A Deusa Com Asas De Anjo escrita por veraozao
Notas iniciais do capítulo
Meus leitores aqui vai mais um capítulo! Espero que gostem e que mandem reviews. Kiss
O Ishida acompanhou a Inoue a casa com o intuito de conversar com ela sobre os últimos acontecimentos.
– Inoue-san, o Kurosaki falou contigo depois do que aconteceu há três dias?
– Sim!
– Posso saber como foi a conversa?
– Bem… Estava a ficar cada vez mais vermelha e não conseguia dizer uma única palavra. O Ishida ao ver o embaraço dela, sentiu que estava a ser intrusivo demais, no entanto ele preocupava-se com ela.
– Desculpa! Eu sei que estou a ser intrometido, mas nóssomos amigos e eu preocupo-me contigo! Não quero que te magoes por causa do Kurosaki.
– Tu sabias? Perguntou incerta e surpresa pela revelação do amigo.
– Já há muito tempo! Há três dias atrás, fui eu que disse ao Kurosaki sobre os teus sentimentos.
– Acho que me lembro do Kurosaki-kun me dizer isso! De qualquer maneira, agradeço-te por isso. Provavelmente estaria morta agora ou… Parou de falar e mordeu o lábio inferior por se sentir frustada.
– Ou?
– Transformada num demónio!
– Agora percebi a conversa de há pouco. Aquele poder que libertaste… O poder da escuridão se não me engano, poderia transformar-te num demónio?
– Sim!
– Ainda há possibilidades de isso acontecer?
– Sim! Disse com um tom triste e preocupado. – Ishida-kun, eu não quero que digas a ninguém sobre isto. Os únicos que sabem são o Urahara e a Yoruichi. Eu preciso de enfrentar isto sozinha!
– Está bem! Mas se as coisas começarem a descontrolar-se eu terei de contar! Recebeu um aceno de cabeça dela a afirmar e logo depois voltou ao assunto que lhe interessava. – Mas diz-me, o que ele te disse?
– Pediu desculpa um monte de vezes! Obviamente que ela omitiu pelo menos metade das coisas. Não poderia simplesmente contar-lhe sobre o beijo e por aí adiante.
– Entendo! Bem, eu vou ter que me despedir. Eu vou por este lado! Disse acenando e caminhando noutra direcção.
– Até amanhã Ishida-kun! Voltou ao seu caminho, no entanto em vez de ir para casa resolveu ir dar um passeio num parque ali perto.
No mesmo parque, para onde a Inoue se dirigia, encontravam-se o Ichigo e a Rukia.
Ichigo – Tens a certeza que precisas da minha ajuda?
Rukia – Sim! Porquê? Estás com pressa de te ir embora? Ou não gostas da minha companhia?
Ichigo – Eu não disse isso! Apenas não compreendo porque precisas de mim quando se trata de um hollow fraco.
Rukia – Apenas fica calado e atento. Disseram-me que este fugiu do 12º esquadrão, por isso temos de tomar cuidado!
A Inoue estava a chegar ao parque quando ela viu os dois. Escondeu a sua reiatsu e colocou-se atrás de uma árvore para ver e tentar ouvir a conversa dos dois.
O Ichigo e a Rukia foram apanhados de surpresa, quando o hollow que procuravam apareceu de repente. A Inoue ia para intervir mas quando os viu desviar por milímetros e a ficar numa posição “invulgar”, deixou-se estar quieta.
Ichigo – Abaixa-te! Agarrou-a pela cintura e atirou-se para o chão, ficando por cima dela. – Desculpa! Não te magoei, pois não? Falou corado, com os olhos fixos nos dela e sem sair de cima dela. A Rukia corou e não respondeu. Estava hipnotizada pelos olhos castanhos do Ichigo. Os rostos começaram a aproximar-se cada vez mais, mas antes que pudessem selar um beijo, alguém ou algo interrompeu.
Hollow – Que coisa mais bonita! Vocês são perfeitos para comer!
Os shinigamis levantaram-se logo e colocaram-se em posição de combate. A Inoue assim que viu aquelo arrependeu-se de ter ido para ali, arrependeu-se de se ter escondido. Ela não conseguia fazer nada a não ser observá-los. O choque de ver pessoalmente os sentimentos dos dois à flor da pele deixaram-na paralisada.
Ichigo – É este o Hollow?
Rukia – Sim! Tem cuidado. Ele deve ser mais forte do que parece!
Hollow – Parece que vou ter uma óptima refeição hoje! Correu na direcção deles, no entanto, parou de repente. – Um de vocês tem um cheiro delicioso. Parece que a minha primeira vítima vais ser tu, cabeça laranja. Correu na direcção dele para o atacar mas o Ichigo repeliu o seu ataque. – O cheiro que estou a sentir não é teu! Diz-me quem é o dono desse odor delicioso?
Ichigo – Achas mesmo que vou dizer? Preparou-se para lhe dar o ataque final, mas foi agarrado por tentáculos. Surpreendentemente não vinham do seu oponente, mas sim de outro hollow. A Rukia tentou logo ajudar, mas também foi incapacitada pelo hollow restante.
Hollow – Vá, diz quem é! Se não o fizeres mato a tua amiga aqui.
Ichigo – Para que queres saber?
Hollow – Este cheiro pertence a alguém com uma alma mais deliciosa que a vossa. Alguém com um grande poder antigo! Ao ver o silêncio do Ichigo arranjou maneira de o provocar.
Rukia – Aaahhhh! Deu um grito de dor.
Ichigo – Rukia! Gritou desesperado. – Maldito, eu vou matar-te!
Começou a libertar a sua reiatsu mais densa e maligna. A Inoue que até então estava sem reacção voltou à realidade assim que ouviu os gritos da Rukia. O olhar do Ichigo e o desespero que se instalaram na sua voz faziam doer o seu coração. No entanto, ao ver a sua amiga numa situação de vida e de morte e o aumento da reiatsu do Ichigo, teve de intervir o mais rápido possível.
Inoue – Pare imediatamente! Olharam todos para a voz atrás deles.
Hollow – Parece que a pessoa que procuramos veio mesmo atrás de nós! Disse enquanto inspirava o ar fortemente para sentir o seu cheiro. Os hollows largaram os shinigamis e voltaram toda a atenção para ela.
Inoue – Só vos digo uma vez. Deixem esta cidade e nunca mais voltem! A sua expressão mostrava determinação, coragem e surpreendentemente frieza.
Hollow – Achas mesmo que iremos fazer isso? Eu vou devorar-te e ficar mais forte!
Inoue – Entendo! A voz apenas transmitia frieza e secura. Algo que foi notado logo de imediato pelo Ichigo e pela Rukia. Os hollows correram na direcção dela, no entanto viram-se paralisados. A Inoue não precisou de activar o seu poder, apenas libertou reiatsu suficiente para parar os seus movimentos. – Kurosaki-kun, Kuchiki-san! Não precisou de dizer mais nada. Eles já sabiam o que fazer. Mataram-nos com apenas um golpe. Depois de terem concluído o trabalho, a Rukia sentou-se no chão por causa das dores.
Ichigo – Rukia! Gritou muito preocupado. – Estás bem?
Rukia – Sim! Estou bem, são apenas alguns arranhões.
Inoue – Eu trato disso, Kuchiki-san! Colocou as mãos nas presilhas. – Souten Kishun, eu rejeito!
O escudo dourado envolveu os dois e em poucos segundos já não havia mais feridas.
Ichigo – Obrigado Inoue!
Rukia – Aqueles hollows apanharam-nos de surpresa. Obrigada Inoue!
Inoue – Não precisam de me agradecer! Estava apenas a ajudar os meus amigos. Bem eu preciso de ir, cuidem-se bem! Não hesitem em chamar-me caso aconteça alguma coisa! Disse enquanto caminhava em direcção à floresta.
Ichigo – Onde vais Inoue? Perguntou curioso e confuso pela direcção que ela estava a tomar.
Inoue – Tenho um assunto para resolver! Até amanhã pessoal.
Rukia – Achas que estará a acontecer alguma coisa?
Ichigo – Não sei! Amanhã falarei com ela na escola.
Os dois adolescentes desapareceram utilizando o shumpo e a Inoue entrou na floresta. Andou alguns metros até parar numa das árvores mais velhas daquele local. Encostou-se à árvore e sorriu.
– O que estás aqui a fazer, Ulquiorra?
– Não te devo satisfações! Disse no seu tom normal de frieza e encostado à árvore no lado oposto.
– Não devias ser assim! As pessoas não se dão bem com pessoas frias.
– E porque te importas?
A Inoue desencostou-se e deu a volta à árvore até se encontrar ao pé do moreno. Mesmo com a sua presença, ele continuou a não olhar para ela. A Inoue queria que ele falasse frente-a-frente com ela, por isso colocou-lhe uma mão no ombro para o obrigar a olhar para ela.
– Porque é que não confias em mim?
– Eu não te entendo, mulher! Encarou-a como se buscasse uma resposta através dos seus olhos cinzentos. – Eu levei-te para o Hueco Mundo, viste os teus amigos à beira da morte, como é que consegues ser assim para mim?
– Todos merecem uma segunda chance! Eu disse-te antes… Aliás, vou fazer-te uma promessa! Enquanto eu existir não deixarei que te tornes mau. Irei proteger-te e guiar-te pelo caminho certo! Tu vais aprender a sentir. Ter um coração… Esta palavra trouxe-lhe coisas que queria esquecer, que a fizeram sofrer. Uma pequena lágrima percorreu-lhe o rosto, deixando a marca na sua pele delicada e branca.
– Tu... Tens escuridão no teu coração! Se os Vasto Lorde viessem agora, provavelmente transformavas-te num demónio. Essa marca é a prova!
– Eu sei! Colocou a mão, que antes estava no ombro do Ulquiorra, no seu pescoço em cima da marca e deu um sorriso triste. – Este é o meu desafio, se ultrapassar ficarei mais forte!
– Diz-me, a tua escuridão é por causa do Kurosaki Ichigo, mulher? Mais directo era impossível. A Inoue ficou surpresa pela astúcia do antigo Espada e acabou por não conseguir falar nada. – Parece que vou ter de te proteger dele também!
A Inoue ficou atónita com o que ouvira. Nunca esperaria que alguém como o Ulquiorra fosse dizer algo assim. No entanto, sabia que ele tinha razão. “De alguma forma eu preciso de protecção. O Kurosaki-kun é a minha frazqueza. Se eu não fizer nada para ultrapassar isso, provavelmente acabarei morta.” Enquanto estava perdida nos seus pensamentos o Ulquiorra preparava-se para se ir embora. Assim que a Inoue se deu conta que o ex-espada já se estava a afastar dela, reagiu imediatamente.
– Espera, Ulquiorra!
– O que foi, mulher?
– Quero que me chames pelo meu nome. Não gosto quando me chamas de mulher!
– É assim tão importante para ti, eu tratar-te assim?
– É!
– Tenho que me ir embora. O Urahara já deve saber que não estou no meu quarto. Até amanhã Orihime!
– Até amanhã Ulqui-kun! O Ulquiorra deu um pequeno sorriso, o qual não foi visto pela ruiva, e desapareceu da vista dela utilizando o Sonido.
A Inoue sentia-se feliz e mais contente após a conversa com o moreno. “É bom ter alguém que nos compreende!” Decidiu telefonar à sua melhor amiga para poder passar algum tempo com ela. E já que era hora de almoço, não havia momento melhor que esse. Depois do convite feito esperou por ela no banco do parque.
– Olá Orihime!
– Tatsuki, pensei que já não vinhas. Demoraste tanto tempo!
– Mas é claro que eu vinha! Eu não poderia recusar o pedido da minha melhor amiga.
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