The Little Girl escrita por Texys Mackennzie


Capítulo 17
Extraordinary Girl


Notas iniciais do capítulo

Tipo...os ultimos cap,tao bem melosos mesmo.Mas isso vai parar logo...daki a poko a fanfic acaba u.u



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Eu não sabia exatamente o que fazer, não sabia o que falar. Eu congelei totalmente. A ultima vez que o vi... Ele estava com os olhos vermelhos, de raiva eu acho... Ele havia dito que me odiava e que eu era só mais uma vadia no mundo. Aquelas palavras que me machucaram por meses, que agora parecia um passado mais próximo do que imaginava. Depois, percebi que a voz do meu irmão não estava normal... Parecia estasiada... Ou triste.

-Lu-lu-Lucas... por que você me ligou...a essa hora?- eu consegui me conter, mas eu sentia a garganta seca. Levantei-me e fui para o corredor, fechando a porta logo em seguida. Eu sabia, tinha certeza que havia algo errado... Como um monstro a espreita, esperando meu momento de fraqueza para me derrubar. Eu queria desligar naquele segundo, mas me contive e esperei ele continuar.

-Eu preciso te contar... Eu preciso contar... É melhor se preparar-Eu sabia que ele estava contendo o choro, eu conhecia meu irmão. Eu mesma estava contendo o meu, pois eu tinha razão... algo ESTA errado.Eu senti minhas pernas fraquejarem.

-Bia... -o ouvi assuar o nariz... Ele já estava chorando, o que me deixou mais preocupada... Só uma vez meu irmão chorou... -A mamãe ela... Ela morreu.

De repente, eu não sentia nada. Não tinha corpo, alma... Eu sentia um vazio. Foi como eu me senti, quando descobri que meu pai se fora... agora minha mãe também.Agora eu estava sozinha,agora realmente,eu não tinha um lar.Eu estava por minha conta.Minha mãe...Minha garganta fechou,as lagrimas caíram furiosas por meus olhos,e eu só consegui dizer antes de desabar:

-Lucas... Ligo-te mais tarde – desliguei o telefone, me encostei-me à parede e abracei minhas pernas. Não me restava nada. Eu comecei a chorar mais do que nunca. Meu pai se fora, meu irmão me odiava, e agora... Mamãe se fora também. Eu fugira de casa, pois minha mãe me tratava de um jeito rude,controlador.Mas era porque ela se importava,era ela que não me deixava voltar as trevas.E eu ignorei-a,fugindo de casa sem explicações.Eu me sentia horrível.Eu sempre fora uma péssima filha...fazia anos que eu não falava um “eu te amo” para minha mãe...agora ela se fora.Eu não poderia ouvir a voz dela...nunca mais.Alguém se sentou ao meu lado,mas eu já chorara tanto,que não tinha forças para nada.

-Bia... Little Girl... Porque está chorando? – Era Billie ali, falando comigo. Eu sentia meu coração dar uma palpitada fraca... Parecia que até ele tinha desistido de lutar. Reuni forças e disse com a voz engasgada:

-Minha mãe... Ela... Ela se foi- E eu chorei mais. Ele me abraçou, e eu não me contive e abracei-o também. Ele esperou, tentando me tranqüilizar. Eu fiquei tanto tempo chorando em seu ombro, que sua camiseta listrada bege estava, do ombro ate o peito, totalmente encharcada.

-Eu já perdi meu pai... E fugi de casa, deixando minha mãe sozinha... Agora ela se foi... Eu sou um monstro – Eu já não chorava, e a dor continua ali.

-Xii você não é um monstro... Eu sei como é... Perder um parente... Um pai....Um Amigo –Eu ouvi a tristeza na voz dele e esperei. Eu não sabia pelo o que, exatamente, eu estava esperando. Tentei me levantar, mas não consegui e gemi brava, por isso. Então, sem pensar eu disse:

-Billie... Posso dormir com você hoje? Depois, senti o rosto corar e cobri-o com minhas mãos. Billie se levantou comigo em seus braços e eu disse:

-Hey, eu posso andar.

-Sempre a mesma teimosa. – ele revira os olhos, mas não me coloca no chão. Ele me leva para seu quarto, me coloca finalmente no chão e fecha a porta. Eu me deitei na cama e Billie também, mas bem afastado de mim. Virei-me e me aconcheguei em seu corpo magro e comecei:

-Eu abandonei minha mãe para viajar com vocês... Ela não me ligou, eu pensava que ela realmente não se importava comigo... Agora... Ela se foi... Como posso não ser um monstro?-eu disse enquanto as lagrimas voltavam furiosas.

-Simples... Monstros não se importam não se arrependem, não choram... Não amam. -Ele olhou diretamente para meus olhos, e eu arfei. Aqueles olhos verdes eram mais lindos a luz da lua que batia na sacada. Eu me aproximei de seu rosto, sem saber exatamente o que eu estava fazendo, e o beijei. De inicio, um beijo tímido, mas logo depois, se tornou um beijo intenso. Ele segurou meu rosto com as mãos, me deixando numa posição mais acessível. Ficamos por longos minutos assim ate que eu quebrei o beijo, e arfante deitei ao seu lado.

-Você não sabe quantas vezes, eu imaginei esse momento – Billie disse sorridente e arfante. Ele me abraçou e ficamos assim, naquela posição de “conchinha”. Fiquei em silencio, chorando novamente, de saudades do meu pai, do meu irmão e principalmente de minha mãe. Eu sentia que esse beijo, esse romance, ia me trazer problemas inimagináveis.

-x-x-x-x-

Quando acordei, meus olhos ardiam. Percebi, sem me virar, que Billie não estava ali. Olhei o relógio na cabeceira, e notei que eram 8h30min. Rapidamente me levantei. Meus membros pareciam chumbo, e fui para meu quarto. Quando cheguei, Ana estava La, dormindo. CLARO NE, ficamos acordadas ate de madruga o que você queria Little Girl?Todo esse tempo, eu estava lutando com as lagrimas. Tranquei a porta e fui tomar banho. A água quente até ajudou com meu estado... Mas foi tão pouco!Sai, coloquei um tênis de couro de cano alto, um shorts negro ate o meio das cochas, um cinto de rebites, uma meia preta estilo arrastão,e uma camiseta preta do Elvis Presley.Mamãe sempre adorou ele,e ela me deu essa camiseta quando eu tinha apenas 7 anos.Na época era enorme para mim,agora,cabia em mim perfeitamente.Coloquei uma maquiagem preta pesada e penteei os cabelos.Eu olhei a para minha camiseta no espelho,e tentei conter as lagrimas.Balancei a cabeça e quando sai do banheiro,trombei com Ana.

-Desculpe

-Bia... Qual o seu problema agora?

-Depois eu conto... Agora tome a droga de um banho. -Me desviei dela e corri para a porta, mas antes gritei:

-Vou estar na cafeteria do hotel... Encontra-me lá?

-Como se eu tivesse coisa melhor para fazer-a ouvi responder. Suspirei e sai.

-x-x-x-x-

Eu não estava sendo justa com uma de minhas melhores amigas... Mas a vida não estava sendo justa comigo. Nos últimos dias, eu me sentia uma criançinha, que só chorava. Eu já estava enjoada de tudo isso. Ana não demorou a aparecer, e se sentou na minha frente.

-Agora me conta... O que aconteceu Bia?-Antes que eu pudesse responder, meu telefone vibrou em cima da mesa, e eu atendi-o.

-Lucas?- Eu chutei.

-Sim... Você está bem?

-Não te interessa...o que quer de mim agora?

-Porque esta agindo assim comigo?

-Sei Lá,porque da ultima vez que nos falamos,você disse que me odiava,e me chamou de vadia...tenho motivos suficientes para não dever satisfações a você,meu irmão-Eu disse,sentindo eu mesma o veneno de minhas palavras.Ana me olhava assustada,e Lucas ficou em silencio por um tempo.

-Só queria te avisar que talvez você devesse visitar o tumulo da mamãe... Eu vou estar lá... Esperando-te.

-Cemitério da Avenida Da Saudade?

-É... Em que lugar do mundo você esta... Posso te buscar se quiser.

-Estou em São Paulo... Não se preocupe, eu dou um jeito

-Tudo Bem então... Ate mais tarde.

-Espera... Quando mamãe morreu?

-Ontem de madrugada

-DO QUE... Ela morreu?

-Câncer. – O ouvi desligar o telefone. Eu desliguei e fiquei ali. Anestesiada.

-Bia... O que houve?

-Minha mãe morreu... Ela morreu na madrugada de ontem... Ela se foi. -Não parecia uma resposta... Parecia que eu estava tentando convencer a mim mesma disso.


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Notas finais do capítulo

continuo? reviews?



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