Vocaloid Songs escrita por Hikaru_S_River, Half Fallen, Rose-chan10


Capítulo 3
Magnet!


Notas iniciais do capítulo

Foi muito legal fazer os personas da Hikka-chan, obrigada! Que vocês gostem!



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Primeiro dia no colegial. As pessoas todas já estavam ansiosas para que esse dia chegasse, pois veriam pessoas novas e seus amigos de antigamente. Tudo ficaria tão lindo naquela escola. As folhas já estavam ficando dourados, por conta do final do verão e a entrada do outono.   Mas... o que todos não sabiam é que iria entrar um novo garoto, um garoto que poderia mudar tudo. Um garoto que para certas pessoas seria uma complicação a mais, e para outras pessoas poderia ser um tipo de “luz”.

Okiyama Miyo colocava sua roupa de colegial. Um belo conjunto de saia azul, uma blusa de manga branca, uma gravata vermelha, meia-calças pretas e um sapatinho marrom. Seus cabelos rosa e longos estavam soltos e havia uma presilha de estrela em sua franja. Aos olhos de qualquer um é uma garota normal, um tanto feliz e despreocupada para com a vida. Mas... só apenas alguém que prestasse atenção nela saberia que ela realmente não é assim.

Já pronta para ir a escola, ela pega sua maleta e logo desce as escadas indo diretamente a porta. Antes de abri-la solta um suspiro e continua sua jornada a escola.

Andando a caminho do mesmo, ela lembrava de tudo que já passou. A briga com seus pais, toda a trama que teve que passar.

-Tudo foi tão difícil... Mas... Acho que tudo vai melhorar... Uma hora vai. – falou um pouco baixo

Por sorte, a casa da menina não ficava tão longe dali. Apenas havia de pegar um metrô e soltar duas estações seguidas. Fazendo isso entrou na estação e viu como estava cheio. Passou sua cabeça por todos os cantos daquele trem, conseguiu até ver pessoas que iriam para a mesma escola que ela. Meninas sentadas conversando estavam com o mesmo uniforme. Passou a cabeça novamente e viu um menino de cabelos negros e olhos da mesma cor.  Sentiu seu rosto queimar um pouco, mas... Por que isso aconteceria? Desmanchando essa feição, olhou para o outro lado e já viu que estava para descer na estação certa. Descendo dali, encontrou uma garota que tinha cabelos curtos castanhos claros e olhos da mesma cor. Ela era familiar. Foi correndo abraçá-la.

-Ei! Misa! Como está? – perguntou Miyo

-M-Miyo! Que surpresa! Estou bem e você?

Miyo parou de abraçá-la e as duas garotas foram andando junto para o colégio.

-Eu estou bem. Quanto tempo... Senti sua falta. – falou alegremente

-Sim. O que tem feito nas férias?

-Ah! Não fiz muita coisa sabe... – olhou para o lado


“Na verdade... Eu não fiz nada além de pensar nessa minha vida Misa... “
pensou.

-E-E você?

-Ah... Várias coisas. Viajei com os meus pais.

-Pais né...

-Sim.

Enquanto falavam das férias, as garotas já estavam chegando perto da escola. Toda aquela conversa deu certa nostalgia em Miyo mas preferiu não demonstrar isso. Finalmente chegaram a escola. A mesma tinha o nome de Aki, que significava Outono. Realmente era significativo o nome. Adentraram naquela escola e uma imensidão de lugares a esperavam. Conseguia-se ficar perdido no momento. Enquanto olhavam tudo, ouviram no radio escolar uma pessoa falar.

-Atenção alunos e alunas. Sejam bem-vindos ao colégio Aki. Pedimos a todos que vão para a quadra para maiores instruções de nosso colégio. Obrigada.

Assim todos fizeram. Começaram a andar rumo a quadra.

-Ne... Miyo... Você acha que vamos acertar o lugar?

-Claro né! Afinal, todos estão indo pro mesmo canto. Não tem como erramos.

-É... Você tem razão.

-Senso de inteligência aqui... Zero né?

-Oe! – Misa empurrou de leve Miyo

-Você não me ganha!

Empurrou Misa novamente. Então, Misa começou a correr entre os corredores e Miyo a seguiu. Ambas estavam rindo. Miyo queria sempre ver essa feição da amiga, nunca de tristeza.  Em meio da correria, chegaram um pouco cansadas na quadra mas lá havia ventiladores e iriam ajudá-las a se recompor. Viram um monte de pessoas de pessoas indo se sentar. Se sentaram na quarta fileira e assim começou a palestra. Miyo viu muitos garotos inclusive o que estava no metrô. Parecia tão indiferente e ele estava sentado do lado de sua amiga, Misa.

-Então, alunos e alunas. Mais uma vez, lhes dou uma boa vinda. Aqui no nosso colégio temos algumas regras que devem ser seguidas. Não queremos que corram nos corredores, sempre é bom entrar na sala de aula após o sinal. Não deves chegar atrasado, pois os portões se fecharão. Agora, se não for incomodo para vocês, venham até aqui na frente e digam seus nomes. Começando pela fileira da frente.

-Yokozawa Lily.

-Hanabi Yomi.

-Suzuki Chiro.

Muitas pessoas foram falando seus nomes e Misa preferiu guardá-los. Eram muitas pessoas e Miyo já estava ficando um pouco “doida” com tanto nome. Agora estava chegando a vez de Miyo.

-Yamada Hiroki.

-O-Okiyama Miyo. – seu rosto enrubesceu.

-Matsumoto Misa.

-Usui Kyo.

Viu que o nome do garoto agora foi descoberto, poderia falar com ele mas essa não seria uma boa hora. Todos os nomes estavam sendo listados pelos professores e pelo diretor. “Finalmente, umas 2.000 pessoas foram listadas.”  Misa pensou.

-Muito obrigada por falarem seus nomes. Na saída desta quadra, entregaremos seus horários. Quero que Okiyama Miyo e Usui Kyo permaneçam nesta sala.

-O-O que? O que que ela quer? Eu não fiz nada... – falou para sua amiga.

-Eita... O que será que essa menina tem? –burburinhos falavam

- Ah... Ela deve ter feito algo errado...

-Ah! Calma Miyo. Sei que não terá nada. Apenas uma conversa que você terá a mais na sala. Só isso.

-T-Tá bom... Olha, eu posso te encontrar na sala né?

-Claro! Sei que vamos ficar numa mesma sala.

-S-Sim...

Misa então saiu daquela quadra e ficou somente a professora e os dois alunos. Miyo estava com muito medo, não queria pegar uma detenção de primeira na escola. Suas pernas e mãos tremiam e seu rosto estava rubro. O medo lhe corroia. Assim que pensava nisso, sentiu alguém tocar-lhe na mão e quando olhou para o lado viu o tal de Kyo o fazendo. O mesmo levou sua mão com sutileza aos lábios, dando um leve toque. Miyo suspendeu sua mão rapidamente ao peito e continuou rubra.

Por que ele faria isso com ela? Algo quente e harmonioso passava por seu corpo e fazia seu coração acelerar. Sua mão parava de tremer, ficou um pouco mais calma. A professora, vendo como a menina parecia estar assustada, passou-lhe a mão na cabeça, acariciando seus cabelos rosa.

-Calma. Apenas queremos lhes perguntar se vocês querem ficar nas mesmas salas em todas as aulas.

-C-Como? – perguntou Miyo, aliviada

-Isso mesmo. Vocês querem ficar nas mesmas salas em todas as aulas?

-P-Pode ser... O que você acha Kyo-kun?

-Ah... Pode ser.

 A professora sorriu e os liberou. Os dois estavam andando juntos, naquele corredor vazio e deserto. Havia muitas janelas, então o sol iluminava muito ali. As paredes tinham uma cor de creme, então tudo ficava muito lindo. Ainda olhando para baixo, Miyo esperava que alguém começasse uma conversa logo. Kyo fez seu papel, perguntando para a garota.

-Então... Miyo certo? Você se acalmou?

-A-Ah... Sim. O-Obrigada.

Kyo pegou o pulso de Miyo e imprensou na parede. Conseguiu imobilizá-la e provocá-la. Era uma menina muito bonita, queria talvez algo a mais com ela. Sentiu que o coração da garota palpitou muito e seu rosto rubro era a coisa mais linda nela.

-Você... É diferente. – falou ele

-...

Kyo tentou tocar os lábios dela mas ela conseguiu sair correndo dali.

Como? Como ele poderia  ter feito isso com ela? Uma parte fervilhante daquilo que sentiu na quadra se esvaiu um pouco. Mas... Se pensar bem, ela até que gostou um pouco. Um sentimento momentâneo correu todo o seu corpo, querendo afundar no calor dos braços deles e deixar que lhe tocasse os lábios. Mas, não poderia. Estava numa escola e teria que ter o máximo de atenção possível. Correndo, conseguiu chegar em seu primeiro horário. Ciências Sociais era o primeiro horário. Agora não acreditava que poderia ficar com aquele cara para sempre nas aulas. Viu sua amiga Misa, conversando com outras garotas. Chegou andando ali e sorriu.

-Cheguei Misa!

-Ah! Miyo.  Então, o que a professora falou?

-Ah... Nada demais não.

-Tem certeza?

-Claro! Pode ficar tranqüila.

-A aula vai começar. – falou o professor

Todos se sentaram. As cadeiras que se sentariam agora seriam sempre aquelas que iriam usar. Misa sentou ao lado de Miyo. Viu Kyo entrar e sentar em diagonal a Miyo. Ele a olhava e sorria. Falava com todos ali, parecia que já o conheciam. Será que o que ele fez com ela foi tudo uma brincadeira de mau gosto? Será que tudo o que ela está sentindo é em vão?

Seus olhos rosa e alegres, por um momento, ficaram opacos e tristes fazendo com que toda sua feição ficasse indiferente. Kyo percebeu que ela ficara angustiada. Ficou a olhando e pensou “Ela... Não é essa menina que aparenta ser. Ela é realmente... Diferente.”. Começou a ficar um pouco preocupado e só pensou no que ela teria a aula inteira. Não precisava prestar atenção pois toda primeira aula era uma revisão do ano passado. O que ela tem? Agora era seu trabalho pesquisar. Mas... Também sentia que queria ficar mais perto dela. Abraçá-la e não soltar mais. Por que?

Enquanto a aula era dada, viram duas borboletas nas janelas da sala. Estavam presas e suas cores eram roxas e azuis. Miyo e Kyo foram  ajudá-las. Kyo abriu a janela e Miyo as soltou. Elas voavam juntas, como se fossem feitas uma para outra. Os dois sorriam. Sentiram uma paz. Por sorte, quando fizeram isso já havia tocado o sinal. Era recreio. A sala ficava em frente ao lindo campo aberto.  Miyo foi correndo para o campo e se sentou debaixo de uma árvore, distante de todos.

-AI! Por que ele teve que quase me beijar? Ele estava pirando? Mal nos conhecemos e ele já faz isso? E por que? Por que eu quero ficar mais perto dele?

Ela sorriu um pouco. Lembrar de seu rosto a faz se acalmar. Lembrar de seu toque quente a fazia ter seu coração palpitando. Era tudo tão sutil que ela não queria mudar nada. Sentiu que alguém sentou perto dela. Olhou para o lado e era o garoto de cabelos pretos e olhos profundos.

-Posso me sentar?

-Claro mas... Por que você fez aquilo no corredor?

-Não sei... Me deu vontade.

-Ah! Te deu vontade é? Desde quando isso é resposta?

-Você não é assim.

-E-E-E-Eu sou sim. Como você acha que sou diferente?

-Sabe... Na aula, quando olhei seus olhos eles estavam opacos. Vi que você não é tão forte assim... Acho você um tanto frágil.

-Ah! Você não pode dizer nada... Não nos conhecemos direito e você não tem como provar isso.

Kyo sorriu e pegou no queixo da garota virando para o seu. O rosto da mesma enrubesceu e ele deu um leve toque nos lábios dela. Viu que as mãos dela estremeceram e abaixou sua cabeça.

-Viu? Sei que é frágil.

-...

-Nem consegue falar agora.

-F-Foi... u...

Abraçou-a e acariciou seus cabelos na tentativa de acalmá-la.

-Calma, viu? Venha a minha casa hoje, depois da escola para podermos conversar sobre isso.

-Mas... Meus pais, eles...

-Calma. É só pedir. Garanto que eles deixam.

Assim deu um último toque nos lábios dela, fazendo com que todos pudessem ver aquilo. A garota ficou com o rosto rubro. Estava muito vermelha e quando olhou para o lado, ele já não estava mais ali. Miyo quase grita de tanto constrangimento mas não queria confusão. Ligou para seus pais e os pediu que fosse a casa desse amigo. Os mesmos deixaram mas falaram em um tom não tão agradável. Desde aquela briga, tudo mudou entre eles.

Teve mais um tempo de aula. Dessa vez, Misa não estava mais lá com ela. Agora ficaria em outra sala. Kyo estava, agora, uma cadeira depois da dela. Preferiu não falar com ninguém e se alguém fosse falar com ela, que venha.

-Ei! – uma garota de cabelos negros e olhos verdes olharam cutucou  ombro de Miyo

-Oi?

-Sou Yomi. Como vai?

-Vou bem e você?

-Sim. Olha, qualquer coisa você me chama porque esse professor é muito chato. Ele cisma com tudo.

-A-Ah... Pode deixar. Não precisa se preocupar, qualquer coisa eu posso bater nele!

As duas caíram na risada. Ficaram fazendo poses de super heroínas enquanto a aula não começasse. Pena que tudo durava pouco. Chegou o professor. Miyo ficou com um pouco de medo.

-Vamos começar alunos!

Começou então a ensinar Histórias. A história do Japão era realmente bonita, mas ninguém queria saber porque sempre ouviram essas histórias dos seus pais. Tornava-se entediante. Na aula, muitas pessoas conversavam. Inclusive Miyo.

-Ei... Sabe, tem umas garotas que dão flores para os professores para serem preferidas deles.

-Sério?

Miyo escondeu sua flor que iria dar pro professor. Não queria ser a preferida dele, mas queria agradá-lo.

-Sim. Sabe aquelas loiras e de castanhos claros? Elas são muito patricinhas. Não se meta com elas.

-Pode deixar!

Quando pararam de conversar, tocou-se o sinal de saída. Foi rápida aquela aula pois muitas pessoas estavam conversando e sempre quando há conversa, o tempo passa rápido. Kyo pegou a mão de Miyo e foi correndo para a saída. A garota estava com o rosto rubro. Ele tinha uma moto, e trouxe, por sorte, dois capacetes. Deu um para ela e ela sentou atrás dele, junto com o capacete. Kyo acelerou  na moto e saíram com uma velocidade muito grande. Por sorte,a casa dele era perto dali. Dois quarteirões a mais e estava sua casa. Ele morava sozinho já, seus pais acreditavam que tinha que começar a se sustentar bem cedo. Morava num apartamento grande.  Chegara no mesmo, desligou a moto e ajudou Miyo a descer, dando lhe um beijo na testa. Quando entraram no mesmo tiraram os sapatos e Miyo sentou no sofá.

-Então o que quer?

-N-Nada...

-Está bem então.

Kyo apenas pegou um copo d’água para si e sentou no sofá oposto a ela. A coloração da sala era branca, tinha uns tapetes que variavam a cor. Ele a olhava nos olhos.

-Então, me diga. Por que é assim?

-Eu não sei do que você diz...

-Sabe... Por que seus olhos estavam opacos?

-P-por nada... Eu estava com sono, foi isso.

-Você não me engana Miyo.

-Primeiramente, quero saber por que tem tocado meus lábios.

-Porque eu quis!

-Já te disse! Não é resposta.

-Porque...

-Tá com medo de admitir algo?

-Você não é assim! Pare. Olha, desde que te vi, sinto que tenho que ficar perto de você. Te abraçar, tocar você... Não sei... É como se fosse...

-Imãs. – falaram juntos

-Sente isso também?

-S-Sim.. Quero dizer, não sei né. Ainda não estou conformada com o que você fez. – falou ela de cabeça baixa

-Agora responde minha pergunta.

Sentou do lado dela acariciando o rosto dela.

-E-Eu... Tive uma briga com meus pais. Tudo mudou desde lá... Tenho esse temperamento alegre porque não quero preocupar ninguém.

-Saiba...Que é assim que você me preocupa mais.

O rosto de Miyo enrubesceu e ele tocou seus lábios. Dessa vez, Miyo deixou. As línguas deles se entrelaçavam. Tudo foi tão diferente. Os dois nunca haviam sentindo um amor a primeira vista. Um amor que envolvia imãs. Ficaram ali, o resto do dia, tentando esquecer-se de problemas. E o que não perceberam é que haviam borboletas, as mesmas borboletas que apareceram na sala de aula. Será que foi obra delas?


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