A Filha De Éolo escrita por Angel-Fenix


Capítulo 15
O Conselho Olimpiano




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As minhas orelhas não eram realmente pontudas.

Tipo, claro elas tinham uma pequena deformidade na parte de cima que parecia uma ponta, mas nada parecida com as orelhas dos elfos de verdade, as deles eram compridas e bonitas, as minhas eram só meio pontudinhas na parte de cima.

Como no filme O Senhor Dos Anéis, as minhas orelhas pareciam artificiais.

Eu seguindo pelo anel de Chalés quando um feito todo de ouro que parecia ser o sol de tanto brilhar, até doia olhar chamou minha atenção.
Eles tinha uma liras e notas musicais espalhadas por toda sua extensão.

Hmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm, os filhos de Apolo poderiam me ajudar.

Eu fui até o Chalé De Apolo e bati na porta.

Aguns segundos depois alguém abriu. Era um garoto de ombros largos muito parecido com Apolo, ele sorriu para mim com seus dentes cegantes. Seu olhar caiu diretamente na minha tatoo mágica de sol.

-Olá posso ajudar? - Ele perguntou ao olhar em meus olhos.

-Ã, acredito que sim senhor...? - Perguntei dando a deixa para ele falar seu nome.

-Prazer, Will Solace, conselheiro chefe do Chalé de Apolo. - Falou ele estendendo a mão.

-Prazer, Plumis Pretium, filha de Éolo. - Ele sorriu mais ainda quando eu fui apertar sua mão muito maior que a minha.

-Eeeentão. - Falou ele. - Em que posso ajuda-lá?

***

-Tem certeza que quer fazer isso? - Perguntou Will.

-Will. - Eu suspirei. - Meu cabelo é branco, meus olhos são grandes e leitosos, eu tenho ASAS, eu não quero ser mais estranha só por ter as orelhas meio pontudas, é melhor acabar logo com isso. - Ele acenou concordando.

Eu estava em uma das beliches do chalé de Apolo, sem meus tênis de caminhada, e coberta por uma manta dourada, meu cabelo estava preso com um laço e coberto com aquelas toucas de banho. Will estava do meu lado sentado em um banquinho com uma mesinha cheia de instrumentos médicos, ele usava luvas azuis e a mesma touca que eu. Essa cena era meio bizarra, se acostume.

Eu virei minha cabeça para o outro lado olhando para a parede, e escutei Will pegando algum instrumento na mesinha.

Eu senti então ele segurar minha cabeça com as mãos enluvadas, e apoiar o objeto cortante e gelado na ponta da minha orelha.

Ele apertou o objeto, e eu senti a aguda dor e ofeguei, senti um liquido pegajoso caindo no meu pescoço, mas Will pegou uma gaze e limpou rápido.
Ele fez mais algumas coisas dolorosas na minha orelha e suturou. Ele virou e pegou outra coisa, colocou em uma gaze e passou na minha orelha e depois tirou os pontos.

Ele refez o processo em minha outra orelha, e depois de uma meia hora de dor acabou.

-Plumis pode levantar acabou. - Disse Will para mim.

Eu levantei da beliche, e Will já tinha guardado todos os instrumentos, e olhava para mim. Ele tirou um espelho sabe-se lá de onde e me entregou.
Antes de olhar no espelho eu tirei a touca, virei a lâmina para meu rosto e me surpreendi com o que vi.

Minhas orelhas estavam com a ponta redonda e completamente curadas. Apenas uma cicatriz pequena demais para ser vista permaneciam nas pontas.

Eu desviei o olhar para o filho de Apolo e sorri.

-Obrigada Will. - Eu o abracei.

-Hã, Plumis tem uma pequena coisinha que eu gostaria de saber. - Disse ele meio constrangido.

-Pode falar.

-Que marca é essa no seu maxilar? - Disse.

-Huh, - Suspirei. - É a marca da benção de Apolo.

-Como você a conseguiu? - Perguntou-me.

Então eu expliquei a história da noite em que recebi a benção, tirando a parte em que eu fui lá para chorar por minha mãe. Eu o fiz jurar pelo Styx que não contaria a ninguém.

-Nossa, não sabia que meu pai se sentia assim, terei que me desculpar por todas a vezes que pensei que ele era galinha. - Disse Will encolhendo os ombros.

-Ninguém poderia imaginar. - Eu filosofei e voltei para a realidade. - Realmente muito obrigada Will, não sabe o quanto isso foi importante para mim.

- Falei me levantando e o abraçando.

Eu saí do Chalé de Apolo, e fui para minha aula de arco e flecha, que sou razoavelmente boa, mas no caminho encontro Afrodite, (é ela ainda está aqui me treinando - na verdade tomando sol - com Bóreas.

-Plumis! Finalmente te encontrei querida! - Falou ela vindo em minha direção.

-Hã, e o que queria Lady Afrodite? - Aprenda uma coisa nunca chamem Afrodite de senhora se não apreciar o dobro de abdominais com Afrodite contando um por um.

-O Conselho Olimpiano. - Disse ela sombriamente. - Eles querem falar com você. - Fudeu, eles vão me matar - drama mode on.

-Eu tenho meeeeeeeeeesmo que ir?

Afrodite me olhou carrancuda, o que me fez pensar que eu talvez não tivesse muita escolha. Ela pegou no meu braço, fechou os olhos e me transportou em uma nuvem de fumaça rosa para um lugar um tanto perigoso para mim. O Olimpo.
                                                            ***

Depois de um breve sermão de Afrodite sobre não vomitar nos jardins de Deméter nós nos encaminhamos para a sala dos tronos.

O Olimpo ficava no andar 600 do Empire State, e era tão lindo, magnífico e perfeito que não dava nem para descrever.

Entramos em uma sala com tronos gigantes, todos ocupados por deuses, Afrodite me deixou lá no meio da sala e ficou com seis metros de altura, e se sentou em seu trono. Os tronos estavam em uma forma de U, em uma sala cheia de colunas gregas. Sabe tudo normal, e com deuse de quase 7 metros de altura. Tudo extremamente normal.

Seguiu-se uns minutos de silêncio constrangedor, até o homem no centro do U limpou a garganta e falou:

-Deuses! - Ele tinha os cabelos cinza como uma nuvem de tempestade, e olhos azuis elétricos como os de Jason. Zeus. - Estamos nesse Conselho Olimpiano para discutir o que fazer com Plumis Pretium, filha do deus dos ventos Éolo, e de Pretium a fada que matou a maioria dos governates da Grécia Antiga, e do Império Romano. - Alguns deuses olharam para mim com raiva, como Atena (nem me pergunte como consegui distinguir eles), Ares, Ártemis e Dionisío. Mas os outros só me olharam surpresos por me descobrirem tão tarde. Alguns como Apolo, Poseidon, Hefesto e Afrodite, me olharam com simpatia, o motivo não sei.

-Quem é a favor da execução levante a mão. - E assim ele, Hera, Atena, Ártemis, Ares e Dionisío levantaram a mão. - Quem é a favor de deixa-lá viva levante a mão. - Apolo, Poseidon, Deméter, Afrodite, Hefesto e Hermes levantaram as mãos ao meu favor. - Deu empate! Chamarei Héstia para desempatar. - Quando falou isso um trovão ribombou por todo Olimpo, e eu quase cai no chão.

No mesmo instante um garotinha com longos e encaracolados cabelos vermelhos, tinha a pele lisa e branca, com salientes bochechas rosadas, tinhas as orbes vermelhas com linguadas de fogo movimentando a sua íris, mas não era um fogo como o de Ares, violento e insuportável, mas sim um fogo calmo, como uma lareira, como o calor de um abraço amigo, como o fogo do Lar.

Instantaneamente meus ombros relaxaram, e minhas expressão se suavizou, enquanto Héstia sorria levemente para mim.

-Sim, senhor Zeus? - Disse ela com uma vozinha de criança.

-Héstia, deu empate no julgamento de execução, pediria para você desempatar. - Disse Zeus.

-Bom. - Ela juntou as mãos. - Plumis apesar de ser filha de Pretium, não tem culpa pelo que sua mãe fez, eu não condenaria, e vocês sabem que se vocês a matarem não vencerão Gaia. - Todos os deuses fizeram uma careta desagradável em sincrônia quando ela disse isso. - Então voto a favor dela. -

Ela disse isso, sorriu para mim e irrompeu em chamas e sumiu do salão.

-Então Plumis Pretium é declarada inocente, e será poupada. Fim de Conselho! - Ele gritou a última parte. E tudo pareceu ser sugado, e derrepente apareci em frente a uma mansão destruida, com vestigios de batalha recente. E na porta destruída da mansão um Lobo de quase dois metros me olhava.


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