A Coletora escrita por GillyM


Capítulo 16
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo...
Boa leitura!!!



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“Roxy”

- Conheço você? – Ela me perguntou.

- Depende... Você se assusta com estranhos frequentemente?

Ela me olhou irritada e desconfiada. Talvez ser rude com ela não fosse uma idéia de gênio.

- Olha me desculpe, começamos errado.

Falei na tentativa de ser mais simpática.

Tentei ser mais amistosa, pois se ela me temesse não conseguiria me aproximar dela. Estava completamente despreparada para aquilo, diferente das crianças, sua alma não estava conectada a mim, e a sensação que tomava meu corpo por completo e me guiava para o meu objetivo, não estava lá, logo eu não tinha idéia de como coletá-la. Se eu fosse simpática e conseguisse desfazer a má impressão que ela teve de mim, com aquela criança no quarto do hotel, talvez fosse mais fácil, mas naquele momento isso seria uma missão impossível.

- Como sabe meu nome?

Ela perguntou aborrecida e então me encarou nos olhos.

Ela resmungou algo e voz baixa e sacudiu a cabeça negativamente.

- Você é famosa por aqui, todos re conhecem, Sookie.

- Por que namoro o Bill?

Naquele momento lembrei-me tão intensamente da relação sexual que tivemos, o calor, o cheiro, seu toque, e o gosto de seu sangue, tudo me veio a mente, numa enxurrada de sentimentos, que passou rapidamente quando as palavras dela repetiram em minha mente. Naquele momento torci para que Bill não fosse exatamente o Bill que imaginava, mas uma pergunta me veio a cabeça: Se fosse um Bill qualquer, por qual motivo ela seria tão famosa por isso?

Sookie me encarou novamente e com uma expressão facial impossível de ser compreendida, ela voltou correndo para seu carro, para evitar sua fuga me pus a correr atrás dela, ela entrou no carro e deu partida no motor, eu fiquei em pé ao lado do vidro e tentei abrir a porta em vão. Sookie saiu com o carro em marcha ré, fazendo uma manobra ousada que provocou minha queda, Sam e outros curiosos correram para me ajudar, e Sookie ao ver-me caída no chão parou o carro e saiu de dentro dele, ficou a observar as pessoas me ajudarem, mas não se aproximou.

Sam gentilmente me levantou, ele olhou para Sookie e esbravejou algo que não entendi, estava muito preocupada em como explicar os arranhões de meus joelhos, que pareciam curar-se espontaneamente por causa do V. Felizmente Sam não fez nenhum alarde quando os viu se curarem sozinhos, apenas olhou para mim com um grande ponto de interrogação em sua face.

Sam me levou para o interior da lanchonete, num escritório improvisado, lá ele me ajudou a tirar a poeira que ficou em minha roupa por causa da queda, enquanto ele pegava um copo de água, fiquei a olhar ao redor, para ver se encontrava Sookie, eu não poderia perdê-la de vista, pois agora que ela já tinha conhecimento da minha chegada a cidade, ela iria se proteger de todas as formas.

- O que foi aquilo?

Sam disse ao fechar a porta, me impossibilitando de encontrá-la.

- Aquilo o que?

- Você sabe sobre o que estou falando.

- Esquece... Você não entenderá.

Tentei encerrar o assunto, pois não saberia quais explicações dar a ele.

- Vai me deixar a pensar qualquer coisa?

- E o que você está pensando, Sam? Que sou uma vampira?

- Vampiras não caem no chão do jeito que você caiu, e também não comem waffles com geléia.

Sam era mais observador do que eu imaginava que fosse, e inesperadamente ele não parecia assustado ou desconfiado, ele estava clamo e paciente.

- Você não vai me deixar em paz enquanto eu não explicar, não é?

- Não vou obrigá-la a contar, isso não é certo, mas posso ver que você carrega muito mais coisas do que parece. Não quer me contar?

- Não.

Ele me deu passagem e me deixou a vontade para sair e isso era o que eu deveria fazer, mas me senti na obrigação de lhe dizer algo. Realmente estava perdendo minha identidade de coletora.

- O que sou nem mesmo eu sei, mas posso te afirmar que não sou vampira, e que também não sou perigosa. Espero que isso seja suficiente para você.

Antes que ele respondesse abri a porta para sair, e me deparei com Sookie a minha espera no corredor. Sam saiu em seguida e deixou a sala livre para que nós tivéssemos privacidade.

Sookie se aproximou e me analisou da cabeça aos pés, ela tentava compreender o que eu realmente era.

- Por que você está em Bom Temps? – Ela me perguntou calmamente.

- Tenho negócios a fazer aqui.

- Não vai me contar aquela história da sua avó, não vai?

- Sookie, você era uma estranha que me deu carona, não iria abrir minha vida, e você sabe disse por que fez o mesmo, Melinda!

Ela balançou a cabeça positivamente. Tentei não estragar tudo, aquele seria uma chance de recomeço.

- Você tem razão, não nos conhecíamos, mas diferente de você, eu não mato crianças em beira de estrada.

Ela chegou ao ponto mais critico mais rápido que eu imaginava. Meu cérebro correu atrás de explicações.

- Como conhece Bill?

Congelei quando ela pronunciou aquelas palavras, principalmente por ela estar mudando de um assunto crítico para outro mais crítico ainda. Assim que meu crebro processou sua pergunta, outra me veio a cabeça, que logo saiu pela minha boca.

- Por que acha que conheço o Bill?

- Por que existe apenas um por aqui.

- Eu não conheço Bill nenhum.

- Conhece sim, eu sei que conhece.

- Como? Leu minha mente? – Respondi irritada.

Ela não respondeu.

- O seu nome é Roxy mesmo? Ou existe outro nome?

- Não, é Roxy mesmo.

- Então... Por que está aqui?

Naquele momento me veio uma grande desculpa a cabeça.

- Estou a procura de alguém.

- Quem?

- Bem te conheço, por que te falaria?

- Vamos parar com esse joguinho, Roxy. Você já esta aqui, e nos encontramos.

- Estou a procura de alguém que costuma vir aqui com freqüência, pelo menos umas cinco vezes ao ano.

- Nossa... Que grande freqüência – Ela tentou debochar.

- Não tente ser engraçada, comédia não é seu forte!

- Qual é o nome?

- Acho que você abe o suficiente.

- Você ta mentindo. Disse a todos que veio a procura de uma Melinda, que cuidou de sua avó. Melinda? Coincidência? O que quer de mim?

- Não quero que as pessoas se metam em minha vida, menti para elas, e seu nome falso me veio a cabeça, só isso. Agradeceria se ficasse de bico calado sobre isso.

- Eu não sei, você é perigosa. Devo chamar a policia.

- Não! Não!

Disse firmemente para impedi-la de sair daquela sala. Logo pensei em coletar sua alma ali mesmo, mas não conseguiria fugir rapidamente, então desisti. Ela se manteve na sala, mas eu iria precisar de boas respostas para não ser presa, e morta pelo Dea logo em seguida.

- Tudo bem... Eu vou me explicar, mas não agora.

Ela me olhou assustada, eu até poderia dizer desesperada.

- Você vai me denunciar? Eu não estava matando aquele menino.

Ela balançou a cabeça negativamente, seu corpo ficou tremulo, e lagrimas ameaçaram a cair de seus olhos, eu fiquei sem entender o motivo de todo aquele pânico. Antes mesmo que eu disse algo mais, ela saiu correndo pela  a porta, me deixando sozinha na sala.


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Notas finais do capítulo

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