado.

Me ajeitei na cama e olhei em volta, parecia um quarto de hospital, na verdade, era claramente um.

– O que eu estou fazendo aqui? - Perguntei com certa dificuldade.

– Um carro bateu em você, te arremessou da moto.

Fiz careta e me lembrei vagamente do acontecido. As dores se tornaram mais presentes e irritantes do lado esquerdo de meu corpo e a careta se agravou.

– Está sentindo dor? Quer que chame o médico?

– Mh? Não. Estou bem. - Menti olhando para ele.

– Sua mãe passou aqui, mas teve que ir trabalhar.

– Ela trabalha no hospital.

– Em outro hospital.

– Ah. Droga, eu estou burra.

Ele sorriu e segurou minha mão mais forte.

Matt irrompeu pela porta, estava vermelho e suado.

– Mel? Você ta bem? O que aconteceu? Quando foi…

– Calma Matt… Respira.

Ele respirou fundo e sentou do meu lado, Syn beijou minha testa e saiu do quarto.

– O que aconteceu Mel?

– Aparentemente um carro bateu em mim.

– Quando isso?

– Saindo de casa. - Disse e ele arregalou os olhos - Fui dar uma volta Matthew, pode tirar essa cara de culpado.

Ele baixou a testa e repousou-a no colchão. - Bom.

– Matt, por que está tão vermelho e suado?

– Anh? Ah… Corri até aqui, a rua estava fechada.

– Oh…

Ele se levantou da cadeira e passou os dedos de leve pelo meu braço esquerdo machucado.

– Desculpa.

– Ah não Matt! Por favor, não começa, as coisas não são sua culpa, você não é um imã de coisas ruins, eu sou. Não é culpa de ninguém.

Ele se curvou e beijou meus lábios com calma.

– Ahh… Cara. O Matt ta pegando sua namorada. - A voz de Brent irrompeu no quarto e eu abri os olhos no mesmo segundo.

Matt se afastou de mim devagar, com o olhar mais mortal que eu já pensei ver.

– Sai daqui Brent. - Syn disse e o empurrou pra fora.

– Matt… - Comecei, mas ele deu as costas na mesma hora - VOLTA AQUI MATT!

– Tem a minha bênção Haner. - Ele disse passando pela porta e batendo a mesma com força.

– QUE MERDA! - Gritei e bati a cabeça no travesseiro.

– Foi mal.

– Tudo bem, não foi sua culpa.

Ele caminhou e sentou do meu lado, brincando com meus dedos.

– Estava beijando o Matt… Estão juntos? - Perguntou calmamente, se a cena fosse contrária meus pobres dedos estariam sofrendo.

– Não. E se estivéssemos, depois dessa…

Ele riu - Eu posso explicar para ele.

– Duvido bastante que ele te escute.

– Eu não entendo o cara… Tem que decidir se está tudo bem ou se vai acabar nos matando se ficarmos juntos.

– Não é?

– Matthew e sua possesividade absurda.

– Sempre foi assim. Ele precisa de uma dose séria de realidade.

– Ou acabar um pouco com toda a testosterona.

Sorri e ele também, beijou minha mão e levantou da cadeira. - Aonde você vai? - Perguntei e ele sorriu

– Bom, de um jeito ou de outro acabei como o cara chifrado da situação. Vou dar um jeito do meu irmão calar a boca, você devia dormir.

Comecei a rir, mesmo que sem querer - Desculpe, não quis te chifrar.

– Sei que não. - Disse também rindo e piscou pra mim, saindo do quarto em seguida.

Aproveitei o tempo sozinha para me ajeitar e ver os estragos feitos em mim, meu braço esquerdo estava vermelho e arranhado, com cortes não profundos em alguns locais, se conseguiu cortar meu braço, minha jaqueta estava fodida.

Tirei o cobertor e puxei a “camisola” estranha de hospital, olhando minha perna, que estava num estado pior do que o braço, vários cortes e meu pé estava inchado, a moto deve ter caído em cima…

Passei a mão pelo meu rosto e descobri que meu lábio inferior estava inchado e dolorido.

Suspirei e me encostei na cama de novo, eu devia estar a visão do inferno, mas foda-se também.

Um tempo depois, Syn voltou ao quarto e sentou na cadeira.

– Não conseguiu dormir?

– Não. E ai? Resolveu seus chifres?

– Resolvi, disse que nós tinhamos brigado feio e “terminado” e que você e o Matt tem uma amizade estranha onde vocês se dão selinho, mas você tava com raiva de mim e tal, na verdade, nós estamos supostamente tendo uma DR.

– Oh, desculpe por ser chata.

– Ah sim, e você pode simplesmente decidir agora que terminamos. Simples assim e você não vai ter mais o problema de ter que voltar lá.

– Mas se nós terminarmos agora você teria que ir embora…

– Sim… E?

– Não quero ficar sozinha.

Ele sorriu e pegou minha mão de novo. - Então terminamos depois.

Sorri de volta. - Obrigada por ser compreensivo e não me chutar.

Ele riu e piscou - Claro, sou um bom namorado a final de contas.

– Ótimo.

Ele esfregou a mão na minha e ficamos em silêncio por um tempo, até que Anne abriu a porta e me olhou, começando a chorar.

– Maninha! - Disse e correu até mim, me abraçando e beijando minha bochecha repetidamente. - Eu estava na faculdade e mamãe me ligou, não vim antes porque realmente não dava. Como você está?

– Tudo bem Ann, eu estou legal.

Ela respirou fundo e me soltou, Syn levantou e ofereceu a cadeira a ela, que aceitou agradecendo-o.

– Agora que você não está sozinha, vou arrumar alguma coisa para comer.

– Que horas são?

– Dez.

– Que horas foi o acidente?

Ele fechou um olho e fez uma careta fofa, pensando - Acho que sete, sete e meia.

– Ah, te falaram quando eu posso sair?

– Não, vão fazer exames em você amanhã.

– Obrigada Syn.

Ele sorriu e saiu, xingando alguém no corredor, provavelmente Brent.

– Quem é esse? - Ann perguntou sorrindo sacana

– Ele… - Comecei, mas Brent apareceu na porta

– Cunhada! Desculpa aí, eu não queria piorar vocês dois.

– Cunhada? - Anne perguntou erguendo uma sobrancelha

– É, e você, quem é?

– Sou irmã dela.

AHHHH PARA QUE ELES TÃO SE ENCARANDO ASSIM!

Brent e Anne começaram uma conversa sobre mim e Brian e eu não podia sentir mais vontade de me sufocar com o travesseiro.

Desde que ela terminou com o namorado agora fica aí… Ai santo…

Brian voltou alguns minutos depois, tomando uma latinha de coca cola na maior alegria, mas quando viu o irmão no meu quarto fechou a cara para ele.

– Eu não te mandei embora encosto?

– Mandou, mas eu vim aqui me desculpar com a cunhada e acabei conhecendo a irmã dela.

– Aí você resolveu que podia me ignorar e ficar aqui mesmo assim?

– Basicamente isso…

– Fora desse hospital Brent!

– Não precisa disso tudo Syn. - Eu disse sorrindo, mas muito mesmo, quando ele entrou foi tipo, luz no túnel escuro, estava pensando seriamente em me sufocar no travesseiro.

– Você definitivamente não conhece essa criatura.

– E a culpa é de quem? É sua que não leva sua namorada para socializar com a família. Falando nisso, vocês dois! Porque a Ann nem te conhecia.

– Ann? Quem foi que te deu intimidade? Vaza daqui sua mula!

– Brian não é? - Anne perguntou sorrindo - Prazer, pode me chamar de Ann, não é nada de mais.

– Ah, ah é… Prazer. Tchau Brent, precisa de dinheiro pro táxi?

– Não. Rabugento. Vai ficar aí?

– Não. Vou também, mas quero ver você ir de táxi, gastar dinheiro, tão emocionante. - Disse irônico - É claro que eu vou ficar aqui!

– A TPM te atacou mesmo einh mano? Relaxa meu brother, ou vai enfartar.

– Pelo menos já estou em um hospital.

– Acho que seu pai tem razão, vocês não param de brigar um segundo.

– O velho te mandou melhoras. Depois passa aqui. - Brent disse sorrindo e erguendo os polegares - Esqueci de falar.

– Ah, obrigada. Mas ele não precisa vir.

– Como não? A única namorada do Syn que ele já gostou.

– Única, como se eu tivesse muitas.

– Você sabe que essa não é uma coisa legal de se dizer, não sabe? - Brent perguntou - Aliás, seria se não fosse porque você é um vagabundo.

– O que você ainda está fazendo aqui?

Brent gargalhou e se despediu de nós, saindo pela porta e fazendo Syn rolar os olhos e erguer as mãos para o teto.

– Aleluia!

– Eu gosto dele.

– Você não o conhece. - Ele disse saindo do quarto e olhando para os lados - Vou achar um lixo e já volto.

– Mel?

– Sim?

– Você sabe que é permitido uma pessoa dormir aqui com você, não sabe?

– Ah, não.

– Enfim, eles permitem só uma pessoa…

– Aonde quer chegar Anne? Seja rápida, estou com dor de cabeça.

– Quero chegar em quem vai dormir com você… Mamãe…

– Nem se ela me pagar, ela é a última pessoa que vai dormir aqui!

– Tudo bem, então… Eu posso ficar se você quiser…

– Eu não preciso de ninguém comigo Ann, pode ir para casa, dormir aqui deve ser desconfortável.

– Mas você é minha irmã, eu devia ficar!

– Só que eu não preciso disso.

– Mel…

– Amh, sem querer interromper… - Syn começou da porta - Pode ir Anne, eu vou ficar.

Ela o olhou e depois olhou para mim, como se perguntasse se era verdade.

– Pode ir. - Concordei e ela mexeu no cabelo

– Certeza?

– Qualquer coisa eu te ligo.

– Volto amanhã de manhã.

– Tá bom. Ah, me traga roupas. As minhas devem estar trapos.

– Trago sim, boa noite maninha. - Disse beijando minha testa - Vou para casa, tenho que fazer um trabalho gigante para amanhã.

Minha cabeça começou a trabalhar e eu lembrei que era domingo.

– O que você estava fazendo na faculdade hoje?

– O trabalho. - Disse como se fosse óbvio, talvez fosse verdade…

– Ok.

Ela se despediu de Syn e saiu, ele sentou na cadeira e me olhou por um tempo.

– Se tiver dificuldade para dormir, eu acho que eles te dão remédio.

– Não quero dormir. Se você quiser…

– Depois que você foi embora eu tirei um cochilo.

Ri pelo nariz e depois minha cabeça trabalhou mais… Merda gigante que eu fiz hoje. Saí da casa dele, transei com o Matt, sofri um acidente, briguei com Matt, Anne acha que ele é meu namorado. Ah santo.

Ele saiu da cadeira, indo até o pequeno armário e pegando um travesseiro e uma coberta, jogando-os no sofá.

– Não tem muito espaço aí para você. Pode ir dormir em casa.

– Não vamos brigar sobre aonde eu vou dormir, não de novo.

Sorri e ele voltou para o meu lado, sentando na beirada da cama.

– Obrigada Syn, você é ótimo.

– Sou mesmo.

Ri e bati na sua coxa, ele beijou meu cabelo e ficamos em silêncio por um tempo.

– Mellanie Sheen? - Um homem de branco perguntou da porta

– Sim.

– Você está acordada a quanto tempo?

– Não sei.

– Prazer, eu sou o médico que está cuidando de você, meu nome é Jordan.

– Prazer.

– Olá Brian, vai ficar aqui?

– Vou sim.

– Ótimo, melhor ela não ficar sozinha. Bom Mellanie, nós fizemos exames em você hoje, mas como estava desacordada resolvemos esperá-la acordar para checar algumas coisas. Sente alguma dor?

– Não.

– Ótimo. Você não tem nenhum osso quebrado nem hemorragia interna. Sofreu lesões do lado esquerdo do corpo, nada muito grave, mas temos que ter certeza, então amanhã pela manhã eu virei aqui e nós faremos mais exames. Tudo bem?

– Sim.

– Se precisar de um remédio para dormir, pois depois de um trauma você pode ter dificuldades para isso, é só avisar a enfermeira. Tenham uma boa noite.

Ele saiu e me deixou com Syn, enquanto ele brincava com meu cabelo, deitei e fechei os olhos, estava com sono então dormi em pouco tempo.

Acordei no meio da madrugada, Syn estava deitado no sofá, mas não estava dormindo. Estava com as pernas no encosto e mexendo no celular, provavelmente jogando algum jogo, porque virava as mãos e resmungava as vezes.

O quarto estava escuro, exceto pela luz do celular dele, me sentei e joguei as pernas para fora da cama, me levantando devagar.

– Syn? - Chamei enquanto caminhava para ele

– Acordou Mel? Quer alguma coisa?

– Não. - Disse sentando na parte do sofá que ele não ocupava graças as pernas para cima.

Ele sentou e colocou o celular de lado. - Teve pesadelo ou algo assim?

– Não sei. - Disse encostando no sofá e colocando as pernas para cima, abraçando-as.

Ele passou um braço por meus ombros e a mão em minha coxa. - Não devia ter saído da cama.

– Cansei de ficar ali. - Murmurei e me ajeitei, pendendo o corpo para o lado dele, colocando a cabeça em seu ombro.

– Eu descobri que esse sofá é um sofá cama, mas ele faz barulho para abrir e eu deixei assim mesmo, já que você estava dormindo.

– Podia ter aberto, você não cabe nesse troço.

Ele riu e beijou minha testa - Não é o meu ponto, o que eu quero dizer é que se quiser ficar aqui comigo, tem como.

– Eu quero.

– Então levanta. - Ele disse me puxando para cima - Volta para a cama, vou arrumar isso aqui e te trago para cá.

Obedeci e sentei na cama, olhando para a cena, percebi que ele estava de cueca e suas roupas estavam dobradas na mesa. Esse cara definitivamente não liga de as pessoas o verem semi nu.

Quando ele terminou, veio até mim, me pegando no colo e trazendo meu travesseiro junto, me colocou no sofá e deu a volta, ficando do outro lado.

– Tenta dormir Mel. - Disse beijando minha testa e deitou do meu lado.

Virei para ele e beijei sua bochecha. - Não podia ter um namorado falso melhor.

– Sei que não.

Deitei em seu peito e ele me abraçou, acariciando minhas costas e meu braço machucado.

Tentei dormir, juro que tentei, mas nada dava certo, contei carneirinhos e tudo mais, mas mesmo assim nada de sono.

– Syn?

– Oi?

– Não consigo dormir.

– Quer que eu chame a enfermeira?

– Não! Não quero remédio.

– O que você quer?

– Sei lá.

– Está nervosa?

– Não. Por que estaria?

– Ué, você sofreu um acidente, por mais que não ache que devia ficar nervosa, seu subconsciente fica. Relaxa que você dorme.

– Você não está nervoso e está acordado.

– Quem disse que eu não estou nervoso?

– Está? - Perguntei me erguendo para olhá-lo

– Mel… Não é sua culpa, mas o Matt não está feliz comigo, amanhã eu tenho que enfrentar a fera, e como você mesma disse, ele não vai me escutar.

– Sinto muito.

– Acabei de dizer que não é sua culpa garota.

– Mas…

– Dorme Mel. Esquece isso tá?

– Agora eu não durmo mesmo. - Disse me deitando em seu peito de novo - Sou uma maldita, devia ter morrido nesse acidente.

– Cala a boca! - Ele disse sério e eu me assustei - Não fala assim, você só pode ser maluca para falar isso.

– Eu… Desculpe, não quis te irritar.

– Dorme Mel.

Fechei os olhos, mas mesmo assim não consegui parar de pensar em como sou filha da puta.

Meu braço direito estava formigando devido ao peso do meu corpo, saí da posição que estava, me virando de barriga para cima.

– Pode ficar encostada em mim. Eu não…

– Meu braço está doendo. - Disse cortando sua explicação.

– Ah, vem aqui então. - Ele se ajeitou mais para o meu lado e puxou meu corpo, colocando-o por cima do dele.

– Eu não quero te atrapalhar.

– Não atrapalha. Dorme tá?

– Acho que não consigo. Já dormi muito hoje.

– Custa tentar?

– Estou tentando.

Acariciei seus braços, colocando o rosto na curvatura de seu pescoço. A “camisola” estava agarrando e atrapalhando meus movimentos, me deixando desconfortável. Analisando a situação, ele já me viu só de calcinha antes.

Sentei em seu peito e ele me olhou confuso.

– Isso está me incomodando. - Disse puxando o tecido - Se importa se eu tirar?

– Não.

Puxei o tecido e joguei no canto do sofá, deitando nele de novo, me aconchegando em seu peito. Suas mãos me acariciavam, as pernas, as costas e os cabelos. E de repente eu me senti burra de novo. Burra e estranha, sentindo o raio do frenesi de novo.

Respirei fundo, fechei os olhos e cravei as unhas no lençol.

– Tudo bem Mel?

– Tudo.

– Você parece tensa. - Disse passando uma das mãos pela minha nuca.

– Esquece.

– Você está quente, eu devia chamar um médico.

– Não Syn! Me deixa.

– Eu…

Me levantei e pensei em tapar sua boca, mas o frenesi era mais forte que meu racional e eu usei a boca para fezê-lo parar de falar.

Ele pareceu confuso, mas mesmo assim beijou de volta, brincando com meu cabelo.

Me separei dele e coloquei a testa na sua. - Sh…

Ele sorriu e concordou com a cabeça, beijei-o de novo, agarrando seus cabelos com as duas mãos, puxando-os com força para mim.

Syn me beijava, mas ele não tinha nem metade do desespero que eu demonstrava.

– Calma Mel, relaxa. - Ele disse rindo enquanto eu mordia seu pescoço - Assim você vai acabar perdendo totalmente o sono.

– Você não era um tarado ontem? O que te deu hoje?

– Você sofreu um acidente e ainda está sob efeito de remédios, não posso ter exata certeza de que é isso que você quer.

– Eu queria ontem, por que não hoje?

Ele riu e beijou minha boca com calma, mas óbvio que eu não aguentei o ritmo de calmaria que ele impunha, porque o frenesi estava consumindo.

Arranhei seu peito e braço, enquanto ele tentava me acalmar.

Syn girou e me colocou por baixo, prendendo minhas mãos ao lado da cabeça.

– Segura a onda Mel, nós ainda estamos no hospital.

– E dai?

– Mellanie, eu não tenho auto controle suficiente por nós dois.

– Você queria que eu relaxasse… Sua chance.

Ele riu e me beijou - Se você me deixasse te acalmar, mas essa violência toda não vai adiantar em nada.

– Claro que vai. Vou gastar toda a força e dormir.

– Tentador, mas estamos no hospital, lembra?

Posso estar drogada, provavelmente estou, mas quem no mundo liga?

– Deixou de ser homem?

– Não apela Mel. - Disse beijando meu pescoço - E se eu era tarado ontem, você está hoje. O que deu em você?

– Sei lá. Você?

Ele riu e soltou minhas mãos, colocando os braços colados em meu corpo, aguentando o peso.

Passei as mãos pelo seu peito, descendo até a barriga, virando as mãos para as costas e descendo para a bunda dele, que eu apertei enquanto mordia o pescoço.

– Se você quer carinho, eu te dou, mas não seja violenta ou eu te coloco na cama de novo.

Mordi os lábios e o encarei, tentando não deixar o sorriso escapar. Ele riu e beijou minha boca, deslizando as mãos devagar, se mexeu para apoiar o peso em um braço só e levou uma mão a minha coxa, apertando-a devagar e puxando para cima, prendendo em sua cintura, eu mesma levei a outra para cima, abraçando-o com as pernas e brincando com os cabelos dele.

Não mordi e nem arranhei hora nenhuma, enquanto ele beijava meu corpo e acariciava lentamente.

– Quatro da manhã Mel. - Ele murmurou no meu ouvido - Eu adoraria continuar, mas você tem que dormir para fazer os exames.

– Syn… - Chamei meio melosa

– Não força Mel. Por favor, não força.

O soltei e ele deitou do meu lado, fiquei deitada em seu peito, se era ruim para mim parar, deve ter causado alguma dor física nele, porque a careta e o tanto que ele esfregou o rosto e o cabelo não era normal.

Depois de muito tempo, consegui dormir, acordei só de manhã, abraçada ao corpo dele, que dormia feito um bebê.

Peguei minha “camisola” e me vesti, voltando para a cama e esperando o tal médico vir para fazer os exames.

Syn acordou e se vestiu, arrumou o sofá e esperou comigo, depois, quando

o médico chegou, foi embora, pois tinha que ir para a escola. 



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Notas finais do capítulo

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