~~Lene~~

Ainda bem que eu perdoei o Six, não consigo ficar muito tempo brava com ele. Voltei para o jantar e fui falar com o Steve, pedir desculpas  por ter sumido.

-Não foi sua culpa Lene, foi aquele Black que é grosso, não sei como você consegue namorar com ele, se vocês terminaram não fica triste, você merece coisa melhor e... – Ele começou a falar até que eu dei um tapa na cara dele, fiz muito isso hoje.

-Você não abra a boca para falar do meu namorado! Ele não é grosso, ele é sincero, ele nunca mentiria para mim e ele gosta de mim, e ele é o melhor namorado do mundo, você nunca chegou aos pés dele e nunca vai chegar!

Sai de lá e fui sentar com as meninas, nem tinha falado com elas direito hoje.

-Que declaração ein Lene?

-Tudo o que eu disse é verdade Tonks – Dei de ombros.

-Ah que lindo a Lene ta apaixonada!

-Você não pode falar nada né Evans.

Ela corou e eu ri, é tão fácil fazer ela corar.

-Mas então, por que vocês brigaram?

-Ah, vocês já repararam que os meninos sempre somem numa certa época? Eu fiquei louca de ciúmes, achando que ele estava com outras meninas e ainda fiquei brava porque ele não me dava atenção e acho que eu estou de TPM – acrescentei no final e as meninas riram.

-Não Lene, esse é seu estado normal, de TPM você fica bem pior – Disse a Tonks.

-Vocês nunca repararam nisso?

-Eu já, mas eu tenho uma suspeita do que e entendo porque os meninos não contam, mas quando o James me contar, para mim está tudo bem, entendo que eles tem seus segredos.

-O Remus nunca me responde quando eu pergunto, mas um dia eu descubro, enquanto isso, quando essa semana estranha passa eu digo que ele não me deu atenção e ele fica todo carinhoso e atencioso comigo, então eu não tenho muito o que reclamar.

Eu devia ser mais como as meninas, mas as vezes bate uma insegurança em relação ao Six, afinal, o namorado delas não era tão galinha como o meu era e o que eu sinto por ele é tão forte, que eu tenho medo de perde-lo.

Continuamos a comer e conversar, bem só eu estava comendo, já que elas já tinham terminado. É bom conversar sobre “nada” com as meninas, me lembra de quando eramos crianças e nossa única preocupação eram as provas da escola e nos divertir nesse lugar incrível que é Hogwarts.

Depois de eu terminar o jantar fomos para a sala comunal e sentamos num sofás conversando ainda mais um pouco, até que fomos interrompidas por três garotinhas, que deveriam estar no quarto ano.

-Oi – Disse a primeira, que tinha os cabelos num tom de mel, timidamente.

-Oi – Respondemos as três juntas sorrindo para elas- Quem são vocês?

-Bom, eu sou a Lisa – Respondeu a de cabelos mel – A loira é a Jane e a morena a Meg.

-Prazer meninas, eu sou a Lene, a ruiva a Lily e a com os cabelos coloridos e que mudam constantemente a Tonks.

-Nós sabemos quem vocês são, vocês são as garotas mais populares de Hogwarts, não só por serem bonitas e inteligentes, mas também por namorarem os marotos – Respondeu a loira sorrindo.

-Bom, em que podemos ajuda-las? – Disse a Lil’s sorrindo.

-Bom, nós queríamos um conselho.... sobre garotos – Disse a morena, que devia ser a mais tímida, porque corou ao fim da frase -Tá vendo aqueles três ali? – Ela apontou discretamente para três meninos, dois morenos e um loiro.

-Nós gostamos deles, mas parece que eles não nos vem, eles só ficam olhando para essas meninas oferecidas.

Eu e as meninas nos entreolhamos, era exatamente assim com a gente.

-Querem um conselho? Meninos nessa idade se importam com aparência, então, dá próximo vez que os verem, passem reto, não os cumprimentem e estejam.... poderosas.

-Isso vai atrair a atenção deles, porque vocês não ligaram para eles. – Completou a Lily

-E eles vão ver que vocês são bonito e bom, quando eles crescerem um pouco, acreditem, vão ser vocês que eles vão procurar e não essas oferecidas. – A Tonks falou.

-Foi assim com a gente – Dissemos juntas.

Elas sorriram e concordaram e foram se afastando.

-Ei aonde vão?! Sentem ai, conversem com a gente!

Elas pareceram surpresas com meu convite, mas sorriram e se sentaram com agente, começamos a conversar. Elas se parecem muito com a gente e nós entendemos o que elas estão passando.

-Bom meninas, já está tarde, é bom subirmos – Todos nós concordamos com a Lily e fomos subindo as escadas, nos despedimos delas e entramos no nosso quarto e quando eu entrei lá, tive uma surpresa.

Em cima da minha cama tinha um vestido, mas não era um vestido qualquer, era lindo! Azul marinho chegando quase a ser preto, de um ombro só e com uma faixa na cintura que com certeza a marcava. Junto com o vestido tinha um buque de rosas vermelhas.

-Uau! O que é isso?!

Eu não respondi a Tonks, só caminhei até minha cama com a boca meio aberta  e peguei o buque vendo que tinha um cartão, que tinha uma mensagem do Sirius.

“Espero que tenha gostado do vestido, tenho certeza que ficará lindo em você, só não me pergunte como consegui. Esteja com ele e pronta a meia noite, o cartão dará novas instruções a esse horário, não o perca. Sirius”

Dei um sorriso com a mensagem, coloquei as flores na cama de novo, peguei o vestido e sai correndo para o banheiro, me trocar, enquanto as meninas ficavam com uma cara de “o que está acontecendo?”.

-Lene, o que foi?!

-Leia o bilhete Lil’s

Percebi que as duas tinham terminado de ler quando fizeram um “own” conjunto.

-Se troca logo, vou arrumar seu cabelo!

-Então eu faço a maquiagem Lily!

Me troquei rapidamente, e não era que o cachorro tinha um bom gosto? O vestido ficou perfeito. Coloquei os mesmo sapatos que eu estava antes e me sentei na cama da Lily que começou a cachear meu cabelo mais ainda. Enquanto a Tonks fazia uma maquiagem prata e preta em mim.

-Pronto Lene, tá linda e pronta a meia noite, em ponto!

Fui então até o cartão, que tinha uma segunda mensagem em baixo da primeira.

“Desça até a sala comunal, sozinha e em silencio. Eu estarei lá.”

Dei tchau para as meninas e ouvi as piadinhas dá Tonks como “eu não quero priminhos tão cedo” e os avisos da Lily como “tome cuidado e volte logo!”. Desci as escadas com cuidado e percebi que o Sirius estava encostado no sofá, de pé e olhando pro chão. Se eu já acho ele bonito normalmente, quase tive um treco agora, ele está com uma camisa social preta, com as mangas dobradas até o cotovelo, de calças jeans escuras e um sapato preto.

Ele levantou a cabeça quando eu já tinha descido toda a escada e veio até mim sorrindo de lado. Então pegou minha mão e me fez dar um giro, me abraçando pela cintura depois e me dando um selinhos.

-Eu sabia que você ficaria ainda mais linda com esse vestido – Disse sussurrando naquele tom rouco dele que fazia meu coração acelerar mais ainda – Vamos? – Disse me abraçando agora de lado.

Assenti. E ele pegou algo em cima do sofá, era uma espécie de capa, ele então nos cobriu com ela.

-É da invisibilidade, pertence ao James mas ele me emprestou – Ele respondeu vendo que eu estava confusa.

-Uau, então é assim que vocês nunca são pegos!

-Temos mais de uma maneira de não ser pegos Lene, quem sabe eu te conte mais para frente.

Ficamos caminhando em silencio até que eu lembrei que eu não sabia aonde eu estava indo.

-Aonde vamos Six?

-Surpresa.

Nem tentei argumentar, ele não iria me contar. Continuamos a caminhar em silencio, eu não queria falar, só queria aproveitar o momento. Encostei minha cabeça no ombro dele, sem precisar ficar na ponta do pé dessa vez, o salto ajudava. Ele me abraçou mais forte e deu um beijo no topo da minha cabeça.

-Chegamos – Paramos em frente a uma parede, fiquei confusa, não tinha nada lá. Mas de repente, uma porta se formou na minha frente e eu fiquei de boca aberta. A sala precisa existe então! Já tinha ouvido falar dela, mas achava que era só uma lenda!

Sirius então nos descobriu e abriu a porta para mim.

-Vamos? – Disse indicando a sala com a cabeça.

Passei por ele e olhei para dentro. A sala tinha no meio uma espécie de tapete, com milhares de almofadas espalhadas pelo chão, e era iluminada por velas. No tapete tinha diversas comidas e também tinha uma lareira em frente ao tapete, mas o que me chamou atenção foi o teto, que parecia de vidro, ou seja, dava para ver todo o céu, que estava forrado com pontos brilhantes.

Senti dois braços me abraçando por trás.

-Gostou? – Perguntou o Sirius sussurrando no meu ouvido, eu não pude evitar um arrepio e um suspiro. Balancei a cabeça afirmando, ele então me soltou e me puxou pela mão, até sentarmos no tapete. E ele me aninhou nele- Lene?

-O que? – Respondi de olhos fechados.

-Eu preciso te mostrar uma coisa, que tem relação o porque de eu me ausentar de vez em quando – Ele levantou o meu queixo ao falar e eu percebi que era algo serio. Ele então me solto e ficou de pé na minha frente, então, num piscar de olhos tinha um cachorro grande e preto na minha frente.

O cachorro se aproximou de mim e eu levantei a mão para acaricia-lo, que fechou os olhos quando eu passei a mão na sua cabeça.

-Você é um cachorrinho muito fofo sabia Sr. Black? – Ele soltou um latido, que mais parecia uma risada. Em outro piscar de olhos, ele voltou a sua forma normal e se sentou na minha frente.

-Entendeu por que eu me afasto as vezes?

-Para tratar das pulgas? – Sorri divertida e ele bufou, o que me fez rir.

-Não Lene. Eu me transformo junto com o James.

-Então ele realmente é um cervo?

-Correção, veado. E sim, ele é.

-Mas por que se transformaram e por que só em uma determinada época?

-Eu não posso te contar isso, o segredo não é meu. Sinto muito.

Sentei então sobre meus joelhos e encarei.

-Tudo bem. Mas então, o que temos para comer?

Ele riu alto.

-Eu falando aqui de coisas serias e você vem me falar de comida?

-Logico, eu to com fome!

-Você acabou de jantar!

Dei de ombros, o que eu poderia fazer?

-Mas eu tenho mais uma coisa a te falar... –  Percebi que ele estava bem nervoso.

-E não pode esperar eu comer não?

-Não, é importante.

-O que Six? Vai me falar que você se transforma em borboleta também e ....

-Eu te amo! – Ele soltou me interrompendo e eu olhei para ele, dessa vez eu realmente fiquei surpresa.

-O que?

-Eu amo você Lene, demais – Ele falou olhando diretamente nos meus olhos.

Fiquei encarando ele por um momento, para saber se não era pegadinha, ou uma piada, até que percebi que ele queria uma resposta.

-Também te amo cachorro – Disse sorrindo para ele, que fez uma careta ao apelido.

-Precisava estragar o momento?

-Ah, qual é! Esse apelido é tão bonitinho e nunca fez tanto sentido! – Eu disse rindo

-Eu venho, faço um jantar, arrumo a sala, falo que te amo e você me responde chamando de cachorro e...

Enquanto ele falava me aproximei dele, coloquei minha mão na sua nuca e o beijei, foi só um longo selinho na verdade.

-Eu te amo Six, muito – Disse quando nossos lábios ainda estavam se roçando, senti que ele sorriu.

-Eu também te amo pequena – Disse antes de me puxar, para um beijo, só que mais longo e muito apaixonado. Ele foi pendendo o corpo para trás e eu acabei deitada em cima dele, com nós ainda nos beijando. Nos separamos com um selinho e olhei no fundo dos olhos dele, sorrindo.

Então me soltei e deitei ao lado dele, em cima de umas almofadas, ele então me abraçou e minha cabeça ficou apoiada no peito dele.

-Qual delas é você? – Disse olhando pro céu.

-Oi?

-Qual é a estrela que tem seu nome? – Perguntei rindo da confusão dele.

Ele então entendeu e apontou para a estrela mais brilhante do seu, olhei então para uma perto, que brilhava tanto quanto a estrela Sirius.

-Qual o nome daquela? – Apontei para a estrela

-Adhara.

Um belo nome, pensei comigo mesma, quem sabe eu de esse nome a minha futura filha, minha filha com o amor da minha vida.